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História Heart by Heart II - I'm Your Angel


Escrita por: sereiaxx

Notas do Autor


hello meus doces!! vamos sofrer mais um pouco? até pq end game foi feito pra sofrer né kkkkk

💮 capítulo baseado em uma das cenas de grey's anatomy 9x01 onde a personagem cristina yang está se recuperando do trauma de seu acidente de avião, e conversando com seu marido;
💮 vocês entenderam um pouco sobre a coruja que apareceu no último capítulo;
💮 ultimato eu escreverei da minha maneira, teve muitos furos no roteiro, e alguns eu tentarei arrumar, principalmente o de terem praticamente esquecido o visão no churrasco;

💮 amo vocês e boa leitura!!

Capítulo 8 - I'm Your Angel


Fanfic / Fanfiction Heart by Heart II - I'm Your Angel

❛❛Não importa quantos planos traçamos, ou quantos passos seguimos, nunca sabemos como o dia irá acabar.❜❜

— мєrє∂iτн grєy

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CAPÍTULO SETE – I'M   YOUR  ANGEL

ony nunca sentiu um alívio tão grande ao souber que sua mulher estava viva, a quentura de sua pele abraçada a ele, sentindo o seu coração bater.

Podia-se dizer o mesmo dela, ainda que sentisse mais os ossos do pobre homem que ficou no espaço por quase vinte e dois dias.

O rosto magro dera um beijo forte na bochecha de sua amada quando fechou os olhos.

Ela estava ali, viva.

Os olhos de ambos se lagrimejaram mantendo suas testas encostadas. 

Eu perdi o garoto. — Tony disse após abraçar sua esposa e desencostarem suas testas.

A brasileira umedeceu os lábios e abaixou sua cabeça levantando-a em seguida para fitar Steve.

Não disse nada ela, preferiu permanecer em silêncio, precisaria de muito preparamento físico e mental para tratar do psicológico de Anthony, sofreria tanto quanto ela ao saber quantas pessoas perdera.

Apoiado em Elizabeth e Steve, ela o levou para dentro do Complexo. 

— Obrigada, Danvers. — agradeceu Natasha apertando a mão da Capitã Marvel que raramente dera sorrisos, um curto e rápido apareceu em seus lábios. — Está fazendo muito pela equipe.

— É o meu trabalho, fiz isso pela Liz, e questão de humanidade. — respondeu fitando Rocket e Nebulosa que compartilhavam o mesmo sentimento de tristeza, logo olhou para Romanoff. — Afinal, todos nós perdemos alguém.

— E ela foi a que mais perdeu do grupo. — a russa disse observando sua melhor amiga adentrar na sede.

Romanoff tinha toda razão. Nenhuma dor se compara, mas entre eles ali, Elizabeth teve a dor mais forte, e foi a que perdeu mais.

— Tudo bem, ah... Rhodey, pega qualquer roupa que encontrar do Tony. — avisou Liz para o Máquina de Combate que assentiu, logo cochichou. — Pega os óculos escuros, ele não suporta muita claridade.

— Liz, Liz! — chamou Banner fazendo a esposa do bilionário virar para encarar o cientista. — Vou preparar o soro, ele está muito magro, desidratado.

— Ok Bruce, muito obrigada. — agradeceu com um sorriso.

— Bruce você... — Tony tossiu.

Logo Elizabeth o empurrou em direção ao banheiro do quarto reservado de Stark para o mesmo tomar um banho, cuidar dos machucados. 

Elizabeth apressou-se em levá-lo ao quarto, acompanhou-o no banheiro e deixou-o sentado sob a privada fechada.

Girou a torneira da banheira liberando a água morna e com a magia púrpura acelerou o processo para encher-se rapidamente.

Maximoff ficou a sua frente ajudou-o a tirar suas roupas, e apoiando-se em sua esposa, ele a observou cuidar de si como se fosse um bebê. Sequer havia dito alguma palavra desde que adentrara no Complexo dos Vingadores, não tinha voz, nem fôlego. 

