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História Heart Beat - I"ll be watching you


Escrita por: crushforstyles

Notas do Autor


Advinha quem está escrevendo no trabalho mais uma vez????

Capítulo 4 - I"ll be watching you


Fanfic / Fanfiction Heart Beat - I"ll be watching you

Louis saiu da academia de dança e se despediu de seus colegas de dança. Alguns deles sempre ofereciam carona, mas o garoto sempre recusava. Talvez fosse um pouco de vergonha do lugar onde morava, já que os outros bailarinos ali eram, em sua maioria, filhos da alta sociedade. E Louis era...um Tomlinson!

Filho único de um pai irresponsável que jogou o nome da família na lama! 

Não era algo glamouroso, certo?

A casa em que moravam agora foi herança de sua avó materna, que a colocou no nome de Louis, temendo que Mark perdesse tudo e os filhos ficassem sem teto. Mesmo assim estava caindo aos pedaços, precisando de uma reforma urgente. Algumas paredes tinham rachaduras horrorosas, a pintura estava descascando e havia infiltrações em alguns cômodos. Não era grande o bastante para todos eles conseguirem alguma privacidade.

Charlotte e Felicité dividiam um quarto (o que causava brigas homéricas até por maquiagem e coisas sem importância!). Phoebe e Daisy, mesmo sendo gêmeas não podiam ser mais diferentes entre si, no quesito gosto para roupas e acessórios. As adolescentes eram um teste diário para a paciência de Louis.

Seu pai ficou com o quarto principal, a única suíte da casa. Louis poderia dividir o quarto com o pai, dormir na sala ou brigar por espaço com as meninas. Mas sendo o único garoto na casa, ele precisava de algum espaço. Então se mudou para o sotão. Jogou muitas tralhas fora, guardou o que era importante. Se perdeu em lembranças de sua infância remexendo naquelas coisas. Limpou. Mobiliou apenas com o que precisava ali, que era sua cama, um armário modesto, uma escrivaninha e uma pequena estante cheia de seus livros, coleção de hotweels e porta retratos. 

Ali ele tinha privacidade. A melhor visão da casa. E espaço para rodopíar pelo quarto. Era seu cantinho especial. O lugar onde podia fingir que sua mãe não tinha partido cedo demais. Que seu pai praticamente foi enterrado junto com ela, já que o que restou de Mark Tomlinson não passava de uma carcaça sem vida. Podia esquecer que não tinha vida como todos os jovens de dua idade, porque havia herdado quatro garotas loucas e cheias de hormônios que dependiam dele. Louis vivia para as irmãs!

Tudo o que ele fazia era por elas. E o que deixava de fazer também era por elas. Por isso não gastava nem um centavo de seu modesto salário com coisas para ele mesmo, não ia para baladas com seus amigos. Tudo era para dar o máximo de conforto possivel para suas meninas. E se passava horas ensaiando em seu quarto ou na academia, mesmo que seus pequenos pés gritem de dor e implorem para parar, é porque sua meta é se tornar o primeiro bailarino da Companhia de Ballet. Conseguir um rendimento maior por suas apresentações e assim dar estabilidade para sua família.

Aos 21 anos, Louis se sente um velho que não aproveita a vida. Teve que amadurecer rápido demais. Suspirou quando entrou no ônibus. Estava exausto e meio nostálgico. Colocou os fones de ouvido para não ouvir as piadinhas de mal gosto que sempre ouvia. Não se importava com os xingamentos ou olhares atravessados que recebia. Música o desligava do mundo.

E talvez por isso, não tenha notado um carro preto seguindo o ônibus...

Harry seguia o ônibus que levava o pequeno anjo, da maneira mais discreta que conseguia. Censurando a si mesmo por estar se comportando como um stalker esquisito e assustador. Mas não sabia explicar o que aquele garoto tinha, que o atraía de maneira intensa. E nem ao menos sabia seu nome! 

Seria mais normal se aproximar do balcão na cafeteria, se apresentar e chamar o garoto para tomar um café, certo? O problema é que Harry ainda ficava envergonhado pela maneira como perdeu o controle, naquela noite em que se conheceram. Nunca esqueceria o medo genuíno nos olhos azuis do pequeno. E não era medo apenas de toda a situação. Era medo de Harry!

