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História Harry Potter e a verdade por trás das sombras. - Uma Penseira


Escrita por: B_Uchiha-Malfoy02

Capítulo 2 - Uma Penseira



P.O.V. HARRY POTTER


Sabe aquele momento que você vê sua vida passar diante dos seus olhos e fala:

“FUDEO”.

É assim que eu estou nesse momento.

A merda da minha vida está passando pelos meus olhos.

Mas estranhamente eu não estou com medo. Estou até ansioso para que Voldemort me mate logo.

Falando nisso.

Por quê ele está demorando tanto?

Olhei pra ele questionador depois olhei para os meus sequestradores.

- Então, a que devo a honra desse...convite? Encontro? Oque nós chamamos isso que estamos tendo agora? – Perguntei tentando quebrar o silêncio.

Voldemort me olhou de cima a baixo enquanto Malfoy, Parkinson e Zabini olhavam nervosos de mim para Tom.

- Tenho coisas a tratar com você, Potter. – falou ele.

- Hm, tá. – respondi.

Malfoy me olhou assustado mas logo suavizou o rosto na tentativa de esconder sua expressão.

- Não tem medo, Potter? – perguntou Voldemort divertido.

- Na verdade não, sabe, já enfrentei coisas piores. Desde meu primeiro ano de idade venho fugindo de coisas perigosas. Como você, um Troll montanhês adulto, um cachorro de três cabeças, um professor possuído por um louco, um Salgueiro lutador, uma família de Acromântula, um basilisco, uma lembrança de um diário que acabou matando a irmã caçula do meu ex-melhor amigo, um grande grupo de dementadores que por incrível que pareça só afetava a mim, um torneio louco que no final, adivinha? acabou me fazendo perder um grande amigo... além é claro, de ter sido torturado, abusado tanto psicologicamente quanto fisicamente e tratado como um elfo doméstico a minha vida toda pela minha família trouxa...então...não, eu não tenho medo, na verdade eu não via a hora de me encontrar com você. Então, será que podemos acabar logo com isso? – Falei indiferente.

Pude ver um resquício de surpresa e horror no rosto dos seres daquela casa, mas não perdi a compostura e continuei.

- Você me trouxe aqui para me matar não é? Então vai logo! Quem sabe agora você e eu damos sorte. – disse sorrindo com escárnio.

Novamente veio aquele olhar surpreso, principalmente dos meus colegas de escola.

Olhei pro chão e bufei.

- Vocês vão ficar olhando pra mim até quando? - Preguntei quase num sussurro - Sinceramente, parece que eu sou algum tipo de atração de circo. 

Depois de mais um tempo de silêncio, Voldemort levantou de sua Poltrona e parou de frente de mim.

- Potter, me siga. Agora. – falou já saindo de perto e subindo uma escada em espiral, mas antes de entrar em uma das portas, ele disse. – senhores, obrigado pela ajuda. Vocês já podem se retirar.

- Sim milorde. – disseram eles em uníssono se curvando numa reverência um tanto quanto exagerada e desnecessária já que Voldemort nem os olhavam mais.

Observei ele saírem porta à fora e me perguntei se aquilo era um sonho, além do mais, estava tudo muito calmo.

Voltei meu olhar para a escada e pensei brevemente se subia ou tentava fugir daquela casa.

Optei por subir as escadas.

Subi cada degrau lentamente.

Meu subconsciente finalmente estava começando a funcionar.

“Por qual motivo eu ainda não fui embora?”

“O que você pensa que está fazendo Potter?”

"Você está mesmo caminhando para a morte? Você realmente vai deixar Voldemort governar o mundo bruxo?”

“Por quê você ainda não foi embora?”

Essas eram as exatas frases que passavam pela minha mente enquanto eu subia aquela grande escada.

“Por quê eu ainda estou subindo essa escada? A porta está bem ali! Merda”.

Não importa o que eu pensasse, eu continuava a subir, isso pode até ser bom não é? Ninguém mais vai morrer por mim, né?

“Não seu idiota! Eles não vão morrer por você, eles vão morrer por causa de você. Você está sendo um completo babaca!”.

“Vai embora logo!”.

Acordei dos meus devaneios com um pigarrear.

- Achei que você iria tentar fugir. – Voldemort disse sorrindo.

- É, eu também. – respondi olhando diretamente para seus olhos.

