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História Haughtiness - Prejudice


Escrita por: poesiajeon

Notas do Autor


Atrasei mais uma vez. Fui criança. Me perdoem? As coisas ficaram complicadas desde o recomeço das aulas e estou enrolando toda a minha vida por pura preguiça e falta de ânimo. Mas não pararei nunca. Enfim... Gente., eu espero que vocês estejam gostando da história e que continuem acompanhando mesmo que em alguns momentos ela fique chata (como é o caso deste capítulo). Mas eu acho que é completamente normal em alguns momentos a história ficar chata, não? Precisa acontecer todo um desenrolo, não adianta chegar e bombardear todos os acontecimentos marcantes em cima dos leitores, não é mesmo? Vocês precisam sofrer, precisam ficar curiosos, precisam se irritar com os acontecimentos. E quero adiantar que sofrimento é que o que não faltar nesta história que nem começou direito ( e estamos no capítulo onze). Enfim, pipocas da minha vida, aqui está o capítulo e não estipularei meta para a próxima atualização. Vamos deixar a meta em aberto e quando alcançarmos a meta, dobramos a meta. O que acham? #DilminhaSensação

Capítulo 11 - Prejudice


Fanfic / Fanfiction Haughtiness - Prejudice

Yongguk optou por dormir na casa de Him Chan naquela noite. Após o sexo, os longos minutos que permaneceram abraçados e, é claro, a declaração de Yongguk, os dois homens trocaram carícias e beijos durante uma boa parte da madrugada até, finalmente, serem vencidos pelo sono. Pela manhã, Yongguk foi o primeiro a acordar e ficou observando Him Chan dormindo ao seu lado na cama. O lençol branco cobria apenas a sua cintura para baixo, os cabelos negros estavam despenteados e sua respiração era quase inaudível. Yongguk sorriu ao lembrar-se da madrugada em que finalmente declarou seus sentimentos ao moreno e sorriu ainda mais ao lembrar-se da resposta.

- Eu te amo, Kim Him Chan.

- Eu sei, BBang. E saiba que é recíproco. - Após a resposta, sempre com um tom irônico e sabichão de Him Chan, os dois homens se renderam aos beijos e as carícias até irem para o quarto de Him Chan repousarem.

            Yongguk desviou sua atenção de Him Chan para analisar o quarto do rapaz. Ao contrário do seu que mais parecia um quarto de hotel luxuoso sem nenhum tipo de decoração pessoal, o de Him Chan era lotado de fotos e presentes. Havia porta-retratos, fotos coladas na parede e o homem possuía uma quantidade de bichos de pelúcia relativamente estranha. Havia uma mesa em seu quarto cheia de livros e materiais de sua faculdade de literatura. Livros eram o que mais sobressaía no quarto de Him Chan. Eles estavam nas prateleiras, na escrivaninha, na cabeceira velha ao lado da cama e no chão do quarto em cantos específicos. Era um quarto um pouco bagunçado mas extremamente confortável, Guk sentiu-se bem estando ali.

            Him Chan começou a acordar aos poucos. Bang permaneceu atento aos movimentos do mais novo que, antes de abrir os olhos, levou as mãos aos fios negros e lisos de seu cabelo. Até isto Yongguk achou lindo, a forma que os dedos gordinho, longos e alvos de Him Chan dividiam seus fios macios. Channie mexia o nariz de uma maneira engraçada que fez Guk lembrar-se de um programa de TV que assistia na infância. Como era mesmo o nome? Tudo relacionado a Him Chan havia se tornado perfeito aos olhos de Yongguk. Cadê movimento, cada detalhe, cada fala. O sentimento o consumia tão rápido que toda a sua renúncia tornava-se impotente diante da grandeza do afeto.

            Quando Him Chan finalmente abriu os olhos deparou-se com Yongguk deitado de lado, com a cabeça apoiada em uma das mãos e o observando. O advogado sorriu e Channie não pode evitar sorrir também. O sorriso de Bang era cativante, a maneira que suas gengivas eram exibidas com apenas um movimento nos lábios, o formato de seus dentes e seus lábios grossos. Kim sentiu vontade de beijá-lo sem nenhum tipo de cerimônia, no primeiro minuto desperto no dia, após o calor diurno sentido.

