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História Heart by Heart II - The Real Hero


Escrita por: sereiaxx

Notas do Autor


lá vem a autora, descendo o morro da montanha, com essa cara de pau kkkkkkkkkk
gente me perdoem pela demora, sinceramente, esse capítulo já estava pronto tem um tempo, só que eu precisava terminá-lo e eu não estava animada para postá-lo, espero que compreendam, enfim, aqui ele está!

tenham uma ótima leitura!

Capítulo 19 - The Real Hero


Fanfic / Fanfiction Heart by Heart II - The Real Hero

❛❛Se não pudermos proteger a Terra, pode ter certeza que iremos vingá-la.❜❜

— Hσмєм ∂є Fєяяσ

CAPÍTULO DEZENOVE – THE REAL HERO

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céu estava alaranjado, como um pôr do Sol sem ser possível enxergá-lo.

Seu corpo estava reconstruído, não sentia dor, não estava machucado. Sentia-se novo, como se estivesse em um céu onde flutuasse. Um sentimento de amor e realização em seu inferior, uma queimação deliciosa que o fazia sentir seus olhos brilharem com a situação. Uma situação onde ele não estava acostumado a sentir, nunca havia sentido em qualquer momento que já respirou.

Tony deu alguns passos e sentiu um vento passar pelo seu corpo. Seus olhos castanhos rodearam o local onde seus pés pisavam e percebeu que parecia estar em um local que viveu por alguns anos de finalmente partir. Levantou suas sobrancelhas unindo-as em franze ao perceber uma garota a sua frente.

A garota tinha traços iguais aos dele, entre outras raízes semelhantes a uma paixão que por muito tempo alimentou seu coração. Seu corpo era um adolescente, cabelos ondulados semelhantes a sua mãe e a mistura dos castanhos escuros dela e castanhos claros de seu pai. 

A menina sorriu para ele.

O herói aproximou em passos curtos com um pouco de receio e ainda uma dúvida em sua alma que ainda que tivesse certeza por dentro, queria ter apenas uma confirmação dessa dúvida.

— Eu conheço você? — Tony questionou a jovem que continuou com o sorriso.

— Somos bem próximos, na verdade. — respondeu a garota revelando sua voz com um timbre parecido com o de sua mãe.

— Porque você é a... Morgan? — sua voz saiu falha.

Morgan sorriu aproximando-se dele erguendo suas mãos. 

— Oi pai. — a Maximoff-Stark disse com a voz falha.

Tony sentiu o toque gelado de sua filha tocar as suas mãos trazendo-o a uma realidade que ele realmente tinha certeza.

 Estava morto. 

—  Funcionou? — perguntou novamente.

— Funcionou pra mim. Eu consegui crescer, ter uma vida. — Morgan respondeu. — Mas pra você... talvez não tenho tanta certeza.

Anthony entristeceu seu semblante soltando das mãos de sua filha e passando por ela confuso enquanto suas mãos passavam pelo rosto totalmente atordoado ainda que estivesse em um ambiente tão calmo.

— Me desculpa, mas... talvez eu tenha tomado uma decisão péssima. — virou-se para olhá-la. — Estou com medo de ter cometido um erro. A sua mãe... você... como ela está? E você?

Uma lágrima escorreu dos olhos do Stark. Era tão estranho ver a sua filha tão mais velha, uma adolescente, tão inteligente.

— Pai. Eu sou forte como a mamãe. — ela novamente pegou nas mãos dele. — Eu herdei a memória fotográfica dela, herdei o seu QI. Suas armaduras, e herdei os poderes dela.

— O-que? — ele gaguejou.

Morgan sorriu.

— Veja. — ela puxou sua mão.

Um portal repleto de faíscas se abrira semelhante ao do Doutor Estranho levando-os a uma fazenda.

A fazenda de Tony Stark.

Ambos estavam no quarto de Morgan que estava maior, com prateleiras, outras cores, uma decoração apta a sua idade. Stark olhou ao redor e aproximou-se de uma foto sob a escrivania de Morgan.

A foto estavam no aniversário de cinco anos da criança. Ela estava com uma fantasia do Homem de Ferro no colo de seu pai, enquanto sua mãe batia palmas cantando "os parabéns" com um sorriso no rosto, o bolo enorme na mesa e a vela acesa. Tony apalpou o objeto e sentiu outra lágrima escorrer de seus olhos.

— Filha! Já se aprontou para a escola? Sua Tia Wanda vai passar aqui pra te pegar junto com o Billy e o Tommy. — assustou-se ao escutar a voz de uma mulher soar atrás da porta.

Morgan estava com seus dedos remexendo-o enquanto tentava levitar o copo de canetas a sua frente. Sua magia era azul royal, mas o copo caiu na mesa fazendo-a resmungar em frustração.

— Droga. — exclamou a filha de Stark levantando o copo e colocando as canetas no lugar. Ouviram-se batuques na porta. — Entra!

— Tentando equilibrar sua magia de novo, filha? — Elizabeth abriu a porta vendo que sua filha estava passando as mãos no cabelo frustrada. 

— Eu só queria saber como controlar isso. Eu não consigo nem levantar a porcaria de um copo com canetas! — exclamou irritada. — Eu só queria ser como você... ter o autocontrole que você teve.

Stark estava assustado ao ver sua esposa. Ela não havia mudado nada em sua aparência, estava com a mesma aparência jovem que a conhecera. 

— Seu DNA é desacelerado, por tanto, ela demora muito pra envelhecer. — Morgan estava ao seu lado de braços cruzados. — Não se assuste. 

— Você herdou tudo dela... — ele sussurrou desacreditado.

— Não só eu. — afirmou.

— Mãe! O Peter, Wiccano e Célere já chegaram! — um garoto de apenas oito anos entrou no quarto.

Seus cabelos eram castanhos claros quase loiros, seus olhos eram claros lembrando-os de sua mãe, mas não tinha tantos traços semelhantes ao pai. Morgan fechou os olhos e cruzou os braços.

— Tudo bem Harley, recebe a Tia Wanda que eu e sua irmã já vamos sair. — a mãe do garoto deu um beijo em seus cabelos fazendo um leve carinho. 

— Esse garoto... — Tony encarou surpreso. — Ele é meu filho? 

— Sim. — respondeu Morgan.

— Querida, você está indo bem. Eu era pior quando tinha a sua idade. — Elizabeth puxou um banquinho e sentou-se de frente para a sua filha. — Você só precisa se concentrar, querer isso. Imagine esse copo se levantando.

A Maximoff tocou a mão de Morgan e apertou passando segurança. A jovem sorriu triste e suspirou fechando os olhos tentando se concentrar, encarou o copo a sua frente e levantou os dedos liberando sua telecinese de seus dedos onde os poderes circularam. 

— Ótimo, agora tente colocar todas as canetas uma ao lado da outra. — novamente disse passando segurança em suas palavras.

Morgan fez o pedido de sua mãe colocando as canetas uma ao lado da outra. A garota sorriu ofegante e totalmente feliz deixando que algumas lágrimas caíssem de seus olhos.

— Eu estou conseguindo mãe... — ela disse desacreditada olhando para a sua mãe que sorria orgulhosa pra ela. 

— Três feiticeiras na família, poderíamos formar uma trindade. — Wanda disse assistindo sua sobrinha controlar no quarto. — A questão é: temos três nomes. Garota de Ferro, Feiticeira de Ferro, ou Feiticeira Royal?

— Tia Wanda! Eu consegui! — apontou com a cabeça. 

— Parabéns querida... — Wanda bateu palminhas. 

Morgan juntou as canetas com a sua telecinese e colocou novamente dentro do copo depositando-o ao mesmo lugar que antes. Encarou sua mãe e a abraçou com toda força do mundo deixando algumas lágrimas escorrerem. 

— Eu te amo mãe. — abraçou mais forte ainda Elizabeth. — Mil milhões...

— Eu também quero um abraço! — Harley apareceu passando por Wanda que sorria e abraçou sua mãe. — Estamos conectados.

