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História Hasu no hana - A Flor de Lótus - RivaMika - Uma flor que desabrocha


Escrita por: nattdws

Notas do Autor


Queridos leitores,
Primeiramente, feliz ano novo! Espero que este ano chegue com boas novas e muita saúde para vocês, viu?
Em seguida, quero pedir desculpas pela demora. Quase dois meses! Espero que continuem acompanhando esse OTP que amamos tanto nessa história tão improvável mas que ganhou o apoio e o carinho de vocês.
Em terceiro lugar, a boa notícia é que estava prevista para acabar neste capítulo, mas ela seguirá pelo menos até o quarto Eu precisava de mais tempo para desenvolver o enredo e colocar essa nova nuance em nosso Levi, que poderão acompanhar abaixo. Me digam se gostaram, por favor!
É isso.
Estou atualizando esta agora, e a próxima que acrescentarei capítulo será na Proibido (também RivaMika), que já perdi o prazo de entregar o desafio e depois na O Caçador e o Coelho, de Diabolik Lovers, que está ainda mais atrasada!
Beijos
Natt

Capítulo 3 - Uma flor que desabrocha


Duas semanas se passaram desde o incidente no restaurante Lotus sem que o assunto fosse comentado posteriormente por mais ninguém. Na verdade, Levi havia feito duas ligações, mas Mikasa se negara terminantemente a atendê-lo. Ainda estava magoada e não conseguia disfarçar o semblante triste toda vez que se recordava do assunto, mesmo com as tentativas de Christa de animá-la.

Era manhã de uma quinta feira quando o entregador dos Correios chamou na frente do estabelecimento, sendo recebido por Eren. Ele estava sozinho com Christa - que havia trocado o turno com Connie por conta de uma prova particularmente difícil e precisaria fazer a recuperação - e foi quem recebeu a encomenda, assinando e vendo que estava endereçada a Mikasa.

- Uma caixa? - perguntou Christa, curiosa.

- Sim - o rapaz respondeu, apoiando no balcão, e soltando um silvo - hmm, nada bom - comentou.

- Hm? Por que?

Christa parou de varrer, andando até ele e entendendo ao ver o remetente.

- Mikasa não vai nem querer ver essa caixa - comentou com uma bufada.

Eren estava lidando com a situação de uma forma contraditória. Ao mesmo tempo que sentia pela situação da amiga, também se preocupava com o comportamento da sócia. Levi Rivaille era um importante crítico e a opinião dele sobre o restaurante certamente pesaria e muito no funcionamento nos próximos meses.

- Deveríamos avisar a ela? - indagou Christa receosa.

- Não. Eu vou abrir.

- Mas Eren...! - ela tentou intervir, mas ele já tinha tirado o lacre da caixa revelando seu conteúdo.

- Ela vai jogar a caixa fora sem olhar, Christa. Pode ser importante.

Os dois ficaram encarando a revista e a pequena e delicada caixa de metal, decorada com ideogramas chineses, protegidos por enchimentos.

- Isso é… - a menina travou a respiração.

- Sim - afirmou Eren - a crítica do restaurante.

O sócio do Lotus pegou a publicação em mãos de forma receosa, mas abriu determinado, passando as páginas e escaneando com os olhos as matérias, sem perceber que um envelope caira no chão. Finalmente achou o que procurava e pôs-se a ler.

- Leia alto! - pediu a funcionária, ficando na ponta dos pés para tentar ver sobre seu braço o conteúdo.

Eren abriu ainda mais os olhos, lendo de onde estava em diante.

- … o restaurante é uma grata surpresa. Embora seus donos ainda sejam jovens e tenham um longo caminho pela frente, o serviço prestado é impecável, assim como a limpeza, e cumpre corretamente as normas de higiene. Seu diferencial certamente se deve à chef Mikasa Ackerman que nos presenteia com cortes precisos e cirúrgicos nas refeições, além de uma escolha impecável de entradas e frutos do mar na composição das refeições.

Eren para de ler, fechando a revista.

- Christa, recebemos cinco estrelas!