- Bom dia. - Yongguk falou e se deitou novamente para ficar mais próximo do rosto de Him Chan.

- Bom dia para quem? São sete e trinta e quatro da manhã. - Chan resmungou depois de ver as horas em seu celular. Esfregou os olhos pequenos e felinos e voltou a encarar Guk.

- Dormiu bem?

- Eu nunca dormi tão bem em toda a minha vida. - Him Chan sorriu com a resposta.

- Quem não dormiria depois de ontem? - Bang riu e sentiu a pele de suas bochechas esquentar. Envergonhou-se ao lembrar do sexo da madrugada e ao lembrar, as sensações do toque de Him Chan voltaram a sua mente e ao seu corpo.

- É claro. - Yongguk sentou-se na cama e observou o quarto de Him Chan mais uma vez sorrindo.

- Você tem tantas fotos. - O moreno repetiu os movimentos e sentou-se ao lado de Yongguk.

- Gosto de fotos tanto quanto livros.

- Já deu para perceber. - Yongguk sorriu. - Gostaria de ter um quarto como este, é tão aconchegante e familiar.

- Eu nem quero imaginar como é o seu quarto. - Him Chan levantou da cama e foi na direção de seu guarda-roupa. Yongguk sorriu e, antes de responder, observou o corpo semi nu de Him Chan. A única peça de roupa que vestia possuía uma cor chamativa, fluorescente que chamava a atenção para locais que Yongguk preferia não olhar no momento.  

- Não queira mesmo. Seria entediante demais. - Yongguk finalmente respondeu e também levantou procurando por suas peças de roupa.

- Se quiser eu posso dar um jeito isso. O que falta em seu quarto? - Him Chan jogou algumas peças de roupas sobre a cama e encarou o advogado. Bang fez o mesmo e um arrepio, seguido de uma queda de temperatura em seu interior e batidas cardíacas descompassadas, o preencheram no momento em que os dois olhares se encontraram. Estava tão ridiculamente apaixonado e a cada segundo, a cada aproximação ficava mais evidente.

- Sei lá. Talvez eu. - Bang suspirou e Him Chan entendeu suas palavras de imediato.

- Vou tomar banho. Fica a vontade. - Retirou-se do quarto deixando Bang sozinho com seus pensamentos. Yongguk vestiu a roupa do dia anterior e se aproximou de um quadro onde havia várias fotos diferentes em diversos tamanhos, como uma colagem. Him Chan aparecia sorridente com muitas pessoas que Bang não fazia ideia de quem eram e desejou saber o que cada uma delas significava para ele, detalhes de cada relação, de cada amizade e até chegou a se perguntar se elas eram tão importantes quanto ele.

            Yong Guk mergulhara de cabeça em um mar de lirismo e poesia que era Kim Him Chan. Descobria mais disso a cada segundo a mais que passavam juntos. Mas, naquele momento, era ele o lírico, era ele quem manifestava uma exaltação de sentimentos pessoais dentro de si que seria incapaz de entender a meses atrás. E claro, não poderia deixar de caracterizar e idolatrar o fato de toda fala de Him Chan possuir um tom irônico e debochado, como se estivesse repetindo uma resposta pela décima vez ou talvez, quem sabe, como se esperasse que adivinhassem a resposta que daria. Guk sentiu-se mal e, além de sentir-se mal, sentiu vontade de largar toda a sua vida automática para mergulhar no mundo de inconstâncias e incertezas que Him Chan vivia. Era mais emocionante, mais atrativo, mais feliz.

- Gostou das fotos? - Os pensamentos de Bang foram interrompidos por Him Chan.

- Sim. Muito bonitas. - Bang sorriu e colocou as mãos no bolso da calça, já estava devidamente vestido assim como Him Chan.

- Eu também gosto muito delas. - Him Chan passou as mãos pelo cabelo molhado e foi para frente do espelho o pentear.

- Eu preciso ir agora. - Yogguk começou a recolher suas coisas.

- Já? Não vai comer nada? - Him Chan parou de pentear-se para encarar Yongguk. Não queria que o homem fosse embora naquele momento.

