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História Haughtiness - Happened That Night


Escrita por: poesiajeon

Notas do Autor


Chegueeeei! Gente, esse gif do Bang não ficou com uma qualidade muito boa mas eu o amei tanto que me deu vontade de chorar. Obrigada pelos comentários e favoritos. Vamos descobrir quem matou o Bang? Vamos!

Capítulo 24 - Happened That Night


Fanfic / Fanfiction Haughtiness - Happened That Night

- Yong Guk, eu fiz uma coisa horrível. - Min Hee chorava no telefone e pelo timbre de sua voz, Yong Guk conseguiu perceber que ela tremia.

- O que você fez? - Perguntou confuso e curioso. O choro da mulher se intensificou e Guk respirou fundo sem saber o que pensar, como agir. - O que você fez?! - Perguntou novamente com autoridade e falta de paciência para dramas.

- Eu contei tudo. Me desculpa, eu não devia, eu agi por impulso.

- Você contou o que a quem, Min Hee?

- Ao seu pai! Sobre você e Him Chan. Ele veio questionar qual era o nosso tipo de relação e porquê eu o havia te deixado tão avesso e rebelde a tudo que tivesse relação com ele. Eu não tenho culpa de nada, Yong Guk. Eu estava tão irritada com você, tão chateada que perdi o controle e contei tudo. Ele está indo para a sua casa. Por favor, me perdoa! - Enquanto ouvia os soluços de Min Hee, Yong Guk olhava fixamente para a janela sem esboçar qualquer reação. Corpo mole, coração acelerado, medo, angústia, sensação de traição. Desligou sem respondê-la e sentou no sofá tentando encontrar uma maneira de lidar com os questionamentos do pai.

            Empalideceu quando ouviu o barulho da campanhinha e o susto o pôs de pé de imediato. Respirou fundo antes de abrir a porta e Kang Dae entrou parecendo sereno, com uma bolsa no ombro e postura rígida. Guk fechou a porta em silêncio e sentiu medo. Sabia que poderia mentir a respeito de sua relação com Min Hee, acusá-la de falsas ações e pensamentos e ainda chamá-la de desequilibrada. Mas para que mentir? Para que criar ainda mais nós em sua vida? Mais motivos para se esconder, se oprimir e se submeter ao que não aceitava por medo?

- Esta é a porra da sua perspectiva sobre liberdade? - Kang Dae perguntou olhando em volta e se deparando com uma casa bagunçada. Sua expressão era de total desgosto e reprovação.

- Ela não se limita apenas a isso. - Respondeu e depois cruzou os braços encarando o pai, conseguindo notar a perturbação que o cercava.

- Yong Guk, o que está acontecendo entre você e Min Hee?

- Absolutamente nada. - Falou no sentido literal e Kang Dae se aproximou.

- Por quê?

- Presumo que ela já tenha lhe contado o motivo. - Guk falou e respirou fundo. Seu pai ficou o observando e seu rosto ganhava outra tonalidade e expressão.

- Ela disse que... - Kang tentou falar mas foi interrompido.

- É. Ela está certa. Eu sou gay, pai. Queira você ou não. - O advogado chefe riu e Guk observava sério a risada se tornar cada vez mais escandalosa e insana. Por fora Bang  estava sereno, por dentro ele gritava.

- Você está louco! Você e Min Hee! Querem brincar comigo, não é possível.

- Nunca falei tão sério. Sou gay, homossexual, gosto de homem, sinto atração por homem e não vou me casar com uma mulher como Min Hee, que é desequilibrada, louca, fútil e mimada.

            E foi a partir desse momento que Kang Dae começou a perder o controle.

- Você se tornou uma aberração depois de tudo o que eu fiz para te colocar no topo? Você tem noção do que está me revelando? Vai acabar com o casamento e com o meu negócio por ter se tornado...bicha? - Demorou alguns segundos antes de pronunciar a última palavra. A pronunciou com tanto desprezo e ódio que Yong Guk apertou os olhos e torceu a boca ao ouvi-la.

- Seus negócios não vão me incluir a partir de agora. Não vou me casar e não vou fazer nada só porque o seu egoísmo quer que eu faça. - Se opôs como nunca antes e sentiu alívio. Kang Dae foi tomado pela raiva.

- Pare de falar tantas besteiras!

- Inclusive, meu namorado saiu daqui há poucos minutos.

- Filho de uma... - Kang Dae avançou em Yong Guk e diferiu um soco em seu rosto. A pancada foi forte, mas não o suficiente para derrubá-lo no chão. Yong Guk riu chocado e levou a mão até o rosto que acabara de ser cortado.

- Se eu pudesse ter previsto que minha vida seria um inferno manipulável por você, eu teria ido embora com Yong Nam quando tive a oportunidade. Eu fiquei cego e absolvi toda a sua ganância porque queria ter uma vida boa. Agora eu entendo porquê minha mãe também partiu. Você é um monstro, pai. Um mostro abominável. Eu sinto vergonha por não ter me dado conta antes e por ter te dado um valor que nunca mereceu. - Yong Guk deixou algumas lágrimas caírem, falava com ódio, com a voz trêmula e baixo porque não sentiu a necessidade de gritar para se livrar de todo aquele peso.  Kang Dae avançou em seu corpo.