A mulher colocou dois dedos na água sentindo se a temperatura estava agradável tanto para ela quanto para ele, e então, auxiliou-o para adentrar no móvel.

Tony fechou os olhos quando sentiu o líquido morno em seus pés, tanto tempo que não sabia como era um banho, por fim, agachou-se e sentou-se na banheira que preencheu todo o seu corpo com a água relaxante.

Deixou o reator em seu peito, pois este não queimava. 

Sua esposa sentou-se na privada fechada apoiando-se, pegou o sabonete perfumado de avelã e passou pelas suas costas levemente onde o ex-fabricador de armas inclinou a cabeça para frente, desencostando-se do móvel permitindo que ela lavasse toda a área de trás.

Elizabeth banhou seu marido que permaneceu em silêncio o tempo todo, lembrando-se de suas perdas, compartilhando a tristeza para si mesmo.

Estava angustiado, sem condições de cuidar de si mesmo, uma criança sem saber o que fazer, dependendo da mãe. 

Logo ela colocou um pouco de shampoo perfumado de menta sob os cabelos castanhos do playboy massageou levemente, enxaguou-o, posteriormente, o condicionador, hidratou os cabelos de seu esposo.

 Assustou-se balançando toda a água da banheira quando um batuque na porta chamou atenção de ambos, o susto de Stark assustou a própria Elizabeth.

— Ei, calma, calma. — massageou suas costas levemente tranquilizando-o. — Relaxa... é apenas o Rhodey com as suas roupas.

Ele assentiu e puxou a mão dela quando esta se levantou do vaso fechado para abrir a porta, a mesma olhou-o surpresa.

Entendi, não quer que eu saia do seu lado. Pensou.

— Tudo bem... — sorriu voltando novamente ao seu respectivo posto. 

Com a magia violácea girou a maçaneta abrindo uma brecha da porta, a telecinese puxou as roupas da mão de Rhodes que franziu o cenho confuso quando a porta se fechou em sua cara.

As roupas pousaram sob a pia de mármore do banheiro e a confeiteira voltou ao banho em seu marido.

— Como está o corte? — perguntou ela descendo o polegar sob o abdômen onde restou apenas a cicatriz. — Olha...estamos conectados, eu e você temos uma cicatriz no abdômen.

Ele estava tão magrinho, tão doente. Que dor no coração que ela sentia, em ver seu protegido tão doentinho, como uma criança inofensiva precisando de ser cuidada.

Ela estava ali, desabada psicologicamente com forças para cuidar do Homem de Ferro que a encarava como se fosse uma joia de ouro. Beth percebeu aquilo, percebeu o jeito que ele a olhava.

Mas não leu seus pensamentos, nunca lia os pensamentos de Tony nem de ninguém. Embora estivesse curiosa para saber o que ele pensava.

E o que ele pensava? Como uma mulher como aquela estava cuidando de um cara como ele? Cuidando como se fosse seu filho, tratando.

E ela? Na saúde e na doença, até que a morte os separe. Sim, leva a sério as suas promessas.

Canta pra mim? — pela primeira vez desde que entraram naquele banheiro, ela escutou sua voz e o olhou surpresa. 

— A música que eu estou pensando não é usada para ateus. — comentou gargalhando enquanto deslizava a esponja por seu peitoral. 

Hallelujah? — perguntou como se lesse seus pensamentos, Lizzie apenas assentiu. — Cante pra mim.

— É uma Hallelujah modificada, não é a que realmente está pensando. — olhou-o. — Bom...

Elizabeth soltou um suspiro pela boca parando a esponja no seu braço deslizando-a para a água preenchendo, sua voz suave começou a cantar:

Are you terrified

(Você está aterrorizado)

When you close your eyes

(Quando fecha seus olhos)

Hooo

Hold tight to the memories

(Segure firme nas memórias)

They fear for petrified

(Eles temem por petrificar)

Tony se sentia da mesma maneira da qual a letra dela, estava retratando. Era como se a música o representasse direitinho da forma da qual estava sendo cantada.

