1. Spirit Fanfics >
  2. Heart Anatomy - está sendo reescrita. >
  3. O Kiba é o cara!

História Heart Anatomy - está sendo reescrita. - O Kiba é o cara!


Escrita por: didi_cookye

Notas do Autor


Olá meus leitores!!

Tudo bem com vocês?

Eu tentei ao máximo não atrasar muito, só que a escola estava me bombardeando de provas e trabalhos! E como tenho um trabalho agora para fazer agora serei breve... Está semana tenho mais provas. Mas são poucas consideradas a estas últimas duas...

Adoro vocês!

Boa leitura!

Imagem do capítulo: Cão da Hanabi.

Capítulo 35 - O Kiba é o cara!


Fanfic / Fanfiction Heart Anatomy - está sendo reescrita. - O Kiba é o cara!

Gaara está com a cabeça repousada no travesseiro. Os olhos fixos no teto, mas os pensamentos voavam longe. Cada pensamento era sobre uma coisa diferente, de um jeito diferente, ou até mesmo em um lugar diferente, mas todos eles envolviam a mesma pessoa: Ino Yamanaka.

Antes que ele pudesse perceber ela invadiu a sua mente.

Gaara queria que ela fosse o tipo de garota que se jogava de cabeça, porque era o tipo que ele estava acostumado. Mas não... Ela era do tipo que “esperava para ver”. Palavras dela.

Seu celular vibra em cima do criado-mudo, chamando a sua atenção. Ele o pega com uma sobrancelha arqueada. Afinal ele acabou de comprar o celular, e nem todos tinham aquele número ainda.

Era uma mensagem no ‘WhatsApp’, ou melhor, eram fotos enviadas através dele. Ino enviou as fotos que eles tiraram juntos em seu trailer/casa. Na primeira ele estava deitado na cama, totalmente à vontade enquanto ela procurava algo para eles comerem – pelo menos foi o que ele pensou. Como ela bateu aquela foto sem ele ver?-. Na segunda, os dois estavam deitados juntos na cama, apesar de ela ter batido a foto, não olhava para a câmera e sim para os olhos do ruivo, assim como ele olhava os dela. E ambos sorriam genuinamente, como se estivessem admirando o motivo de seus sorrisos.

 Na terceira os dois olhavam para a câmera e sorriam para a mesma.

Ele abriu esta segunda foto, mexeu em opções e colocou como papel de parede.

E em nenhum momento ele parou de sorrir, sorria para o celular como um bobo apaixonado. Talvez porque ele realmente fosse um bobo apaixonado.

 

Dia seguinte

Narradora pov off

Apartamento de Sasuke e Sakura 10h33min

Sasuke pov on

 

Passei a faca devagar no mármore da bancada. Há quanto tempo eu estou fazendo isto? Meia hora? Já afiei todas as facas da casa umas três vezes... Exceto está, está eu acho que estou afiando pela sexta vez. Lancei à faca em direção as outras, arrependendo-me quase que automaticamente, pois assim que se chocou jogou todo o pequeno monte de facas no chão, resultando num barulho horrível.

- E eu reclamo com a Sakura porque ela é barulhenta – resmungo enquanto abaixo para pegar as facas.

- Como ela pôde fazer isto? – Pergunto a Naruto pela milésima vez. - Visitar um criminoso e não me contar? – Já esta pergunta, eu acho que fiz bilhares de vezes.

Ajustei o fone de ouvido na orelha. Eu odeio falar ao celular, os fones foi uma forma que achei de não precisar segurar está merda na orelha.  

- Caí na real Sasuke – grita Naruto, parece que ele quer explodir meu tímpano esquerdo - o problema não é que ele é um criminoso... – Conclui Naruto, só que num tom um pouco mais baixo. Eu podia sentir o sorriso sacana dele. - E sim que ele é o ex dela, primeiro namorado, primeiro amor, primeira relação sexual...

E ainda bem que foi a última, penso comigo mesmo.

- O grande problema não é ela ter ido vê-lo – confesso - isto faz tanto tempo, foi assim que ele foi preso. Isto é um problema? Claro, mas o maior é ela não ter me contado. É como se não confiasse em mim.

- Assim como você contou a ela que ainda está trabalhando no caso da Akatsuki?

Não respondi.

Ele cutucara a minha ferida. Eu não contei a ela porque não confio nela, não contei porque queria protegê-la, mas e se...

- Talvez ela só quisesse te proteger – diz Naruto interrompendo meus pensamentos – ou poupar você de estresse. Você é meio cabeça quente. – Ignorei a última parte. – Quero só ver como vá contar para ela, sem dizer que ainda está trabalhando para o pai dela.  

Antes que ele pudesse responder, algo aconteceu.

- Ai! – Sibilei como uma cobra. Tentei me recompor, para não dar nenhum alarde. Mas não deu muito certo.

- Que foi? – Questionou Naruto, nem um pouco preocupado.

- Acabei de me esfaquear – digo revirando os olhos.

- Como é que é? – A voz dele subiu uma oitava, fazendo me franzi o cenho.

- Não grita dobe. Eu estou bem, foi só um corte na mão – digo observando o estrago, não estava muito fundo, mas também não estava nada bonito. – Vou desligar – anuncio. Ainda não comecei a dizer ‘tchau’ para às pessoas, mas isto já é um grande avanço.

- Qualquer coisa liga e... – Ele foi cortado pelo meu botão de desligar. A única coisa boa em falar ao telefone é que você controla quando a conversa acaba.

Abro uma gaveta da pia e pego uma frauda de pano, e abro a bica. Enfiei a mão embaixo dá água. Profiro alguns xingamentos quando despejei um pouco de detergente em cima.

Pego o pano e o amarro, numa tentativa de estancar o sangramento.  Guardo as facas novamente, assim como as pistolas. Acho que desmontei e engatilhei cada uma, pelo menos três vezes.

Sento no sofá confortavelmente – uma perna em cada continente do sofá – e começo a procurar algo de bom na TV. Infelizmente, o melhor que estava passando era um documentário estúpido sobre ácaros e morcegos –não que eu saiba o que um tem haver com o outro- e outro sobre o derretimento das geleiras, aquecimento global em geral.

