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História Harry Potter e O Novo Merlin - Halloween


Escrita por: ArianaBraga

Capítulo 4 - Halloween


Cap 04- Halloween

Antes que percebesse halloween estava uma semana de distância e Harry havia se tornado o alfa, não apenas dos primeiros anos, mas da Casa de Slytherin como um todo. Algo que ele nunca tinha ouvido, mas logo descobriu, era a hierarquia dentro da casa das cobras.

Diferente de Gryffindor, onde a hierarquia era ditada por posições bem definidas e idade; Slytherin classificava sua hierarquia em  poder político e mágico. 

Não era incomum duelos acontecerem dentro do Salão Comunal e Snape ter que remendar um aluno ou outro. Já a hierarquia das garotas era definida se elas tinham acordos de noivado e depois poder mágico. 

Até aquele dia, Harry já havia mostrado que as horas que ele gastava na biblioteca valiam a pena, pelo menos era isso que todos pensavam. Draco o havia desafiado três vezes para um duelo e perdido todas as vezes em menos de quatro feitiços trocados.

Alguns alunos mais velhos aliados aos Malfoy também tentaram bater ele em um duelo, no qual falharam, quer fossem em duelos ou Snape impediu temporariamente pela diferença de idade. Não que tenha durado muito, assim que o professor virava as costas o duelo acontecia. Se atendo a feitiços de primeiro a terceiro ano, ele já tinha derrotado dez alunos, destes, apenas Malfoy era do primeiro ano. 

Ele estava aguardando pela nova rodada de duelos, para desafiar sua posição de alfa, que certamente viria conforme avançavam em conhecimento, por isso, mesmo sendo um mago de guerra e futuro Lorde Merlin, ele não descuidou de seu próprio treinamento utilizando a Sala Precisa. 

Seus olhos crisparam levemente quando sentiu a tentativa de sondagem em sua mente e, da sua posição no centro da mesa, olhou em volta o mais discretamente possível. Não vendo ninguém o encarando, ele voltou sua atenção para Zabini e Greengrass, os dois alunos falavam sobre passar o natal com suas famílias e o que esperavam ganhar. 

-E você, Potter? -Zabini perguntou.

-Vou passar aqui, bem longe daqueles trouxas com quem sou obrigado a morar. -respondeu e aqueles que o ouviram acenaram concordando.

Não era segredo para ninguém que o Menino-Que-sobreviveu desprezava seus parentes trouxas, isso de certa forma aliviou inicialmente a forma como ele era tratado dentro do Salão Comunal. Tinha sido um choque para eles quando o esperado paladino da luz, sucessor de Dumbledore, era na verdade um sarcástico Harry Potter que falava com repulsa de seus parentes trouxas e não tinha medo de usar qualquer feitiço que soubesse para se defender nos duelos.

Tendo respondido a seu companheiro de casa, ele correu novamente seus olhos pelas outras casas e viu Hermione isolada de seus companheiros de casa. Ele viu Ron com Dean e Seamus, Neville também estava isolado, mas não tanto quanto a garota que fora a melhor amiga de Harry antes.

Devido a seu tempo na biblioteca, Hermione estava começando a confiar nele, mas ainda não eram próximos, a rivalidade entre casas e o preconceito dos gryffindors contra slytherins pesava muito na jovem que era essencialmente uma pária em sua própria casa.

Mais para cima, ele notou que Olívio Wood parecia desesperado com seu novo apanhador, Córmac McLaggen. O moreno escondeu o sorriso atrás do cálice enquanto bebia um gole de seu suco de abóbora.

-O que está olhando? -Flint, o capitão do time de quadribol, perguntou e seguiu sua linha de visão.

-McLaggen, é o novo apanhador dos leões. -Harry falou desviando o olhar para Flint. -Ele é um idiota que vai acabar recebendo um balaço dos batedores do próprio time se não mudar a atitude dele.

O time de quadribol que estavam sentados à sua esquerda começaram a rir.

-Aposto que até eu ganho de McLaggen em um jogo. -Harry falou como em uma reflexão tardia. 

-Você é só um primeiro ano, Potter. -um dos batedores desdenhou.

-Então? -ele perguntou e revirou os olhos pelo raciocínio lento dos rapazes.

-Ah, você quer dizer que qualquer um ganha de McLaggen. -finalmente Flint entendeu e Harry acenou e eles voltaram a rir.

