História Harry Potter e os 4 Elementos - Herança de criatura

_Harry explica de novo_ pediu Neville pelo que parecia ser a vigésima vez, o moreno já estava perdendo a paciência. Ele já havia se encontrado com Neville e Luna discutido outras regras e matérias que tinham sido excluída do curriculum de Hogwarts. Tinha deixado a parte burocrática com seu pai enquanto ele estava em treinamento, mas agora como ele estava de volta prestes a completar seus quatorze anos e liberar suas heranças de criatura ele teria que assumir suas responsabilidades. Porém nesse momento eles estavam discutindo um jeito de pegar o velho tolo. Hadrian estava explicando como iria colocar runas de transmissão em câmeras e telões trouxas, runas essas que tinham que combinar perfeitamente com os aparelhos para que eles pudessem funcionar. Ele tinha conseguido fazer com que alguns eletrodomésticos trouxas funcionassem com runas e magia perfeitamente combinadas, porém coisas como rádio, televisões, câmeras são mais complicados por possuir imagem e sons, então seria um pouco complicado, ele estava confiante que conseguiria até o natal.

_Neville você viu a geladeira, o forno a máquina de wallfes na cozinha? _ ao aceno positivo do garoto Harry continuou_ Pois então eles são aparelhos e coisas trouxas, eu consegui combinar runas e magia para fazê-los funcionar. Esses desenhos aqui te dão uma ideia dos objetos trouxas que quero fazer funcionar, são câmeras e telões. Alguns vão ser colocados em Hogwarts e outros no ministério da magia, vou precisar que funcionem e pegar o velho na hora certa. Por isso preciso da sua ajuda, quando eu voltar pra escola vou reunir a corte e a gente estuda os lugares que ficam melhor pra colocar, Draco já está me ajudando a estudar as runas. Papai vai comprar uma boa quantidade e a gente vai testando até funcionar. Agora mudando um pouco de assunto, quais matérias vocês dois acham que podemos implementar esse ano?

_Magia sem varinha, etiqueta, tradições bruxas, magia elemental são algumas que precisam com mais urgência, principalmente tradições bruxas, a magia está morrendo, a maioria não praticam tudo está mudando e para pior_ falou Luna.

_Você está certa pequena Lua,  vamos mudar o conteúdo de estudos trouxas assim como mudar o professor de história da magia _ concordou Harry_ Eles ficaram conversando e colocando planos em dia. Luna e Neville despediram e foram pra casa. 

Nos dias que se seguiram entre planos, treinos, matando a saudade de amigos e parentes, logo era o aniversário de quatorze anos de Harry. Ele estava em seu quarto quando uma dor repentina se fez presente em seu peito, não era forte por isso não deu muita atenção. Desceu as escadas para passar o dia com seu pai, padrinhos, tios e claro Tom. Harry nunca foi de gostar de festas, seu pai fez umas duas quando ele era mais jovem, mas como Harry não era muito festivo ele parou. Porém como esse era o ano em que ele liberaria suas heranças de criatura, foi um almoço mais cheio com parabéns e muitos presentes de amigos e família. A noite chegou e despediu para se deitar, porém a dor só piorou, Harry gemia e se contorcia enquanto o suor escorria por seu corpo, Hadi que estava no quarto com Harry naquele momento tentava acalmar o jovem. Ela sabia que Harry estava passando por sua herança e não havia nada que ela pudesse fazer. Depois do que pareceu uma eternidade que na verdade foi uma dolorosa e longa hora a dor começou a diminuir. Harry estava ofegante, a respiração curta, levantando-se ele foi cambaleando ao banheiro, sentou na beirada da banheira a colocando para encher logo em seguida. Hadi seguia de perto para o caso dele precisar. Se olhando no espelho de corpo inteiro que tinha no quarto Harry notou que tinha algumas mudanças. Seu cabelo tinha de cada lado uma grande mecha branca, sua pele antes branca como porcelana agora estava mais para o lado de dourada, seus dedos da mão um pouco mais finos e longos. Depois de mais uma olhada Harry se despiu e entrou na banheira com algumas poções relaxantes. 

_Mestre, sua aura está diferente_ falou Hadi.

_É a herança necromante, tenho que aperfeiçoa-la, amanhã vou começar a treinar as duas_ explicou Harry.

_Você tá muito bem também, se eu fosse humana eu te pegaria_ falou Hadi divertida fazendo Harry corar.

_Dá um tempo Hadi, tenho certeza que Athena e Sakura estão com saudades suas.

Se cobras gargalhassem seria o que Hadi estaria fazendo, a julgar os sons sibilantes saindo da cobra. Eventualmente Harry saiu da banheira, se vestiu, tomou uma poção pra dor e logo caiu no sono.

Harry acordou na manhã seguinte se sentindo muito melhor do que a noite anterior, fazendo sua higiene matinal, seus exercícios, voltando ao quarto para tomar um banho rápido. Desceu para o café da manhã encontrando seu pai e tios na mesa com a adição de Severus e Tom. 

_Bom dia pai, Sev, Tom e tios_ cumprimentou Harry, recebendo um bom dia em coro. 

_MEU DEUS! _ exclamou Lya_ Harry se você já não tivesse sua alma gêmea, eu te sequestraria.

Harry corou, gemendo interiormente enquanto todos caiam na gargalhada.

_Tenha mais decoro tia_ retrucou Harry.

_Que isso Harry, você tem que concordar, você está de tirar o fôlego_ provocou Marcus.