- Tanto canal e nada que preste – resmungo colocando no documentário sobre aquecimento global. Sakura está certa, precisamos aumentar o pacote de canais da TV.

 Depois de aguentar: camada de ozônio. Calor. Animais morrendo. Animais tendo de sair do seu habitat e morrendo. Gelo derretendo. Conscientização, eu peguei no sono.

Acordei algumas horas depois, com a porta da frente batendo ruidosamente.

- Desculpe – a voz de Sakura soou cansada, mas ainda melodiosa aos meus ouvidos – eu te acordei?

- Tudo bem – resmungo desligando a TV.

Ela soltou a mala, e jogou a bagagem de mão para um lado e a bolsa para o outro. E então veio arrastando os pés até o sofá, ela se jogou no mesmo e depois veio se arrastando até mim, conseguindo repousar a cabeça no meu colo.

- Aquela prova... – Diz Sakura num sussurro – não é de Deus. Dormi doze horas seguidas no hotel, mas todo o tempo do meu voo. E mesmo assim não consigo apagar ‘medicina’ da minha mente. Tudo que se passa aqui dentro são cálculos de dosagem, sintomas, diagnósticos, pesquisas antigas, pesquisas recentes, pesquisas antigas em animais e humanos, pesquisa recente em animais e humanos – as palavras saem de sua boca como se a mesma fosse uma metralhadora - causas, vírus, viroses, pestes, pestes antigas, doenças antigas, doenças novas, doenças, doenças e mais doenças. – Ela diz pondo a mão na própria testa, afastando os cabelos. – E aquele instrutor ainda ficou tirando uma com a minha cara. Disse que se eu não estivesse fazendo à prova para me tornar pediatra, não conseguira outra coisa, pelo menos não com este cabelo – ela repetiu aquelas palavras entre dentes. Os olhos fechados com força, o maxilar trincado, e a veia da testa –tão bem conhecida por mim- esta aparente. Está com certeza não é a melhor hora para falar com a Sakura sobre aquilo.

Ficamos em silêncio por uns três minutos. O que seria confortável para mim se ela não estivesse tão acabada, e eu com este peso na consciência.

- Sinto muito – digo finalmente – Este trouxa não sabe o que diz. Você é brilhante – incentivo a fazendo dar um mínimo sorriso - mas você acha que se saiu bem?

- Eu arrasei – ela diz num sussurro, a voz diminuía conforme as palavras saiam.

- Você precisa descansar não é mesmo? – Pergunto mais para mim mesmo do que para ela.

Acaricio seus cabelos róseos, até que ela abre os olhos repentinamente.

- Pensei que minha mente estava me enganando – diz Sakura sentando-se rapidamente – mas é mesmo cheiro de sangue – ela diz pegando a minha mão. O pano agora tinha bastante sangue.

- Cortei afiando umas facas – eu respondo ao seu olhar interrogativo. – Amarrei para estancar o sangue.

- Passou álcool? – Interroga enquanto desfaz o meu torniquete improvisado.

- Detergente.

- Sasuke! – Ela esbraveja comigo enquanto avalia minha mão – vai precisar de uns pontos.

- Não vou ao hospital só para isto – digo um pouco rude de mais. Ela só está preocupada comigo - depois eles vão ficar caçoando de mim – retrato dando-lhe chance para um argumento. Preciso acalma-la. Posso ir até o hospital se isto a deixa melhor, mas também não quero dar o braço a torcer tão facilmente. Afinal, eu ainda sou... Eu!

- Não existe só o Memorial nesta cidade – ela diz como se fosse obvio. – Isto pode ser resolvido em qualquer pronto socorro.  Tem plano de saúde para que?

Dei-me por vencido. Mais para deixar a Sakura feliz e satisfeita, do que por preocupação com a minha mão.

Demoramos mais para chegar ao pronto socorro, e achar uma vaga, do que para sermos atendidos. Depois que viram meu sobrenome, e minha carteira de identidade eles me atenderam quase que prontamente... Por um momento fiquei até com pena das outras pessoas.

Quando saí da sala de atendimento –onde levei sete pontos- procurei Sakura em meio às tantas pessoas na sala de espera. Não foi difícil achar, porque o cabelo dela é rosa... 

Ela conversava com uma garotinha de aparência realmente doente. Ela é muito magra, tanto que se eu pudesse colocaria um sabonete no vão entre a sua clavícula e o seu pescoço. Mas fora o aspecto adoentado, ela é muito bonita. Tem cabelos cacheados e cheios, que ela visivelmente tentou controlar com um gorro verde. Pele negra, e depois de me aproximar o bastante, notei que seus olhos também eram castanhos, mas num tom que eu nunca vi antes. Parecia marrom, marrom claro. Mas o que mais destacava nela era algo preso no seu nariz. Igual o daquela menina, daquele filme de mulherzinha que a Sakura me obrigou a ver no cinema com ela. O nome tem haver com constelações... A culpa é de Andrômeda? Não sei ao certo... Só sei que acabei gostando do bendito filme.

- E então Melissa? – Ouvi Sakura dizer para ela – quantos anos você tem?

- Doze – a menina respondeu com a voz frouxa. Para logo em seguida tossir.

- Você mora por perto?

- Não, mas esta é a única unidade que tem meu tipo de tratamento – ela responde sorrindo.  Algumas pessoas sorriem sem motivo algum, ainda mais está menina. Enferma, e pelas roupas deve ser de classe baixa, mas sorri sem motivo algum. 

- E o que você tem? – Perguntei. Não curioso, mas com pena.

- Problemas nos “pulões” – ela responde.

- Se diz ‘pulmões’ – Sakura corrige gentilmente.

- Isto, eu sei que preciso de novos – afirma Melissa. Foi quando notei um pequeno cilindro com ar respirável bem ao seu lado. – Ou pelo menos de um novo.

Ela parecia ter uns oito anos, por isto eu fiquei surpreso quando fiquei sabendo que ela tinha doze. Apesar de estar sentada, ela parecia pequena e franzida.

- Está aqui sozinha?

