História Heart Anatomy - está sendo reescrita. - Lua de mel

Alguns anos antes

Os feixes de luz passavam pelas pequenas frestas das grossas cortinas do quarto de Sakura, tinha esquecido completamente de lembrar a sua mãe para pedir alguém para trocá-las.

               Ela joga o edredom para o lado, e depois os pés para fora da cama. Ela olha para o relógio em cima da cama. 8:40AM.

- Odeio acordar cedo – murmura com a voz meio grogue. Ela podia voltar a dormir, mas não tinha certeza se conseguiria com aquela luz em si.

               Sakura caminha até o banheiro de seu quarto arrastando os pés. Ela se olha no espelho e começa a passar as mãos nos cabelos emaranhados, já estava na hora de pintar de novo. Sua raiz estava loura, precisava procurar dicas sobre como mantê-lo rosa por mais tempo. Ela puxa o espelho pra frente, abrindo o armário. Pega escova de dentes, pasta e enxaguante bucal.  

               Depois de estar menos horrível -como ela mesma costumava dizer- ela saiu do banheiro, ainda caminhando lentamente. Não tomara banho, deixaria para tomar quando fosse mais perto da hora do almoço. Ela pega um hobby de seda e veste. Isto porque sua mãe brigara com ela três vezes por sair apenas de pijama do quarto. Segundo ela: não era elegante. Não dava a mínima para o que era elegante ou o que não era, mas não queria a mãe falando em seu ouvido.

- Bom dia – ela diz chegando na cozinha.  – E os meus pais?

- Bom dia senhorita – a empregada, Lila, responde. – Sua mãe saiu cedo para o clube, e seu pai está com visita na sala de estar.

- Pode me fazer uma vitamina? Pode ser de banana.

- Sim, senhorita.

               Sakura caminha até a sala de estar. Se ele estava recebendo alguém lá é porque era da família, ou tão próximo quanto.

- Bom dia pai – Sakura fala ao ver o mais velho. Ele dirige seu olhar para ela e sorri. No sofá que ficava de costas para si tinha um outro homem sentado. Ao contrário do que pensou, ela não o conhecia, pois não parecia ser ninguém da sua família. Tudo que podia ver era a postura completamente ereta e os cabelos negros. Ele nem ao menos teve a curiosidade de se virar para vê-la.

- Bom dia querida, tem alguém aqui que eu quero que você conheça – informa Kizashi.

               Sakura ergueu as sobrancelhas. Como assim conhecer? Mas que droga, ela acabara de acordar. Ela contornou o sofá onde o homem estava sentado e o olhou com mais atenção. Ele se levantou, revelando os cabelos e cílios longos, ambos negros, assim como os seus olhos. Tinha umas marcas –provavelmente de nascença- traçando o rosto, mas elas o deixava mais charmoso. Ele tinha um nariz pequeno e fino para um homem daquele tamanho, mas de certa forma combinava com o rosto dele. O homem –que ela supôs ser um agente- mantinha um sorriso amigável, e uma expressão quase que gentil. E era quase impossível de que ele não fizesse aquelas sobrancelhas de tão perfeitas que eram.  

- Itachi Uchiha – ele apresenta-se esticando lhe a mão. -  É um prazer senhorita. - Sakura aperta a mão dele sem nem ao menos hesitar, não queria fazer papel de idiota. Mas nossa... Ele era lindo. Temia que sua voz falhasse ao falar com ele, por isso apenas assentiu. Ele se sentou novamente no sofá de três lugares, enquanto ela foi para o lado do seu pai.

-Você não o conhece – fala Hiashi – pois ele estava trabalhando numa missão internacional importante. Ele fez parte de uma equipe na Alemanha.

- Legal – elogia Sakura. Itachi sorri novamente, mas ela é incapaz de retribuir o sorriso dele. Era largo demais, branco demais. O seu sorriso forçado fingindo interesse não chegaria aos pés daquele.

- Aceita uma bebida? – Kizashi oferece.

- Só água, por favor.

- Eu vou pedir a Lila que traga para o senhor – Sakura diz levantando-se.

               Kizashi ri.

- Senhor não. Eu só tenho vinte e quatro anos.

               Sakura desculpa-se e se retira.

Droga, logo no dia em que acordara que nem um trapo seu pai trazia um agente gostosão para dentro de casa. Ela nem ao menos tomara banho, seu cabelo estava ressecado por causa da tinta rosa e pior, já estava desbotando. Metade já estava loura novamente!

