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História Harry Potter e os entes amaldiçoados - Feitiço desfeito não é mais maldição


Escrita por: Crisfan

Capítulo 5 - Feitiço desfeito não é mais maldição


Feitiço desfeito não é mais maldição

 

 

Tateando as paredes e olhando ao redor com temor nos olhos Lílian foi subindo os degraus um a um, lentamente chegou ao topo e viu o corredor que seguia até uma porta semiaberta. Pelo vão da porta dava para perceber uma luminosidade, a garota foi imediatamente compelida para a luz.

Momentos antes Frank Longbottom passara por este mesmo corredor, os ruídos da festa pareciam o haver perturbado, ele tentara esconder-se, distanciar-se o máximo possível do barulho que vinha do andar térreo. Chegou ao quarto no final do corredor, entrou e meteu-se num canto, olhos arregalados fitando o vazio, imóvel e  silencioso.

A menina foi chegando, empurrou a porta hesitante e chamou:

-Papai, mamãe?

Nenhuma resposta. Ela repara imediatamente na prateleira de bonecas. Abre um sorriso e arregala os olhos  maravilhada.

-Era mentira! Tem bonecas, que lindas!- seu rosto irradia felicidade. - Agora vou ficar aqui brincando!

Lílian usa uma cadeira para alcançar as  bonecas, pega três de uma vez, coloca sobre os joelhos e admira cada uma. Tem uma loura de olhos verdes, uma de cabelos avermelhados e a outra tem os cabelos negros e sedosos. Conversa com elas:

-Como estão meninas? Eu estou tão feliz que encontrei vocês! -abraça-as com carinho.

Vou pedir para levar  vocês para minha casa, vocês querem ir comigo? A Dolly vai adorar ter amigas para o chá!

E dava pequenas risadinhas enquanto conversava com as bonecas, elas eram antigas,  rostinho de louça, olhos parecendo de verdade. Esquecera o medo e estava totalmente envolvida pelo encantamento das bonequinhas.

 

Gina chega ao quarto, espia pelo vão da porta  e percebe a cama vazia, fica assustada e nervosa, anda de um quarto a outro em busca da menina, quer gritar mas  lembra do pedido de Neville por silêncio, porque seu pai costuma se agitar quando há muito barulho, evita o grito, fica com ele  preso na garganta.

Ela chama pela filha, procura usar um tom de voz normal, sem demonstrar nervosismo:

-Lílian, filha, onde você está?- A voz falha e as lágrimas já assomam aos olhos.

 

Ela volta à sala, aflita procura por Harry, ele logo percebe que algo está errado. Neste instante os demais convidados estão se preparando para partir, Augusta Longbotton  acena para que se aproximem.

A tensão é percebida por Neville que se apressa a “despachar” os demais  até o jardim  onde estão suas vassouras.

Retorna  e percebe como Harry está alarmado e Gina com os olhos vermelhos das recentes lágrimas derramadas.

-O que houve? Algum problema?

-É a Lílian, ela sumiu! Não está no quarto e não a encontrei em lugar algum! - Agora Gina dá vazão ao medo e quase grita quando fala.

-Como sumiu, ela não estava dormindo?-Neville parece surpreso também. - Não é possível! Ela deve estar em algum lugar aqui na casa.

- Vamos todos procurá-la a casa é grande, ela pode ter se perdido. - A voz de Augusta parece tranquilizar os aflitos pais. Eles resolvem seguir o conselho da velha senhora.

- A senhora tem razão, vamos nos separar e procurar! -Harry parece conseguir controlar-se e  afastar o temor .

Neville e sua avó ficam com o andar de baixo , Gina e Harry sobem ao primeiro andar, começam a vasculhar os quartos, olhando sob as camas e dentro dos armários. Seguem pelo corredor e chegam à escada, sobem e vão dar no segundo corredor. Percebem a luz que emana do quarto ao fundo, se encaminham para lá.

Momentos antes Lílian percebeu um ruído no canto do quarto, ela levanta e vai, lentamente, para o lado do barulho. Pára, arregala os olhos, abre a boca e solta um sonoro, agudo e altíssimo grito.

O pai de Longbottom sente o grito penetrar seus ouvidos e explodir no cérebro como agulhadas. Milhares de descargas elétricas perpassam seus neurônios, ele leva as mãos aos ouvidos, rodopia pelo quarto debatendo–se  de encontro às paredes e estantes, ele vai derrubando uma infinidade de objetos. O tinteiro que usara quando menino cai e o conteúdo negro começa a se espalhar pelo chão. O homem revira os olhos nas órbitas e cai de costas com um estrondo.