- Não – Melissa respondeu olhando nervosamente a sua volta. Era obvio que estava mentindo – minha ahn... Irmão mais velho deve chegar em breve. Ele é bem grande e forte, mas forte que o seu marido – diz apontando-me com o queixo. Sakura sorri.

- Ainda somos só namorados – ela corrige – não precisa mentir para nós. Não somos sequestradores de crianças.

Depois de mais alguns minutos conversando, Sakura foi até a recepção fazer alguma coisa. E enquanto isto uma enfermeira veio buscar Melissa, que se despediu de mim com um sorriso tímido. Acenei para ela enquanto ela se despedia de Sakura no balcão.

- Vamos? – Sakura pergunta para mim.

- Claro, mas o que queria na recepção?

Enquanto ela me explicava o seu plano para ajudar Melissa, eu fiquei a fitando. Sem desviar o olhar dela nem um segundo sequer. Os lábios levemente roxos por ela ter saído neste frio sem estar agasalhada, o sorriso estonteante - apesar de ela estar tremendo levemente-, e as covinhas aparecendo especialmente para mim. E então ela corou, pensei que fosse por causa do frio, afinal chegamos ao estacionamento- até que ela se pronunciou:

- Você está me deixando constrangida – diz Sakura – me olhando deste jeito intenso, com está expressão sexy, controladora e levemente sádica.

Eu rio com a sua descrição, e rio alto.

- Vamos para casa para que eu possa te esquentar – digo beijando sua testa e abrindo a porta do motorista para ela.

- O cavalheirismo ainda existe! – Ela exclama como se estivesse impressionada.

- Não subestime os homens – falo contornando o carro e entrando.

Automaticamente somos abrigados pelo calor confortável do aquecedor.

- Claro que existem cavalheiros no mundo – Sakura diz enquanto liga o carro – só não sabia que você era um deles – completa acelerando.

Depois de alguns minutos de conversa fora, finalmente chegamos ao nosso lar. E eu pude agarrar a minha namorada. Já estava quase na hora de ela deixar de ser minha namorada, e ser promovida a um cargo maior...  Quase.

- Baby, eu preciso falar com você sobre uma coisa – digo beijando atrás da sua orelha. Seu ponto fraco.

- Hn? – Diz Sakura enquanto a conduzo até a nossa cama.

- Lembra que prometemos que sempre confiaríamos e amaríamos um ao outro?

- Sim – diz Sakura aconchegando-se na cama, chegando mais perto de mim. Vai ser uma noite bem fria.

- Eu cumpri a minha parte. Depois do que vou falar aqui, pode parecer que não, mas eu cumpri – digo a segurando pela cintura. Mais para ela não fugir, do que por carinho. – Eu amo você Sakura.

- Eu também te amo Sasuke – responde franzindo o cenho.

- Tenho trabalhado como consultor pro FBI – soltei tudo de uma vez - no caso da Akatsuki, especificamente.

 

Ela mordeu o lábio, e então começou a ficar vermelha...

Pensei que ela iria explodir.

E explodiu...

 

Só que em gargalhadas.

 

- Sakura eu não estou... – Ela me interrompeu, com gargalhadas mais altas e um pouco agudas.

Ótimo, ela endoidou de vez.

- Desculpe amor é que... – Mais gargalhadas – você disse... Não é um agente de... – ela tentava falar entre as risadas e as buscas por ar. Para alguns pareciam apenas palavras desconexas de uma maluca em meio a um ataque de risos – e era –, entretanto, é mais do que isto. E eu a entendo perfeitamente.

Lembro-me de que naquele dia, eu estava pensando em como a Sakura era...

 

Flashback on

 

 

Alguns anos atrás

 

Onde aquela garota se meteu? Não sei o porquê de não a ter devolvido para o pai dela, e recusado o trabalho. Ela é mimada, grossa, ignorante, demora a se arrumar e... Tsc!

Aquela irritante!

- Oi – diz Sakura entrando no quarto.

- Não vem com esta de ‘oi’ – começo já irritado – onde você estava? O toque de recolher foi há – olhei no relógio – seis minutos – ela revira os olhos.

- Relaxa agente Uchiha – ela fala dando tampinhas em meu ombro. – Não precisa cuidar mais de mim, achei um substituto.

- O que? – Questiono arqueando as sobrancelhas. Pensei que todos os agentes estavam ocupados - pelo menos foi o que me disseram antes de aceitar está missão-, pois há três grandes missões em andamento. – Qual nome do agente? – Inquiro conformado.

- Ele não é exatamente um agente – Sakura contrapõe colocando algumas coisas na sua mala vermelha sangue, nada chamativa. – É um consultor.

Eu rio em escárnio.

- Um consultor?

- É...

- Eles não são agentes de verdade Sakura – profiro aproximando dela e tirando as coisas que ela colocou na mala – são nerds. Geniosinhos. CDFS. Não conseguem nem cuidar do próprio nariz direito, fará a filha do chefe. – Completo revirando os olhos – tira está ideia maluca e insensata da cabeça. Esta com fome? Vou descer para jantar.

 

Flashback off

 

Depois de entender o real motivo do ataque de risos dela, não pude deixar de sorrir. Mesmo que minimamente.

- Parece que você se tornou um... O que tinha dito mesmo? CDF? – Sakura fala mordaz. Eu reviro os olhos, mas logo em seguida sorrio de canto.

- Eu sou suficientemente bom para cuidar da filha do chefe – exponho apertando a pele que cobre suas costelas. Deslizo a mão, e aperto sua bunda, fazendo-a liberar um pequeno gemido. – Quem é o nerd agora?

- Eu disse CDF – Sakura diz tentando se livrar dos meus braços. Mas eu a mantinha presa fortemente.

- Tenho recebido alguns relatórios sobre a investigação – eu continuo a dizer, apesar dos resmungos de protestos dela. - Dado opiniões. Consultas, mas não estou trabalhando diretamente. Eu prometi a você que avisaria se eu precisasse entrar em ação.

- E que evitaria isto ao máximo – ela me completa desistindo de se mexer.

