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História Head Above Water - Yoonkook - Second


Escrita por: babyncrln

Capítulo 2 - Second


   Eu gostava muito da escola – mais precisamente de estudar –, mas ultimamente ela vem me desanimando. Eu estou no último ano do ensino médio, sem nenhuma perspectiva para o futuro e sem aproveitar esse tempo que me resta. Eu sei que devia ser menos depressivo e agradecer por estar vivo até os dezessete anos, mas... eu me sentia vazio e sem propósito.

  Quando os médicos disseram para minha mãe que a minha expectativa de vida era até os 15, ela surtou, quase entrando em depressão comigo, porém, de última hora, ela decidiu que seria a força de nós dois. E é assim até hoje. Entretanto, por um milagre do Altíssimo, eu completei dezesseis, depois dezessete e agora falta poucos meses para completar dezoito. O que gerava uma comemoração cheia de lágrimas – dela é claro.

    Entrei por aquela porta horrível tão familiar e subi alguns degrau até o corredor pouco iluminado. Andei sem medo, até chegar numa porta escura onde havia uma plaquinha na parede, cuja indicava o nome do proprietário. Dr. Jung Hoseok, psicólogo e terapeuta. Apertei o interfone e logo me apresentei, esperando ouvir em seguida o tão reconhecível som das travas sendo abertas automaticamente. Depois de uma semana, eu me encontrava diante daquele lugar novamente e eu já sabia como seria. Era sempre a mesma coisa. Eu nunca fui fã da monotonia, mas como ela participava da minha vida todos os dias desde meus oito anos, não tinha muita escolha. Eu obedecia porque já era da minha natureza fazer tudo certinho e, maiormente, porque eu tinha que ter uma rotina. Era isso o que meu médico dizia toda vez que eu fazia algo diferente e acabava no pronto-socorro.

   — Yoongi, você tem que se programar. – aconselhou o Dr. Kim se sentando em sua cadeira de frente para mim. – Eu não quero agir como sua mãe, mas isso talvez melhore sua saúde e você não tenha que vir tanto para a emergência... – ele fez uma pausa e meu tórax sentiu um incômodo. – Eu sei que parece horrível e terrivelmente chato, mas talvez uma rotina seja o mais indicado a você.

     Foi aí que meu sofrimento realmente começou. Para quem tem Asma Grau 4, ou Asma Grave, como é popularmente conhecido, a vida é um tanto difícil. Você toma vários remédios e mesmo assim qualquer gripe te faz ter uma recaída e ir parar na emergência, tipo uma pessoa com o vírus HIV, cuja a imunidade é baixa. Meu pulmão é quase totalmente bom, tive uma pequena lesão nele há alguns anos atrás, mas posso sobreviver com isso, porém o canal dos brônquios... esse é problema. Nas minhas condições, esses canais se tornam mais sensíveis e irritadiços, fechando-se e me causando um ataque de tosses ou uma falta de ar terrível. Sabendo de tudo isso e sendo obrigado a fazer uma lista de tarefas para todos os dias, acabei me tornando um pouco depressivo e isolado, agora tenho que ir ao psicólogo uma vez por semana para falar apenas da minha rotina. Sim, muito interessante.

     Ao ouvir a porta se destrancar, entrei e fechei-a logo em seguida. Embora a fachada do prédio comercial mostrasse a imagem de ser um lugar quase abandonado e mal cuidado, o interior da sala do Dr. Jung era extremamente bem organizado e customizado com cores alegres. A secretária sorriu para mim e pediu que eu esperasse alguns minutinhos, pois o Dr. Hoseok estava atendendo um jovem de última hora. Claro que eu não ia reclamar né, esperei até de bom grado sentado numa cadeira estofada dali, aproveitando para descansar. Peguei meu celular e percebi algumas mensagens. Nada muito interessante, era apenas da minha mãe, algumas de Jimin e a operadora. O mesmo de sempre...

"Não esqueça de ir no Dr. Jung hoje!"

"Te amo meu bebê!"

  — Mães... – resmunguei comigo mesmo antes de responder às mensagens, pulando logo para as de Jimin.

  "Yoon?!"

" Você é um péssimo amigo, mas eu te amo..."

  " Passa aqui demais tarde? Eu quero contar uma coisa para você..."

   " Mas vai logo porque senão eu acabo falando aqui mesmo!"

" Tá! Já que você insiste em saber... eu fiquei com o Jun! Mas depois te conto os detalhes..."

   Respondi com alguns emojis surpreso e sorri ao ver que não tinha passado nem 5 minutos entre as duas últimas mensagens de Jimin, mas tudo bem, eu sempre soube que ele era um pouco ansioso.

