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História HB - Os garotos heróis e as insígnias da morte - Ítalo Sparks - O baile de honra do ano letivo


Escrita por: williamquimica

Notas do Autor


Ítalo, Velame e X são da sexta série
Will e Auzzy são da sétima.
Victor e Nico é oitava série. Só para os leitores terem um parâmetro da diferença de idades entres os jovens
Ryan é sexta série também.

Capítulo 23 - Ítalo Sparks - O baile de honra do ano letivo


Fanfic / Fanfiction HB - Os garotos heróis e as insígnias da morte - Ítalo Sparks - O baile de honra do ano letivo

Completavam-se quatro horas da manhã do sábado, e o celular de Ítalo tocou a sinfonia número nove de Beethoven. Não foi difícil se libertar do sono. Levantou-se da cama com o rosto inchado de tanto dormir e pegou o aparelho móvel do lado da sua enorme televisão.

O quarto dele era imenso. Tinha duas portas em lados opostos: uma de vidro, onde permitia a passagem até um corredor espaçoso que possibilitava a visão do lado exterior da grande mansão; a outra, madeira decorada, ao qual dava acesso ao outros mesmos aposentos da casa e uma bela escada em caracol, onde levava até a grande sala abaixo. Usufruía de uma televisão com um videogame no raque, em frente a cama, e um enorme guarda roupa que mais parecia outro quarto. Havia algumas telas em branco, perto da porta de vidro, com uma aquarela ao lado, abarrotado de opções de cores variadas e pincéis acima dela. Atrás do seu leito de repouso, tinha uma réplica perfeita do quadro de Mona Lisa, do Leonardo da Vinci, um dos homens mais influentes da época do Renascimento italiano. Pelo dormitório de Ítalo, já podia reconhecer o jovem como o típico indivíduo amante de eventos clássicos e antigos.

Era o seu amigo no celular. Ítalo não curtiu muito a ligação.

— Uma hora dessas, Velame? Estava dormindo! Você perdeu a noção das horas, foi? Porque deixa eu avisar a você uma coisa: são quatro horas da manhã!

— Aaaah... relaxa, cara! Eu liguei porque tenho uma coisa importante a dizer!

— Estou escutando...

— Hoje eu acordei fora da cama. O mais engraçado foi o meu sonho antes disso, pois parecia tão real. Nele, eu estava voando! Pense que, quando acordei, eu estava flutuando de verdade... flutuando, cara! Isso foi magnífico! Pena que acordei em direção ao chão. Levei um baita susto, tomei uma queda, bati a cabeça.

— Você poderia ter falado isso comigo depois. Fala sério, Velame. Vai dormir!

— Espera, cara... me escute. Isso quer dizer que estou perto de conseguir voar. Amaya, a segurança da sua família, é uma ótima professora! E ela é tão bela! Aaah... Será que ela tem alguma filha? Hmmm, anh... esqueci de perguntar isso a ela... Aaaah, sim. Eu estava pensando na sua proposta... seria bom mesmo termos uma equipe bacana, mas meu pai não poderá saber de nada, viu? Ele não iria gostar dessa ideia nem um pouco. E, sim, já pensei logo em chamar aqueles dois garotos para nossa equipe, principalmente aquele cicatryon intangível, o Will. Você pode não ter gostado muito dele, mas ele me parece ser uma pessoa legal, cara. E ele é forte também, seria um diferencial no nosso futuro grupo. E...

Ítalo olhava na direção do teto. Entediado e com sono, interrompeu o seu amigo com uma voz de cansaço:

— Bom sooooono, Velame... — E finalizou a ligação, deixando escapar um suspiro logo depois.

Ele mergulhou na cama e dormiu quase que no mesmo instante.

 ...

 

O jovem Sparks acordou desejando continuar na cama. Mas precisou levantar-se com pressa para a sua aula de francês e espanhol. O horário já passava das sete da manhã e seu alarme havia tocado às seis, mas a sua vontade de dormir foi tão imensa que ele tinha levantado da cama e colocado o seu alarme no modo soneca. Esse foi o motivo pelo qual dele já estar atrasado, visto que a sua aula acabara de começar naquele exato momento.

A cozinha possuía uma farta mesa retangular com alguns mordomos parados ao lado dela, em posição formal, vestidos de preto e branco e uma tolha branca pendurada no braço ao longo do tórax, como se estivesse saudando uma pessoa. Ítalo, já trajado com o seu uniforme escolar, passou por eles e os cumprimentou com um bom dia. Eles responderam em um tom formal, e Ítalo sentou-se perto da mesa e começou a gozar das maravilhas que um filho de um bilionário poderia desfrutar.