Hallelujah

Os olhos verdes da de cabelos castanhos focaram no doente.

Hallelujah...

Logo, parou de cantar pois seus olhos estavam lagrimejados. 

— Foi horrível, eu achei que morreria. — fitou a parede de mármore a sua frente. — Não houve um dia em que não pensasse em você, ou na nossa filha. Não houve um dia em que não achei que morreria. A comida estava acabando... a rabugenta azul deve ter tido a infância amargurada, coisas comuns para nós, ela não foi capaz de ter. Mas... ela ajudou, ela foi empática, eu acho que ela precisa de alguém para ajudá-la a ser quem sempre quis ser.

Ah pronto, agora eu virei a Angelina Jolie. Ela pensou espontaneamente, mas balançou a cabeça livrando-se dos pensamentos.

Elizabeth terminara o banho quando ele começara a desabafar.

A mesma apenas secou sua mão em uma toalha e quando ele a fitou, aproximou-se e antes de ele deitar a cabeça molhada em seu peito, ela retirou o avental para não o sujar de trigo, jogou-o em qualquer canto e segurou seus cabelos molhados e baixos apoiado em seu peito.

Os dedos da mulher começara a fazer um carinho, Stark fechou os olhos lembrando-se das perdas.

Peter Parker.

Forçou mais os olhos que escorreram duas lágrimas. Ela sentiu a dor passada pelo seu corpo e estremeceu engolindo o nó que formara em sua garganta. Como disse: precisava de psicológico forte.

— O garoto... ele... me pediu desculpas. Pediu desculpas porque achou que não tinha feito o suficiente. Mas a verdade é que... — pausou sentindo a garganta embolar. — Ele fez mais do qualquer herói faria, ele se arriscou. E eu fui um idiota, não o protegi, não dei tudo de mim para salvá-lo.

Lizzie apenas ficara em silêncio ouvindo-o desabafar. Tony precisava de alguém para escutá-lo.

Não me deixe Elizabeth. — segurou no seu suéter olhando para cima. — Não me deixe, eu não quero perder mais ninguém. Você é o meu anjo.

— Tony, você não podia ter feito nada para impedir. — ela afirmou passando o polegar em seu rosto limpando a lágrima. — Você não tem culpa. E você também é meu anjo. Eu sou seu anjo, e você é o meu anjo.

Anthony abaixara a cabeça.

Elizabeth segurou em sua cintura ajudando-o levantar-se e com a telepatia de sua mente, a toalha branca fora rodeada pela telecinese e enrolada ao corpo do bilionário secando-o.

Ajudou-o a vestir-se perfumando-o com seus perfumes importados, dos quais ele amava até o último segundo de respiração.

Encaixou o hobby em seus ombros e penteou seus cabelos em um pequeno topete no topo ajeitando-os com gel.

Tony estava fraco e o tempo todo apoiara em sua esposa, ao saírem do banheiro, Banner estava com uma cadeira de rodas na porta.

— Ah não... — Stark revirou os olhos. — Não precisa disso tudo, eu 'tô legal. 

A castanha olhou para Bruce com um olhar de "ele está doente, irá negar até o último remédio" permanecendo em silêncio o ajudou sentar-se na cadeira de rodas.

— Meu marido 'tá tão lindo. — Lizzie forçou um sorriso e agachou-se a frente dele reparando em seus olhos.

Tão tristes, tão angustiados, magoados, feridos. Ele estava destruído. Seu corpo estava devastado. 

— Não precisa me distrair malévola, eu sei que o grandão vai me aplicar remédios. — revirou os olhos e Banner arregalou os olhos para Elizabeth que apenas fez um sinal com a mão para que continuasse. — E agora que posso olhar pra você, notei que 'tá com cheiro de morango misturado com amêndoas. E o rosto cheio de trigo.

Ela levou os dedos ao rosto limpando-o e soltando um riso, Tony riu também mal percebendo a dificuldade que o cientista estava em achar a veia certa para Stark, furando-o.