— O pai de vocês teria muito orgulho. — Elizabeth continuou abraçando seus filhos. 

Tony encarou Morgan ao seu lado que sorriu. Ambos voltaram novamente ao local que estavam antes. Stark estava surpreso, tão surpreso que colocou as mãos no rosto. A Maximoff-Stark olhou-o com pena. 

— Estamos felizes papai. De qualquer maneira, alguém precisaria fazer isso. — Morgan disse. — Você precisa ir em paz. 

— Eu... — Tony se aproximou dela.

— Pai, me escuta. A mamãe está feliz. Ela conseguiu superar. — assentiu Morgan.

Tony olhou com orgulho para a sua pequena e tocou seu rosto, deu um sorriso e um beijo no rosto dela sussurrando:

— Eu te amo mil milhões.

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Sᴇυʟ – Coʀᴇıᴀ ᴅo Sυʟ

— Frequência cardíaca elevada, batimentos 180 bpm. Taquicardia, pressão arterial quinze por nove, hipertensão. Trauma grave do lado direito do corpo desde a cabeça até os pés. — disse a mulher ao lado da maca do marido. — Contusões inferiores também. 

— Como você sabe de tudo isso? Você se formou em medicina? — Cho perguntou com os olhos arregalados para a Feiticeira Negra.

— A S.H.I.E.L.D nos obrigava a fazer um ano de medicina quando entrássemos para a agência pois se acontecesse alguma coisa conosco durante uma missão, sabíamos o essencial. — respondeu. — Ah, o sangue dele é A+, ele tem cinquenta e três anos. Não é alérgico a nenhum medicamento.

Doutor Estranho havia aberto um portal no meio da destruição do Complexo dos Vingadores para o laboratório da Doutora Cho, poderia ter sido em Wakanda, entretanto, a coreana havia a tecnologia avançada de reconstrução de tecidos que poderia ser muito ideal para a recuperação do vingador.

A mulher ajudava os médicos coreanos a empurrar a maca em direção a sala de cirurgia. Foi quando ela se assustou quando olhou para baixo e encontrou com um par de olhos castanhos arregalados assustados, os olhos estavam púrpuros e desesperados já que havia um tubo em sua garganta de respiração. Seu rosto estava todo machucado e o sangue escorria.

Tony tentou falar, mas rapidamente sua garganta doeu e então ele esticou o braço esquerdo com as mãos abertas. A Maximoff ficou paralisada ao ver seu marido daquele jeito. Tanto pelos olhos quanto pela situação. 

Segurou na mão dele e apertou com força.

Eu estou aqui. — ela afirmou quase sem voz alguma.

Algumas lágrimas começaram a escorrer dos olhos ainda assustado com tudo que estava acontecendo, eles começaram a piscar e revirarem.

 Geuga Meomchwossda! (Ele parou!) — informou um dos médicos, a Maximoff entendeu perfeitamente o idioma e se afastou deixando eles trabalhem.

 Ibaeglodeu! (Carrega em duzentos!)  Domangchyeo! (Afasta!) — ordenou Cho colocando o objeto no peito de Stark.

O choque atingira o coração de Tony que estava parado e seu corpo pulou pra cima.

O nome Sтᴀʀκ, E. Aɴтнoɴʏ piscava, e a linha reta continuava traçada.

 Ibaeg osib-elodeu! (Carrega em duzentos e cinquenta!) Domang! (Afasta!) — mandou novamente e implantando outro choque. — Choedae hajung! (Carga máxima!)

Tony pulou novamente, mas o monitor cardíaco indicava que não havia nenhum sinal de vida.

Helen encarou Elizabeth que olhava para a cientista com os olhos perdidos como se implorasse por ajuda, lagrimejados e as mãos em forma de oração sob o queixo.

A doutora suspirou e depositou o objeto no peito novamente, assentiu e os médicos ajustaram o desfibrilador. O choque atingira o coração do bilionário. O som agudo do monitor cardíaco indicando os batimentos voltando e subindo fizeram a Maximoff suspirar aliviada.

— Geugeosdeul-eul susullo gajyeo gasibsio. (Levem pra cirurgia.) — mandou a coreana e os médicos atenderam suas ordens. Antes de ir, Cho virou-se para a ex-espiã da S.H.I.E.L.D. — Eu vou fazer de tudo para salvá-lo.

— Obrigada. — agradeceu vendo a médica virar-se e correr para a sala de cirurgia.

Elizabeth se afastou e fechou os olhos segurando as lágrimas e se agachou no meio do laboratório afundando seu rosto nas mangas de seu uniforme rasgado. Alguém apareceu e colocou a mão em suas costas confortando-a. Ela levantou a cabeça e viu Wanda que encarava--a com pena e então, levantou-se puxando ambas para um abraço forte.

— Liz? — Wanda segurou nos ombros da irmã. — Ele vai ficar bem. Ele vai. 

Ela não respondeu pois sentiu uma tontura, colocou a mão na cabeça e franziu o cenho. Wanda encarou-a desconfiada, só então assustou-se ao ver sua irmã perdendo o equilíbrio e caindo em seus braços desmaiada.

— Algum médico aqui! — gritou a Feiticeira Escarlate.

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Pʀᴇмıᴀção Oғıcıᴀʟ ᴅᴀ Foʀçᴀ Aéʀᴇᴀ ᴅos Esтᴀᴅos Uɴıᴅos, 2008

— Quem é essa? — questionou Tony ao avistar a mulher.

— É uma das seguranças. Por que? — perguntou Happy.

— Olha que espetáculo... — elogiou. — Mas não sei se quero receber esse prêmio não... todo ano é a mesma palhaçada. Acha que consegue ela pra mim?

Tony referia-se a mulher de cabelos lisos presos em um rabo de cavalo que estava com um comunicador fio branco em seu ouvido, sua pistola estava na mão e ela sinalizava para que os seguranças adentrassem no local. 

— Vai lá, vou ver o que arranjo. — Happy disse.

— Quer saber? Não precisa. — Stark aproximou-se da moça que continuava gesticulando com a mão e ao virar-se deu de cara com o bilionário.

— Ah, olá Senhor Stark, meu nome é Emily Montezano, sou a agente responsável pela sua segurança. Recebemos uma informação que essa área é de risco e que provavelmente há alguém tentando matar o senhor. — Elizabeth disse.

Ele soltou uma risada sarcástica. 

— Minha querida a única ameaça que eu vejo aqui é algum carro tentar me atropelar. Mas o que tem demais nisso? Como podem estar tentando me matar? — tiro os óculos escuros. — E é incrível ver uma mulher dominando um grupo de homens.

— Sinto muito senhor, mas preciso que entre no local e fique em segurança. Achamos que pode ser alguém de sua empresa que ordenou o ataque. — a Maximoff disse aceleradamente ignorando as possíveis cantadas que viera do maior mulherengo da cidade.

— Olha, entendo que está tentando me proteger de algo que talvez nem aconteça. Foi a Pepper que te enviou? Ela vive preocupada comigo, pois diga a ela que não há nada pra se preocupar e se tem algum chefe de segurança é o Happy, então. Muito obrigado pela sua gentileza. — esbravejou o fabricador de armas.

A agente suspirou procurando paciência e delicadeza para tratá-lo, virou a cabeça e encarou Coulson que observava a situação e apenas levantou a sobrancelha direita. 

— Está bem. — ela confirmou. 

— Vou te contar, essa gentinha da imprensa é tão intolerante, perturbou até a Potts com essa história... — comentou Anthony enquanto entrava com Happy no cassino.

Coulson apontou o dedo para dentro e Elizabeth seguiu caminho atrás de Stark que quando percebeu que a mulher estava ao lado dele, revirou os olhos. 

— Moça, já disse que não precisa se preocupar. — ajeitou as abotoaduras de seu terno. — Mas já que faz tanta questão de ficar ao meu lado, vou arriscar essa pra você. Happy pode ir que eu vou ficar com a Amy aqui.

— Emily, senhor. — corrigiu ela sem graça. 