É até engraçado, porque ele não está mais com aquelas características ofídica, mas ainda assim, seus olhos são vermelhos como sangue. Comecei a reparar nas suas feições, o sorriso que ele estava dando era branco como a neve, sua boca era delicada, “como seria beijar aqueles lábios?”, me peguei pensando, desviei o olhar para seus olhos novamente e vi ele me olhando intensamente, suas sobrancelha estavam arqueadas, e seu sorriso cresceu mais quando me viu corar, “merda!”.

Olhei para seu corpo e mais uma vez me vi hipnotizado. Tom tinha os ombros largos, peitoral e braços fortes, fazendo assim, com que sua blusa social preta ficasse agarrada ao seu corpo.

Corei de novo sem nem mesmo perceber até sentir minhas bochechas pegando fogo, indicando que eu estava muito vermelho.

Virei meu rosto e olhei para outro lugar, reparei que estávamos em um tipo de escritório, mas oque mais chamou minha atenção foi a bacia de pedra, dentro desta tinha fluídos brancos, bem ali tinha...uma penseira.

- Imagino que saiba o que seja isso. – Voldemort disse se aproximando do objeto no meio da sala.

- Uma penseira? Sim, eu sei oque é. – respondi ainda olhando o objeto.

- Então você sabe como funciona, certo? - perguntou arqueando as sobrancelhas.

- Hm, sim. Uma penseira tem várias funções. Mas a principal é guardar lembranças fora da cabeça, seja para poder analisar melhor essa lembrança ou simplesmente deixar esse pensamento de lado. – respondi olhando pra ele no final.

- Quero que você veja umas memórias minhas. Você pode fazer isso? – ele perguntou já pegando um frasco em um armário ao lado da penseira, e despejando o conteúdo na mesma.

- Hm, acho que sim... – falei chegando mais perto.

Olhei de canto pra ele, e como se tivesse sido combinado mergulhamos ao mesmo tempo.

Me senti caindo de uma grande altura até aterrissar no chão. Olhei em volta sem reconhecer o lugar onde estava.

- Onde e quando estamos? – perguntei.

- Godric’s Hollow, 31 de outubro de 1981. – falou ele calmamente.

“Godric’s Hollow, 31 de outubro de 1981”.

“Puta merda”.

- Você me trouxe para presenciar a morte dos meus pais? – exclamei horrorizado.

- Tecnicamente, sim. – respondeu simples.

Andamos até a casa e entramos, a porta estava aberta. Vimos um vulto negro subir as escadas e o seguimos. Na escada, meu pai já estava morto. Seus olhos vidrados em uma mesma direção e sem vida, uma expressão de horror se estampava em seu rosto.

Subi aqueles degraus tentando acalmar meu coração. E conforme chegamos perto da porta onde acontecia uma "briga", era possível ouvir vozes.

Duas vozes.

De dois homens.

Como?

“ – Você não pode fazer isso! Para de pensar em si mesmo, ele é só um bebê!” – disse a primeira voz.

“ - Ora, você deveria saber, que eu não deixaria nada, absolutamente nada, acabar com a minha glória!” – a segunda voz falou.

Sinto que conheço essas vozes de algum lugar, mas...de onde?

“ – Meu santo Merlin! Isso é errado! Ele não tem culpa de nada. Dumbledore, sai de perto desse bebê se não eu não responderei por mim.” – falou, pelo que percebi, a primeira voz.

Espera, Dumbledore?

“ – Por favor! Por favor para! – exclamou uma terceira voz. Uma mulher.”

- MÃE! – exclamei sem perceber e apressei os passos.

Parei no batente da porta quando vi Voldemort apontando a varinha para Dumbledore enquanto o mesmo apontava a própria varinha para minha mãe que estava entre...mim?

- Mas o que? – perguntei.

- Preste atenção. – Tom falou atrás de mim.

Assim como foi pedido, eu fiz.

“ – Eu que não responderei por mim se você não ir embora Tom! Ninguém te chamou aqui! Esse bebê não vai crescer, está me ouvindo? Ele não vai crescer para acabar de vez com o meu poder! Então vá embora, porque não será você, nem ninguém que vai me impedir de fazer oque eu vim fazer.” – Dumbledore disse assustadoramente.

Nunca havia visto ele daquela forma, ele era sempre tão...calmo

“ – Dumbledore, se afaste do bebê!” – exclamou Voldemort.

“ – Bom, eu te dei uma chance, mas já que você não a aceitou. SECTUMSEMPRA!” – exclamou ele.