Enquanto não criava coragem, continuava seguindo o garoto para todos os lados. E não era com segundas intenções e nem nada disso. Apenas sentia que o menino precisava de proteção. Não sabia explicar isso ou porque se sentia tão inclinado a ser seu protetor, mesmo que ele nunca soubesse disso. Apenas queria ter certeza de que chegaria em casa em segurança, sem que nenhum idiota tentasse outra gracinha.

Por essa razão, lá estava Harry, dentro de seu velho Mustang, seguindo um ônibus pela cidade. Tomlinson estava com a cabeça recostada no vidro da janela e de olhos fechados, com fones de ouvidos. Estaria dormindo? Jesus! Ele parecia um anjo daquele jeito!

O encaracolado, como bom observador que era, notou alguns garotos conversando e apontando para o garoto adormecido. Sentiu o sangue ferver e estava pronto para entrar naquele ônibus e socar alguns idiotas, mas riu de si mesmo por essa possessividade, quando viu um dos garotos cutucar Tomlinson e avisar que já haviam chegado na parada em que devia descer. 

Viu o garoto agradecer com um sorriso cansado e descer, na rua deserta naquele horário. Harry manteve uma distancia segura. Longe o bastante para não ser notado. E perto o suficiente para o caso de precisar correr para salvar o menino outra vez. E riu de si mesmo mais uma vez por esse pensamento. Não havia uma viva alma na rua. Ninguém além de Tomlinson e o stalker no carro preto.

Observou o garoto entrar em uma das casas e fechar a porta. Tomlinson estava seguro, por essa noite. Styles acelerou e foi embora para sua própria casa, que ficava no lado oposto da cidade.

Nos dias que se seguiram, Harry desenvolveu uma espécie de rotina stalker. Passava em frente a casa de Tomlinson pela manhã, vendo a confusão de garotas se despedindo dele, que parecia estar sempre atrasado. O garoto corria para o ponto de ônibus e ia para o Starbucks que ficava no centro.

Harry pensou, uma vez ou duas, eu oferecer uma carona e poupar o garoto da longa viagem de ônibus, mas o quão esquisito seria isso?

Depois passava alguns minutos do seu dia, tomando café da maneira mais discreta que conseguia, enquanto observava Tomlinson no trabalho. Invejava os clientes que iam até o caixa e recebiam seu lindo sorriso, ou ser algum de seus colegas de trabalho e poder rir de suas piadas. 

Como não podia passar o dia todo ali, sem parecer um maníaco perseguidor e porque tinha suas próprias coisas para fazer, saía de fininho, sem ser percebido pelo garoto e voltava a noite, para ter certeza de estava indo pra casa em segurança.

__ Seu anjo perseguidor acabou de ir embora. - Lynn avisou e Louis torceu o nariz.

Tanto ele quanto seus colegas de trabalho, notaram há alguns dias,a a criatura de cachos que sempre sentava na última mesa, quase como se estivesse se escondendo. Pedia um cappuccino gelado, as vezes apenas um café e se demora ali mais do que seria necessário. E parece seguir cada passo de Louis.

Louis dava risada das brincadeiras dos amigos por causa disso. E o lindo rapaz de cachos era conhecido como "anjo perseguidor". Talvez devesse ficar assustado com isso, afinal sabia quem era o rapaz. Ou melhor, não sabia, já que era um rosto familiar, mas sem nome. Mas lembrava daquela noite no beco e de como ele o defendeu. E como quase matou o garoto que planejava agredi-lo. Certamente um anjo vingador!

__ Quando vai falar com ele, Lou? - Colton provocou.

__ Ele pode ser um maníaco perseguidor! - Lynn retrucou.

__ O cara vem aqui todos os dias, no mesmo horário, passa maior tempo comendo o Louis com os olhos e vai embora sem nem ao menos vir ao caixa. Paga na mesa e sai de fininho. - Colton insistiu - talvez seja apenas tímido demais para vir flertar com o Tomlinson!