Hogan encarou-os de cima a baixo e retirou-se.

— Então, você ia dizer que tem alguém tentando me matar, não é? Isso acontece, é os Estados Unidos... — deu de ombros com as mãos por dentro dos bolsos da calça preta. 

— Limpo. — Elizabeth disse através do rádio ao verificar o local ignorando totalmente o assunto.

— Você é a mulher mais sem graça que eu já vi. Duvido muito que me salvaria no meio de uma área de risco. — Stark disse totalmente sem graça com a situação e um leve sarcasmo. 

Elizabeth parou no meio do caminho colocando a mão no ombro de Tony, ela segurou com força sua arma.

— Não gosto que me toquem. — disse com um pouco de nojo.

A Maximoff empurrou o homem para trás de si apontando sua arma para um dos caras que havia entrado no cassino que estava com um rifle apontado para eles. Os gritos no local começaram a ecoar quando escutaram os tiros, tanto vindos da arma da agente quanto dos que saíram automaticamente do cara morto.

— Eu espero que o senhor esteja com um colete debaixo de sua camiseta. — disse empurrando-o quando outros caras começaram a atirar. 

— Sim, um que não traria uma surpresa na minha porta depois de nove meses. — Stark se defendeu correndo e desviando das pessoas.

Ela revirou os olhos e ambos subiram as escadas. Mais tiros ecoaram acertando poucos centímetros do bilionário, a brasileira segurou o braço do filho de Howard colocando-o atrás de seu corpo novamente, apontando a arma e mirando no meio do peito de cada um dos homens que estavam atirando contra eles.

— Solicito reforços urgente, inimigos aparentemente a organização terrorista Dez Anéis! — disse no comunicador em seu ouvido. — Repito, solicito reforços!

— O que está acontecendo? Quem são eles? — Tony questionou e ela ignorou suas perguntas desesperadas empurrando o corpo do homem para o terraço. — Mulher, você vai me falar o que está acontecendo?

— São um grupo terrorista que estão tentando sequestrar o senhor. Estou mandando veículos que irão te buscar ou de helicóptero ou de carro, o Coronel Rhodes já foi informado e estará aqui. Eu preciso que você fique calmo e vista isso. — a mulher retirou seu terno preto, revelando camiseta social de abotoar branca. 

— Está meio perigoso pra nós transarmos agora, não é? — Stark olhou arregaladamente para Maximoff a sua frente.

— O que? — a feiticeira franziu o cenho desabotoando o colete a prova de balas tirando de si para colocar no gênio.

Disposta a se sacrificar por ele.

Após vestir o colete nele, puxou uma corda e enroscou ao redor da cintura de Anthony que ainda estava confuso com aquela situação toda. Ouviram-se mais tiros e a espiã avistou um dos inimigos atirando contra eles. Imediatamente ela atirou contra ele, entretanto, as balas acabaram. Indignada a agente bufou e mirou fechando um dos olhos a própria arma na cabeça do terrorista e atacou matando-o.

— Você é do FBI, da CIA? — o filantropo questionou assustado.

— Qual é, fabrica armas que destroem cidades, está com medo do que? — ironizou segurando a corda. — Se prepara pro salto.

— O que quer dizer com sal... — ela se agarrou no corpo do fabricador de armas e ambos pularam o terraço caindo em um beco afastado no meio de alguns carros. 

Afrouxou a corda ao redor da cintura de Tony e quando tirou sua atenção do mesmo, encontrou com o grupo de inimigos ao redor.

— Mas que merda... — sussurrou Elizabeth.

— Mamãe! — uma voz assustou Wanda que estava sentada na sala de espera e se surpreendera com uma garotinha de cinco anos que estava com uma jaquetinha preta e uma mochila vermelha. — Papai!

— Calma querida, só um segundo. Não, eu não quero pacote de plano nenhum, eu só quero fazer uma ligação para Maria Luísa Alba! — Happy disse segurando a mão da filha de Tony que o arrastava como um cachorro. 

Wanda se levantou surpresa ainda com o seu uniforme da batalha. Pietro que havia ido buscar um lanche deixou o mesmo cair da sua mão quando estava adentrando novamente no local.

Meu Deus... — sussurrou o loiro.

Wanda virou-se e encarou o irmão com os olhos brilhando. Em sua super velocidade, o Maximoff já estava ao lado da escarlate. 

— Essa é a... — apontou para Morgan que olhava para o seu tio onde o mesmo reclamava e xingava no telefone. 

— Nossa sobrinha. — sussurrou a feiticeira. — Como ela cresceu...

Morgan bufou irritada e resolveu olhar ao redor e fitou sua tia que estava ainda surpresa com a criança. Morgoona deu um sorriso gentil como gostava de sorrir pra qualquer desconhecido, inclusive seus tios que eram um desconhecido para ela, mesmo que sua mãe os exaltasse, ela não reconheceu de perto. 

— Você parece uma heroína de quadrinhos. — a Maximoff-Stark disse. — E você um personagem que eu não consigo falar o nome dele... acho que é Kakashi Hatake...

— O que? — os gêmeos disseram em voz alta.

— Ok, eu desisto. — Happy desligou o celular guardando-o no bolso da camisa dando atenção a sua realidade, quando seus olhos encontraram com os dos gêmeos. — Ah meu Deus...

— Não parece, Tio Happy? — questionou a menina para ele. 

Wanda colocou as mãos nos lábios totalmente abalada. 

— Morgan, querida... — Hogan se ajoelhou na altura da menina e segurou em suas mãos. — Lembra quando sua mãe sempre falava da história de que ficou presa por um tempo sem reconhecer os próprios irmãos? 

— Sim... ela sempre contou isso em todos os natais. — assentiu fazendo uma expressão tristonha.

— Lembra dos irmãos que ela sempre falava? Que eram seus tios? — continuou conversando.

— Esse nome estranho muito difícil pra uma garota de cinco anos que você falou e a que você disse que parecia uma garota de história em quadrinhos, são... seus tios. — apontou para Wanda e Pietro que estavam próximos ainda com os olhares esperançosos.

— Vocês são a Tia Wandinha e Pietlo? — Morgan encarou os mais altos que se agacharam na altura da filha de Elizabeth.

— Está de sacanagem comigo que ela sabe falar "Kakashi" e não sabe "Pietro". — o Maximoff disse decepcionado, Wanda o fuzilou com o olhar. 

— Não é possível... — uma jovem pronunciou atraindo atenção dos gêmeos. — Isso está parecendo Casos de Família, DNA do Ratinho eu sei lá... mas não é possível.

Maria Luísa Alba estava surpresa ao fitar os russos que também se surpreenderam com o tamanho que estava a jovem que era uma criança tão capeta, e agora, uma mulher de dezoito anos que estava no primeiro ano da faculdade que sempre sonhou.

Elizabeth levantou as mãos mantendo Tony sempre atrás de si. Os homens apontaram suas armas para ela e o líder da operação que assistia tudo escondido, Raza, líder dos Dez Anéis. 

—  la 'urid alqital maeak 'illa 'iidha kan dhlk drwryana (Eu não quero brigar com vocês, a menos que seja necessário). — pronunciou com o pouco de árabe que havia aprendido na S.H.I.E.L.D, não sabia qual idioma eles falariam, mas supôs aquele.

Os caras soltaram um riso.

— Nós falamos su língua. — um dos homens respondera. 

— O que vocês querem? — questionou Elizabeth ainda com as mãos pra cima.

— Você está com o pacote, mas sua mente está em outro lugar. — o homem respondeu. — Precisamos dele.

— Porque precisam de mim? — Tony questionou confuso atrás da mulher. 

— Cala a boca e apenas escuta se não vai visitar Deus cedo. — ordenou a Maximoff ainda com a expressão séria. 

Os homens soltaram mais um riso, não estavam acostumados a ver mulheres dando ordens nos homens já que isso não era normal em sua cultura. 