- Sim – concordo – neste relatório tinha a listagem de quem visita os presos nestes anos.

- Ahn – diz Sakura. Aparentemente entendendo aonde eu queria chegar – eu posso explicar – diz Sakura me olhando nos olhos. E foi quando eu compreendi que ela não mentiria.

- Eu espero mesmo – digo calmo.

- Bom... Eu ia mata-lo.

Acho que o Naruto realmente estourou os meus tímpanos. 

- O que? – Indago incrédulo.

 

 

Sasuke pov off

Narradora pov on

Hospital Memorial no Sabaku

 

- Eu estou sentindo que hoje vai ser um excelente dia para mim – Shikamaru diz animado. Algumas vezes, de tempos em tempos, ele simplesmente acordava assim: tão feliz que mal conseguia parar de tagarelar. – Até o final do expediente eu espero estar tão entupido de prontuários que não tenha tempo nem de respirar por conta própria – diz rapidamente, sem pausas.

- Eu preciso transar – Naruto diz direto, ignorando o fato de estarem em pé em meio a um corredor movimentado do hospital. – Desde que reencontrei a Hinata parei de fazer sexo com as enfermeiras... Ou aquelas garotas qualquer em bares e casas noturnas – explica começando a andar em direção à cantina. Shikamaru o segue, esforçando-se para prestar atenção. Apesar de dar ótimos conselhos, nunca foi um excelente ouvinte. Não por opção, mas por se distrair com qualquer pensamento que viesse a mente. – Eu estou sozinho, e ela não. Ela tem aquele outro lá, e eu sei que eles ficam. E eu não posso culpá-la, afinal eles são namorados. Eu a trai, ela seguiu em frente. Eu também segui em frente, cheguei até a namorar algumas vezes – ele faz uma pausa, enquanto Shikamaru faz o pedido na cantina do hospital. - Eu sei que nunca amei alguém como a amo, mas às vezes acho que eu não me esforcei o bastante – diz quando o amigo termina. - Sempre procurando ela em qualquer garota, o sorriso, os lábios finos, os cílios grossos, os cabelos negros, ou até mesmo o formato das sobrancelhas. O que eu estou querendo dizer é que... Eu estou sozinho, e quase infeliz. Eu preciso saber, preciso saber se ela ainda vai me querer de volta, se não eu... – Ele travou, não conseguia dizer aquelas palavras.

- Seguir em frente e esquecer ela – Shikamaru diz para o amigo – obrigado! – Agradece Shikamaru pegando seu pedido, e indo para uma das mesas, sendo seguido pelo louro. – Cara, saia para curtir. Procure uma mulher que queira o mesmo que você: sexo casual. – Naruto começou a pensar sobre o assunto – eu adoro a Hinata, amo na verdade. Ela é uma das minhas melhores amigas, mas enquanto ela não terminar com o namorado dela... Bem, ela tem um namorado e você sabe o que namorados fazem.

Naruto estremece, e logo em seguida balança a cabeça tentando espantar os pensamentos.

- E aproveita e leva o Kankuro com você – prossegue Shikamaru – ele também está precisando disto – finaliza mordendo seu hambúrguer. 

Logo um sono ‘bip’ foi ouvido de um dos pagers, Naruto checa o seu e suspira:

- Não é o meu.

Shikamaru pega o seu e levanta-se rapidamente. Dá mais duas mordidas no hambúrguer, e enquanto mastiga apressadamente. Ele começa a andar rapidamente até o PS, mas com Naruto ainda no seu encalço. Ele havia pegado o hambúrguer de Shikamaru,  e o comia no lugar dele.

- Você vai me pagar por isto?

- Você ia deixar em cima da mesa! – Naruto exclama de boca cheia, para logo em seguida engolir e retomar o assunto anterior: - E não ter nada para ocupar a mente é um saco – lamenta-se Naruto.  

- Talvez você tenha sorte e alguém bata a cara numa porta e venha concertar o nariz – zomba Shikamaru.

- A-HA, muito engraçado – Naruto diz revirando os olhos.

Os dois entram no elevador, e Shikamaru aperta o botão.

- Cadê o cara do elevador? – Perguntou Shikamaru para si mesmo.

- Aposentou-se – respondeu Naruto – e o chefe acha que não é necessário de um, como pode ver qualquer um pode apertar o botão do próprio andar.

- E por que ele não o demitiu antes então? – Questiona Shikamaru descendo no seu andar, sabendo que seria perseguido por Naruto.

- Porque ele tinha anos de casa. Pegou os filhos do chefe no colo quando eram crianças.

Assim que Shikamaru chega ao PS, uma enfermeira lhe entrega o relatório feito pela ambulância.

Shikamaru ajeita a enorme touca que prendia seus cabelos, ele mandara fazer uma especial, só para não precisar cortá-los.

- O que temos aqui? – Pergunta chegando ao Box do seu paciente.

 

 

Narradora pov off

Hinata pov on

Casa da família Hyuuga (principal).

 

- Eu não entendo para que todo este drama – diz Hanabi enfiando a colher de sorvete na boca – Hinata ama Naruto, Naruto ama Hinata. Você dá um pé na bunda no Kiba e vive feliz para sempre com o Naruto.

- Não é tão simples... – Insiste Hinata revirando os olhos – e é difícil levar a sua opinião a seriam quando sei que você faz parte do team ‘NaruHina. E onde você aprende este linguajar? ‘Pé na bunda’? Isto é coisa que se diga...

- Você acabou de dizer – diz Tenten pegando mais sorvete de chocolate com a sua colher. – Uma calda cairia bem – resmunga para si própria.

- Na escola – diz Hanabi dando de ombros.

- Eu me lembro desta época – diz Tenten lambendo os lábios – aprendi muitas coisas também.

- Foco, por favor – pede Hinata – eu quero que vocês me ajudem.

- Impossível quando você não quer aceitar minha opinião! – Rebate Hanabi elevando um pouco a voz.

- Hina, eu só quero que você seja feliz – afirma Tenten – sei que eles dois são capazes de te fazer feliz. Então a questão é... Quem você vai escolher? Com quem você vai ser mais feliz? Quem dos dois você ama mais? A grande questão aqui é... Você.