A porta da sala do meu psicólogo abriu e vi um rapaz alto passar por ela muito abatido. O olhar perdido dele me deixou tão triste que eu tive que desviar o olhar. Eu já me senti assim e confesso que às vezes eu pensava em desistir, mas eu não podia deixar nem minha mãe e nem Jimin sozinhos.

   — Até semana que vem Namjoon e não esqueça, se tiver tanta dificuldade para dormir pode tomar um antidepressivo. Mas apenas um! – disse o psicólogo atrás do paciente. O tal garoto chamado Namjoon apenas assentiu e sorriu forçado se despedindo. Ele olhou para mim, cumprimentando rapidamente com um maneio de cabeça e seguiu seu caminho para fora do pequeno consultório. – Olá Yoongi, vamos para a nossa consulta? – saudou o Dr. Jung com o sorriso de sempre me dando espaço para entrar na sala.

   — Olá... – cumprimentei, sorrindo. Ele sempre foi animado assim, desde que eu o conheci há alguns anos.

   Entrei na sala, cuja as paredes verdes recém pintadas de amarelo me chamaram a atenção e não pude deixar de analisar tudo. Embora a sala fosse pequena era bem iluminada com janelas grandes, havia uma escrivaninha com vários documentos em cima e atrás dela – e ao redor do cômodo – varias estantes com livros de psicologia e coisas do ramo. Perto de uma samambaia, se encontrava o famoso divã e em frente uma poltrona, ambas pretas com características modernas e confortáveis. Jung Hoseok, apesar de ser um jovem psicólogo bem procurado, extravasava alegria, tanto numa conversa, quanto na aparência de sua sala de trabalho. Acho que por isso ele era tão requisitado pelas pessoas de classe média. Aposto que imaginavam que sua alegria contagiaria a outra pessoa. Um fato não comprovado até o momento, mas cada um tem um tipo de esperança diferente.

    — Pode se sentar, Yoongi! – diz radiante. Às vezes eu queria ter o humor dele.

   — Ah, claro... – disse, sorrindo envergonhado. Fiquei tanto tempo analisando seu escritório que nem havia percebido meu comportamento. – Ficou bonita essa cor nas paredes...

    – Oh sim, obrigado, também gostei! – respondeu ele feliz, com o sorriso, impossivelmente, aumentando. – Me lembra a luz do sol.

    – Verdade... – concordei por educação.

Depois de algumas conversas banais, ele começou a me perguntar sobre como foi minha semana, mesmo sabendo a resposta. O Dr. Hoseok sabia que essa rotinas me afetavam indiretamente, mas sempre esperou que eu dissesse – o que devo acrescentar, não aconteceu. Ele sempre diz que devemos ver o que nos incomoda e lutar contra ela. Ok. Como vou lutar contra algo que faz parte de mim e que não tem cura? Sempre tento conviver com a possibilidade de não acordar vivo no dia seguinte por conta de alguma tosse, ou alguma irritação nos brônquios, e por essa maldita rotina que eu tenho certeza que vai me matar algum dia. Mas tudo isso estava me sufocando tanto que não medi minhas próximas palavras.

— Estou cansado... – confessei, suspirando. O Dr. Hoseok parou de rabiscar sua prancheta e me encarou, talvez aliviado ou orgulhoso. – Eu tento me manter firme, viver dentro das rotinas que estabeleceram, mas se todos sabem que vão morrer um dia, porque eles não têm uma rotina que os previne igual a mim? Qual é a diferença?

— Nenhuma, Yoongi. – respondeu, agora com um pequeno sorriso. – Continue, sei que tem mais para falar...

— Eu não quero mais viver desse jeito. Me sinto preso, mas também não quero morrer. O que eu faço, Dr. Jung? – questiono, ansioso e atônito. – Sinto que posso morrer dos dois jeitos...

Antes que ele pudesse me responder, o cronômetro havia alertado que nosso tempo havia acabado. Fiquei um pouco decepcionado, mas me coloquei de pé.

— Vamos fazer o seguinte... – começou o jovem psicólogo. – Até a nossa próxima consulta, você fará o que seu coração mandar. Esqueça sua mente, sua mãe e até mesmo sua rotina. Viva até a próxima semana e me conte como foi... – ele parou e sorriu amigavelmente. – Quem sabe assim conseguimos encontrar um jeito em que você possa viver sem essa monotonia!

Confesso que me senti melhor depois daquilo. Eu realmente queria poder viver essa semana inteira e saber como resolver meus problemas. Eu sabia que minha doença não se curaria misteriosamente, longe disso, mas eu queria apenas que eu pudesse encontrar um jeito de conviver com ela sem me sentir morto. Eu não achava que isso era pedir demais, porém, uma parte minha – aquela que gostava de me maltratar – dizia que eu tinha mais do que muitas pessoas em situações piores desejavam. E eu me sentia um lixo. Entretanto, essa semana eu tentaria não me importar. Queria saber como era viver como um adolescente normal e sabia que Jimin adoraria me ajudar, por isso fiz um pacto comigo mesmo naquela sala. Nada me impediria de viver como eu queria durante essa semana.

