❛❛Em tempos de crise, os sábios constroem pontes, enquanto os tolos constroem muros.❜❜
— ραทτєrα ทєgrα
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PROLOGO – revival
ᴍᴀʀᴠᴇʟ sᴛᴜᴅɪᴏs ɪɴᴛʀᴏ
Áғʀɪᴄᴀ Oʀɪᴇɴᴛᴀʟ – Wᴀᴋᴀɴᴅᴀ
Wakanda é a nação mais avançada do mundo, tanto socialmente quanto tecnologicamente, uma utopia afrofuturista onde a tecnologia avançada e tradições se converge. Com suas montanhas e selvas esbanjando sua fauna e flora africana em torno de suas fronteiras que ajudaram a nação a se isolar de outros países.
Rica de vibranium não apenas de bens materiais, mas de alegria e paixão para aqueles que pousam seus pés lá, encantam a todos com o humilde aspecto ainda que fosse precioso em terras.
— Existem quatro tribos. Alguém sabe me dizer quais são elas? — disse a estrangeira a frente de suas crianças mantendo seus olhos passeando por cada aluno wakandano por ali esperando pacientemente por uma resposta que completasse a sua pergunta.
As crianças pensaram por alguns segundos sobre o que responder, logo ergueram seus braços direitos para respondê-la com toda educação que fora criados.
Com a caneta de tinta azul, sua mão apontou para o aluno da frente a seguida dos outros abaixarem as suas após não serem escolhidos.
— São quatro tribos; Tribo do Rio; Tribo da Mineração; Tribo Comerciante; e Tribo Fronteira. — respondeu assim que as frases vieram em sua cabeça recebendo um aceno de cabeça de sua professora que com o sorriso doce indicou que ele havia acertado em suas respostas.
— A Tribo do Rio usam roupas verdes e feitas de pele de crocodilo, alguns dos homens em sua tradição usam botoque em seus lábios. A Tribo Mineira é responsável pelo vibranium wakandano que é extraído, armazenado, utilizado e exportado. A Tribo Mercante é responsável pelo comércio e ofícios de artes, roupas e peças também da arte, onde usam véus durante o comércio para manterem-se anônimos. E por fim, a Tribo da Fronteira que reside nas montanhosas de Wakanda enganando os estrangeiros das riquezas, e tem como talento criar os rinocerontes-brancos para batalha. — explicou.
Os alunos se interessavam pela matéria, adoravam se espelhar e conhecer muito mais que sua cultura podia dizer. A ironia era que uma estrangeira que estava os ensinando.
— Professora, a senhora esqueceu de uma das tribos. — informou a criança wakandana após levantar a sua mão interrompendo a explicação.
— Calma Akin, chegaremos lá. — ela soltou um riso parando se locomover ficando ao centro depositando sua caneta sobre a mesa encostando-se nela. — Mas diga-me, qual das tribos que esqueci?
— A Tribo Jabari. Seguem o culto dos gorilas branco. Só que eles vivem isolados nas montanhas, mas ainda assim, são considerados parte de Wakanda. — disse o wakandano.
— Exatamente. — confirmou sua resposta.
— Professora, a senhora vem de uma tribo diferente? — a inocência de um serzinho como aquele é impressionante, a ingenuidade de sua pergunta a fez refletir um pouco. — A senhora é diferente do nosso povo e fala de um jeito estranho.
Suspirou ainda pensando sobre o que responder, levou seus olhos diretamente a irmã do Rei de Wakanda que assistia-a dando aula, logo, recebendo um sorriso como resposta.
Como se dissesse mentalmente que estava indo bem, e que perguntas como aquelas iriam surgir toda vez que desse aula e que logo mais, se não fossem esclarecidas, iriam se aprofundar ainda mais.
Sabem como é, crianças perguntam, cabe você a saber o que dê certo, ou fato, irá respondê-las, e de consequência, elas irão levar adiante em suas vidas.
— Não sou de tribo meus amores, sou de fora. Brasil, alguém aqui já ouviu falar? — as crianças negaram em suas cabeças. — Bom, estão preparados para um espetáculo?
A princesa de Wakanda franze suas sobrancelhas confusa, não estava no roteiro do planejamento de aulas e educação as crianças, por isso, teve medo do que iria receber.
Mas quando seus olhos escuros pousaram sobre a imagem resplandecente em sua frente, a própria surpreendeu, nem toda sua inteligência e tecnologia poderia ter domínio ou controle de uma magia como aquela.
Ou teria, afinal, ela era uma gênia. A enorme sala de sala escurecera deixando somente que a luz resplandecesse as imagens ultra-extra-reais.
A estrangeira com sua telecinese dominou o cérebro de todos ali, a manipulação perfeita. O paraíso brasileiro entregando a fauna e a flora, o cheiro do mato inalou nos narizes dos wakandanos, o cheiro brasileiro.
O som paraíso dos animais na floresta da Amazônia, sua maior riqueza, o pôr do sol e a água molhando as crianças das praias nordestinas, a ida das crianças como se estivessem em frente ao Cristo Redentor.
O ar e o cheiro da feijoada, do churrasco, fez a barriga das crianças roncar. Elas sorriram, e a professora também tornando as suas manipulações cada vez melhores. As ararinhas azuis, vermelhas entre outras, cantando e pousando sobre os braços das crianças aconchegando-se.
Uma das características das crianças wakandanas eram que apreciavam os animais.