— Precisamos de você, querido Tony Stark, pra construir o míssil Jericó. — uma voz diferente surgiu no meio da escuridão. O afegão estava caminhando lentamente e pediu para que seus homens abaixassem as armas e fora o que eles fizeram. — Ou você vem hoje, com a sua querida...

Parou em frente a ela admirando-a de cima a baixo que o encarou com nojo.

— Segurança. Tranquilamente, sem peças.  — completou a frase. — Ou... simplesmente iremos quebrar os ossos dela, decepar sua cabeça e entregar para a sua assistente Pepper Potts, todos sairão traumatizados. 

— Só porque você mencionou a palavra "decepar", como faz verdadeiramente com as mulheres de seu país, acabou de achar uma que vai fazer isso com todos os seus homens. — piscou. — Ou... podemos simplesmente sair tranquilamente sem peças.

O afegão gargalhou como se tivesse ouço uma piada e depois afastou-se ficando ao lado dos homens. 

— Podem matá-la. — disse sem sentimentos.

Elizabeth abriu os olhos sentindo uma forte dor de cabeça, incomodada com a claridade e sem noção da onde estava, do que havia acontecido entre todos os tipos de confusões mentais que sua cabeça estava tendo. Virou sua cabeça para o lado e encontrou com um monitor indicando seus batimentos cardíacos.

— Elizabeth? — a mulher se assustou ao encontrar com Natasha sentada a uma cadeira ao seu lado. — Tudo bem... tudo bem...

— Natasha? — a Maximoff se afastou. — O que houve comigo?

— Você ficou em coma por três dias. Parece que liberou uma energia tão forte do seu corpo que ele não foi capaz de suportar tanto tempo acordado. — explicou Romanoff. — Como se sente?

— Como se eu tivesse ficado fora por três dias... — a brasileira passou a mão na cabeça. — Cadê o Tony? Morgan? Meus pais...

— Um passo de cada vez, Feiticeira Negra. — Nat tocou a mão dela. — Você vai ter que ser forte. E depois, você decide o que fazer.

Elizabeth foi colocada em uma cadeira de rodas, Natasha empurrou a cadeira em direção ao leito onde Tony Stark estaria, entubado, quando ela entrou no quarto, levou a mão aos lábios e as lágrimas vieram com tudo em seus olhos. Romanoff aproximou o corpo da amiga perto de Stark.

Ele estava com os olhos fechados, entubado, com um tubo em sua boca, na garganta, e vários fios conectados ao seu peito e braço. O som do oxigênio enviando ar para seu corpo era o que destacava ali, além dos aparelhos indicando seus batimentos cardíacos, entre outros. Liz colocou a mão sob a dele e abaixou a cabeça chorando.

— Ele teve três paradas na cirurgia. — Doutora Cho informou. — Conseguimos recuperar perfeitamente os tecidos perdidos graças as nossas tecnologias e seus poderes que ajudaram. Mas o coração como já sofreu muitas lesões por conta dos fragmentos no passado, dificultou muito com que pudéssemos progredir.

— E qual é o estado? — Elizabeth levantou a cabeça para encarar a coreana.

— Crítico, muito crítico. Ele está em coma, esse coma pode durar semanas, meses e anos. Se assinar o a autorização, iremos desligar os aparelhos no período de trinta dias. É o suficiente para vermos se ele vai reagir. — a médica aproximou-se colocando a mão no ombro da vingadora. — Eu sei que é uma situação difícil Senhorita Maximoff, e pode pensar o tempo que quiser sobre isso.

— Não... é uma situação que temos que lidar logo para que a dor venha em uma explosão, não em ondas. Ele iria querer isso, não suportaria vê-lo sofrer a base de aparelhos enquanto sua alma implora pra descansar. — enxugou as lágrimas. — Onde está o papel? 

Cho assentiu com o olhar tristonho e entregou o papel para Elizabeth que encarou Natasha que inclinou a cabeça levemente incentivando-a. Os dedos da Feiticeira Negra riscaram o papel em uma assinatura.

— Você autoriza doação dos órgãos intactos? — Hellen perguntou.

— Autorizo. — confirmou. — Ele também iria querer isso... salvou bilhões de vidas tantas vezes, e até na morte, vai salvar mais...

Enquanto assinava o papel a filha de Magali gargalhou. Em seguida, entregou o prontuário para a médica.

— A energia de seus poderes está dentro do corpo dele, é o que ajuda a manter vivo. — continuou Cho a falar. — E... eu sei que são muitas coisas pra você escutar, mas antes de Tony ir embora, ele deixou um presente dentro de você.

Elizabeth que encarava o corpo do esposo franziu o cenho para a coreana que olhou para Natasha.

— Liz... você está grávida de cinco meses. — Natasha sorriu colocando a mão no ombro da amiga e agachando-se na frente dela.

— O que? — Elizabeth questionou confusa. — Isso...

A Maximoff não aguentou tantas notícias em um dia só, seu corpo estava fraco, e as emoções atingiram-no em cheio. O que a fez desmaiar.

Os homens miraram suas armas em direção a agente da S.H.I.E.L.D que rapidamente empurrou o corpo de Tony Stark para dentro do carro. Eles começaram a disparar nela que lançou seus raios púrpuros em direção a todos jogando-os no chão, entretanto, apenas um ficou de pé com as mãos erguidas.  Que era justamente o líder, deles.

— Devagarzinho, abaixa e mãos na cabe... — Elizabeth começou a tossir e quando levou a mão a boca, estava repleta de sangue.

Raza sorriu para ela que largou a pistola no chão. O inimigo se levantou e começou a correr, Elizabeth perdeu o equilíbrio e quando caiu no chão, os braços de Tony Stark a seguraram.

— Droga, mulher! — agachou o corpo dela no chão.

Os agentes da SHIELD, os homens do Coronel Rhodes chegaram ao local.

— Tony! — chamou Rhodey percebendo a mulher caída no chão com um ferimento na barriga.

— Ela está muito ferida, Rhodey! — balançou o corpo dela. — Precisa de ajuda, essa mulher tirou o colete a prova de balas pra me dar e levou um tiro.

— Águia três oito um, solicitando reforços imediato, agente ferida, código azul, repito, agente ferida! — Coulson disse no rádio e aproximou-se do corpo da Agente Maximoff. — Levem o Senhor Stark daqui, vamos seguir a diante.

— Mas ela vai ficar bem? — questionou Tony levantando-se com a ajuda de Rhodey e o Coulson colocou luvas pressionando o ferimento da brasileira que tossia e respirava ofegante. 

— Faremos o possível. — respondeu o agente.

— Vamos, Tony. — chamou James Rhodey.

❦ ════ ❍❍❍❖❍❍❍ ════ ❦

Já havia passado metade do mês desde que Tony estava em coma, Elizabeth havia voltado para sua casa e estava destinada a se adaptar à nova vida, pois, além de aprender, teria que ensinar sua filha. A mulher estava vestida com roupas formais, seus cabelos escuros presos em um rabo de cavalo, um blazer preto, blusa listrada branca e preta, calças pretas e botinas de salto alto.

Olhou no relógio de pulso e bateu o pé impaciente, quando viu Morgan saindo da escola saltitando.

— Oi meu amor, porque demorou tanto? — agachou-se na frente da pequena que colocou os braços ao redor do pescoço da mamãe.

— Meus amiguinhos perguntavam como está meu papai. Eles fizeram cartinhas pra ele, olha. — Morgan mostrou o tanto de cartas em sua mão. 

Elizabeth sorriu com a expressão de choro, deu um beijo na sua filha.

— O papai vai ficar bem, né mamãe? Ele só está hibernado que nem os ursinhos né? — a pequena Stark encarou sua mãe.

Elizabeth manteve o silêncio acariciando o rosto de sua pequena.

— Vamos falar com o Tio Peter? — piscou, pegando na mão da criança e andando com ela pela rua.

Morgan muito rapidamente, pois acordava cedo, pediu colo para a mãe e apagou no ombro dela.