— Banner, quer ajuda? — a mulher olhou para o doutor.

— Não eu só... 

 Elizabeth colocou dois dedos sobre o pulso de Tony fechando os olhos e a energia púrpura fora para seu braço iluminando todas as suas veias braquiais realçando-as, tornou-as neons facilitando o acesso para o inteligente que velozmente encontrou a veia injetando os antibióticos em seu braço, encaixando a bolsa de soro presa no poste da cadeira.

— Tome. — a mulher entregou os óculos escuros de Stark que imediatamente colocou em seus olhos sentindo o alívio grande. — Agora vamos ter uma reunião, preparado?

— Ele está. — Rhodes disse para o amigo que soltou um riso e então, o ex-soldado agachou-se à frente do bilionário. — Quantas vezes eu tenho que te dizer, que da próxima vez você vai andar comigo?

Ambos se lembram de quando Rhodey o encontrou nas areias do Afeganistão após ter escapado da caverna onde o Homem de Ferro fora mantido em cativeiro.

Máquina de Combate levantou o olhar para a esposa de seu melhor amigo que apenas assentiu, e então empurrou a cadeira de rodas para a sala de reuniões dos Vingadores que no momento em que o casal adentrou no ambiente, todos os heróis os olharam.

— Muita gente... — Tony reclamou. — Que é? Nunca me viram cadeirante não?

Chato desse jeito, a primeira vez. — Rocket disse baixo e Nebulosa o deu um olhar mortal.

Elizabeth fitou a alienígena e deu um meio sorriso para a de olhos tão negros quanto jabuticabas, a azul apenas assentira com um comprimento. 

— Está melhor Tony? — questionou Steve temendo a reação de Stark. Não se viram desde o confronto passado.

— Pareço melhor? — bateu boca.

Elizabeth chamou Romanoff com os dedos que aproximara quando a Feiticeira Negra cochichou em seu ouvido.

Liga para o Happy e pra Pepper. — pediu para a loira que assentira já mandando um comunicado por mensagem, que fora correspondido por ambos que afirmaram que estariam imediatamente ali. 

— Cheiro de cupcakes... — Tony disse olhando ao redor. — Por isso o trigo no rosto, não é malévola?

A Maximoff nem se deu ao trabalho para responder, apenas deu a volta cruzando os braços quando avistou a coruja sob a mesa digital dos Vingadores. 

— Essa coruja ainda 'tá aqui? — Rhodey indagou desacreditado. 

— É, é uma coruja. — Steve concordou dando de ombros. — Ela se recusou sair daqui. Tentamos nos resolver, mas parece que ela não é de conversar.

Espera aí. Os Vingadores se juntaram para deter Thanos, mas não conseguiram deter uma coruja? Liz soltou um riso.

— A mesma que falou com você, bruxa. — Rocket afirmou.

— Não é uma coruja. — Danvers afirmou de braços cruzados aproximando-se do animal de olhos dourados que a fitou. 

— É um gato então? — sugeriu Elizabeth.

— Engraçadinha. — Carol forçou um sorriso falso revirando os olhos.

— Ela tem razão, não é uma coruja. — concordou o Máquina de Combate. — É um demônio disfarçado de coruja.

— Não falem mal do animalzinho! — bradou Maximoff caminhando até a coruja-das-neves e com o dedo indicador acariciou a cabeça, a ave fechou os olhinhos balançando a cabeça aconchegando-se no carinho. — Ela deve estar perdida a procura de seu verdadeiro lar. Temos que ligar para alguém, não pode ficar fora de seu habitat natural.

— Acho que não hein Liz. — Banner estava com a expressão apavorada para a coruja que estava assumindo os olhos dourados para os olhos púrpuros e o semblante raivoso. 

— É uma Flerken. — Capitã aproximou-se do animal. — No entanto, não é a flerken tradicional, você disse que ela falou com você. Flerkens não falam, se disfarçam de animais bonzinhos, mas por dentro tem tentáculos do tamanho de um polvo, mas ao que parece, ela não tem tentáculos.