Logo, bateu suas mãos em forma de apenas uma palma e a magia desaparecera da frente de ambos.
— Gostaram?
Não precisaram nem responder, a reação de todos já era a resposta perfeita para todos. Principalmente para a princesa wakandana.
— Bom, falamos de tribos. Alguém aqui é de algumas delas? — todo mundo levantou sua mão. — Então, quero que façam uma pintura a cores de como vocês que não conhecem as outras tribos, baseados nas minhas explicações, imaginam como elas são.
Assim, sucessivamente, as crianças foram para mãos à obra. Virou-se para olhar Shuri que bateu palmas com um sorriso satisfatório no rosto.
— E aí? Como fui? Gaguejei demais? Acha ridículo eu dar aula e eu ser estrangeira? — a wakandana gargalhou com o nervosismo da professora que estava quase roendo suas unhas a espera de uma resposta concreta e que acabasse com a sua ansiedade naquele momento.
— Você foi bem, Elizabeth! Aquilo que você fez com sua magia, é demais! Eu preciso estudar você pra criação de novos algorítmicos e protótipos e trajes de proteção! — abraçou a Maximoff que suspirou aliviada quando escutou as palavras saírem da boca da jovem que para uma mulher nova, era uma total gênia de dar inveja, e claro, era super simpática. — Só precisa melhorar no sotaque, o idioma xhosa é meio difícil, ainda que você saiba falar. Mas por que acha que estamos deixando uma estrangeira ensinar? As nossas crianças aprendem que existe um mundo lá fora, e você é a prova disso. Uma branca ensinando as diversidades.
— Ah, muito obrigada Shuri, não sabe como isso me deixa feliz. — após o abraço se separaram e começaram a andar pela sala. — Eu prometo que vou melhorar em relação ao idioma, eu falo, mas não fluentemente, mas vou melhorar. Ah, se eu pudesse moraria aqui nesse paraíso.
— E por que não mora? Adoraria que as crianças aprendessem sobre esses feitiços que você faz. — indagou a princesa confusa em relação a decisão da feiticeira parando seu corpo no meio do caminho para questioná-la.
— Tenho trabalhos na América, infelizmente eu não posso. — murmurou tristonha, e realmente, estava, qualquer um que tivesse oportunidade como ela estava tendo moveria céus e terra para dar um só passo em terras ricas como a do país em que estava.
— Tudo bem. Quem sabe você não larga Tony Stark e vem ensinar nossas crianças? — ambas gargalharam.
Até uma rajada de tinta quase acertar Shuri que se esquivou na hora, proporcionalmente, atingindo em cheio o rosto da Maximoff que sentiu apenas o líquido viscoso e gelado descer pelo seu rosto.
As crianças entraram em choque quando viram quem havia acertado, Shuri gargalhava sem parar.
Elizabeth mergulhou seus dedos na tinta roxa e rapidamente começaram a guerra de tinta pela sala que em segundos, de limpa e ilustrada, passou a se tornar um verdadeiro campo de batalha.
As cores formavam-se um arco-íris manchando cada móvel por ali, eram tantas rajadas que sobrou até para a para Shuri que se esquivava, mas atirava também.
Todavia, algo os fizeram interromper a guerra quando o ruído da porta ecoou no local, e através de lá, o Rei de Wakanda atravessou o móvel olhando para os lados com a expressão mais brava possível, e suas duas guerreiras uma de cada lado o acompanhando.
— Deixo as crianças com uma estrangeira por um minuto. E olha o que se tornaram. — seu olhar não era um dos melhores. As pequeninas levantaram-se do chão e fizeram o cumprimento de Wakanda, um X com os braços. — Wakanda Forever.
— Wakanda Forever. — todos exceto, a brasileira, fizeram o toque.
— Só estávamos brincando majestade, não foi a intenção alguma ocasionar uma algazarra. — defendeu-se, logo, T'Challa riu do desespero da outra que revirou os olhos.
— Também só estou brincando. — riu mais um pouco. — Estudamos a visão que você teve, e finalmente chegamos a um resultado.
Logo, ela aproximou-se mantendo uma certa distância por conta das guerreiras.
Elizabeth Maximoff havia viajado para Wakanda, não apenas à trabalho e ensino, ou visitar e aproveitar a cultura do país, mas sim, para aprofundar-se mais no assunto em relação aos poderes que habitam em seu corpo, e a visão calorosa e horrenda que havia tido alguns meses atrás.
Shuri fez uma bateria de exames, descobriu coisas incríveis que só seriam reveladas mais tardes, até que chegou a uma conclusão.
— E então, T'Challa? Qual foi o resultado? — perguntou a mulher ansiosa novamente com a resposta boa ou ruim que receberia.
— O que você viu, é real, ele está chegando.
A seguida o celular de Elizabeth tocou, quando olhou no visor havia um nome.
❝Tᴏɴʏ Sᴛᴀʀᴋ❞.
ʜᴇᴀʀᴛ ʙʏ ʜᴇᴀʀᴛ: ᴜʟᴛɪᴍᴀᴛᴏ.
❝as correntes em minha volta finalmente estão se quebrando
eu passei por uma restauração própria
eu me tornei minha própria salvação
este é o meu renascimento
isto é um renascimento❞
sᴇʟᴇɴᴀ ɢᴏᴍᴇᴢ – ʀᴇᴠɪᴠᴀʟ
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