 O café da manhã dele não era nada comparado ao de uma pessoa comum. Ele devorou um prato de curry, incluindo caranguejo Devon, trufa branca, caviar Beluga em folha de ouro, lagostas escocesas e quatro abalones. Depois, passou pela bandeja com caviar e pôs mais cinco em seu prato. Comeu todos de uma vez. Bebeu um suco de framboesa e retirou-se da cozinha totalmente satisfeito.

Pegou a mochila e saiu voando às pressas, fora da exuberante mansão.

 ...

 

E não existia garota alguma mais bonita do que a Ashley na sala. Ou talvez até do colégio inteiro. Ela tinha entrado no curso de francês no ano passado, e mesmo assim já havia ganhado a atenção de praticamente metade dos garotos da escola. Uma loira de olhos verdes e cabelos longos até os glúteos, magrinha e de pele parda, meiga e de voz suave. Parecia uma jovem sereia, que hipnotizava aos garotos pela beleza, sem precisar entonar canto algum.

Uma vez, na mesma aula de sábado a uma semana atrás, ela deixara na mesa de Ítalo um papel escrito: future, Princesse Ashley Sparks. Estava em francês e significava: futuramente, princesa Ashley Sparks. Ele só entendeu que ela estava se referindo a ele como marido depois de ter mostrado o bilhete a X.

— Cara, você é muito lerdo nessas coisas. Já chamou ela para sair? – perguntou X.

Ele respondeu seriamente:

— Não é assim que funcionam as coisas. Como vou chamá-la assim do nada? Eu nem sou uma pessoa íntima dela...

— Ai, cara! Você vive dizendo que odeia formalidades, mas é a pessoa mais formal quem eu conheço. Em que século você vive mesmo, em? Convida ela para ser a sua dama na festa de honras do ano letivo. E convida logo viu. Eu já vi meio mundo de gente a convidando ao evento, ela tem rejeitado todos por enquanto.

Se bem que a festa de honra do ano letivo se aproximava cada vez mais e Ítalo não havia convidado ninguém para ser sua acompanhante. Faltavam apenas quinze dias até a grande comemoração. Nela, todos os alunos gozavam de um grande banquete, palestra motivadora e um festival de dança, onde os meninos chamavam suas parceiras para dançarem abraçados, colados. Era a maior festa da escola, com um baile incluso.

O melhor aluno era recebido no palco para discursar algumas palavras relacionado ao seu esforço e dedicação que o fizeram ser um aluno aplicado. O mais destacável esportista da categoria física do ano também era chamado para se expressar. O colégio exaltava bastante também o esporte xadrez (esporte intelectual), e o melhor jogador do ano também era convidado a falar no palco. Tudo isso era uma forma de incentivo aos estudantes.

 

Ítalo ficara parado, pensando na possibilidade. Pensando bem, até que não era uma ideia ruim, raciocinava ele. Até que decidiu fazer o convite no ávido dia do atraso.

Então, já tinha passado exatamente uma hora e meia de aula. X estava sentado na cadeira de trás. Empurrava Ítalo até ele levantar e ir falar com a garota. Estavam no início do intervalo da aula.

— Vai, cara! Deixa de ser abestado e vai logo! — Assim que o Ítalo se levantou, X falou quase que sussurrando: — Agora não fale das suas músicas clássicas, por favor...

Ítalo olhou para trás com uma expressão de desaprovação.

— Ei, o que tem as minhas músicas clássicas?

X fez um gesto com a mão, sinalizando a ele para se apressar e disse:

— Nada não. Vai logo, cara!  

Ítalo viu que Ashley estava dentre um grupo de garotas, conversando. Estavam dando risadinhas, falando sobre moda, sobre garotos e sobre as atuais novelas mexicanas acompanhadas por elas. Ele se apressou e fez o máximo possível para tirá-la daquele meio sem chamar atenção. Tentou ser discreto. Algumas garotas deixaram escapar alguns risinhos quando perceberam o seu esforço. Era como se elas já soubessem que aquilo se tratava do convite ao baile.

Ítalo não era um jovem nada tímido. Possuía a confiança de um tubarão, porém a sua formalidade era algo destacável nele. No entanto, isso não tirava o brilho do quão cativante conseguia ser, pois não chegava a ser chato com a sua postura. Os seus maiores defeitos ficavam expostos somente a pessoas ao qual ele não simpatizava. Will fora um grande exemplo disso. Não que ele odiasse o garoto, mas não queria tê-lo por perto. O simples fato do garoto ter quebrado uma regra da escola já não era um bom indício para o jovem Sparks. 