- Eu não consigo decidir – conta Hinata.

- Por que não? – Pergunta Hanabi – você diz que não é tão simples, que nada é fácil, que toda escolha tem uma consequência, e blá blá blá blá. Mas eu acho muito simples, acho que você está usando aquela sua mania irritante de dificultar as coisas.

- Tem certeza de que ela é a mais nova? – Caçoa Tenten, recebendo uma leve tabefe de Hinata.

- Nabi eu...

- O que seu coração diz? – Interrompe Hanabi.

- Eu não sei. – Hinata diz com a voz falha – acho que nada. Eu só sei que... Eu acho que... Eu amo os dois – confessa com a voz embargada, dizer aquilo em voz alta era como se livrar de um fardo, mas ao mesmo tempo o rosto corado denunciava sua vergonha.

- É normal amar duas pessoas. – Hanabi fala.

- Quem disse? – Questiona Tenten erguendo as sobrancelhas perfeitamente feitas.

- Eu li em um livro – afirma Hanabi. – Mas minha irmã, o que você sente exatamente pelos dois?

- Estar com o Kiba é como respirar – começa Hinata – às vezes difícil, às vezes eu controlo, mas tudo é tão natural que parece que tudo está sendo controlado por cordas num show. Eu o amo, ele me faz bem, me faz sorrir, rir.

- E com o Naruto? – Questiona Tenten enchendo a boca de sorvete, arrependendo-se logo em seguida – acabei de descobrir um dente sensível.

- É difícil de explicar – alega Hinata – com ele tudo é novo, mas arriscado. Eu sempre o amei, e parece que vai sempre ter um pedaço dele em mim. Naruto nunca faz parte apenas do meu passado – diz em voz alta. - E ama-lo é tão bom, ele me faz querer viver... Comer com as mãos, andar descalço na terra, fazer guerra de bola de neve. Ele trás a tona o meu lado descontraído que eu sempre tento esconder. 

- Isto no passado – diz Hanabi – por que ultimamente vocês estão meio separados.

- Mais ou menos – admite Hinata fazendo um ajuste desnecessário em seu coque.

- Vamos fazer o seguinte – fala Hanabi – conte para nós as suas duas memórias favoritas com os dois, e então nós dizemos o que achamos. Mas queremos que conte sem filtros, se não dizer exatamente o que sentiu, nós podemos chegar a uma conclusão errada.

- Quantos anos você tem mesmo? – Pergunta Tenten.

- Dezessete – responde Hanabi.

- Tem muito que viver ainda – afirma a Mitashi – mas daria uma boa psicóloga, terapeuta. Estas profissões assim.

- Eu sei, são as minhas opções para faculdade – conta Hanabi. - Mas estou pensando em psiquiatria.

- Mas vai ter que passar por medicina para psiquiatria – diz Tenten.

- Eu sei disto também. Por isto ainda estou pensando e avaliando as minhas opções e eu... -Depois de mais alguns minutos de conversa, Hinata finalmente as interrompeu.

- Tudo bem – diz Hinata – eu posso dizer que com o Naruto eu gosto do beijo – Hanabi revira os olhos – eu vi isto garota. Não estou fazendo de um beijo qualquer, estou falando da premeria vez que eu o beijei. 

- Por que exatamente? – Pergunta Tenten.

- Porque foi...

 

 

Flashback on 

 

- Você está mexendo com a pessoa errada – afirma Hinata chegando perto dele. Ela olhou para os lábios de Naruto discretamente, abrindo um sorriso singelo. Naruto sorri, ela estava pronta. O louro aproxima-se de Hinata devagar, enquanto ela abraça seu pescoço e começa a brincar com os cabelos louros na nuca dele.

- E o que você vai fazer sobre isto? - Questiona Naruto com a voz sedutora de sempre, mas sem o tom de deboche. Hinata inclina seu rosto lentamente, aproximando-o do dele e roubando-lhe um beijo.

 

Flashback off 

 

- Ahn que fofo! – Exclama Hanabi alto de mais.

 

Na sala do tio, Neji revira os olhos.

- Elas não vão parar tão cedo não é? – Pergunta Neji para o tio.

- Não... – Hiashi responde calmo, enquanto beberica seu vinho, ao contrario de Neji que entornara toda a bebida.

 

- E então? E com o Kiba? – Pergunta Hanabi, Tenten estava devorando o resto do sorvete.

- Acho que o dia em que nos conhecemos – responde Hinata.

 

Flashback on

Hinata pov's on

 

  Caminhei até o balcão, enquanto Laura me empurrou uma ficha. Ela falava ao telefone, mas sorriu para mim mesmo assim. Sorrio de volta, afastando um pouco dela e dando lugar para outro cliente.

- Será que você está doente? – Pergunto ao pequeno poodle caramelo – espero que não, você é uma gracinha – digo acariciando-o com uma mão, e assinando a ficha com a outra– a Hanabi tinha que decidir logo um nome para você. Mas como ela demorou eu vou ter que escolher. O encaro por um momento, até decidir um nome para por na ficha.

Empurrei a ficha de volta para Laura e agradeci, voltei para os bancos e esperei ser chamada. Hoje está bem vazio, só há eu e mais duas pessoas. Uma delas tinha duas caturras e a outra tinha uma show show. Eu só sei a raça porque este cão é o meu sonho de consumo; Ainda mais está fêmea gordinha com estes laços tão fofos enfeitando-lhe a orelha. Apesar de ser um sonho, é quase impossível eu ter dinheiro para um comprar um cão destes. Ainda mais agora que eu estou juntando para comprar um carro.

- Oi Hinata – diz Laura para mim – pegou mais um cãozinho?

- Minha irmã – eu respondo tirando os olhos do show show – não tem nada que ela peça chorando que o meu pai não realize sorrindo. Ele ia ser abandonado na rua, então ela o pegou para si. Eu estou trazendo para ver se está tudo okay.

Antes que Laura pudesse responder, o telefone toca, ela se desculpa com o olhar e o atende. Olho para a bola de pelos em meu colo, tão abatido e meio triste.