- Desculpe. Eu preciso passar em casa antes de ir para o local do evento de hoje. Você sabe... marcar presença e ajudar em algumas coisas. Você vai, não é? - Him Chan torceu a boca e pensou um pouco. Só agora havia se lembrado do evento beneficente que Kang Dae e sua empresa, em parceria com alguns políticos e outras empresas, estavam organizando. Channie sabia que um evento daquele porte, organizado por pessoas daquele tipo, não era nem um pouco confiável. Mas, Bang havia o convidado e o desejo de estar perto do homem somado a curiosidade de saber como seria este tal evento o fizeram confirmar presença.

- Claro. Estarei lá. Que horas mesmo?

- A partir das duas da tarde. - Yongguk sorriu radiante.

- Vou estar esperando.

- Estarei lá. - Bang se aproximou de Him Chan. O moreno deu um passo para trás e suas costas tocaram a porta de seu guarda-roupa branco, cujo o interno das portas era revestido com fotos, pôsteres, páginas de livros arrancadas e algumas escritas. Se não fosse por sua quase graduação completa e idade, Channie seria um perfeito adolescente.

            Yongguk aproximou-se até sentir seu peito tocar no de Kim. Sentiu as batidas do coração do homem e algo parecido como uma conexão entre ambos, os pelos de seu corpo arrepiaram e sua mente dava voltas assim como seu estômago. Him Chan fechou os olhos e seus lábios curvaram-se em um pequeno sorriso. Guk repetiu o gesto e tocou uma de suas mãos no rosto gelado e pálido de Channie que estremeceu com a delicadeza do toque. Era disto que os dois homens gostavam. Him Chan a um bom tempo, Yong Guk começara a pouco. Gostava de tomar a iniciativa, de possuir o controle, dominar. Chan gostava de ser dominado. O advogado beijou Him Chan. Não foi um beijo profundo, completo. Fora apenas um selo essencial para exaltar tudo o que sentiam um pelo outro. Novo, intenso e doloroso. Complicado.

- Te vejo mais tarde. - Guk afastou-se de Him Chan caminhou até a porta sem dizer mais nada. A respiração do mais novo era acelerada e ele sorriu após Bang sair, terminou de se aprontar e saiu para o trabalho. O dia seria  longo.

            Ao chegar em seu apartamento, Bang tomou um banho rápido, trocou de roupa e colocou em sua pasta tudo o que precisaria para o evento beneficente. Saiu de casa minutos depois ansioso para chegar e durante o caminho permaneceu com um sorriso no rosto lembrando da noite anterior. Era provável que ela nunca mais saísse de sua mente.

            Quando chegou ao local, toda ornamentação estava pronta. Era um parque ao ar livre, havia muitas mesas com cadeiras em volta, um pequeno palco enfeitado com decorações de personagens de desenhos famosos e um pequeno stand onde as pessoas poderiam fazer suas doações. O evento contaria com crianças de alguns orfanatos da cidade e hospitais de tratamento de doenças especiais. Havia comida e animadores de festa. Bang sentiu-se bem estando ali, tudo estava lindo e as intenções aparentavam ser as melhores. Se havia coisa que Yong Guk mais gostava era fazer parte de algum grupo de ação beneficente. Sempre fazia doações a todo tipo de fundação e as visitava sempre que podia. Sentia-se feliz fazendo aquilo. Sua função naquele local, além de alegrar as crianças, era organizar as fichas de doação. O fez em poucos minutos e saiu para observar o local ainda vazio, a não ser pelas pessoas que trabalhavam ali e seus amigos advogados que começavam a aparecer.

- Chegou cedo. - Kang Dae se aproximou e parou ao lado do filho.

- Sim. Cheguei.

- Hoje será um bom dia, Gukkie. Um bom dia longe de todo o estresse do escritório. Bang olhou assustado para seu pai. O senhor não o chamava pelo apelido desde a infância. O advogado não tinha muito o que dizer e apenas assentiu.

- Convidei um amigo. Espero que não se importe. - Senhor Bang concordou.