-Então vai ser fácil para mim. -Higgs, o apanhador, falou.

-Eu não sei, acho que posso ganhar de você também. Como no último duelo. -Harry provocou e os alunos que ouviram gargalharam.

-Hei! -o sétimo anista protestou. Mas ele não poderia negar que tinha sido humilhante perder para um primeiro ano com apenas um feitiço de desarmar.

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Halloween finalmente chegou e Harry tentou mais uma vez se aproximar de Hermione. A garota finalmente havia cedido e concordado em conversar com ele durante uma pausa antes do almoço. Neville também havia sido chamado para perto deles.

-Se você quiser, posso ajudar com alguns feitiços para você se defender de Malfoy. -Harry ofereceu à Neville que parecia feliz em ter alguém oferecendo ajuda a ele sobre isso.

-Você é diferente do que as pessoas falam. -Hermione comentou.

-Sobre o que elas falam exatamente sobre o que? O título ridículo de Menino-Que-sobreviveu ao massacre da família ou sobre os membros de slytherin? -ele perguntou sarcástico folheando um livro de runas.

-Bem… os dois. -ela respondeu. E ele riu divertido quando ergueu os olhos e a viu corada. Balançou a cabeça e sua diversão aumentou ao sentir a magia do diretor próximo a eles.

-As pessoas esperam muita coisa de mim e parecem esquecer que eu penso por mim mesmo e tenho vontades e sentimentos. -Harry falou se encostando na cadeira com braços cruzados. -Elas querem que eu seja uma marionete em seus jogos, mas eu não sou peão de ninguém.

Os dois gryffindors se entreolharam e depois voltaram a conversar sobre as tarefas. Depois de mais alguns minutos eles foram almoçar no Salão Principal em suas mesas. As aulas da tarde passaram rapidamente e logo era o jantar.

Em seu lugar central na mesa verde e prata, Harry espetou a comida com raiva antes de levar a boca. Seus companheiros de casa já haviam percebido seu crescente mal humor durante o dia, então o deixaram sozinho. O garoto passou a olhar pelo Salão Principal e viu Snape com a expressão mais azeda que o normal e ele lembrou que não era o único sofrendo sobre aquela noite. Seus olhos passaram pelas mesas e não viu Hermione em lugar algum da mesa dos leões.

Jogando seus talheres sobre o prato, se levantou e marchou para fora do Salão Principal ignorando os olhares que ele sentia em suas costas. Sua raiva acumulada queimando em suas veias fazia os objetos tremerem conforme ele passava por perto. 

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Harry observou o trasgo caído no chão do banheiro feminino e respirando fundo ajudou Hermione a se levantar. Ron e Neville estavam parados com suas varinhas erguidas e olhando assustados para o que haviam acabado de fazer. 

Após sair do Salão Principal com sua magia queimando, Harry foi direto para a Sala Precisa para queimar a maior parte da sua magia, parando em um corredor para diminuir o Armário Sumidouro e o colocar no bolso. Pedindo por uma sala resistente e segura, ele colocou o armário no centro da sala e o trouxe de volta ao normal antes de concentrar toda sua raiva e frustração soltando o feitiço de Fogo Maldito sobre o objeto.

Minutos depois ele conseguiu apagar as chamas e foi na direção do Hall de entrada, chegando a tempo de ouvir os gritos quando Quirrell contou sobre o Trasgo. Escondido nas sombras dos corredores ele foi em direção ao banheiro feminino onde ele sabia que Hermione estaria. Ouvindo passos apressados se aproximando, ele se escondeu em uma alcova e esperou Neville e Ronald passarem correndo por ele. 

-O que estão fazendo aqui? -ele perguntou e os dois pararam de correr e se viraram.

Muito rapidamente eles contaram sobre o Trasgo e de que Hermione não sabia sobre o que estava acontecendo e o motivo dela não estar no banquete.

-Como você não sabe sobre o Trasgo? -Ron perguntou o olhando desconfiado rapidamente enquanto corriam na direção no banheiro feminino.

-Não estava no Salão Principal. Só entrei e fiquei tempo suficiente para os professores me verem. -Harry deu de ombros enquanto falava e corria. -Não vejo motivo para comemorar o aniversário da morte dos meus pais.