- Lila – Sakura diz chegando a cozinha.

- Desculpe a demora senhorita – a empregada desculpa-se – é que eu pedi ao motorista para ir comprar bananas.

- Tudo bem Lila. Só leve um copo de água na sala, por favor. É para a visita do meu pai, e avise-o que eu vou sair.

- Precisa de seguranças, senhorita?

- Não.

Dias atuais

Avião com destino a França

- Ainda não me conformo que não vamos passar nem dois dias na França – Sasuke diz arrancando Sakura dos seus devaneios.

- Ahn? – Sakura diz visivelmente confusa, podia jurar que o marido estava dormindo.

- O que foi? – Inquire ele.

- Eu estava pensando no seu irmão – informa Sakura. – O dia em que eu o conheci, para ser mais exata.

- É uma coisa estranha para se falar na lua de mel, não acha? – Desconversa Sasuke.

- Meu pai me contou.

               Sasuke faz um muxoxo.

- As regras nunca se aplicam a ele, não é? – Se ela não o conhecesse diria que aquilo era uma queixa.

- Eu sou o braço direito dele Sasuke – comenta fazendo o marido rir, Sakura revira os olhos. Passados alguns segundos, ela retoma o assunto – é que é estranho, antes nós não o víamos, mas sabíamos onde ele estava. A Temari sempre falava dele para nós, e vice e versa. Agora ele vai desaparecer. Totalmente.

- Mas não é permanente.

- Eu estou sentindo saudade, e este fato só vai aumentá-la ainda mais.

- Hn.

- Não posso nem imaginar como vai ser para você, seus pais ou para a Temari – diz Sakura, então uma coisa lhe ocorre: - A Mikoto vai ficar muito irritada.

- Foi o que eu disse para o Shikamaru, ou quase – profere Sasuke. -  Mas vai acabar logo, em breve eles prenderão quem está por trás disso – tranquiliza Sasuke enquanto afagava o joelho dela.

- Hmrm – murmura Sakura recostando a cabeça no ombro dele – eu me lembro de quando você fez isso pela primeira vez.

- E você deitou a cabeça no meu ombro bem desse jeito.

- Foi um dos nossos primeiros momentos de trégua, não é mesmo?

- Sim – ele concorda.  

               - Eu sinto falta daquele tempo. – Sakura confessa – tudo era tão mais fácil, e eu ainda tinha a minha mãe comigo.

               - Fácil? – Sasuke repete meio descrente. – Só de pensar nos lugares que dormimos naquela época eu dou graças a Deus por ter acabado.

               - Mas teve bons lugares – lembra-lhe Sakura – qual é o seu favorito?

               Ele se põe a pensar.

               - O navio – Sasuke responde depois de um tempo – e o seu?

               - O mato.

               - Você odiava a floresta, só sabia reclamar! Reclamou a trilha inteira...

               - É mas, foi a primeira vez que dormimos juntos.

               - Não... – Contraria Sasuke – a primeira vez foi numa cama, eu tenho certeza.

               - Eu não estou falando de sexo, estou falando de dormir mesmo. Seu tarado! – Ela exclama fingindo incredulidade enquanto segurava o riso. – Eu acordei eu estava te abraçando pela cintura.

               Sasuke riu.

               - Eu me lembro disso – confessa Sasuke – eu estava acordado quando você veio na minha direção e me agarrou. Se aproveitando do meu calor e tirando uma lasquinha.

               - Eu não agarrei você, eu estava dormindo.

               - Hm... sei.

               - Sério, querido – diz Sakura. - Foi apenas uma busca humana natural e inconsciente por calor, eu juro.

               Eles continuaram conversando, mantendo a boa sensação nostálgica que o passado deles transmitia.

               - Eu sabia que você me via trocar de roupa pelo espelho, eu não era estupida! – Sakura interpõe depois da confissão dele.

               - E você não dizia nada? Que sem vergonha...

               Sakura apenas riu em resposta, mas a verdade era que ela não sabia o que dizer naquela época. Lembrava-se de que nas primeiras vezes virar o rosto para que ele não a visse corada.

               - Você continua fazendo isso, só que agora é na cara de pau.