- Quanto mais gente melhor. - Retirou-se deixando o filho sozinho novamente. Ele suspirou e pegou seu celular do bolso ligando para Him Chan. O moreno atendeu no segundo toque.

- Oi.

- Vamos almoçar.

- Estou no trabalho.

- No seu horário de almoço. Depois vamos para o evento juntos.

- Mas já está assim... - Bang riu com a resposta de Him Chan.

- Como eu já disse várias vezes, só estou seguindo o seu conselho.

- E pelo visto está seguindo à risca. Não seja tão lírico, Bang.

- Tarde demais. E aí?

- Onde vamos almoçar?

- Onde é o seu trabalho?

- Duas ruas depois do meu apartamento. Há um restaurante bem ao lado. É o único da rua, na verdade.

- Ótimo. Estarei esperando. - Bang saiu do local e pediu para que Him Chan mandasse o endereço completo por mensagem. Dirigiu até a rua, estacionou e esperou por Him Chan durante quarenta minutos em frente ao estabelecimento, ainda dentro do carro.

Him Chan finalmente chegou e sentou-se em uma mesa da varanda do restaurante. Ficou encarando o carro esperando o momento em que Guk sairia, o que não demorou muito.

- Você superou todas as minhas expectativas de demora.

- Fazer o que. - Entraram no local e sentaram-se em uma mesa afastada.

- Até hoje eu não sei em que você trabalha, Channie.- Yongguk perguntou olhando para o cardápio.

- Trabalho em uma editora. Reviso livros, cuido de algumas outras coisas como todo o processo de publicação e de vez em quando escrevo um artigo aqui ou ali. Espero escrever algo grande algum dia. Um best-seller quem saber. - Bang sorriu.

- É bem a sua cara.

- E nem um pouco a sua.

- Tenho certeza que é melhor que advogar.

- Ah, quanto a isso eu também tenho certeza.- Bang riu e os dois homens almoçaram juntos até a hora de irem, finalmente, para o evento.

            xxx

            As crianças aos poucos chegavam ao local acompanhadas de seus respectivos responsáveis legais, diretores de orfanatos, hospitais e os próprios pais. Havia balões por todo o lugar e enquanto o evento não começava, elas corriam por todo o campo gritando e se divertindo. Os organizadores do evento e seus convidados estavam sentados em volta do local ingerindo bebidas alcoólicas e fumando cigarros na frente das crianças, evidenciando toda a falta de consideração e de importância com o contexto do evento e, principalmente, com as pequenas.

            Yongguk chegou ao local com Him Chan que possuía olhos atentos a cada detalhe. Decepcionou-se amargamente ao sentir a energia negativa do local, o que não era para acontecer.

- Achei que não seria algo tão formal. - Channie observava as pessoas. Todas engravatas ou com vestidos caros e saltos altos.

- Não era para ser. - Guk suspirou e voltou a analisar o local. Alguns animadores subiram no palco e todas as crianças sentaram no gramado ansiosas para o que viria. Min Hee apareceu e observava os dois homens de longe. Yong Guk respirou fundo quando a viu e ficou nervoso quando ela começou a aproximar-se. Tentava equilibrar seu corpo em cima dos enormes saltos altos que afundavam no gramado e era claro que aquele vestido vinho e apertado a incomodava, além da taça de champanhe que carregava em uma das mãos.

- Sempre bebendo. - Him Chan falou apenas para Bang antes da futura noiva parar na frente deles.

- Vá devagar na bebida, amor. Este é um evento para as crianças. - Bang debochou e ficou ao lado de Min Hee, a abraçando pela cintura. Him Chan entendeu que era tudo um fingimento mas sua vontade era bater em Min Hee com Yongguk, como se ele fosse um taco de basebol.

- Vejo que trouxe sua amizade colorida. - A mulher deu ênfase na última palavra. - Só gostaria de lembrar mais uma vez que você vai se casar em alguns meses. - Min Hee falou sorrindo e deu um beijo na bochecha de Yong Guk. As pessoas que os observavam de longe com certeza estavam imaginando uma situação agradável onde, provavelmente, Yongguk apresentava um grande amigo à mulher. Coitados.