A Esᴄᴏʟᴀ Mɪᴅᴛᴏᴡɴ ᴅᴇ Cɪêɴᴄɪᴀ ᴇ Tᴇᴄɴᴏʟᴏɢɪᴀ era do outro lado da escola que Morgan Maximoff-Stark estudava, não precisava dar muitos passos para chegar ao outro lado. O horário de saída dos alunos havia dado, Peter estava ao lado de Ned que apontou para a Feiticeira Negra que acenou com a mão.

— Liz! — Peter sorriu alegre e correu em direção a mulher. — Meu Deus, eu não te vejo desde o dia T. Com essa confusão do colégio eu não consegui ter tempo para visitar nem você, e nem o Senhor Stark.

"Dia T = Dia Thanos". 

— Tudo bem, Pet. Fique tranquilo, está tudo confuso no planeta, me lembra até alguns anos atrás quando estávamos no meio de uma pandemia, parecia o apocalipse. — gesticulou com a mão.

— Teve uma pandemia? — o Parker arregalou os olhos. 

— Estude isso quando chegar em casa, vai ficar surpreso com o tanto de merda que rolou e eu realmente achei que o mundo ia acabar, e pior, essa época eu estava no Brasil. Parecia que não tinha intervalo de tanta tragédia. — a brasileira bagunçou os cabelos.

— Nossa, eu sinto muito Liz. — disse triste. — É estranho ver o tamanho da Morgan, da sua irmã que aparentemente é mais velha que eu, é tudo tão confuso.

— Sim, muito confuso. — suspirou tristonha. — Peter, eu tenho uma reunião com as empresas do Tony hoje, e bom, eu estava limpando o laboratório dele e aparentemente ele sabia que precisava uma pessoa pra confiar. Não foi o Fury, não foi Rhodes, muito menos eu, nem a Morgan quando ficasse maior. 

— Desculpe a ignorância, Liz, mas eu não estou entendendo o que quer dizer. — Peter franziu o cenho.

— Tony tinha um óculos que era o xodó dele para tudo. Como ele não sabia se iria voltar, e aparentemente, não sabemos ainda, ele confiou esses óculos a uma pessoa. — a vingadora levantou o porta óculos em direção a ele. — A EDITH é sua agora.

— O que? Como assim? Porque ele confiaria isso a mim? Eu só tenho dezesseis anos, eu não sei nem dirigir direito, nem... — Peter começou a se desesperar. — Me desculpa Elizabeth, eu não posso aceitar.

— Desfazendo de uma lembrança de alguém que está em coma, provavelmente a alma dele vai ter de assombrar antes de dormir. — disse bem humorada. 

— Não! Não é isso! — enrolou-se nas palavras assustados. 

— Peter, eu sei o que está sentindo, sei o que dói e sei que sente medo. Fui adolescente, sabemos o quanto é doloroso enfrentar responsabilidades. Mas se o Tony, o cara mais narcisista com complexo de egocentrismo com quem eu me casei e tive essa garota que dorme no meu colo serenamente, confiou em você, uma das coisas mais preciosas que herda a fortuna dele, é porque sabia que era a pessoa certa. — disse firme olhando no fundo dos olhos do jovem. 

— Eu sinto muito a falta dele... — Peter disse com os olhos lagrimejados. — Eu não queria decepcioná-lo.

— Ah Peter... — Maximoff abraçou-o e acariciou seus cabelos controlando o nó na garganta. — Eu também sinto, muito a falta dele. Sei que machuca. Mas jamais vai decepciona-lo, é o filho que Tony gostaria de ter sido tratado na sua idade. Ele via a si próprio em você, e acho que qualquer lugar que ele esteja, se orgulha por isso.

Ambos se afastaram e ela olhou no rosto do estadunidense.

— Promete pra mim que vai cuidar da EDITH como se fosse a sua vida? — questionou. — Prometa pra mim.

— Prometo Liz, claro que prometo. — apertou a mão vaga da mulher em seguida bagunçou os cabelos de Morgan. — Eu prometo.

— Ok, eu preciso ir. Tudo bem? — disse com um sorriso. — Qualquer coisa me ligue. 

— Pode deixar. — disse Parker com o porta-óculos na mão vendo-a andar em direção ao carro, então, Peter abriu fitando os óculos em sua mão. — Que demais!

 Elizabeth Maximoff chegou no prédio das Indústrias Stark, quando saiu, muito dos funcionários a cumprimentavam quando passavam, e ela retribuía. 

— Liz! — Happy a cumprimentou sorrindo, então, a brasileira se virou. 

— Happy! Como está? — questionou ela da mesma forma. — Eu te cumprimentaria se não tivesse com duas mãos segurando uma criança. 

— Ah Morgan, deve estar cansadinha, não é? — Happy olhou para a criança. — Veio discutir a papelada?

— Aparentemente. E você foi convocado, parece que Tony tem algo pra você. — chamou com a cabeça.

— E-eu? — disse surpreso.

— Éramos a família dele, Happy. Tony apesar de ser egocêntrico jamais esqueceria de quem o deu a mão. — assinou algumas coisas na portaria. — Vamos, ou você está ocupado?

— Claro, claro. — rapidamente a seguiu.

Ambos pegaram o elevador, e subiram até o andar da presidência, Elizabeth tinha lembranças nostálgicas quando andava pelos corredores e lembrou-se da primeira vez que pisou ali, foi humilhada por uma das secretárias, pedira ajuda a Pepper que infelizmente não havia conseguido, e na mesma noite dormiu na chuva.

— Senhorita Maximoff, estão aguardando a chegada da senhorita. Queira-me acompanhar por favor. — pediu a secretária de Potts levantando-se da cadeira e passando pelo chefe da segurança e a vingadora, a funcionária bateu na porta e escutou um "entre". — Senhorita Potts?  A Senhorita Maximoff acaba de chegar.

— Okay, obrigada, Rachel. — agradeceu Potts vendo Elizabeth entrar, e a ex secretária de Tony andou em direção a mulher chamando-a para um abraço. — Ah, Liz, espero que esteja bem. 

— Na medida do possível, obrigada Peps, e você? — perguntou observando os advogados na sala.

— Dolorosamente indo. — a ruiva disse tristonha. — Sente-se, vou pegar água pra você.

A ruiva cumprimentou Happy, Elizabeth cumprimentou Rhodey que estava na sala e os advogados de Tony. A mulher sentou-se com Morgan ainda em um sono pesado em seu colo, então colocou a cabeça por cima da filha e suas mãos cruzadas nas pernas da criança esperando a leitura começar. Pepper trouxe a água e Liz agradeceu bebendo um pouco.

— Bom, sei que é um momento difícil a todos os entes-queridos, mas é importante lembrar o quanto a Família Stark sempre quis que seu nome fosse lembrado para sempre, independente do que houvesse, incluindo a morte, que nem mesmo ela parasse seu legado. Era assim que Howard Stark pensava, e foi assim que ele passou para Tony Stark. — um dos advogados começou a falar. — No entanto, Tony sempre quis que seus bens e sua fortuna fossem investidos em algo bom, para que ele pudesse ser lembrado por coisas boas, pois se culpava pela vida inteira ser construída por mortes.

Elizabeth abaixou a cabeça e acariciou os cabelos de Morgan.

— Vamos a leitura do testamento. — começou o outro advogado. — Começaremos pelas empresas, Indústria Stark que atualmente trabalha com facilitamento das empresas de segurança aérea Lockheed Martin e Northrop Grumman, também está listada na Bolsa de Valores de Nova Iorque como a SIA. Tony Stark deixa cinquenta por cento das ações para a presidente Virginia Pepper Potts, e os outros cinquenta por cento das ações para a então, cônjuge, Elizabeth Marie Alba Maximoff. 

Liz abaixou a cabeça.

— O legado do Homem de Ferro, todas as armaduras, Tony Stark passa para a sua filha Morgan Howan Maximoff-Stark que só poderá utilizá-las quando atingir a maioridade ideal. Entretanto, terá a posse de uma armadura especial aos seus quinze anos utilizada somente para atividades que não envolvam perigo, Tony não queria que sua filha entre em meio de balas tão cedo.