               Ele aproxima o rosto do dela devagar para não assustá-la com um beijo. E começa a distribuir selinhos carinhosos nos lábios dela, até aprofundar o beijo de fato, ela captura os lábios inferiores dele com os dentes e os puxa um pouco. Mordendo-o.

               - Você sabe que eu não gosto disso – diz Sasuke passando a língua por onde ela mordeu. 

               - Você sabe que eu amo isso – rebate Sakura.

               - Sempre tenho afitas quando você me corta e...

Dia seguinte

Johanesburgo - Blyde River Canyon

               - O Motlatse é o terceiro maior cânion do mundo, depois do Gran Canyon, no Colorado, Estados Unidos e Fish Eagle Canyon, na Namíbia, mas sua exuberante vegetação e vida selvagem é o que diferencia dos demais – o guia explicava em inglês.

               Sasuke observou a esposa pelo canto do olho, ela sorria abertamente e olhava tudo maravilhada. Ele tinha que admitir que era lindo, mas era só uma vista. Três minutos observando já era o bastante para ele, mas Sakura olhava cada detalhe como se os absorvesse para si. Ela olhava com um olhar clinico para a paisagem do Motlatse, e seus olhos brilhavam em contentamento.

               - Eu vou beijar a Ino assim que a ver. Isso tudo é perfeito!

               - Hn – limita-se a responder. Não queria estragar a empolgação dela, a verdade é que já tinham visto tudo e ele queria voltar para o hotel, mas ela estava animada demais para isso. Eles chegaram ontem à noite quase mortos, caíram na cama e apagaram. Ela o acordou de manhã com o café trazido por alguém do hotel, mas já vestida para sair.

               - A África é maravilhosa! Mal posso esperar para ver Wildt Cheetah & Wildlife Research Centre ou o Lion Park – ela o metralhava com palavras - disseram que se eu tivesse sorte podia abraçar um filhote de leão!

               - E se eu tiver sorte a mãe venha arrancar a sua cabeça – Sasuke murmura inaudível.

               - O que disse? – Sakura pergunta encrespando as sobrancelhas.

               - Para que horas é mesmo? – Desconversa Sasuke.

               - Amanhã, ás dez! – Ela responde ainda empolgada.

               Sasuke sorri de canto. Não estava sendo contagiado pela agitação dela nem nada, mas ele realmente estava ansioso por aquela parte da lua de mel, eles veriam os bichos de perto. Alguns deles eram raros, em extinção. 

Eles dividiram a lua de mel em duas partes. Para os primeiros sete dias ela montara um roteiro, e para os outros sete ele montou o seu. E os dois fariam os dois, sem reclamar. Tinha tudo para dar cedo. E daria, era só os dois cooperarem.  E o último dia eles ficariam no hotel, descansando.

Terceiro dia

Kruger National Park

               - Aqui é maior safari do mundo! – Sasuke fala olhando a sua volta, uma girafa estava a poucos metros do jeep deles. Ele adorava animais, se ele não fosse: “um cara da cidade” montaria uma fazenda e passaria o resto dos dias, criando seus filhos e muitos animais diferentes.

               - Olha só o filhote que fofo – Sakura diz apontando uma girafa bebê.

               - Ela já é um lutadora – diz Sasuke – é difícil uma bebê girafa nascer, ele tem que sobreviver a queda.

               Sakura observa a altura da mãe.

               - Ela não abaixa para ter o filhote? – Indaga um pouco incrédula.

               Sasuke nega com a cabeça enquanto dirigia, ela alugara um jeep só para os dois.

               - Eu quero ver um rinoceronte -  informa Sasuke – eu acho que eles têm um branco aqui.

               - Vou ficar de olhos abertos – diz Sakura. - Olha são baobás, que nem em O pequeno príncipe!

               Sasuke sorri, aquele tinha sido o livro de sua infância.

               - Dirigi mais devagar Sasuke – pede Sakura. – Estou vendo um rinoceronte, só não é branco.

               - Isso é um búfalo.

               - Mas...

               - Porra Sakura, tá foda hein... – Ele a interrompe entre risos.

               Sasuke levanta a sua câmera e bate uma foto.

               - Me dá isso, a gente vai acabar sofrendo um acidente – diz puxando a câmera da mão dele.

               - Eu não estou nem a 10 quilômetros por hora – rebate Sasuke enquanto revirava os olhos.

               - Ah olha uma zebra! – Exclama ignorando-o.

               Um clic, uma foto.