_Sabe tio? Tem uma certa pessoa que vai gostar disso, o que você acha? _ provocou Harry de volta 

_Você não se atreveria_ falou Marcus horrorizado. No baile de ano novo dos Malfoys, Marcus tinha criado coragem e contado a Draco que ele era sua alma gêmea, a princípio Lucius ficou bravo mas depois de muita conversa e persuasão ele aceitou com a condição de seguir a tradição dos cortejos formais. Assim como Tom teria que cortejar Harry se ele quisesse um futuro com ele. Tom já havia dado a Harry uma gargantilha masculina com um pingente em forma de cobra feita em ouro branco com algumas esmeraldas, também uma pulseira encrustada de safira. Entre brincadeiras e provocações ele terminaram seu café. Harry iria para a mansão Stheyrin com Tom passar alguns dias antes das aulas voltarem. 

_Pequeno Mestre! _ exclamou Bella assim que Harry e Tom passaram pela lareira_ Como foi seu treinamento?

_Olá Bella, foi muito bem_ respondeu Harry_ a propósito  você tem se divertido muito com meus queridos parentes?_ perguntou com um sorriso diabólico.

_Claro que sim. O que você pretende fazer com eles?_ perguntou Bella.

_Dar a eles o mesmo tratamento que me deram e ver até onde eles aguentam_ falou Harry_ Por isso querida Bella pode continuar se divertindo, se morrem...bota fogo, assim não deixará vestígios_ acrescentou fazendo Bella gargalhar.

_Harry! Tudo bem?_ perguntou Gellert entrando na sala. 

_Gellert, estou bem obrigado. Como vai as matérias pro próximo jornal? _ perguntou Harry.

_Muito bem. Rita está sendo de grande ajuda, mas ela também não tinha opção, não é mesmo?_ falou Gellert fazendo Harry rir como se fosse a pessoa mais inocente.

_Não sei do que você está falando_ respondeu como não quer nada, se virando para Tom_ Você me ajuda a treinar a minha herança necromante e storn? 

_Sim, com muito prazer. Tudo para o meu pequeno_ falou Tom sorrindo.

_Ei! Não sou pequeno mais_ falou indignado, e para  provar o ponto abraçou Tom dando um beijo em sua mandíbula sem precisar levantar os pés_ Viu?

_ Pode ser, mais para mim continua sendo meu pequeno_ falou Tom arrancando um bufo de Harry.

Tom e Harry foram para o jardim onde depois de conversar com Nagni começaram o processo de Harry para controlar suas criaturas, enquanto Harry estava sentado na grama com as pernas cruzadas e olhos fechados para meditar, Tom não pôde deixar de admirar a beleza a sua frente, quantas noites ele não sonhou em ter sua pequena alma gêmea em seus braços. Quando os Potter o procuraram em busca de ajuda para fugirem do velho que estava cada vez mais louco, obsecado com a tal profecia, dizendo que seria o filho deles, que ele derrotaria o lorde das trevas, viram que a dita profecia não fazia sentido, algumas partes sim mas outras não. Assim que ele viu a criança, olhos verdes, cabelos negros, pele branca, ele soube que aquele pequeno ser era sua sua alma gêmea, e ele faria de tudo para protegê-lo, só que para piorar as coisas Peter acabou sendo duas caras, entregou seus amigos ao velho para livrar sua própria pele, sendo Peter o guardião do segredo, que por vez tinha Tom como lançador, ele fez essa proeza e se escondeu com medo de Tom o caçar, ele não estava errado, Tom revirou cada canto em busca do rato mas não encontrou nada. Mas isso é coisa do passado, o verme agora estava morto e seu pequeno estava com ele.

_Assim não vou conseguir me concentrar, você está me encarando demais _ falou Harry tirando Tom de seus devaneios.

_O que posso fazer se me perco em sua beleza? Deveria ser pecado alguém ser tão perfeito_ falou Tom sorrindo doce para Harry, deixando um tomate com inveja do garoto.

Distante dali.....

Dumbledore andava de um lado para outro pensando em um jeito de limpar seu nome que cada vez mais estava caindo em desgraça. Não sabia quando seus planos começaram a dar errado. O pirralho se safou todas as vezes que ele tentou controlá-lo, não tinha mais dinheiro desde que o maldito garoto sumiu, seus capangas estavam dando as costas pra ele porque ele não tinha como pagá-los, ele pensou que sequestrando o pirralho ele conseguiria fazer com que ele assinasse os papéis lhe dando a sua custódia e assim seu dinheiro, mas não, os imprestáveis dos Dusley's falharam em fazer o garoto assinar, e se não bastasse eles desapareceram da face da terra, os Wesley e a garota Granger também não prestaram pra nada. Ano passado ele libertou Rosier de Askaban alimentando sua mente de que a culpa era do pirralho Potter de ele ter sido colocado lá, mas novamente seus planos foram frustados, primeiro o garoto não apareceu na escola, logo depois os dementadores conseguiram pegar o homem e dar o beijo, esse ano tinha que dar certo, ele iria reabrir o torneio tribruxo e colocaria o nome do garoto no cálice, assim ele seria obrigado a participar do torneio, ele colocaria uma chave de portal no cálice levando o garoto para um lugar escondido e o forçaria a tomar a poção, tinha que dar certo dessa vez. Sorrindo maliciosamente, certo de que seus planos seriam a prova de erros. Dumbledore se sentou na cadeira de seu escritório chupando uma gota de limão.

_Vamos ver quem rir por último dessa vez_ falou o velho rindo histericamente.

Se ele ao menos se preocupasse em prestar atenção ao seu redor teria visto um certo homem em um retrato saindo sorrateiramente. Como a estupidez pode chegar às vezes, ele não se deu o trabalho de olhar. 

Setembro logo chegaria e com ele um certo furacão de olhos bicolores.