-Eca! Que fedor é esse? -Ronald perguntou olhando para os lados.

Uma sombra apareceu dobrando o corredor e Harry apressou o passo entrando no banheiro feminino.

-Hermione? Você está aí? -o slytherin perguntou.

-Ha-Harry? -a voz fanhosa e soluçante soou dentro de uma das cabines. -O que…

-Há um Trasgo solto no castelo, temos que ir para as nossas Salas Comunais! -ele a cortou e a porta da cabine abriu com uma garota descrente o encarando com olhos vermelhos e inchados.

A descrença logo deu lugar a surpresa quando viu os dois gryffindors atrás do garoto e depois a pavor quando a fera mágica entrou no banheiro.

Com um palavrão alto e bem colorido ele puxou Hermione do caminho quando o bastão foi mirado na cabine. Os quatro primeiros anos tentaram sair do local, mas a grande forma disforme e fedida que era o Trasgo estava bloqueando o caminho.

-Joguem lumos solem na direção dos olhos. -Harry falou. -AGORA! 

-LUMOS SOLEM! -os quatro gritaram ao mesmo tempo.

Infelizmente isso irritou mais o trasgo que balançou o bastão a esmo, mas se afastou da porta o suficiente para Ron e Neville para perto. Infelizmente Harry e Hermione ficaram para trás.

-VÃO! -Harry gritou apontando para o corredor.

-NÃO SEM VOCÊS! -Neville gritou com a expressão mais determinada que jamais usara em seus quatro primeiros anos em Hogwarts, segundo as memórias de Harry.

-DEPULSO! -Harry apontou a varinha para um sanitário quebrado e acertou a lateral da cabeça do Trasgo que, mesmo com a pele resistente, sangrou e pareceu ficar tonto.

-WINGARDIUM LEVIOSA! -duas vozes gritaram e o bastão do Trasgo foi arrancado da mão dele, juntamente com uma pia se levantando do chão.

Os dois objetos caíram sobre o Trasgo e em segundos ele caiu no chão do banheiro. Olhando em volta ele sabia que a comoção devia ter sido ouvida pelos professores, então depois de ajudar Hermione a se levantar do chão e tirar os garotos de seu transe abobados, Harry pediu para não falarem para ninguém sobre a ajuda dele e em seguida saiu do banheiro feminino, bastante ciente de todos os quadros que o viram correndo com os gryffindors e voltando sozinho após o alarido. Ele tinha quase certeza que Dumbledore ou Snape descobririam o que ocorreu realmente, através da legilimência. E ele estava contando com isso por enquanto.

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E Harry estava certo em suas conclusões. Não demorou muito após sua saída, para Snape aparecer com McGonagall e Dumbledore. O diretor realizou uma sondagem na mente do garoto Weasley e ficou satisfeito que embora na mesma casa que Tom frequentou, aparentemente Harry Potter ainda não estava seguindo os passos do assassino de sua família.

Mais tarde, após a reunião de professores para discutir o ocorrido, Dumbledore pediu para Severo ficar para trás mais um momento. 

-O jovem Potter também estava envolvido na luta contra o Trasgo. -o diretor falou pensativo.

-Eu vi pela mente da garota Granger. -Snape falou imparcial. 

-Como estão indo as reuniões particulares com ele? -o diretor perguntou interessado.

-Como eu já esperava. O garoto é arrogante e prepotente como o pai. -Snape falou seco.

-Hum… continue de olho nele para mim. -o bruxo mais velho falou e o chefe de Slytherin entendeu a dispensa.

A dubiedade de Harry Potter confundia o diretor. Com algumas pessoas, o garoto agia da forma que se esperava de um sangue-puro mimado, com outras ele era relativamente mais aberto e até mesmo caloroso. Como quando fez um terrário para o sapo do garoto Longbottom.

Ele olhou para a carta de Nicolas Flamel sobre a mesa e depois para o local em um armário onde ele escondia a velha capa de invisibilidade de James Potter. Talvez, fosse hora de tentar uma aproximação mais pessoal com o garoto e o trazer mais perto da luz, oferecendo algumas migalhas sobre a família dele.





Notas Finais


Agradeço a todos que favoritaram essa fic! Peço desculpa pela Demora, estou corrigindo alguns erros temporais que cometi. Logo voltarei a atualizar com mais frequência.


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