— Como sabe? — Nat perguntou.

— Minha gata, Goose, ela é uma. — lembrou-se de sua mascote.

— Essa coruja não é coruja, é um ser do espaço? — Rocket perguntou como se estivesse analisando os fatos. — Meu inimigo mortal são os flerkens!

A coruja rosnou para o guaxinim que rosnou de volta.

— Ok, essa coruja quer ser uma vingadora, é isso? — Natasha olhou para o animal. — Não é tão ruim assim.

— Essa coruja falou comigo só uma vez. — afirmou Feiticeira Negra.

Thor apareceu com cupcakes em sua boca, e sentou-se no banco entrelaçando suas mãos com o olhar sério, frio e distante.

— Bom, que seja, ela é a sua guardiã. Cuide bem dela. — a Capitã Marvel dera de ombros como se estivesse apenas avisando para não dispensarem o animal.

— Tudo bem, coruja das neves. — Elizabeth deixou o dedo em forma de anzol para que as garras do pássaro fossem em seu dedo e subissem pelo seu braço até chegar em seu ombro beliscando um pouco e deitando a cabeça no pescoço da Maximoff que gargalhou sentindo cócegas com as penas do passarinho. — É um verdadeiro anjinho, que tal você se chamar de Lua? Você apareceu no meio da noite, nada mais justo que...

— Que tal demônio da tasmânia? — sugeriu James. — Combina mais.

— Se prepare corujinha, seus dias estão contados. — Rocket disse maldoso. 

— Eu fico fora por vinte e um dias, e existem flerkens, corujas que conversam com a minha esposa, animais falantes. — Stark passou as mãos pelo rosto. — O estalo de Thanos mexeu com todos não é mesmo?

Naquele instante o silêncio se estabeleceu na sala.

O momento era aquele.

Romanoff tocara no monitor que resplandeceu os hologramas com as imagens de todos que se desintegraram, muitos heróis, alguns que sequer eram heróis.

Pietro Maximoff e Wanda Maximoff.

Elizabeth virou o rosto abaixando a cabeça segurando as lágrimas.

Peter Parker.

Tony segurou as lágrimas.

Nick Fury.

Os olhos de Carol lagrimejaram.

— Ele fez exatamente o que ia fazer. — Romanoff comunicou a cada imagem que passava, com as lágrimas e a voz embargada. — Thanos dizimou, cinquenta por cento das criaturas. 

— E onde ele 'tá agora? — foi a vez de Stark perguntar olhando para Rogers encostado a mesa de braços cruzados.

— Ninguém sabe. — respondeu. — Ele só abriu um portal e atravessou.

Stark avançou com a sua cadeira olhando para Thor e estranhando o silêncio e a seriedade do seu amigo herói.

A última vez que havia o visto estava com os cabelos longos, e com o Mjölnir, desta vez, os cabelos estavam curtos e sem o Mjölnir.

— O que houve com ele? — apontou o gênio.

— 'Tá possesso, acha que fracassou. — Rocket chamou a atenção do que havia perguntado que aprofundou mais seu olhar com o bicho. — O que foi que aconteceu. Mas 'tá todo mundo no mesmo barco, não é?

— Engraçado, se não fosse por ter falado antes, até esse exato segundo eu achei que você fosse de pelúcia. — Tony apontou para o guaxinim falante.

— Talvez eu seja... — Raccoon nem havia mais humor ou raiva para debater.

— E o Visão? — perguntou Tony.

— Bruce tentará reconstruí-lo, apesar de que talvez com um pequeno pedacinho que a Elizabeth conseguiu resgatar da Joia da Alma, talvez não tenha sido possível restaurar os poderes, mas tudo que ele era, Shuri ao que sabemos conseguiu realizar o upload da matriz dele. — informou Natasha. — Está congelado ainda, seu corpo sendo conservado. Não sei se dará certo.