- Não se preocupe, senhorita. Estarei presente no dia de seu casamento também. - Him Chan alfinetou e sorriu.

- Só não vale manifestar-se na hora do "fale agora ou cale-se para sempre". - Bang estava completamente desconfortável e envergonhado. A verdade era que havia se metido em um baita triângulo amoroso sem ao menos dar-se conta.

- Ah, você chegou. -  Senhor Bang  se aproximou do trio e ele também possuía uma taça em uma das mãos. - Não vai me apresentar seu amigo? - Kang Dae manifestou-se quando não obteve nenhuma reação à sua chegada. Yongguk olhou para Him Chan e se afastou de Min Hee.

- Claro. Pai, este é Kim Him Chan.

- É um prazer, senhor Bang. - Channie curvou-se em uma breve reverencia e Kang Dae fez o mesmo. Analisou o rapaz de cima a baixo antes de torcer a boca, marca registrada de sua desaprovação e desgosto. Além dos responsáveis das crianças e das próprias, era o único que não vestia um terno. Sua calça jeans, tênis e blusa de mangas rosas, além de um topete desarrumado no lugar do bom e velho gel não agradaram o advogado superior.

- Então, o que você faz? - Kang Dae foi inconveniente.

- Como?

- Médico? Empresário? Já sei... Engenheiro?!

- Na verdade, pretendo tornar-me escritor quando terminar a faculdade de literatura. O senhor não acertou. - Guk permanecia em silêncio e Min Hee observava o circo pegar fogo com os olhos transbordando prazer. Kang Dae analisou Him Chan  mais uma vez antes de encarar Yongguk.

- Onde se conheceram? - Min He deu uma leve risada e Bang gelou tentando achar uma resposta em sua mente em poucos segundos.

- Ele estuda na mesma faculdade onde Daehyun estudou. Nos encontramos em uma de minhas visitas.

- Certo. - Him Chan apenas sorriu e concordou. - Yong Guk, pode vir aqui um instante? Quero que conheça alguém. - Guk olhou para Him Chan.

- Eu já volto. - Kim apenas concordou e colocou as mãos no bolso observando seu caso amoroso afastar-se com sua noiva, a qual abraçava pela cintura de forma que parecessem um casal verdadeiro e seu pai.

            Him Chan respirou fundo e voltou a observar todo o local. Caminhou e parou próximo ao palco onde os animadores distraíam as crianças que participam das brincadeiras e possuíam um sorriso cativante em seus rostos. Him Chan também sorriu e prestou atenção nas brincadeiras por um momento até voltar sua curiosidade para os afazeres de todos os organizadores e convidados do evento. Havia uma pequena fila no stand de doações onde pessoas passam cheques ou cartões de crédito. Nunca doavam brinquedos, roupas, alimentos e coisas que realmente fizessem a diferença e trouxesse felicidade para os pequenos. Olhou novamente para onde Yongguk estava e ele permanecia abraçado com Min Hee, sorria e conversava com algumas pessoas.

            Analisando toda aquela situação, Him Chan sentiu-se como se estivesse nadando contra a correnteza. Ela o puxava para a direção de Yongguk e ele tentava fugir. Sentiu raiva naquele momento por estar apaixonado por um homem que mal sabia quem ele mesmo era e fazia a vontade dos outros sem questionar por puro medo. Channie queria e mudaria aquilo. Tornaria Bang alguém livre e de verdade. Via através dos olhos do homem a corrente que prendia sua alma e queria ser ele a pessoa que a quebraria.

            Notando que Yongguk não se livraria do mar de pessoas em sua volta que faziam diversas perguntas a respeito de seu casamento, Him Chan decidiu ajudar a alegrar as criança e sentou-se próximo delas. Muitas se aproximavam para saber quem era o estranho com cara de bebê e logo o moreno atraiu a atenção dos pequenos com suas histórias inventadas e brincadeiras, ele tinha total jeito com crianças.

- Senhor Bang? - Se distanciando razoavelmente de Yongguk e aproximando-se de seu sogro, Min Hee olhava fixamente para onde Him Chan estava, no meio das crianças.

- Sim.

