Ramsay ligeiramente despiu-se. Minhas íris esbranquiçadas percorreram a extensão de seu corpo por alguns segundos, percebendo que o mesmo escorregava a mão pelo restante de minhas vestes, rasgando-as violentamente. Movimentava meus braços na tentativa de me soltar das amarras e isso só fazia o sorriso do homem aumentar. Tocava-me com vagar, parecendo sentir cada centímetro quente de meu corpo em seus macios dedos. Minha respiração se tornava mais ofegante a cada instante. Percebi quando ele apanhou uma pequena lâmina, aproximando-a de mim. Seus olhos mantinham-se cravados em minha face, enquanto ele passeava com a pequenina faca sobre a minha pele, rasgando-a superficialmente. Alguns gemidos de dor eram inevitáveis e escapavam mais alto do que eu esperava e era isso que o nutria ainda mais de prazer. Ainda mais determinada repuxava meus braços, mas tudo era em vão, qualquer esforço.
— Pode tentar se soltar e fugir, mas sempre voltará para mim.
Vociferou, levando sua mão ao meu pescoço, pressionando-o fortemente, fazendo com que o ar me faltasse por alguns milésimos de segundos. Seus dedos foram afrouxando e então senti o toque gélido de sua boca sobre meu maxilar, encaminhando-se até os meus lábios, apenas provocando-me sem toca-los. Impaciente, precipitei-me mordendo-lhe os lábios avermelhados violentamente, fazendo com que o gosto de sangue envolvesse meu paladar. Afastou-se por alguns segundos, encarando-me com uma expressão indecifrável e então tive a certeza de que ele me agrediria naquele momento. Mas não foi o que aconteceu. Ramsay avizinhou-se de mim novamente, acabando com a distância entre nossos corpos e lábios ferozmente. Seus palmares escorregavam por meu corpo e não demorou para que ele iniciasse uma trilha sobre em direção a minha vagina. Ele pressionava os lábios fortemente sobre cada centímetro que passava.
Sem delongas, introduziu sua língua na minha região íntima, brincando com a mesma sobre o local. Arfei, retorcendo-me com o prazer que aquilo causava-me. Ofegante, tranquei minhas pálpebras, sentindo aquela sensação tomar conta de mim.
Depois de algum tempo assim, soltou minhas pernas, fazendo com que eu as travasse sobre a sua cintura, encaixando-me sobre o seu pênis e assim adentrando-me com violência. Inúmeras e inúmeras vezes. Os gemidos se tornaram berros que eram abafados pelas paredes do local. Seus dedos alcançaram minhas madeixas, puxando-as agressivamente. Salgadas eram as gotas de suor que brotavam de nossos poros e encharcavam nossas peles. Sentia seus pelos sobre a minha pele e naquele momento eu não era mais nada, uma lady ou uma prisioneira. Era apenas corpo, boca, pelos, língua e pele. Não dizíamos uma palavra, não revelávamos segredos, desvendávamos o pudor do mundo, descobríamos a febre dos animais. Não sei se aquilo era amor. O amor sonha com grandes redenções, no momento apenas pensávamos em desejos proibidos. Nós sabíamos que aquilo teria um fim, mas nos satisfazíamos com a finitude. Sua luxuria caia sobre mim. O líquido quente escorria por entre as minhas pernas amolecidas.
Fui solta, ficando suspensa por meus braços ainda amarrados. Ramsay recostou-se sobre a parede, observando a escuridão da noite por uma janela inteiramente de vidro ali.
— Espera tão ansiosamente por seu pai...Posso saber o motivo?
Indaguei, na tentativa de me recompor, minha respiração ainda falhava.
— Você acha que pode me fazer perguntas apenas porque trepei com você? — Olhou-me por alguns segundos, moldando um sorriso sapeca nos lábios — Vou dizer porque sou muito amável. Agora que Robb Stark morreu, meu pai é o novo protetor do Norte.
Então eu estava certa, o Jovem Lobo realmente foi traído por Roose.
— Sabe...você seria um bom protetor do Norte.
— Não posso ser protetor do Norte. Sou apenas um...bastardo.
O homem cuspiu suas palavras, como se elas fossem vidros que cortavam sua goela.
— Se Roose morresse, você ficaria no lugar dele...não é? Acho que o maior problema é a vida de Roose.
—Eu ainda seria a porra de um bastardo, cadela. Você é burra?
Vociferou, partindo em minha direção. Desamarrou minhas mãos, fazendo com que eu me estatelasse sobre o chão frio, nua, dando-me as costas novamente.
— Você tem o herdeiro das Ilhas de Ferro aqui. Tire os homens de ferro do Fosso Cailin e terá as graças de seu pai.
— Como pode ter tanta certeza?
Novamente se dirigiu a mim.
— Achei que parecesse óbvio.
Sorri assim como o bastardo.
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