Lílian olha o homem caído, já não está gritando, mas precipita-se pela porta  como um raio. Tudo isto não demorara mais que alguns segundos.

Ao ouvirem o grito da filha, Gina e Harry correm depressa para o lugar de onde emana o som, o coração  pulsando feito louco.

A porta  se escancara e Lílian cai direto nos braços deles. Logo atrás surgem Neville e a avó, apressados pelos gritos da menina. Mais atrás está Alice Longbottom. Ela vai até a porta e dá de encontro com a figura inerte do marido no meio dos  muitos objetos quebrados. Leva as mãos à boca e sufoca um grito.

-Ele está...Não pode ser! Frank! Frank meu querido não morra!

O desespero é evidente no rosto da mulher, Neville se aproxima, coloca os dedos no pescoço do pai e respira  aliviado.

-Ele está vivo, apenas inconsciente.

A menina desata a chorar baixinho. Gina preocupada pergunta:

-Você está bem querida, não está machucada?- Agora a voz se acalmara e  era só alívio. - Como chegou aqui?

-Eu acordei e fiquei com medo. Fui procurar vocês e achei as bonecas, eu queria brincar... e depois eu vi o homem feio!

- Está tudo bem, estamos aqui agora, venha com a mamãe!

Enquanto Gina leva a menina para o quarto Harry e Neville carregam o senhor Frank para outro  cômodo, são seguidos por Alice e Augusta, que abraçadas confortam uma à outra.

Após acomodarem  o homem no leito as duas mulheres permanecem  com ele.

-Podem ir, eu fico com ele! Não entendo como foi que ele saiu sem que eu percebesse. Deve ter sido  a infusão de ervas, acho que  adormeci por um momento.

Frank Longbottom continuava  desacordado, a esposa velando seu sono.

-Eu fico com você querida!- A avó de Longbottom parece mais velha de repente.

 

Harry foi se juntar a Gina e Lílian. Não queria deixar as duas sozinhas. Dormiram os três na mesma cama, igual quando Lílian tinha pesadelos e pulava no meio dos dois.

 Mas custara a dormir,  muitas perguntas passavam por sua cabeça, a maioria sem respostas.

“O que acontecera com  Frank Longbottom? Será que ele ficaria bem? O que tudo isto representava para o futuro?”

Teve muitos sonhos que misturavam o presente e o passado. De repente estava diante do rosto sem vida de Cedrico Diggory, noutro momento conversava com Dombledore, ele ia se afastando e por fim desapareceu. Então ouvira  a voz arrastada de Snape a lhe dar bronca, e depois não era mais ele, era a voz de Voldemort ecoando em seu cérebro.

E ainda  a despedida de Alvo na estação nove - três –quartos.

 

Quando acorda o sol já está alto e  a cama a seu lado vazia. Gina já está colocando as coisas de volta na valise. Separou uma roupa para Harry e outra para Lílian.

-Prepare-se, vamos voltar agora pela manhã!

- Está bem, estarei pronto logo! – ele dá uma olhada na filha adormecida, beija a testa da garota e levanta de um salto.

 

Juntam-se aos anfitriões para o desjejum. Uma Lílian ainda sonolenta come devagar.

A senhora Augusta pergunta baixinho a Gina:

-Como está a Lilian? Muito assustada ainda?

-Na verdade usei  um feitiço de esquecimento, ela nem vai lembrar de nada.

-Bem, não precisamos sobrecarregar a menina, não é?

Lílian parece nem perceber que falam sobre ela, continua a comer tranquilamente, ainda sente sono.

Harry e Neville terminam a refeição e vão até a biblioteca. Neville está impaciente e chamara Harry  para um particular.

-Então Neville, o que quer falar?- Harry parece cansado.

- É sobre meu pai. Aconteceu de novo, igual à mamãe!Ele voltou Harry! Ele está lúcido!

-Então você estava certo, não eram delírios, a maldição existe! O Ministério precisa saber! Hermione precisa saber!

- Mas antes temos que ter algumas garantias Harry. Vamos precisar de sua ajuda! E da ajuda do Ministério também! – os olhos de Neville nunca estiveram mais sérios.

 

 

 

 

 

 

 



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