— Pelo menos não ignoraram o que ele tentou fazer. — reconheceu Anthony.

— Já se passaram três semanas, já passamos por sensores espaciais, satélites e até agora nada. — Capitão informou diretamente a Stark. — Você o enfrentou.

— Quem te contou? — indagou ele olhando diretamente para Elizabeth que raspou a garganta. — Não, ele esfregou a minha cara em um planeta enquanto o mago entregou o ouro. Foi isso, não teve luta.

— Ele chegou a te dar dicas? Coordenadas? Qualquer coisa? — claramente Steven estava tentando manter um clima agradável, ainda que tentasse não forçar a amizade para Tony que jamais iria se esquecer do que o Capitão havia feito com ele dois anos atrás. 

Stark soltou um riso irônico e com a mão direita bateu continência zombando do soldado.

Natasha, Steve e Elizabeth se entre-olharam prevendo a mudança rápida de humor estressante de Tony.

— Eu previ isso há alguns anos. Eu tive uma visão e não queria acreditar, achei que era um sonho. — comunicou como se aquilo fosse algo simples e de não importância controlando sua raiva que viria a seguir.

— Tony eu preciso que se concentre. — Rogers desencostou-se da mesa avançando alguns passos.

Eu precisei de você. — interrompeu o patriota de seu possível discurso de heroísmo. — É isso aí, no passado. Isso supera o que você quer, é tarde demais, sinto muito.

A mudança dele fora tão rápida que surpreendera a todos, a crise de sua raiva, o estresse pós-traumático o destruiu de dentro pra fora.

EU PRECISO ME BARBEAR! — bateu contra o copo da mesa o empurrando com raiva. Levantou-se da cadeira de rodas e a coruja no ombro de Elizabeth pousou sob o chão permitindo que a mulher caminhasse até ele. — Eu acredito que me lembro de dizer a todos aqui...

— Tony, Tony... — Rhodey tentou acalmá-lo que tirou a fita que colava a entrada do soro e o fio também.

Elizabeth passou o braço pelo peito de Stark que avançou alguns passos mancando e com dificuldade em direção a Rogers.

— Eu disse que era necessário que existisse uma armadura em volta do mundo! Se lembram disso? — indagou furioso. — Com ela impactando em nossa preciosa liberdade. Isso era necessário, não é?

— 'Tá, mas não deu certo, não é? — Steve lembrou-o do resultado da catástrofe em Sokóvia.

— Eu disse que íamos perder. — completou. — E você disse: "faremos isso juntos também." — engrossou a voz imitando o querido da América.

— Ei... — Elizabeth o olhou nos olhos que sequer desviara do Capitão.

— Perdemos a guerra, e adivinha? Você não estava lá. — proferiu ele. — Mas é o que fazemos, não é? Trabalhamos melhor depois dos fatos dos Vingadores? Somos Os Vingadores?

Rhodey e Maximoff tentaram colocá-lo de volta a cadeira de rodas pois sabiam que a energia dele não aguentaria tanto tempo de pé daquela maneira.

— Ok, todos compreendemos, agora se senta. — James tentou acalmá-lo.

— Tentamos, 'tá? Ela é ótima a propósito. — apontou para a Capitã Marvel. — Precisamos de você! Ela é sangue novo, somos mulas cansadas...

Tony por incrível que pareça, desviou do aperto forte de Lizzie e Rhodey avançando para cima de Rogers com o dedo indicador apontado na cara dele.

Elizabeth fechou os olhos procurando paciência das profundezas passando do petróleo até o inferno se possível.

— Não tenho nada para você! Não tenho coordenadas, nem dicas, nem estratégias, nem opções, zip, nada disso! — cuspiu as palavras no rosto de Steve que ouvia tudo em silêncio sequer arriscando dizer algo. — Traidor.

Com toda força que ainda restava de seu corpo, o Homem de Ferro arrancou o reator nanotecnológico de seu peito, tateou a mão de Steve colocando o objeto de sua herança sobre a mão do herói.