Morgan se remexeu no colo da mãe.

— Os carros, Anthony passa todos para o Coronel James Rupert Rhodes. Tony sabia o quanto o coronel sempre apreciou os carros do amigo. — continuou o advogado.

Rhodey colocou a mão no queixo e segurou as lágrimas.

— As mansões de Tony Stark, em diversos países, serão divididas para a cônjuge e o segurança. As mansões em Dubai, no Emirado dos Árabes, Cairo no Egito, Roma na Itália, Madrid na Espanha, Seul na Coreia do Sul, serão passadas para Harold Joseph "Happy" Hogan. — informou o advogado. — Queria muito ter sido companheiro do Stark também.

Happy que estava tranquilo, arregalou os olhos surpreso e quase faltou ar para respirar. Elizabeth sorriu para o segurança e colocou a mão no ombro dele.

— Você merece, Happy. — disse a Maximoff docemente. 

— Para a esposa, Elizabeth Marie Alba Maximoff, serão passadas as mansões, Malibu aqui nos Estados Unidos, a fazenda em Nova York, as mansões nas cidades: Las Vegas, Orlando, Los Angeles. Fora do país, na Europa, Paris na França, Veneza na Itália, Atenas na Grécia. Na Ásia, Nova Delhi na Índia, na América Central, Rio de Janeiro no Brasil, Fortaleza no Ceará. — o advogado respirou fundo para falar.

— Tony era um geografo ou o que? Quase onze anos de relacionamento, e eu não tinha conhecimento da maioria das propriedades citadas. — disse a brasileira. — O que eu vou fazer com tanta casa?

— Não sei Senhorita Maximoff, talvez venda para um de seus companheiros, ou dê de presente. O que importa é que agora a senhora é bilionária pois o patrimônio estimado de 9,8 bilhões de dólares foi passado para seu nome, parte do dinheiro para a sua filha que quando estiver em uma idade mais consciente poderá mexer, e um pouco do patrimônio para Harold Hogan. — o advogado continuou.  — Nenhum de vocês irá precisar trabalhar.

A mulher colocou a mão por baixo de Morgan em seu peito e então suspirou fundo.

— Esse era o desejo do Senhor Stark, e de quebra, ainda disse que realmente o sentido de "nessa vida não levamos nada", nunca fez tão sentido. — o senhor abriu uma pasta. — Senhorita Maximoff, preciso que assine aqui.

A brasileira levantou-se com sua filha ainda no colo e assinou com lágrimas nos olhos.

❦ ════ ❍❍❍❖❍❍❍ ════ ❦

Era o dia mais terrível para Elizabeth. O dia do memorial de Tony Stark, naquele dia que iriam desligar os aparelhos pois Tony não havia respondido a nenhum estímulo cerebral. Wanda e Elizabeth tentaram canalizar energia para seus corpos, talvez ajudaria-o acordar por mais que a magia o mantivesse vivo, mas não ocorreu.

Todos os Vingadores estavam na casa de Tony e Elizabeth, os asgardianos olhavam ao redor confusos.

— Obrigado. —  agradeceu Rhodey quando Elizabeth ofereceu rosquinhas para ele.

Ela nunca havia participado de um funeral nos Estados Unidos, os companheiros estavam ajudando-a, era muito estranho, normalmente quando ocorre um enterro, o costume de muitos brasileiros não aguentava sequer por comida na boca que vomitavam, água era o essencial. Mas em um memorial, havia comida, os entes queridos se reuniam.

—  Ela está destruída... — comentou Pietro.

— Deveria estar descansando, mas mesmo assim ela não para. Além de estar grávida. — Wanda balançou o copo.

— Querida, vá se sentar por favor, continuaremos por aqui. — Magali acariciou os cabelos da filha.

— Estou bem mãe, só preciso de distração pra cabeça, se eu parar posso surtar... — Liz estava meio grogue por conta dos remédios que tomou para acalmar. 

— Mal consegue manter os olhos abertos filha, senta um pouquinho. — José tocou o ombro da mulher. — Sabe que precisa descansar, está fazendo muito hoje.

— Tá bom... — a mulher sentou-se no sofá e colocou a mão sobre a barriga que estava visível, não tanto por ser o sexto mês, mas redonda. Com o lenço, limpou as lágrimas que caíam automaticamente.

Morgan se aproximou de Peter que estava encarando a EDITH em suas mãos, seu rosto estava vermelho pois também estava chorando. Quando olhou para a criança, viu nela, Tony. Morgan não entendia muito a situação pois era uma criança, mas assim como sua mãe sentia a energia das pessoas, ela também sentia.

Ou simplesmente havia olhos e sabia observar, ser esperta como o pai.

— Peter não fica triste. — Morgan colocou pequena mão na de Parker. — Eu te amo mil milhões.

O Parker franziu o cenho não entendendo o que aquilo significava, mas de qualquer jeito, a frase havia sido mais doce e amorosa do que prevista.

— Eu também de amo mil milhões, Morgan. — disse Peter abrindo um sorriso. —  Sabe, eu me lembro da última vez que ele me deu um abraço.

— Eu também. — disse ela, então o abraçou.

Os asgardianos, Lady Sif, Heimdall, Volstagg, Valquíria e Fandral ajoelharam-se diante de Elizabeth que franziu o cenho surpresa.

— Nossa sinceras condolências asgardianas para vossa senhorita. — disse Lady Sif. — Em nosso mundo, a morte é um ponto de partida para um mundo repleto de energias boas mesmo que isso cause dor aos entes-queridos.

— Obrigada. — agradeceu a Maximoff colocando a mão sobre a da mulher querendo que ela levantasse logo. — Isso é muito bonito, e eu também prefiro pensar assim.

— Queremos agradecer também a forma do qual dedicou-se seus poderes a trazer-nos de volta a vida. — Heimdall disse apoiado em sua espada. — Foi uma energia muito forte, teria perdido-os, não é fácil trazer pessoas que já se foram novamente a Terra.

— Eu só quero ver as pessoas felizes, daria minha magia para ver o sorriso que vocês estão em todas elas. — a brasileira sorriu. — Estão gostando da Terra?

— Já estive aqui antes em missão, mas ainda são muitas novidades pra mim. — Sif disse. — És uma pessoa muito compreensível, não temos palavras para agradecer.

— Bom, a Terra é cheio de moças bonitas, as humanas são espetaculares.

Volstagg encarou Anna e Claire que conversavam entre si.

— Você só teria chance com a Anna, já que a Claire é casada e não gosta da fruta que você tem no meio das pernas. — comentou Lizzie rindo.

— "Fruta"? Não entendi. — Frandal franziu o cenho.

Heimdall soltou um riso.

— Bem-vindos a Terra. — só os asgardianos para fazer Elizabeth rir naquele momento.

Rocket estava olhando os quadros com Groot que jogava no vídeo-game. Quill encarou os quadros, junto com Drax.

— Eles são uma família bonita. — Drax disse. 

— Eles eram, uma família bonita. — corrigiu Quill.

— Você sempre estraga as coisas, não é? A sua sorte, foi que a garota obscura não matou você por ter estragado o plano. — Drax apontou o dedo pra Elizabeth.

— Errado ele não está. — Rocket concordou. — Ela nem teve tempo pra pensar nisso, está ocupada chorando por causa da morte do amor da vida dela.

— Estranhando a Terra, seres do espaço? — Malu cruzou os braços. — Deve ser diferente os funerais lá fora.

— Claro que é, diferente, humana. São feitos com mais pudor e a alma entregue a uma perda. — Loki que estava ao lado de Thor respondeu.

— Devo retrucar que não entendi nada do que disse? — Malu arqueou a sobrancelha. — Se me lembro bem, foi você que enviou um exército pra Terra, não é? Eu era apenas uma criança, mas tenho memória fotográfica.

— Aquilo foi uma época obscura da minha vida, mas não significa que eu não pense nisso diariamente. — Loki sorriu.