Ele encontrava-se diante de Ashley, no canto da sala. Os olhos fixados defronte aquele lindo e perfeito rosto. Ela foi a primeira a falar:

— Tem algo a me dizer, Ítalo? Porque eu espero que tenha mesmo...

— É... olha. Preciso deixar claro algumas coisas. Eu sei que não tenho intimidade com você. Pouco falo contigo. Não sei se seria o momento certo lhe chamar ao baile. Mas se você não estiver algum parceiro, aceitaria ir comigo?

— Meu Deus...! Ítalo, é só um baile... Você não está me chamando para casar. Não precisa ser uma pessoa próxima a mim para me convidar. E, sinceramente, eu achei que você não fosse me chamar mais... Estive esperando o convite seu. Eu neguei mais de trinta garotos porque eu queria ir com você. Claro que aceito.

O jovem abriu um breve sorriso. X estava de longe, fazendo sinais de aprovação. Dava para notar pelo rosto de Ítalo que as coisas estavam indo bem. O seu olhar voltou-se a Ashley quando ela perguntou:

— No dia da festa, que horas você vai passar na minha casa?

— Seis horas da noite. Está bom para você?

— Está. Então, combinado — disse ela.

— Sim... Combinado.

Mais tarde, a aula já tinha terminado.

Todos os alunos tinham o direito de escolherem duas línguas estrangeiras a fim de que pudessem aprender no sábado. O colégio de idiomas, anexo a escola principal dos Sparks, disponibilizava praticamente todos os idiomas aos alunos. X estava na mesma sala do jovem porque escolheu o francês para a primeira aula do dia. Já Velame, escolheste o italiano. Ele se encontrava saindo da sala adjacente daquele lugar no momento. Os três iriam se encontrar numa outra sala, onde o professor de espanhol esperava os alunos chegarem.

Eles sentaram no fundo da sala.

— E aí, galera? — Perguntou Velame.

— Tudo certo, Velame. — respondeu X, aproximando a boca no ouvido do seu amigo, colocando a mão do lado para evitar uma possível leitura labial de alguém próximo — Se ligue! Ítalo convidou a Ashley ao baile...

Velame tomou um susto. Parecia estar espantado. Alguns alunos até olharam para ele depois da sala inteira o ter escutado falar:

— A Ashley, cara!? Aquela loira dos olhos verdes!?

— Psiu, silêncio... — X falou.

Ítalo balançou a cabeça, sem graça.

— Sim. A gatona de olhos verdes — continuou X

— E ela aceitou?

— Aceitou. Ítalo é muito sortudo. Eu tinha visto ela recusar vários alunos, inclusive os do primeiro ano, mais velho do que ele.

— Sério, cara? Que maneiro! É, Ítalo... Você realmente tem sorte com as meninas, viu. A garota que eu chamei para o baile disse não a mim. Ela disse que eu não era o tipo dela.

X sorriu.

— Que fora, em? Tomou um baita fora.

— E você? Já chamou alguém por acaso? — perguntou Velame, com a vergonha perceptível no rosto.

— Claro! Eu vou ao baile com a Jennifer, a ruiva da sétima série.

— Então quer dizer que sou o único isolado de nós, não é?

X demonstrou concordar com a situação. Ítalo até imaginava já o que seu amigo iria falar. Certamente, as primeiras palavras seriam duras e depois algo confortante.

X disse:

— Bom, eu não esperava tanto assim de você, Velame. Mas não se preocupe, vamos encontrar alguém antes do precioso dia. Já tenho até um palpite. Acho que você vai gostar dela.

— Quem é?

— Sabe a garota de cabelo cacheado da sétima série? A da sala J ... Ela é popular.

— Quem não conhece ela? Ela é linda! O nome dela é Carolyn Carter.

— Sim. Vamos armar uma estratégia para fazer você chegar nela.

— Não acho que ela aceitaria o meu convite.

— Sabe o que falta em você, Velame? Confiança. Tenha mais fé em você, cara.

— É, Velame. As meninas gostam disso. Confiança é importante — Ítalo concordou com X.

— Hmm. Ok. Fazer uma garota popular ir ao baile, sem você ao menos ser popular, é uma tarefa difícil. Vocês sabem disso.

Ítalo tentou animá-lo:

— Você consegue. Mas primeiro você precisa tentar. Mais confiança em si, Velame.

O professor de espanhol bateu o apagador no quadro e disse bem alto na mesma língua ao qual lecionava:

SILENCIO! La clase comenzará (Silêncio! a aula começará!).

Ítalo direcionou a sua atenção ao quadro, mas foi interrompido o olhar quando a loira entrara na sala. Realmente, ela hipnotizava.



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