Estava chovendo e havia muito vento. Harry olhava tudo por uma pequena janela. Poderia ser considerado um basculante. Gotas espessas batiam fortemente no vidro. Harry ergueu sua mão para tocá-las, mesmo através do vidro. Com isso reparara que as mãos que tocavam o vidro não eram suas. Eram pequenas, magras e continham dedos levemente alongados. Então notara que aquele corpo não o pertencia, e muito menos estava na casa dos Malfoy, e muito menos na dos Black. Com isso, se esforçou para ver o reflexo através do vidro levemente mal cuidado, e ali vira uma garota com feições delicadas, belas maçãs do rosto, com um belo cabelo ruivo longo e liso, com uma única mecha preta um pouco atrás de sua franja, tinha um olho castanho muito belo, mas não podia ver o outro lado, que estava escondido por algumas mechas de cabelo.
Ela parecia estar assustada, mas não com a chuva. Com isso ouviu-se um estrondo de uma porta muito enferrujada que fora aberta com certa violência. Ali se encontrava um homem alto, magro de cabelos ruivos e ralos, levemente parecido com o garoto que Harry conhecera no beco diagonal. Ele parecia muito irritado.
-O que você aprontou dessa vez?- sibilou o homem- sabe que não gosto quando você sai do sótão
-Mas papai, não fui eu, foi o Ro...
-Seu irmão não fez NADA! Pare de culpar os outros por seus erros e passe a assumi-los!-ralhou o ruivo, com ênfase ao dizer a frase- e não me chame de pai!
O homem tirou sua varinha do bolso e gritou ‘’crucio!’’
Harry acordou gritando de dor, sentindo uma dor excruciante, como se todas as células de seu corpo queimassem, uma a uma.
Abrindo os olhos, ele se depara com um Sirius e Narcisa olhando preocupados para o menino, e Draco com seu pai olhando-o da porta, Draco parecia estar sendo segurado pelo pai.
- O que houve? – murmura o moreno
- Está suado, estava gritando e se contorcendo, eu que te pergunto oque houve?- responde Sirius
-Só um pesadelo, nada de mais- Harry estava receoso de falar com qualquer um sobre a estranha garota e seu pai que haviam assombrado seu sonho.
-Espero que não esteja realmente contando com o fato que eu engula essa sua história de ‘só um pesadelo’ Potter- ralhou o padrinho, e com isso Narcisa interviu
-Sirius, não seja duro com ele! Está no meio da noite, porque não faço um chocolate quente e você não nos conta seu pesadelo querido?- Harry por mais que amasse os Malfoy, não queria que soubessem da ruiva, talvez contasse para seu pai-substituto, mas somente para ele. Então desesperado deu um olhar significativo para seu irmão, que rapidamente entendeu o comunicado.
-Mãe, acho melhor nós conversamos sobre Hogwarts, tenho algumas dúvidas-disse Draco, e Harry o agradeceu com os olhos por lhe livrar de ter que explicar tudo
-Ah, por favor, acho que o sonho de Harry é mais importante não?- sibilou Narcisa, e Draco desesperado usou sua ultima arma
-ACHO QUE VOU PARA GRIFINÓRIA- os meninos tinham plena consciência que isso não chagava nem perto da verdade, mas era a única coisa que distrairiam os adultos, e como prometido eles saíram de cima de Harry para indagar e reconfortar o loiro.
Após algumas horas, chegou o momento tão ansiado por Harry e Draco. Estavam finalmente na estação King’s Cross, prestes a embarcar no expresso de Hogwarts.
-Vocês tem que passar pela parede sem nenhum medo ou receio, como se ela não existisse- disse Lúcio- se se sentirem confiantes o suficiente, podem ir correndo.
O primeiro a atravessar foi Draco, seguido de Narcisa, Harry, Sirius e por último Lúcio.
Os pais haviam se afastado para colocar as malas no trem quando eles viram uma estranha família constituída de ruivos, o pai falava orgulhosamente com o filho mais novo, aparentemente era a primeira vez do menino em Hogwarts, ignorando completamente dois meninos iguais, gêmeos, que reconfortavam uma menina menor e ruiva, que para qualquer um, passaria despercebida, porém, Harry prestava muita atenção na menina, era a mesma de seu sonho, então o moreno voltou seus olhos para o homem mais velho e reparou que ele era o pai que havia torturado a filha.
-Harry! Terra para Harry- ele foi acordado de sua linha de pensamento por Draco- oque tanto olha na família? Nada de mais.
-Tenho que te contar meu sonho, então vai entender. Mais antes tenho que falar com a menina mais nova- e com isso Harry apontou levemente seu queixo mostrando a direção da garota ruiva, e quando Draco olhou, arregalou os olhos de pavor
-Você está brincando né?- Draco queria realmente acreditar nisso
-Não, porque?
- Eles eram os maiores partidários que Você-sabe-quem teve! Voltaram para o nosso lado assim que você liquidou ele.
-Sabe que não foi assim Malfoy. Mas não me importo, tenho que falar com aquela garota, não me importa de quem ela seja filha.- e olhando novamente para a direção da família, via que agora a misteriosa menina de seus sonhos o encarava com seu belo olho castanho.
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