Dr. Jung Hoseok me acompanhou até a saída e me falava frases motivadoras, que eu nem ao menos prestava atenção. Minha cabeça estava mergulhada em ideias e lugares que eu poderia frequentar, experimentar, entre outra coisas...

   Enquanto estava do lado de fora do prédio, parei para ver onde iria antes de ir até a casa do Park. Decidi pela cafeteria que havia a algumas quadras dali e que eu morria de vontade de experimentar alguma coisa. Parecia um bom começo para mim.

Um vento frio bagunçou meu cabelo e eu olhei para o céu, confuso. Até uma hora atrás o céu estava limpo e com um sol quente, que havia feito eu me arrepender de ter colocado um moletom, mas agora às nuvens cinzas haviam preenchido o céu completamente. Logo, talvez, choveria. Me pus a andar até a cafeteria antes que a chuva caísse, depois ligaria para minha mãe ir me buscar.

Quando eu atravessava a rua, envolvido em vários pensamentos aleatórios, senti algo atingir minha cabeça e depois a ponta do meu nariz. Droga, droga, droga, justo agora? Apertei o passo sem parecer desesperado, mas quando vi, já estava correndo ligeiramente até a cobertura da cafeteria. Quando vi a entrada da cafeteria logo virando a esquina, bati contra uma pessoa sendo jogada para cima da mesma. A chuva agora intensa quase que me cegava e quando consegui me levantar vi que estava em cima de um conhecido, para piorar completamente a minha situação.

— Oh... me perdoe. – exclamei, completamente sem fôlego. Eu estava tão envergonhado e olhava para qualquer lugar, menos para aqueles olhos escuros. – Eu sou muito desastrado...

— Já é a segunda vez hoje... – responde Jungkook, com um sorrisinho sacana. – Daqui a pouco vou pensar que você gosta de esbarrar comigo por aí...

— Eu... ahn... não foi proposital, eu juro. – digo, tentando não parecer envergonhado. Com aqueles olhos e o sorrisinho sacana, tinha até esquecido da chuva a nossa volta.

— Sei. – resmungou e pegou em uma das minhas mãos. – Vamos sair daqui...

Incrivelmente eu estava de mãos dadas com um garoto bonito, correndo pelas ruas debaixo da chuva. Minha mente romântica claramente entrou em ação e eu tive que prensar meus lábios para não sorrir igual a um idiota. Atravessamos a rua correndo e entramos na cafeteria que estava no meu primeiro plano. Fiquei envergonhado por entrar todo ensopado de mãos dadas com um garoto, mas foi sem duvidas um tanto diferente. Adentramos a loja e vi Jungkook seguir caminho até um garoto que acenava timidamente. Notei que ele não soltou minha mão em nenhum momento.

Ao nos aproximarmos do garoto notei que era o tal Namjoon de algumas horas atrás. Aish, que azar, tomara que não fale nada sobre o encontro de mais cedo, ou melhor, não me reconheça. Era estranho falar ao desconhecido que acabou de sair de um psicólogo. Então baixinho, orei a Deus para que me escutasse. Namjoon olhava para sua mesa e tinha suas duas mãos enfiadas no cabelo, enquanto apoiava-as na mesa. O mesmo ar de mais cedo o rodeava e quando paramos na frente da sua mesa, ele levantou a cabeça com um sorriso límpido. Ele era um ótimo ator, constatei com um sorriso triste.

— Oi Joonie, trouxe um amigo, espero que não se importe... – começou Jungkook, despertando tanto eu, quanto Namjoon dos pensamentos. Ele direcionou seu olhar a mim e eu sorri nervoso, logo ele pareceu confuso. – Yoongi, esse é Kim Namjoon, um grande amigo, e Namjoon, esse é Min Yoongi, um amigo desastrado... – corei tanto pelo que ele falou, quanto por ele saber meu nome.

Me curvei numa reverência à Namjoon e vi o fazer o mesmo. Jungkook já ia se sentando quando eu segurei de leve seu braço, fazendo-o olhar confuso para mim.

— Tudo bem? – perguntou ele preocupado e eu fiz que sim, fazendo com ele tombasse a cabeça para o lado.

— Talvez seja melhor eu deixar vocês conversarem, eu não quero incomodar... – respondi baixinho, para não chamar muita atenção. – Talvez Namjoon queira conversar algo importante com você...

— Você quer Namjoon? – perguntou Jungkook, com uma sobrancelha arqueada.