— Claro que ele não pensa, não é Loki? — Thor disfarçou batendo de leve no ombro dele disfarçando. — Ele só está entrando na onda das piadas da Terra. 

— Na realidade... — Groot cortou Loki.

— Eu sou Groot. — disse a árvore.

— O que ele disse? — Malu questionou.

— Que vocês não sabem conversar decentemente nem em um funeral. — respondeu Rocket. — E ele está certo. Você também não é nem um pouco inteligente, Quill.

Rocket estava encarando Loki que franziu o cenho. Quill arqueou a sobrancelha.

— Eu não sou Quill. — respondeu o deus da trapaça.

— Nem inteligente. — Rocket gargalhou e bateu na mão de Groot que também riu.

Thor apenas soltou um riso, e Loki revirou os olhos. O deus do trovão se aproximou de Elizabeth e então, agachou-se na altura dela.

— Obrigado, Elizabeth. Trouxe meus amigos de volta. — Thor segurou na mão dela. — Não tenho palavras para descrever o quão sou grato.

— Não se preocupe Thor, você vai ter a chance de ser feliz agora, com seu irmão, e seus amigos por perto. — apontou para os amigos.

Sif, Heimdall, Volstagg, Valquíria e Fandral estavam conversando com sua pose de guerreiros. Quando Loki se aproximou, rapidamente Sif tirou uma faca apontando pra ele, Thor fez uma careta.

— Ah, eu já volto. — Thor levantou o dedo indicador.

— Ainda não entendo como está vivo. — Sif olhou mortalmente para Loki.

— Acredita Lady Sif, ficaria surpresa com a capacidade das coisas dos humanos agirem. — sorriu o asgardiano.

— Thor, qual é o significado de "fruta", aqui na Terra? — Frandal ainda estava confuso.

Maria Hill, Natasha e Barton se aproximaram.

— Como é que está o bebê? — Nat colocou a mão sob a barriga redonda de Liz.

— Está tão quieto que nem parece que está aqui, mas de vez em quando ele me assusta dando breve chutinhos. — respondeu.

— É normal, a Laura sentia isso direto. — Barton comentou olhando para a esposa que controlava os filhos.

— Você já sabe o sexo? — Hill questionou.

— É menino. — olhou para a barriga. — Uma companhia para a Morgan, e um filho que Tony o criará como gostaria de ser criado quando criança. 

— Que pena que ele não soube. — Natasha abaixou a cabeça triste. — Mas talvez, onde ele esteja, aquela cabeça de lata está esperando pra ver como esse pequeno Stark irá sair.

Elizabeth soltou um riso.

— E você faz robôs? — Scott questionou para Malu que conversava com Hope e Cassie. — Tipo, robôs iguais ao do Homem de Ferro?

— Não calma aí, também não força né. Tony tinha o dom e a tecnologia própria pra isso, eu sou uma mera pobre universitária com visto de estudante, consegui cidadania estadunidense por misericórdia e os pulos que minha irmã deu com a S.H.I.E.L.D, do contrário eu me esforço pra isso. — Malu respondeu.

— Ele acha que você constrói a Verônica. — Hope disse.

— Papai, como você exagera. — Cassie gargalhou.

— Só fiquei impressionado. — Scott se defendeu.

— Tinha opções melhores, filha. — Hank revirou os olhos. 

— Querido, por favor. — Janet colocou a mão no ombro do esposo.

Nebulosa e Gamora se encararam, em seguida, encararam ao redor.

— Ainda não acredito que fiquei com esse cara. — apontou para Quill que tocava em uma planta.

— Melhor que a árvore. — Nebulosa respondeu.

Elizabeth estava refletindo, com a cabeça apoiada na mão lateralmente olhando para o nada. Bucky, Steve e Sam entraram na casa usando ternos pretos, Steve tinha uma rosa vermelha, Bucky uma branca e Sam outra vermelha. Os vingadores se aproximaram de Liz e entregaram as rosas pra ela.

— Eu sinto muito Liz. — estendeu a flor para a mulher.

— Eu estou viva ainda Rogers, quer antecipar minha morte, é? — gargalhou a brasileira bem humorado.

— Não, e-eu, quer dizer... — gaguejou o patriota.

— Você nunca se dá bem com as garotas. — Bucky negou vendo a mulher pegar as rosas. 

— Nem quando estamos no funeral. — Sam disse.

— Achei que iria voltar para o seu passado. — Maximoff colocou sob a perna as rosas. 

— Não, prefiro deixar como está. Eu quero honrar o meu passado e não viver nele. Isso é o bastante pra mim. — Rogers colocou as mãos no bolso da calça. — E como você está? E o bebê?

— Superando, mas está doendo muito, tanto que estou dopada de medicamentos. O bebê está bem. — disse meio grogue. — Mas aproveitem a comida de graça, não é muitas vezes que tem isso.

— Pode deixar. — Bucky passou a língua pela boca. Sam o olhou mortalmente. — O que?

— Eu te odeio. — Wilson negou com a cabeça.

Carol Danvers tocou o ombro da amiga.

— Você é forte, Elizabeth. — Carol dizia. — Quando isso acabar, vamos pra fora de Terra comigo, salvar outros planetas. Assim pode construir a vida lá, leva seus filhos se for preciso.

— Carol... — Elizabeth colocou a mão sob a da outra sorrindo. — Eu adoraria, mas tenho obrigações. E acho que elas são mais fortes do que eu, prefiro ficar aqui, no chão, perto de quem eu amo. Deixo essa parte heroica com você.

— Tudo bem, minha amiga. Conta comigo pra qualquer coisa, tá? — bateu de leve no ombro. A latina assentiu.

Shuri, Okoye e T'Challa olhavam ao redor, deram os pêsames para Liz, e então começaram a circular.

— Como conseguem viver tão abafados? Se eu ficasse em lugares tão fechados como esse, estaria surtando. — Okoye estranhava olhando ao redor.

— São culturas, Okoye, infelizmente não sabem apreciar o ar puro. — Shuri disse bem humorada.

— Meninas. — repreendeu T'Challa. — Estamos em um funeral, por favor.

— Foi mal. — Shuri se desculpou

Visão e Banner conversavam.

— A joia está funcionando perfeitamente, Visão. Como foi que conseguiu recuperá-la novamente? — Banner disse avaliando o androide que estava com a aparência humana.

— Aparentemente a Senhorita Maximoff roubou-a em uma das linhas do tempo e trouxe-a para mim. Ela fez muito por todos. — respondeu Visão.

— Foi por isso que ela e Nat ficaram de segredos. — desconfiou Banner. — Esperamos que não tenhamos resultados futuros.

— E não vai. — Visão declarou.

Rhodey, Happy e Pepper conversavam lembrando dos momentos de Tony.

— No Natal de dois mil e treze, Tony e Elizabeth brigaram feio. — contou Happy. — E no Ano Novo, estava os dois juntos.

— Era o destino, Tony precisava de alguém que o colocasse nos eixos. — Rhodey disse.

— Nunca imaginei que a mulher que veio pedir que eu comprasse a confeitaria de volta pra ela, seria a mulher incrível que ela é hoje. — confessou Pepper. — É nítido ver o quanto as coisas mudam se olharmos para trás.

— E a garota que cuspiu na cara dele, hein. — apontou Hogan.

Luke, Anna e Claire comiam os donuts sentados no sofá.

— Sorte a dela, ficou bilionária e com diversos imóveis. — Luke contou. — Eu queria casar com o Tony Stark.

— Luke. — repreendeu Claire. — Eu me lembro claramente do dia que você teve que segurar a Liz pra ela não quebrar a cara dele. Quando fomos na casa dele pra tentarmos a encontrar, eu estou com o coração destruído, minha mãe e eu éramos fãs dele.

— A Liz driblou a HIDRA pra conseguir falar com ele, foi como nós escapamos da prisão. — Anna dizia. — Eu sinto tanto por ela, passamos muitos momentos naquele lugar, a esperança dela, por incrível que pareça, foi no Stark.