Depois das caturras serem atendidas, a show show foi chamada. Seu nome é Lady.

Enquanto Lady era atendida, mais uma pessoa chegou.  O ‘trimm’ do sino da porta chamou a minha intenção, mas o que realmente a pendeu foi o homem que entrou na clinica.  Ele é alto e razoavelmente forte, têm cabelos castanhos e as bochechas um pouco avermelhadas. E ele sorria, mas não é um sorriso comum.  É um sorriso brilhante e de tirar o fôlego, daqueles que mesmo que você não tenha nenhum dente na boca, não consiga sorrir de volta. E foi o que eu fiz, sorri de volta. Eu podia jurara que suas bochechas vermelhas coraram um pouco mais.

- Bom dia – ele diz educado.

- Bom dia – respondo ainda sorrindo.

- Ah... Oi Kiba – diz Laura distraída com uns papeis – sua irmã está atendendo agora.

- Eu sei – responde ele – eu vim cobri-la para ela comer alguma coisa.

Laura simplesmente assentiu.

- Com licença – diz para mim, para logo em seguida retirar-se.

Kiba... Nome legal. Concluo.

Logo em seguida, Hana Inuzuka – médica veterinária dos nossos outros cães - saiu bufando, mas sorri a me ver.

- Oi Hinata – cumprimenta Hana.

- Olá Hana.

- Eu ia sair para comer algo, mas se preferir posso lhe atender – alega sorrindo para mim. Ela e seu irmão Kiba são parecidos. Como se eu o chamasse por telepatia, Kiba apareceu logo atrás de Hana. Fazendo sinais de negativo com a mão.

Sorrio para ela.

- Está tudo bem Hana, eu não me importo de ser atendida por outra pessoa – asseguro. Ela pareceu um pouco ofendida – afinal todos aqui são excelentes profissionais.

Ela sorri diante da minha desculpa, despede-se e sai.

- Obrigado – diz Kiba aproximando – pode vir com o seu cão, eu vou atendê-lo agora.

- E a Lady? – Pergunto erguendo as sobrancelhas. Ele pareceu um pouco confuso – a show show ela entrou antes de nós – levanto do banco. Ajeito o cachorro no colo, e sigo o Dr. Inuzuka até o consultório.

- Cirurgia – responde ele – ela vai ficar bem. É só uma cesariana – completa ainda sorrindo. Em nenhum momento ele deixou de sorrir. Exibindo aquelas covinhas invejáveis.

- Oh ela está grávida, mas que fofo! – Digo pondo o cão na mesa de exames.

- Senhorita... – Começa Kiba olhando a ficha – Hyuuga, por que o trouxe aqui? Primeiras vacinas?

- Não exatamente – respondo – minha irmã mais nova ia trazê-lo na terça, mas teve uma viagem escolar e eu acho que ele está meio doente. Nós o resgatamos, e eu acho que ele sofria maus tratos.

Kiba analisa o cão por alguns minutos, ele checa suas pupilas, patas e outras coisas.

- Vou antes de tudo recomendar remédio de verme – afirma ele – e um exame de sangue. Se tiver algo preocupante deve aparecer no exame, e...

Ele continuou a me explicar um pouco mais, eu assentia e sorria. Antes de sair ele me estendeu a receita, quando fui pega-lá ele a puxou de volta.

- Será que... – Começa ele um pouco encabulado – posso usar o seu telefone que está na ficha?

- Claro – respondo distraído. Pego a receita de suas mãos – cetroprofeno?  - Indago confusa – isto não é humano? E é anti-inflamatório.

- Sim, é para a pata dele. Não sei se a senhora... – Lanço-lhe um olhar duro – você – desdize-se sorrindo – notou, mas a pata dele está meio mole, eu vou por uma tala para garantir. Se ele não melhorar tiramos um raios-X e vemos o que deve ser feito. – Confirmo com a cabeça. - Você é farmacêutica? – Questiona Kiba.

- Médica – eu respondo dobrando a receita e a botando no bolso – residente – completo.

Ele pôs a tala em Oli em menos de dez minutos, e então, nos liberou.

- Não se esqueça de seguir as instruções, e boa sorte – diz Kiba.

Eu só vou entregar tudo na mão da Hanabi e mandá-la seguir tudo.

Pego Oliver no colo – espero que a Hanabi goste do nome– sorrio para Kiba que abria a porta para eu sair.

Despedi-me de Laura com um aceno, já que ela estava ocupada trabalhando. Ela destravou o portão e eu saio da clinica com cuidado para não machucar Oli.

Chego a casa rapidamente, moro apenas duas quadras da clinica. Levo Oli pro meu quarto e o coloco na minha cama.

- Aproveita que isto não é para qualquer um – digo para ele.

Depois de tomar um banho, volto para o quarto vestindo um roupão.

Escolho umas roupas no armário e ponho em cima da cama, ao lado de Oli, que dorme com certa tranquilidade. Eu tenho plantão em algumas uma hora. Percebo meu celular vibrando em cima da penteadeira, vou até lá e o pego. Estranho, este número não está gravado.

Suspiro. Deve ser cobrança, ou operadores de tele marketing.

- Alô – digo num tom apressado, para ser mais fácil de livrar.

- Dr. Hyuuga? – Pergunta a mesma voz calorosa de hoje cedo.

- Dr. Inuzuka? – Questiono surpresa. – Algum problema? – Indago rapidamente.

- Não. – Ele responde quase que imediatamente– Você disse que eu podia ligar.

- Sim – afirmo entendo o que ele quis dizer. – Mas para razões profissionais.

Ai! Droga que fora... Ele vai achar que eu sou uma grossa. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele riu. Suspirei aliviada.

- E é uma ligação profissional – Kiba diz, eu quase posso sentir o sorriso em sua voz.

- Sério? – Inquiro desconfiada.

- Sério – assegura Kiba – eu estou ligando para você como médica.

- E o que você está sentindo? – Perguntei enquanto abria minha gaveta e escolhia um sutiã.