Ali ele confiou em Steve Rogers toda a sua era, toda a sua fortuna, o que ele era. Como se tivesse passado o manto para o Capitão América.

Todos olharam aquilo sem ter palavras para descrever aquela cena que jamais esperariam em todo os seus anos de vida.

— Toma segura. — afastou-se. — Se você achar ele, põe isso. Se esconde...

Com a fraqueza expressa, antes de cair no chão os braços fortes de sua esposa rodearam sua cintura impedindo de seu corpo chocar-se contra o solo, mas, ainda assim, quase sentar e ela agachar junto. 

— Tony, ei, calma. — abraçou-o.

Ele ia dizer mais algo, porém, desmaiou nos braços de sua esposa.


❦ ════ ❍❍❍❖❍❍❍ ════ ❦

Elizabeth estava deitada com um pouco do espaço ao lado do corpo de Stark que dormia serenamente. O sedativo que Bruce dera para ele o faria dormir pelo resto do dia, por longas horas.

A manipulação da feiticeira ajudou-o a livrar-se de seus pesadelos, em um sono sem nenhum terror, apenas... dormir sereno.

Seu braço sob o peito de Tony e a cabeça encostada ao seu ombro dormindo. Mas também, descansando e aliviada por ele estar ali, mas sofrendo muito. 

Happy e Pepper haviam chegado ao Complexo dos Vingadores, Potts estava cuidando de Morgan e Malu enquanto os pais estavam resolvendo os problemas e a vida. 

— Aí meu Deus... — Pepper colocou as mãos sob os lábios quando vira o estado de Tony.

Magro, doente, pálido, assombrado. O seu melhor amigo daquela forma, tão diferente do que costumavam trabalhar. 

— 'Tá mal... — Happy afirmou. 

— Minha irmã está sofrendo. — Malu abraçou o próprio corpo. — É horrível vê-la assim.

Maria Luísa sabia falar inglês, porém, o sotaque era forte, afinal para uma garota de sua idade já era esperta só por saber o idioma.

— É pequenina, sua irmã está sendo guerreira. — reconheceu Hogan. — Quando eu a conheci ela era batalhadora, hoje é uma guerreira.

— Vocês estão aqui... — a acastanhada abriu os olhos verdes coçando-os a seguida de um bocejo. — Desculpa, eu acabei pegando no sono. 

— Boa noite Lilibeth. — cumprimentou o segurança com um sorriso curto. 

— Boa noite Happy. — o cumprimentou de volta.

— Liz, acho que os Vingadores estão... discutindo. — apontou Pepper com Morgan no colo que começou a chorar. 

Elizabeth pegou sua filha no colo e balançou-a soltando um "shh" em seus lábios, logo a pequenina começou a acalmar-se e Liz percebeu que a menina estava com fome de leite materno.

A mulher abaixou sua blusa, seu sutiã e começou a amamentar sua neném que fechou os olhos mamando.

 Percebendo Natasha e Carol se fuzilarem. Elizabeth aproximou-se com seu bebê fitando as mulheres.

— Gente? — arqueou a sobrancelha.

— Sabe onde ele está? — Máquina de Combate perguntou.

— Conheço pessoas que sabem. — a Capitã sorriu sarcástica.

— Não precisa. — Nebulosa manifestou-se pela primeira vez com o olhar frio que fora criada. — Thanos passou um tempo tentando aperfeiçoar-me, e enquanto ele trabalhava ele falava sobre o seu grande plano. Mesmo desmontada eu faria tudo por ele. Eu dizia: "a onde vamos quando tudo estiver completo?". A resposta era igual sempre.

Aproximou-se da mesa apoiando suas mãos e fitando o objeto.

Pra um jardim.

Se os Vingadores esperavam um lugar super bem planejado, erraram em cheio. O que os fizeram apenas balançarem suas cabeças reprimindo suas expectativas.

— Que coisa. — ironizou Rhodey. — Thanos tem um plano de aposentadoria.