Elizabeth se levantou, e caminhou para fora do local, andou em direção ao lago e cruzou os braços sentindo o vento passar por seus cabelos, os olhos dela estavam focados no lago que corria e seus sons, das gaivotas voando, das árvores balançando. Sentiu uma aproximação do seu corpo.

— Se eu dizer que não te esperava aqui, estaria mentindo. Sei o quanto detesta funerais ou memorais. — disse ela em voz alta.

— Me diga uma pessoa no mundo que gosta de funerais ou memorias que eu irei jogá-la nesse lago agora mesmo. — Nick Fury se aproximou com os braços para trás ficando ao lado da mulher. 

— É bom tê-lo de volta Fury. — Maximoff colocou a mão no ombro do mais velho. — Como vai a SHIELD? Coulson deve estar fazendo um ótimo trabalho.

— Coulson soube se virar bem sem mim ou a Hill aqui. — conversou. — A May, Daisy, Simmons e Fitz perguntaram sobre você. Sentem sua falta. Sempre os ajudou as escondidas com as missões.

— Eles sabem o motivo de eu ter me afastado, Morgan estaria em risco, Tony também. — cruzou os braços a altura dos seios. — Entreguei a EDITH pro Parker. 

— Não sei o que se passava na cabeça do Tony para entregar uma coisa tão valiosa para uma criança de quinze anos. — Nick disse repetindo a ação da brasileira.

— Ninguém na realidade entendia o que se passava na cabeça dele, não é? — soltou um riso. — No dia do meu casamento, você disse que sabia que tinha colocado o Tony no meu caminho, mas por que?

— Elizabeth, você e o Tony eram exatamente um oposto do outro. Stark um mulherengo, egocêntrico e com complexo de narcisismo. Você, uma pessoa humilde, detesta todos os fatos que listei acima, o que aconteceria se tivessem que conviver? Howard Stark sempre me deixou claro que queria que seu filho casasse com alguém oposto do filho dele, como aconteceu com Maria e Howard. — explicou Fury. — Talvez, eu vi Maria em você e o Tony em Howard. 

Elizabeth escutava quieta controlando o nó na garganta.

— Sei que é doloroso pra você, mas você é uma Feiticeira Negra, não usou todas as suas defesas completas pra trazê-lo de volta a vida, e você sabe disso. — Nick dizia. — O que acha de mais tarde fazer uma visita ao hospital e usar de vez seus poderes pra trazer seu marido de volta?

A mulher ficou em silêncio ainda pensativa. Assentiu e entrou novamente para a sala permanecendo de pé. Todos os convidados se silenciaram e começaram a prestar atenção nela.

— O Tony sempre quis salvar o mundo, só que ele começou com o pé esquerdo. Construiu armas e mísseis que na cabeça dele salvariam o mundo, mas só salvou a pátria dele. Foi quando foi sequestrado, e se deu conta que não era aquilo que queria pra vida dele. Alguns anos depois, eu perco minha memória e do nada tem um cara despedindo todos da onde eu trabalho. — riu. — Tony e eu demoramos muito para ficar juntos, mas o tempo que permaneci ao lado dele pude perceber que as qualidades são maiores que seus defeitos.

Uma lágrima escorreu de seus olhos.

— Tony sempre se preocupou comigo mesmo eu estando com mil facas na mão, ele nunca deixou de se preocupar desde que me acolheu em sua casa quando eu passei por problemas difíceis, ele sempre se importou com meu bem estar, sempre se preocupava com o bem estar das pessoas. Mas nunca teve tempo pra ele, e aquilo o machucava internamente quando se esquecia que em primeiro lugar antes das pessoas, era ele. — contou. — Isso continuou até o fim da vida dele, ele se sacrificou para que todos pudessem viver. Só reforça o quando ele se importava em defender as pessoas, mesmo que isso custasse sua vida.

Elizabeth colocou o capacete do Homem de Ferro na mesa e apertou um botão.

— Ao que parece, ele sabia que isso ia acontecer e deixou um recado. — a imagem de Tony resplandeceu na sala sentado em uma cadeira.

— Todo mundo quer um final feliz, não é? Mas nem sempre acontece desse jeito. Talvez dessa vez. Espero que se você estiver ouvindo essa gravação, seja numa celebração. Espero que famílias estejam reunidas, espero que tenhamos nos recuperado, que uma versão normal do planeta tenha sido restaurada. Se é que existe tal coisa. Meu Deus... que mundo!

A médica desligou o oxigênio retirando o tubo da garganta de Tony Stark. Elizabeth, Happy, Pepper e Rhodey estava no leito assistindo a morte do vingador. As lágrimas escorriam dos olhos de todos.

—  Que universo! Agora, se me dissessem há dez anos, que não estávamos sozinhos muito menos nessa extensão, eu teria ficado surpreso, mas o que é isso, quem iria saber? Tais forças épicas das trevas e da luz que se mostraram pro melhor ou para o pior. Essa é a realidade em que a Morgan terá que arranjar um jeito de crescer, então eu pensei que era seria melhor gravar uma mensagem no caso de uma morte inoportuna... da minha parte, quer dizer não que a morte possa ser oportuna.

A médica desligou outros aparelhos. 

 Esse negócio de viagem no tempo que vamos tentar executar amanhã fez eu queimar minha cabeça sobre viabilidade de tudo isso, essa é a razão. É isso... é o que faz de um herói, não é? Parte da jornada é o fim. Porque eu 'tô preocupado? Tudo vai funcionar do jeito exato que se espera.

Tony se levantou da cadeira em forma de holograma. Morgan se aconchegou no conforto do braço da mãe com o rosto inchado e as lágrimas escorrendo de seus olhos. Lizzie abraçou sua filha acariciando os cabelos da criança depositando um beijo em sua cabeça.

 Eu te amo mil milhões. — Tony disse para sua filha.

O som agudo do monitor cardíaco indicando que os batimentos de Anthony Edward Stark não estavam mais ali. 

Uma vez que usar a magia para ressuscitá-lo, vai perdê-la para sempre. É necessário o sacrifício. — Elizabeth se assustou quando percebeu que a Anciã Suprema, líder de todos os feiticeiros da Terra, olhava para ela em forma de espírito.

A Maximoff assentiu respirando fundo.

Encarou seu esposo quase morto, e então depositou suas duas mãos sob o peito dele, então, abaixou a cabeça e canalizou todos os seus poderes do interior de sua alma para dentro do corpo de Tony Stark, sua magia púrpura se esvaziou saindo de seu corpo dando forças restaurando todas as células do corpo do vingador, restaurando todos os organismos mortos e todo o coração ferido.

Os batimentos começaram a indicar no monitor, Tony começara a respirar, sua pele estava com uma cor viva.

Tony Stark abriu seus olhos, e eles estavam púrpuros.

 

❝eu prometo que um dia estarei por perto
te manterei a salvo, te manterei segura
no momento, as coisas estão meio loucas
e eu não sei como parar ou diminuir o ritmo disso
então, quando estivermos separados, você nunca vai estar sozinha
quando sentir saudades feche seus olhos
eu posso estar longe, mas nunca fui embora

sнᴀωɴ мᴇɴᴅᴇs  – ɴᴇνᴇʀ вᴇ ᴀʟoɴᴇ

 

 


Notas Finais


⚓ morgan adolescente: https://i.pinimg.com/originals/96/b5/f6/96b5f612071eb3d65493a9f9dd1a3211.jpg
⚓ look de elizabeth na leitura do testamento: https://i.pinimg.com/564x/f0/17/d4/f017d4bd57d0ae99647530b3183a1e9f.jpg
⚓ look de liz no funeral de tony: https://i.pinimg.com/564x/37/29/17/372917205d643ee2a9587afc410b56d1.jpg

tony está vivíssimo, só falta 2 capítulos para a fanfic acabar, no próximo terão mais flashbacks de capítulos deletados da 1 season, e de momentos que tony e elizabeth se encontraram no passado, espero que tenham gostado, se gostou, diga o que achou, tenha um ótimo final de semana!!!! ❤️ ❤️


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