__ E acha que isso é atitude de gente normal, Colton? - Lynn disse indignada - o cara é lindo e tudo mais, mas já viu o tamanho dele? Nosso Lou vai parecer um gnomo ao lado dele.

__ Pessoal, eu ainda estou aqui! - Louis reclamou indignado com a menção de sua altura - e ninguém sabe se ele vem aqui apenas por mim ou se algum dia vai vir até o caixa e perguntar meu nome!

__ Ou...você pode sair de trás do balcão e ir servir a mesa dele... - Colton sorriu malicioso - como a Lynn disse, o cara é lindo e parece estar babando por você. Essa pode ser sua chance de desencalhar e tirar as teias de aranha aí dessa bunda...ahn...essa bunda gostosa aí.

Louis estava boquiaberto, entre a indignação e a descrença por seu chefe notar sua bunda!

__ Com todo respeito, Colton, vai se foder! - Louis disse ainda indignado - primeiro que não tem teia de aranha nenhuma na minha bunda. E com que audácia fala desse jeito da minha bunda? Seu marido sabe que anda cobiçando bundas alheias? E eu não vou dar encima do anjo perseguidor. Não mesmo! Não concordo com o exagero sobre o meu tamanho em relação a ele, mas aquela cara de anjo dele é puro golpe. Eu já vi o demônio que se esconde por trás daqueles lindos olhos verdes...

__ Hum...sinto a tensão no ar. - Colton se afastou rindo - e não conte nada ao Jeff sobre meu comentário sobre sua bunda, senão terei greve de sexo em casa e fico insuportável sem sexo!

Lynn e Louis trocaram um olhar surpreso antes de cair na risada!

Naquela tarde, enquanto corria mais uma vez para a aula de dança, Louis não conseguia parar de pensar no cacheado de olhos verdes. E nos comentários de seus colegas de trabalho. Não podia negar que aquela criatura era um espécime muito lindo. E Louis estava mesmo juntando teias de aranha em seu corpo, que não era tocado por outra pessoa há tempo demais. 

Seu último namorado, Brendan, rompeu com ele pouco depois que terminou o ensino médio. Isso foi há pouco mais de dois anos. Desde então, Louis se viu engolido pela perda da mãe, o descontrole do pai e as meninas se agarrando a ele para não surtar. Não teve tempo para partar para pensar em relacionamentos e mais um vez esqueceu dele mesmo em favor daqueles que amava.

Sua vida ainda era um completo caos e sentia que ainda não tinha fôlego para se meter em um relaciomanento agora, quando sequer conseguia tempo para respirar. Mas a atenção despertada pelo estranho de cachos, despertou algo nele, como se o fizesse lembrar que era humano, que era jovem e que seu corpo precisava de algum toque que não fosse de suas próprias mãos.

Não tinha percebido o quanto estava carente até ouvir os comentários de Colton!

Quando saiu da aula, fez tudo igual. Despediu-se dos amigos, colocou os fones de ouvido e seguiu para o ponto de ônibus. Acostumado com perseguições, olhava para todos os lados e caminhava rápido porque aquela era uma região bastante perigosa a noite. Não havia muitas pessoas na rua. Mas o garoto notou um carro preto que se movia devagar, parando vez ou outra, quando ele olhava naquela direção e voltando a se mover quando ele apressava os passos ainda mais.

Louis só percebeu que estava correndo quando notou que havia passado da parada do ônibus e não tinha coragem de voltar atrás, porque o carro preto ainda estava lá. Tinha vidros escurecidos e com isso não conseguia distinguir o rosto do motorista. Ofegou, sentindo o coração bater rápido no peito de medo. Entrou em desespero quando viu o ônibus passar por ele e não parar porque não estava no maldito ponto de parada. Provavelmente parou de respirar quando a porta do carro se abriu e um vulto saiu de lá...

E Louis correu como se sua vida dependesse disso...
 


Notas Finais


Capítulo pequeno porque estou no trabalho e meu expediente está no final kkkkk
espero que gostem e perdoem se encontrar algum erro. Prometo corrigir mais tarde.
Leiam minha fic com NIall Horan
https://www.spiritfanfiction.com/historia/change-your-mind-11721305

aguardando comentários...


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