— Pelo menos ele pode, e no Brasil que eu vou aposentar só quando estiver no caixão. — Elizabeth palpitou olhando para sua filha que amamentava. 

— Então onde ele está? — perguntou Steve.

O holograma do globo terrestre resplandecera sob a mesa.

— Quando Thanos estalou os dedos a Terra se tornou o ponto zero pro surto de poder de proporções cósmicas. Ninguém nunca havia visto nada como aquilo, até dois dias atrás. — explicou Rocket apontando para o globo terrestre que se aprofundara em milhões de galáxias em um certo planeta:

Jardim.

— Ele usou as joias agora. — informou Nat observando um pisca no planeta.

Thor se afundou em comer mais cupcakes apenas observando a conversa e até onde isso daria.

— Ei, ei, ei. — Bruce aproximou-se. — Estamos sem gente, esqueceram? 

— E ele ainda tem as joias e... — Rhodey fora interrompido por Carol.

— Então é isso, com as joias traremos todos de volta. — disse tranquila.

— Tranquilo assim? — desconfiou Dr° Banner.

— É, tranquilo assim. — respondeu Capitão América.

— Oh, sem dúvida isso é o fim dos tempos. — Elizabeth soltou um suspiro temendo uma discussão.

— Mesmo que tenha a menor chance de desfazermos isso, devíamos tentar pôr todo mundo que não está nessa sala. — proclamou a Viúva Negra.

— Se a gente fizer isso, como garantir que acontecerá diferente da última vez? — Bruce questionou incerto.

— Da última vez vocês não tiveram a mim. — Carol chamou a atenção de todos que arquearam a sobrancelha. 

— Aí, novata. — apontou Máquina de Combate sem paciência. — Todo mundo nessa sala leva uma vida de super-herói. Se não se importa, me fala, onde esteve todo esse tempo?

— Existem vários outros planetas nesse universo, e infelizmente, vocês não estão lá simplesmente. — não se importou em respondê-lo e calou a boca do herói.

Elizabeth sorriu de lado para Danvers. Sempre com uma resposta na língua.

Thor levantou-se terminando de mastigar o cupcake de Elizabeth e fora até Danvers que já fechou o punho em formato de soco caso o Deus do Trovão tentasse alguma gracinha.

O alto levantou a mão chamando seu Stormbreaker que passou raspando nos cabelos dourados da Capitã Marvel até seu respectivo dono que o segurou firmemente após o ruído e o vento tragar no local, apoiou-se no objeto. 

— Gostei dessa aqui. 

Carol dera um curto sorriso de lado.

Vamos pegar esse filho da puta. — Steve Rogers deu a palavra final.

Elizabeth arregalou os olhos surpresa, todos na sala estavam surpresos.

Capitão América, falou um palavrão?

Olha a língua! — todos os Vingadores repreenderam-o.

❝eu serei sua nuvem acima do céu
eu serei seu ombro quando você chorar
eu ouvirei sua voz quando me chamar
eu vi suas lágrimas, e ouvi seu choro
tudo que você precisa é tempo
eu sou seu anjo❞

ᴄᴇʟɪɴᴇ ᴅɪᴏɴ  – ɪ'ᴍ ʏᴏᴜʀ ᴀɴɢᴇʟ


Notas Finais


gente, gente, teremos nossos avengers em jardim, eu confesso pra vocês, eu amei de paixão, acho que foi uma das minhas melhores escritas, desenvolver a relação de elizabeth e tony ela cuidando dele, tudo que os fãs queriam fazer quando o viram tão magrinho no espaço, aposto que queriam vocês cuidar dele não é? no cinema eu me lembro que quando o vi magro, eu fiquei horrorizada, como se fosse parente meu, senti uma vontade enorme de cuidar dele, e estendi mais a conversa dos vingadores, mais pra frente vocês irão saber o porque essa coruja está rodeando a elizabeth de uma hora pra outra!!! buttt, o que acharam do capítulo? amo vocês!!
AMO VOCÊEES MIL MILHÕES!!!


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