               No fim do passeio, Sasuke não resistiu e perguntou a um dos homens do safari sobre o rinoceronte branco.

               - Oh yeah – fala o homem. – Nós até tínhamos um, mas ele morreu – o inglês carregado dificultou um pouco a compreensão do Uchiha.

               - Mas que pena – Sasuke diz sincero. Recentemente o último rinoceronte do norte havia morrido, e os do sul estavam acabando aos poucos.

               - E então? – Sakura inquire quando ele volta para perto dele.

               - Ele morreu – responde simplesmente.

               Sakura solta um muxoxo meio triste.

               - Hotel? – Indaga Sasuke, não perguntou se aquele era o último lugar de hoje, mas torcia que sim. Estava morto de cansado.

               - Hotel – concorda Sakura.

               - Estou morto – confessa.

Manhã seguinte

Hotel

Sasuke podia sentir a língua dela brincar com a corrente do seu pescoço, um momento ela parou e simplesmente fungou, cheirando-o. Ele sorri, agarrando-a pela cintura.

- O que está fazendo, mocinha? – Inquire, ela se moveu e depois ele pode sentir a língua dela passar por toda a extensão do seu abdômen, deixando um rastro de saliva. Ele quase riu, sempre fora chato com esse tipo de coisa, mas acabou se acostumando com o fetiche estranho que Sakura tinha por lamber seus músculos. Ela também costumava arranhar e morder, mas estas duas partes não o incomodavam.  

- Te acordando – ela diz voltando para cima. Chegou seu corpo mais próximo do dele, enroscando as pernas deles.

Sasuke tem seus lábios capturados. Um beijo lento e suave, o que prolongava as sensações. Os fios de cabelos da nuca dele estavam arrepiados, e uma leve e prazerosa onda de calor percorria por seu corpo. Ele sorriu em meio ao beijo, pois de alguma forma sabia que ela sentia-se do mesmo jeito. 

- O que temos para hoje? – Sasuke pergunta ainda de olhos fechados.

- Sexo – Sakura responde mordaz subindo em cima dele e tirando a própria blusa. – Muito sexo. - Sasuke sorri malicioso, enquanto apertava entre o polegar e o indicador a pele em cima das costelas dela. Ela dá uma rebolada por cima do seu membro, arrancando um grunhido dele. Ela ri maliciosa, sentindo o aperto de Sasuke em cima das suas costelas aumentar. Rebola um pouco mais, fazendo-o abrir os olhos, dando-lhe o deleite de vê-los sendo revirados. Ela para, fazendo o bufar. – Relaxa – pede ficando em pé em cima da cama. Ela faz uma pequena dança enquanto tira seus shorts num mini e improvisado strep teaser. Sasuke morde os lábios, ela estava sem calcinha. – Sua vez – ela diz jogando-se na cama dele.

Sasuke saí da cama, usava apenas um samba canção que rapidamente foi jogado num outro canto do quarto. Sakura faz um biquinho.

- Nem uma dancinha pra mim? – Pergunta maliciosa enquanto morde o lábio. A bunda do marido era uma delícia! Realmente adorava o fato de ele estar sempre em forma.

- Você parece satisfeita – ele diz deslizando o corpo por cima do dela. Sakura solta um gemido, sentindo ser penetrada lentamente. Ele começa a se mover, dando estocadas lentas e profundas. Saindo e entrando de dentro dela, prolongando a sensação.

A mulher sentiu-se como se fosse explodir.

Pior do que explodir era a sensação antes a isso, era uma queimação que não tinha fim, até ela de fato explodir. Era extremamente prazeroso. Ela admitia sem problemas, mas ao mesmo tempo era angustiante.

- Você está me torturando – Sakura declarou o obvio.

 Sasuke apenas riu, e então começou a estocar normalmente. Com a habitual brutalidade e selvageria de sempre. Ele grunhiu de prazer, sentindo-a aperta-lo um pouco mais. Sakura começa a se mover também, ouvi-o pronunciar algo, mas não pode entender, estava prestes a gozar. O grito dela anunciou o ápice dos dois.

  Sasuke grunhiu, caindo ao lado dela. Ele a abraça por trás enquanto roça os lábios na nuca dela, a respiração nada ofegante. Ao contrário da dela. Ele dá um beijo nela, e Sakura ri. 

   - Você já está cansado?

    - Hell no.