- Eu não acho apropriado que aquele homem fique tão próximo das crianças. - Kang Dae olhou na direção de Him Chan não enxergando nada demais naquilo.

- E por qual motivo?

- Sabe... ele pode influenciá-las negativamente com... com sua homossexualidade. - Kang olhou para Min Hee incrédulo.

- Você está dizendo que este homem é homossexual? Que este homem no meio de minhas crianças é homossexual? - Min Hee segurou seu sorriso de satisfação e adotou uma expressão aflita.

- Sim, senhor. Eu não acho nem um pouco adequado para a situação. - Kang Dae saiu de perto em passos firmes e pesados na direção do segurança mais próximo. Percebendo a saída brusca de seu pai, Yongguk olhou na direção dele sem entender o que de fato estava acontecendo.

- O que aconteceu, Min Hee?

- Eu não sei. - Se fez de desentendida. - Yongguk observou o desenrolar da cena. Kang Dae falou algo perto de um dos seguranças do evento e de imediato o grandalhão dirigiu-se até Him Chan.

- O que está acontecendo? - Yongguk foi até os dois homens e Kang Dae o seguiu. Him Chan se levantou e saiu de perto das crianças prestando atenção nas palavras do segurança enfurecido em sua frente. Yongguk chegou no momento de ouvir o que o homem dizia.

- Eu preciso que se retire agora ou vou ter que tirá-lo a força.

- Por que? Ele não fez nada de errado. - Yongguk questionou e ficou ao lado de Him Chan

- Ordem do chefe.

- Que chefe? - O segurança silenciou-se e Kang Dae apareceu.

- Minhas ordens. Tirem esse rapaz daqui agora, eu não quero ele se aproxime de minhas crianças. Tirem a força. - O segurança já presente e outro que chegou minutos depois pegaram Him Chan pelo braço.

- Que palhaçada é essa? - O moreno tentou defender-se e soltar-se mas sua força física não podia ser comparada com a dos seguranças. Bang olhou para seu pai também esperando uma resposta.

- Palhaçada é você ter convidado esse tipo de cara para o meu evento! O que deu em você, Yong Guk? Vamos, vamos sair daqui e deixem que o levem. Conversaremos sobre isso depois. -Kang Dae segurou o braço do filho com calma que imediatamente soltou-se.

- Eu não vou a lugar nenhum com você. Se ele sair daqui, eu também saio. - Kang Dae olhou incrédulo e a essa altura não cabia espaço para a discrição. Toda atenção era voltada para aquele pequeno espaço. Os seguranças começaram a arrastar Him Chan para fora do local e Yongguk o seguiu.

- Você não vai a lugar nenhum com este imundo! - Kang Dae segurou o braço do filho com mais força. Yongguk o olhou com os olhos em chamas e se soltou mais uma vez.

- Não toque em mim. Him Chan não fez nada de errado e o que o senhor está fazendo é muito injusto. Ele é meu amigo.

- Você não entende, Yong Guk. Nunca entendeu nada, este homem é um erro. - Yong Guk respirou fundo e se afastou novamente indo na direção de Channie que tentava se soltar a todo custo, sem vitória.

- Yong Guk! - Kang Dae gritou e, não se dando por vencido, agarrou seu filho mais uma vez com ainda mais força.

- Me solta! - O Bang mais velho tentava segurar seu filho a todo custo e Yongguk recusava-se a ser dominado. - Eu mandei me soltar. - A voz de Yongguk soou como um trovão. O empurrão que dera em seu pai arrancou murmúrios de surpresa dos presentes que assistiam a cena horrorizados com a tamanha falta de respeito. Os animadores da festa ainda tentavam distrair as crianças e os flash que saiam das máquinas fotográficas intensificaram quando Kang Dae caiu no chão após perder o desequilíbrio por conta do empurrão. Yongguk ajeitou seu terno, deu as costas para o pai ainda no chão e correu na direção de Him Chan que fora solto pelos seguranças longe do local.

- MISERÁVEL! - Ignorou o xingamento de seu pai antes de pegar Him Chan pelo braço e sumir da vista de todas aquelas pessoas. Se soubesse que acabara de assinar sua sentença de morte nunca teria feito aquilo.



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