— Deus me livre, Jungkook não serve para ouvir os outros, só para ser escutado. – respondeu o outro um pouco mais animado. – Pode sentar aí, Yoongi, só vamos dizer banalidades...

   — Bem engraçado, Hyung... - retrucou o mais novo. – Por favor, Yoongi, fique um pouco comigo...

   — Com a gente... – corrigiu Namjoon, achando graça do biquinho do Jungkook. Já eu achei completamente fofo.

   — Tudo bem então. – concordei, sorrindo timidamente para eles. Me senti animado por fazer novos amigos.

   — Me conte como vocês se conheceram... – perguntou Namjoon sorrindo amavelmente, com as covinhas amostra.

    — Eu... bem... – deveria contar que foi porque eu sou muito desastrado e trombei com ele?

   — Fazemos algumas algumas aulas juntos. – respondeu Jungkook sorrindo, me deixando surpreso e Namjoon também. – Vai querer café?

   — Por favor e com creme... – murmurei, ainda surpreso. Desde quando ele sabia isso? Mal frequentava as aulas. Enquanto um atendente se aproximava, Namjoon pareceu ler meus pensamentos.

   – E desde quando você repara nisso? Na verdade, desde quando você frequenta uma escola? Porque pelo que eu saiba, você e o Tae estão quase reprovando... – disse o loiro em alto e bom som, fazendo Jeon se encolher na cadeira e olhar para os lados envergonhado.

  — Por que você não fala mais alto, Hyung?!– reclamou. – Acho que ninguém te ouviu... – ri junto de Namjoon e vi o atendente chegando em nossa mesa com uma cadernetinha. – Boa tarde, vamos querer um cappuccino e um café com creme... – Jungkook se limitou a olhar o mais velho e perguntou seco. – Vai querer algumas coisa, Namjoon? – O mesmo negou e ele então dispensou o atendente.

   — Está irritado, Jungkookie? – provocou com um sorriso maldoso. – Talvez eu tenha te envergonhado na frente do seu amigo...?

   — Não que eu tenha ficado surpreso com o que disse... – interrompi, antes que ele completasse a frase e eu acabasse envergonhado junto. Jungkook olhou surpreso para mim e Namjoon riu alto.

   — Eu não esperava isso de você, Yoongi... – resmungou Jungkook quase chateado, com os olhos semicerrados para mim.

    O celular do Namjoon tocou bem na hora e ele se levantou, afastando-se para atender. Jungkook começou a me ignorar e bem nessa hora nossos cafés chegaram.

    — Café com creme tem um gosto ruim demais, você não devia tomar isso... – resmungou ele, olhando pela janela, fingindo estar bravo demais para me encarar.

   — E cappuccino faz mal para o estômago. – retruquei no mesmo tom, fazendo com que ele desviasse o olhar da janela. Sorri para ele e o mesmo revirou os olhos vendo que eu consegui fazer com que olhasse para mim.

   — Não valeu, você me atrai como um ímã... – resmungou baixinho e emburrado, e eu corei por completo. Antes que pudesse acabar me envergonhando por gaguejar, Namjoon apareceu e começou a se despedir.

   — Jungkook, tenho que ir agora. – disse para o mais novo, bagunçando seu cabelo. – Até mais Yoongi, foi prazer te conhecer. – e então foi embora, seguindo seu caminho embaixo da chuva.

   — Parece que é só a gente agora... – constou Jungkook, sorrindo de lado.

   — Credo, Jungkook, você parece um pervertido falando assim... – resmunguei, corado.

   — Não tenho culpa de ser atraído por você... – deu de ombros e sorriu satisfeito por me ver corando além do possível. – Que fofo...

   — Você é p-péssimo... – digo, um pouco desconcertado e desviando o olhar.

   — Eu sei, me passa seu número? – pergunta ele, sorrindo fofo.

    – Para que você quer meu número? – perguntei acanhado. Ninguém nunca tinha chegado assim em mim e eu estava muito tímido em relação a ele.

   — Para eu poder conversar com você, te conhecer melhor para marcarmos um encontro... – revelou Jungkook, com um sorriso sugestivo.

   — V-Você não presta, J-Jungkook... – briguei, mordendo meus lábios, nervoso. Ele riu e se recostou na cadeira me olhando divertido.

  — Mas mesmo assim você vai se apaixonar por mim... – anunciou, com um sorriso ladino, que fez com que meu coração batesse mais rápido.

Talvez, só talvez, pelo calor do momento, eu tenha passado meu número para ele.

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"Sim, estou lutando por minha vida

Não posso parar o mar, não posso alcançar a praia

E minha voz se torna a força que me impulsiona

Eu não vou deixar isso me puxar para o mar"



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