A menina arregala os olhos, cobrindo a boca com as mãos.

- Isso é incrivel!

- O que é incrível?

Estavam eufóricos a ponto de não perceber que Mikasa chegara, segurando em mãos o ramo de flores do dia e uma pequena sacola do mercadinho. Ela reparou o envelope no chão, se abaixando e pegando, sem abrir.

- Mikasa, olhe!

Eren sequer deu tempo para que ela negasse, entregando a revista na página aberta com uma foto da fachada do restaurante no topo da matéria. Pegou as flores de sua mão e a sacola.

A chef observou a página aberta com atenção, pondo-se a ler. Seu orgulho como profissional falando mais alto. Ao terminar, ela também estava com os olhos arregalados mas, diferentemente de sua funcionária, ela estava confusa por causa de seus sentimentos. E a matéria estava assinada por ele, Levi Rivaille. Só de ler seu nome ela já sentiu um leve arrepio na nuca, não sendo capaz de controlar. Eren e Christa olhavam para ela com ansiedade.

Ela fechou a revista, olhando o envelope. Por intuição resolveu abri-lo, acertando em sua desconfiança. Era uma carta dele, escrita a mão.

 

Mikasa,

Se você está lendo é porque abriu a caixa. Não sabia se faria isso, então fico contente que tenha me dado uma chance.

Juntamente com esta carta envio a publicação com a crítica do Lótus e também um presente como pedido de desculpas por toda confusão causada. Espero que possa entender que eu não poderia me apresentar pelo nome completo por questão do trabalho, é pro form. Você não teria me atendido normalmente, nem nenhum funcionário da casa, se soubesse que eu estaria presente avaliando atendimento. Fico feliz em dizer que mereceram todas as cinco estrelas. Você é uma chef excepcional e eu admito isso com prazer.

 

Mikasa parou de ler por um instante, pesando as informações. Ele tinha razão. Talvez ela mudasse coisa ou outra, ou mesmo Christa ou Connie sentissem a pressão de servir um crítico e pudesse atrapalhar sua performance. Na verdade, ele lhe fez um favor: mais do que nunca, ela sabia que podia confiar em seus funcionários e estava orgulhosa deles. Observou como ela e Eren pareciam felizes, afinal seu sonho era compartilhado com eles. Engoliu a seco, voltando a ler as últimas linhas.

 

Irei a trabalho para a cidade na próxima terça-feira. Não pretendo ir ao restaurante, em respeito a você e ao seu sócio. Como disse, não desejava causar confusão em momento algum. Mas eu gostaria de rever você, Mikasa. De verdade. 

Estarei no restaurante do hotel às 20h e adoraria ter o prazer de sua companhia, se julgar possível. Aceitarei a decisão que tomar sem questionar.

Atenciosamente,

Levi

 

Mikasa dobrou a carta, apertando-a contra o peito. Ela queria rever Levi - mas não sabia se conseguiria passar por cima de seu orgulho.

 

Eren fez questão de mostrar a matéria para todos, orgulhoso. Na verdade, ele já providenciara uma moldura e agora a matéria estava devidamente emoldurada e exibida na entrada do restaurante, ao lado do antigo e belo bonsai que decorava o local. Eles receberam várias ligações, familiares e de amigos, parabenizando. Eren decretou que fechariam o restaurante mais cedo para um jantar de comemoração. O clima era de festa no Lotus e até mesmo Armin fora convidado - afinal, era parte importante da história do restaurante.

 

Estavam todos reunidos na sala de eventos ao redor de uma grande chapa disposta sobre a mesa, comandada por Eren, que preparava um cheiroso teppan yaki de frutos do mar, presente do próprio Armin, sem parar de falar. Christa e Connie também estavam se divertindo. Mikasa, no entanto, estava distante. Relembrava a noite que Levi viera, os elogios aos camarões (como os que estavam comendo agora) e em como fora rude com ele. Ela misturou sua vida pessoal com a profissional. Levi tinha toda razão: ele tinha de agir profissionalmente. E ela? Agiu como uma pirralha. Afundou o rosto nas mãos, os cotovelos apoiados sobre a mesa, passando-as pelos cabelos.