- Minhas mãos estão suando, meu coração estar tão acelerado que se eu levasse um tiro eu não sentiria nada. A adrenalina predomina em cada parte do meu corpo, posso correr uma marota, saltar de um telhado para o outro. Fazer qualquer coisa.   

- Senhor? – Interrompo-o – está usando drogas?

Não pude deixar de rir junto com ele.

- Não Hyuuga – fala Kiba – eu estou tentando te chamar para sair.

Eu sorrio, jogando-me na cama já totalmente vestida.

- E o que te leva a pensar que eu aceitaria?

- Não sei – ele diz sem jeito – entretanto posso lhe assegurar que não seu nenhum maníaco.

- Eu tenho plantão daqui há... – olho para o relógio analógico na parede – trinta minutos. E só saio em trinta e seis horas.

- O que acha de sábado? – Insiste ele. Fico em silencio. Há quanto tempo eu não saio em um encontro? – Eu sei o seu endereço senhorita Hyuuga, e eu tenho uma barraca. Posso acampar em sua porta até você dizer sim. Cantar serenatas, e acredite... Eu canto muito mal – não pude deixar de gargalhar com aquilo.

- Você não vai desistir não é mesmo?

- Não mesmo – garante convicto.

- Tudo bem, sábado parece ótimo. Aonde vamos?

- Lanchonete – informa a Kiba – não precisa vestir nada muito chique. Não gosto de impressionar as mulheres no primeiro encontro.

- Sério? – Digo descrente.

- Sério. Se não fugirem do primeiro encontro por ser num lugar comum, quer dizer que são humildes, e que vamos ter um segundo.

- Como pode afirmar que uma mulher iria num segundo encontro com você? – Eu discordo.

- O fato de eu nunca ter recebido um ‘não’. – Ele informa. – Até sexta à noite eu ligo informando os detalhes.

- Okay.

- Até sábado.

- Até sábado – repito desligando.

 

Flashback off

Hinata pov off

Narradora pov on

 

- Ele é um fofo – diz Hanabi sorrindo. Enquanto Tenten lastimava o fim do sorvete.

- Eu sei – lamenta Hinata jogando-se na cama - por isto é tão difícil decidir.

- Mentira – sussurra Tenten.

- O que? – Hinata indaga surpresa.

- Mentira – Tenten diz mais alto. Respira fundo tomando coragem, era hora de ser dura. Era hora de ser a parte ruim de ser “melhor amiga”: dizer as verdades. – Hina... Eu amo você, apoiaria qualquer decisão sua. Eu não sou do time do Naruto, e muito menos do Kiba – ela faz uma careta e continua: - Eu sou do time “quero que a Hinata seja feliz” – diz convicta. – Eu sei que você já escolheu. Você já sabe quem é... Eu conheço você.

- Eu não...

- Eu ainda estou falando – corta Tenten.

Neji para na porta, e recua alguns passos. Eles não podiam ir embora agora, nem se ele pedisse Tenten iria. Ele afasta-se lentamente e desce as escadas, voltando para o tio.

- Não ia chamar sua namorada para ir embora? – Pergunta o tio bebericando um pouco de chá.

- Eu decidi aceitar aquela xícara de chá – responde Neji servindo-se.

Hiashi apenas assentiu, e eles começaram a conversar novamente.

Já no andar de cima.

- Eu não entendo aonde você quer chegar – fala Hinata confusa.

- Hina... Você está se enganando – informa Tenten. Hanabi fica em silêncio, aquele era um momento das outras duas – você contou uma historia linda sobre o Kiba, o quanto ele é bonito, e é um cara legal e humilde.

- Você está dizendo que eu devo ficar com ele?

- Este é o problema. Você quer que alguém escolha por você – diz Tenten suspirando. - Não quer ferir ninguém, mas a escolha mais obvia é o Naruto já que ele já feriu você.

Hanabi ajeita-se no lugar. Não acredita que Tenten estava incentivando sua irmã para ficar com o Kiba, antes que pudesse falar algo, Tenten continuou:

- Você disse como se conheceram, como ele é, e o quanto ele parece ser perfeito. Disse tantas coisas que eu senti meu coração amolecer, e foi então que eu percebi – Hinata franzi as sobrancelhas. Não entende aonde a amiga quer chegar – em dois parágrafos você disse seu momento favorito com o Naruto.

- Está dizendo que eu amo mais o Kiba?

- Não – responde Tenten revirando os olhos – pelo contrario. – Você não precisou dizer nada sobre o Naruto, não disse nada sobre o sorriso dele, ou o quanto ele é engraçado e mais que perfeito.

Isto só deixou as irmãs Hyuuga mais confusas.

- Você nem ao menos precisou, seus olhos cintilaram. Era como se estivesse falando de um momento mágico, era como se nada importasse naquele momento, ou até mesmo neste que você apenas falava dele – Tenten pega o queixo de Hinata fazendo-a a olhar em seus olhos – você não precisou usar expressões como “voz calorosa” “simpático” ou até mesmo “legal” para definir o Naruto – indica Tenten. - Você não estava nos convencendo de que o Kiba é o certo, estava tentando convencer a si mesma... Convencer a si de que ele é o certo, que o ama mais que um amigo, que ele é a sua outra metade. Está tentando enganar-se, controlar o seu coração. Quando na verdade tudo que você quer... Ou melhor, quem você quer é o...

Hinata abraça Tenten rapidamente.

 - Obrigada – diz rapidamente enquanto se colocava de pé – eu já sei o que fazer!

 - Aonde você vai? – Pergunta Hanabi.

- Em frente – Hinata diz para si mesma – eu vou seguir em frente!

- Hinata – chama Hanabi mais uma vez. Ela salta da cama – leva um casaco! – Exclama, mas ela já tinha saído.

Ela desce as escadas correndo.

- Chave do carro – diz Hinata rapidamente.

- O que? – Diz Neji confuso, enquanto o tio só mantinha-se calmo bebendo sua segunda xícara de chá.

- Chave do seu carro, cadê? Dá-me.

- Ninguém diz ‘dá-me’ neste século! E para que? – Interroga Neji.

- Neji – Tenten grita de algum lugar da casa – não empata! Só entrega. Nós podemos pegar um taxi.