- Nenhum homem criado por mim vai ser gay. É falta de surra? Então toma. - Deu outro soco em Bang, que cambaleou.

            Não importava se aquele era o seu pai, tinha de revidar a qualquer custo. O empurrou com força para longe o fazendo cair no chão.

- Não acha que é tarde demais para tentar consertar algo que não tem conserto? - Kang se levantou e foi na direção de Yong Guk, segurou um dos ombros do filho e socou seu estômago. Bang se inclinou sentindo uma dor forte e perdeu o ar por alguns segundos.

- Pode bater, pai. Bata o quanto quiser. Nada do que você fizer vai mudar o rumo que decidi tomar para ter uma vida longe de você e das suas armações. Bata à vontade, bata até se sentir bem. Eu não importo em receber uma surra contando que depois dela você suma. - Agora Yong Guk chorava e sentia dor pelos socos que recebia e por toda a situação. Kang Dae se pôs em silêncio durante alguns minutos e apenas o analisava. Os lábios do mais velho tremiam de raiva, os punhos eram cerrados com brutalidade e o homem estava tão inconformado com aquela palhaçada do filho que o sentimento se fundia com o ódio, a raiva e o seu tamanho preconceito.

- Eu não vou te bater, eu vou te matar. - Disse e avançou sentindo algo explodir dentro de si assim que deu o primeiro passo em direção ao filho. Yong Guk arregalou os olhos com a fala do pai,  tentou se esquivar e conseguiu derrubar Kang no chão mais uma vez. Correu até o quarto, foi seguido e impedido de fechar a porta e no pai nascera uma força que poderia ser descrita como desumana.

            Empurrou Yong Guk com toda aquela força contra o espelho do armário, o segurou e bateu com o seu corpo ali até o vidro se quebrar em mil pedaços e escorrer sangue das costas do rapaz. Yong Guk acertou um soco no pai, alimentando ainda mais o seu ódio.

            As ações de Kang Dae se tornaram tão rápidas que não havia tempo para Yong Guk se defender dos golpes. Gritava para o pai parar com tal loucura, mas seus gritos eram abafados com socos no estômago ou na boca.

- Tudo isso é culpa daquele moleque que você conheceu sabe-se lá como. Você foi atraído para esse mundo para fugir dos seus compromissos, para viver como uma prostituta sem rumo, sem escrúpulos, sem decências. De tanto querer liberdade o seu castigo vai ser viver acorrentado a própria sujeira que você criou. - Soltou o filho em cima da cama se contorcendo de dor, sem conseguir se movimentar direito. Kang Dae riu e balançou a cabeça em reprovação, foi até sua bolsa e de lá tirou uma corrente de aço. Yong Guk arregalou os olhos quando viu aquilo e tentou se levantar, porém mal possuía forças para respirar.

- O que? - Falou com dificuldade e olhou para o pai. Kang abaixou ao lado do filho e acariciou seu cabelo o olhando nos olhos.

- Me perdoa? Você sabe que os pais só querem o melhor para os filhos. - Kang Dae enroscou uma parte da corrente nas mãos e levantou após respirar fundo. - Espero que encontre muitos gays no inferno. - Bateu a primeira vez com uma força descomunal que o grito de Yong Guk foi ensurdecedor. A segunda vez foi na cabeça  mas não foi fatal, bateu a terceira, a quarta, a quinta e só parou na décima sexta quando já havia se cansado de sentir o sangue de seu sangue espirrar no rosto.

- Eu sinto muito, muitíssimo, eu estou realmente arrependido! - Falou e suspirou ao se dar conta de que Yong Guk ainda estava vivo.

- Viado custa a morrer. - Pegou Yong Guk, fraco e quase desacordado, pelo cabelo e passou a corrente  em volta do pescoço do homem. Apertou o máximo que pôde até ouvir o barulho de algo sendo esmagado. Sorriu e largou o corpo sem vida do próprio filho na cama. Respirou fundo e em um excesso de raiva tacou todas as coisas em prateleiras e mesas no chão. Sentou e ficou encarando o corpo ensanguentado até sentir nojo da cena, pegou um lençol limpo no armário e enrolou o filho nele. Sorriu enquanto acariciava o cabelo molhado de sangue, analisava o rosto do filho e suspirou.

- Bons sonhos. - Beijou a testa em um ato paternal falso e saiu como se o que tivesse feito fizesse parte de um cotidiano familiar. Saiu como se apenas tivesse castigado o filho por alguma travessura, saiu como se fosse um pai rígido e disciplinador que acima de tudo dava amor aos filhos. Saiu depois de se livrar de todos os vestígios de sua culpa como se Bang Yong Guk fosse voltar para o escritório no dia seguinte da mesma maneira que fez durante anos, mais disciplinado e obediente que nunca. Saiu vitorioso e com a consciência de que era um psicopata bipolar e cruel. 



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