- Não é, Mikasa?

- Hmm?

- Está dormindo? - Eren perguntou já levemente alterado pela bebida.

- Na, não! - apressou-se em responder - Desculpe, o que falavam?

- Eren estava dizendo que você talvez gostaria de dizer algumas palavras - socorreu-a Armin, com um sorriso amigo.

- Sim, com toda certeza - ela passou o olhar por todos na sala e pigarreou - Eu gostaria de agradecer à todos vocês pelo empenho e por terem acreditado no meu sonho, incluindo você, Eren.

O rapaz pareceu surpreso e parou as espátulas, olhando para ela. A única coisa que se ouvia agora era a voz da chef e o som peculiar dos legumes fritando sobre a chapa.

- O Eren embarcou nessa comigo, sacrificando todas as férias e tempo livre para montarmos o Lotus. Eu nunca terei como agradecer por ter acreditado em mim. Por ter acreditado em nós. Muito obrigada.

Todos aplaudiram, com uma gritaria animada. Mikasa fez um gesto com as mãos, pedindo para continuar.

- Calma, tem mais! - ela inspirou profundamente - Eu não sei se você sabem, mas o nome do restaurante se deve ao fato que a flor de lotus germina em meio ao lodo. A semente vence o barro, rompe a água e da lugar a flor. É uma analogia ao fato de que mesmo na adversidade, nós triunfaremos. E triunfamos. E o mérito é de todos nós. Muito obrigada, de coração.

Nova salva de palmas. A oriental faz uma leve reverência em agradecimento.

- Um brinde! - propõe Connie.

- Saúde! - todos dizem em coro.

- Agora vamos comer! - anuncia Eren, e as comemorações seguiriam até tarde.

 

Longe dali, Levi encarava o teto de seu quarto sem conseguir dormir. O tão controlado Levi Rivaille pela primeira vez estava desestabilizado - e seu problema tinha nome e rosto: Mikasa Ackerman. Já passava da uma hora da manhã e ele se perguntava se havia tomava a atitude certa. Seu plano possuía muitas brechas, mas agora não competia mais a ele. Ela se recusara a falar  duas vezes, não havia motivos para ele acreditar que Mikasa abriria a caixa e leria seu bilhete ou pior ainda, que iria aceitar seu convite.

- Mas que diabos! - pragueja em voz alta, pressionando os olhos com dois dedos, para tentar espantar os pensamentos.

A verdade é que Levi gostara da companhia da garota. Sabia que ela era muito mais nova que ele, não passava dos vinte e três anos e que isso talvez fosse um problema - além do fato de suas profissões não caminharem juntas. Mas era impossível não pensar nela. Os cabelos pretos com a franja de lado, emoldurando seu rosto. Os olhos penetrantes. O tom de sua voz. Sua ternura. Sua dedicação ao sonho que nutria. Tudo nela era como uma armadilha que ele não conseguia escapar, não podia evitar. E agora, não só sua companhia, mas ele também pensava nela por inteira. Em seu corpo esguio, na postura impecável. A pele clara. O quarto começou a sufocá-lo a ponto de o obrigar a se levantar, indo até a janela e a abrindo, sentindo a brisa da noite acertar seu corpo de forma agradável. Ele estava apenas com uma bermuda de moletom preta, e o alívio veio imediatamente.

- Ainda faltam cinco dias… - contabilizou mentalmente - acho que vou enlouquecer.





 


Notas Finais


Gente, prometo que o próximo sai antes o mês acabar, viu?

E ah! Gostaria de indicar o trabalho da minha senpai. É lindo e me inspira muito. E também é Rivamika!
Link: https://www.spiritfanfiction.com/historia/nao-se-renda-9273328

E como não recomendar a Smith? Gente, só não lê quando estiver na rua, porque ela é má e não perdoa! <3
Link: https://www.spiritfanfiction.com/historia/glasnost-e-perestroika-10426938


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