Neji tira a chave do bolso, mas antes que pudesse estica-la, Hinata a puxa das suas mãos.

- Obrigada! – Diz correndo até a porta dos fundos, mas volta andando de costas – papai, o senhor pode me dar os seus chinelos? – Pergunta envergonhada, Hiashi olha para os pés descalços da filha e sorri. Ele tira os chinelos, dando-lhe um beijo em Hinata enquanto ela os colocava.

- Boa sorte – ele diz calmo.

- Obrigada, te amo pai! – Diz dando um beijo na bochecha dele.

Saí correndo e tropeçando em seus próprios pés, pois os chinelos eram bem maiores que eles.  Neji apenas ri da cara dela. Tenten chega à cozinha dando um soco no ombro do namorado.

- Aí! Por que fez isto? Eu dei as chaves a ela e...

 

 

--

Hinata dirigia um pouco rápido de mais, forçando ao máximo o limite da velocidade. Deu graças a Deus pelo transito não estar o inferno de sempre. Estacionou o carro, apertou o botão ativando as travas das portas.

E então parou, respirando fundo e tomando coragem. Tinha que fazer isto, por ele e por ela. Só assim seguiriam em frente. Continuou a caminhar lentamente, bateu a porta do apartamento de solteiro, e esperou ser atendida.

 - Oi – ele atende sorrindo – mas que surpresa. O que faz aqui?

- Eu... Nós precisamos conversar – diz Hinata forçando um sorriso. Não mentiu quando disse que o sorriso dele era especial, era daqueles que você não podia deixar de retribuir. Ela não mentiu em nada sobre ele, ele é o cara perfeito. Só não é o cara perfeito para ela.

 - Entra – Kiba diz dando espaço para ela entrar. Mordi o lábio, prendendo o riso.

Hinata estava seria, explicava a situação calmamente. Estava sendo inteiramente honesta com ele.

- Eu amo você Kiba, mas apenas como meu ami... – Hinata foi interrompida por gargalhadas, galhadas altas e ligeiramente contagiantes. – Qual é o problema? Aliás, qual é seu problema?

- Nada é que... Você está muito engraçada – diz Kiba referindo-se as roupas de Hinata – escuta Hina... – Ele diz respirando fundo e ficando mais sério, apesar dos seus olhos ainda sorrirem – eu ia conversar com você sobre isto. Não temos “aquela” química – diz ele fazendo aspas com os dedos - você sabe disto, eu sei disto. Só estamos juntos porque a convivência é excelente. Eu também quero terminar – confirma – mas... Eu quero continuar sendo seu amigo, na verdade... Você é a minha melhor amiga – finaliza.

Hinata sorri. Como ele podia ser tão perfeito?

- Com certeza podemos ser amigos – assegura Hinata. Mas não dizer que ele era o seu melhor amigo, afinal aquele posto pertence ao Gaara, mesmo que o ruivo não saiba disto.

- Vem cá – ele pede abrindo os braços. Hinata acaba com o espaço entre os dois, abraçando o pela cintura. Kiba a esmaga em um abraço apertado, e então lhe dá um beijo na testa e a solta – seja feliz Hina – ele afasta-se lentamente, enquanto abre a porta para ela e deixa o vento gelado entrar.

- Obrigada e... Eu realmente espero que você ache alguém especial. “Aquele” alguém especial – diz fazendo aspas com os dedos de ambas as mãos.

Os dois riem, e logo em seguida se despedem.

E então a correria começa novamente.

 


Notas Finais


Teve muitas gargalhadas inesperadas neste capítulo...

E eu enganei vocês hahahaha' (desculpem). Com o titulo e com o capítulo, mas cá para nós ele é o cara mesmo... Muito legal :). Vou arranjar alguém para ele, podem ficar tranquilos(as).

Está semana tenho apenas três provas e acaba a primeira etapa! Uhul... Mas o que eu quero dizer mesmo, é que, sempre que tiver em fim de etapa eu vou atrasar um pouquinho. Porque meus professores parecem armar um complô contra mim, e então marcam tudo para os mesmos dias. Eu até consegui conciliar o estudo e a fanfic, eu estou me esforçando mais e então estou postando mais que ano passado! Mas qualquer coisa me perdoem...


Eu queria dizer bem vindas as leitoras @Hinata_Hyuuga11 (que me fez uns comentários perfeitos, num momento que eu estava precisando muito!) e a @Uma_Compositora ( que tem uma fanfic NejiTen( oh casal difícil de achar fanfic) muito diva, que está no começo e que eu super recomendo: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-naruto-o-principe-da-franca-3001086 , pois vocês vão amar! ). E dizer que eu ainda lembro e sei que ela ainda está viva (ou pelo menos espero isto!!) da @Dessa-Roxani. Espero que ficar sem internet não esteja tããããão ruim assim! Beijos*.


A fanfic está em setembro, mas em breve terá um breve avanço para 'ano que vem'. Para o Gaara começar a trabalhar... E outras surpresas rs'.

Espero que tenham gostado!

Beijos com gotas de chocolate.


PS. *escrevi isto depois de postar*

Feliz dia das mães! Para quem já é mãe, vai ser ou pretende ser. E feliz dia das mães para as mães de vocês também, eu acho que este dia existe para lembrar que dia da mãe é todos os dias, e que devemos aproveitar ao máximo antes de perde-las... Já que infelizmente(para nós) o ciclo de vida diz que a mãe deve "ir" primeiro (claro que tem casos a parte) . E eu imagino o quanto deve ser ruim não ter uma mãe, por isto eu desejo um enorme abraço para todos vocês! E que este dia seja repleto de risadas, lembranças só se forem boas, e um bom sorriso genuíno, porque o poder de um sorriso verdadeiro é mágico! E esquenta o coração de qualquer um. Mas se conhecerem alguém que não tem mãe e que não quer se 'misturar' deixa quieto, dá espaço... Às vezes ficar sozinho é bom. Mas se este não for o caso, sorria, sorria de verdade para está pessoa... E um abraço também não faria nada mal!

Enfim...

Tenham um bom domingo minhas gotas de chocolate.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...