O feitiço, que aparentemente não era visível, foi em direção ao Lorde das trevas que por acaso não conseguiu fugir do feitiço. 

O feitiço parecia cortar Tom várias vezes, como uma espada invisível, fazendo assim com que ele caísse no chão. Sua respiração ficou pesada, e fraca. Enquanto ele se agonizava no chão, Dumbledore virou-se novamente para a ruiva entre ele e o pequeno Harry.

“ – Por favor, por favor diretor, não faça isso. Por favor, eu não entendo...mate-me, mate-me no lugar dele, eu te imploro”. – gritava Lílian aos prantos.

“ – Bom, minha menina. Creio que não poderei deixá-lo vivo, mas já que insiste tanto que eu te mate, que assim seja. Avada Kedavra.” – disse ele, seus olhos brilhando de maldade.

“ – NÃO! HARRY!” – foi oque a ruiva gritou antes de cair morta sob os pés de seu assassino.

“ – Ah, meu garoto, eu sinto tanto." - disse o senhor passando seus dedos na cabeça do garotinho desesperado. "- Mas sabe como é não? Só pode existir um bruxo poderoso neste mundo, e esse não será você se deender de mim." – Dumbledore falou sorrindo diabolicamente.

Mas antes de fazer qualquer coisa ele foi impedido por um feitiço simples de “expelliarmos”.

“ – Não vou deixar fazer isso com ele, Dumbledore. Eu… eu tentei, juro que tentei, mas eu não tenho mais escolha. Avada Kedavra.” – Voldemort proclamou com dificuldade.

Mas antes que ele pudesse impedir, Dumbledore saiu do caminho fazendo com que o feitiço fosse em direção ao bebê. Porém, o mesmo ricocheteou assim acertando seu mandante. Voldemort caiu duro no chão, fraco demais para fazer qualquer coisa, além do mais, ele ja havia perdido muito sangue com o Sectumsempra.

Dumbledore olhou assustado com o tamanho poder do bebê e aparatou para sei lá qual seja o lugar onde ele desejasse ir.

Voldemort ainda respirava. Porém, muito fraco. Ele engatinhou até o berço do garoto e o pegou no colo.

“ – Calma criança. – disse ele acariciando seus cabelos. – tudo vai ficar bem.”

Nesse momento um vulto entra no estabelecimento e se abaixa em frente a Tom.

“ – Mi...Milorde, o...o que houve? – perguntou o homem de vestes negras, nariz de gancho e cabelos oleosos.

Snape.

“ – Eu tentei Severus, tentei salva-la, eu juro que tentei. Tentei salvar a todos. Mas Dumbledore, ele...ele foi mais...forte. Eu sinto muito, falhei com você, falhei com eles.” – falou ele calmo demais para tudo que estava acontecendo.

“ – Tu...tudo bem Milorde, vamos, precisamos te ajudar.” – disse ele nervoso.

“ – Não, o pequeno Potter, não posso deixá-lo.” – disse o mais velho ainda segurando o garotinho no colo.

“ – Dumbledore não vai voltar Milorde. Nós temos que ir, você vai morrer. Logo Sirius Black chega aí. Ele é o padrinho do garoto. Ele vai cuidar dele. Agora vamos, você tem que se cuidar.” – Snape parecia cada vez mais nervoso.

Ainda duvidoso, Voldemort colocou o garoto adormecido no berço e se apoiou em Snape.

Com um último olhar, eles aparataram.

Como um puxão, acabei fora da penseira em segundos, olhei Voldemort a minha frente atentamente. O mesmo me olhava ansioso.

- Não, você está mentindo. Dumbledore não faria isso. Essas lembranças são falsas. Eu não vou cair nessa.” – disse lentamente.

Olhei uma última vez para o homem à minha frete e corri casa a fora.

Peguei a chave de portal que Zabini deixou em uma mesinha na sala de estar, e como em um passe de mágica, lá estava eu. No mesmo parque de antes.

Corri em disparada pela vizinhança e entrei em casa.

Não respondi quando meus tios falaram comigo. Só subi para o meu quarto e bati a porta, trancando-a em seguida. Me joguei na cama e antes que eu pudesse falar “Quadribol”, eu já estava dormindo.


Notas Finais


Esse tambem está basicamente igual ao outro, mas ainda assim houveram algumas mudanças de quando eu fiz esse capítulo pela primeira vez...conseguiram perceber?

O que vocês acham que vai acontecer a seguir? Façam suas apostas!


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