S/n
Sua boca veio sobre a minha, possessiva, exigindo aquele beijo, abrindo e mordiscando meus lábios, sua língua buscando e encontrando a minha para então se enroscar nela como se ali fosse o seu lugar. Todo meu corpo reagia, ainda mais quando ele me puxou encostando-me à parede, pude sentir todos os seus músculos contra mim, seu cheiro delicioso, seu gosto maravilhoso, ergui minhas mãos até seu pescoço tentando me segurar. Em segundos o beijo ganhou novas dimensões e eu fui engolfada por sua maneira forte e vigorosa de me beijar, de me segurar como se eu já fosse dele, sem perguntar nada, apenas tomando. Em minha mente soube que estava correndo um sério risco de me queimar, ele já havia deixado claro que queimava!
Mesmo assim retribuí sofregamente aquele beijo intenso e arrebatador, minhas pernas estavam bambas, minha consciência tentava me alertar do perigo, mas nunca havia sentido tamanha luxúria, esse sentimento era violento demais para ser vencido. Ele interrompeu o beijo e aos poucos foi me descendo até o chão, achei que não teria forças para permanecer sobre minhas próprias pernas, me dei conta que tremia, e não consegui fazer nada além de olhá-lo. Com aquele timbre de voz grossa e intensa que reverberava em cada terminal nervoso de meu corpo, ele me olha nos olhos e fala com sua respiração ainda alterada:
— Precisamos conversar, S/n. E esclarecer alguns pontos.
— Uhum — eu apenas concordo e espero pela sentença.
— Não aqui. Devem estar todos preocupados com você, e eu preciso voltar para lá.
— Então? — Eu tento ser monossilábica com medo de despertar a fera e também por não encontrar palavras.
— Que horas posso te pegar para conversarmos?
— Eh.. eu.. eu trabalho à noite.
— Que horas sai?
— Meia-noite.
— Eu te busco.— E antes de sair ele se vira e diz: — Ah! Antes que me esqueça, se alimente, preciso de você forte e saudável.
Seu olhar era quente e agressivo, senti minha barriga se contorcer de antecipação. Passo o endereço, e ele se vira e sai sem se despedir e eu fiquei lá, completamente abalada e perdida com tantos pensamentos e sensações. Se antes de tudo isso acontecer eu já estava sem forças, depois então, achei que nunca mais conseguiria andar. Tentei, juro que tentei prestar atenção a tudo o que acontecia à minha volta, mas as recordações daqueles beijos não saiam da minha mente e conseguiam me afetar me dando arrepios. A noite toda foi assim, uma verdadeira tortura e quando deu a hora de ir embora eu estava tão nervosa que mal conseguia respirar direito. Sai do barzinho e caminhei até o outro lado da rua. Ele estava parado na calçada, um carro preto e grande atrás de si, estava muito sério, o cenho ligeiramente franzido, seus olhos penetrantes em seu rosto anguloso, com aquela expressão sempre dura, usava um jeans preto justo com uma camisa de malha também preta. Aquela postura com coluna reta e olhar intenso, gritava masculinidade, força e domínio, ele era definitivamente um homem diferente, nada nele poderia ser definido como manso, tranquilo e suave. Mordi o lábio inferior, nervosa, abalada e lentamente terminei de me aproximar, como se eu estivesse hipnotizada e uma força maior me puxasse para ele, uma atração violenta, estava difícil até sorrir. Fitei seus olhos que pareciam esconder segredos obscuros e quando parei em sua frente ele não disse uma palavra, apenas abriu a porta de seu Land Rover e se afastou um pouco abrindo espaço para que eu pudesse entrar.
Contornou o carro e entrou ainda calado, saiu, e após alguns minutos ele quebra o silêncio.
— Seus pais aprovam que você trabalhe em um bar até uma hora dessas? — Pelo seu tom de voz parecia irritado.
— Eles permitem, mas não aprovam — respondo a verdade. Meu pai se pudesse jamais me deixaria voltar a esse lugar, mas sabe que mesmo tendo tantos perigos, sempre fui ajuizada. Está certo que esse não é seu sonho, e nem de nenhum pai, seu sonho é me ver formada e em um bom trabalho administrativo. Estou economizando bastante e sei que ainda vou chegar lá.
— Eu também não aprovo — ele fala como se isso fosse mudar tudo. Ah tá, ele não aprova. E? E nada! Apenas isso. Não falou mais nada, permaneceu calado e isso estava começando a me irritar, então passei a observar dentro de seu carro, o sistema de som tocava uma música e passei a prestar a atenção na letra.
"Eu fujo do ódio
Eu fujo do preconceito
Eu fujo dos pessimistas
Mas eu fujo tarde demais
Eu controlo minha vida
Ou é ela que me controla
Fujo do meu passado
Eu fujo muito rápido
Ou devagar demais me parece
Quando as mentiras se tornam verdades
É quando eu corro para você."
Passei a observar a vista e sendo tocada por aquela letra. A vista era linda, havia muitas luzes, a Baía da praia e a grande roda gigante, aquela hora da noite estavam vazios, ele então parou o carro. Nunca havia estado ali, mas já havia ouvido falar, além de ponto turístico era um famoso lugar onde as pessoas iam à noite para namorar dentro do carro. Estava muito nervosa e fiquei ainda mais quando notei que ele se desfazia de seu cinto, olhei para ele e vi seu olhar faminto sobre mim.
— N-não acha que esse lugar é perigoso?
Nossa! Entre tudo o que eu poderia falar, falo "ISSO"?
— Está com medo? — ele fala se aproximando um pouco mais.
— Nunca estive aqui, por isso perguntei. — Ele olha à frente e parece perdido em pensamentos.
— Realmente a vista é linda.
Ele se ajeita voltando a sua posição anterior e parece novamente irritado.
— Não trouxe você aqui para admirar vista nenhuma, eu te trouxe aqui para esclarecermos o que aconteceu entre nós hoje. Eu vou ser direto com você, S/n, não sou um cara comum. Sou frio e não gosto de envolvimento afetivo, meu interesse é somente carnal, acho que me entende, né? Comigo não existe romance de nenhuma forma, tenho uma proposta para te fazer e se aceitar terá que ser do meu jeito, e seguirá algumas regras. Quer que eu continue?
Mal conseguindo respirar direito, apenas faço sinal afirmativo com a cabeça.
— Teremos envolvimento apenas quando eu quiser. Nunca deixará transparecer para ninguém. Será apenas sexo, quando, onde e do jeito que eu quiser. Não gosto de nada convencional, meus gostos são peculiares, sou muito intenso e possessivo. Quero alguém que quebre todas as regras. E então, aceita?
Puta que pariu! O que é tudo isso? Fico paralisada. Enquanto ele disse tudo isso estava virado para a frente, não me olhava apenas ia falando como se estivesse tratando de qualquer assunto rotineiro. Aquilo me deu uma revolta. Fiquei assim perdida em meus pensamentos quando ele se vira e me olha.
— O que foi, está com medo de mim?
— N-não. Estou apenas pensando sobre tudo isso.
— Esse sou eu, S/n, frio e direto. Nunca me envolvo, estou deixando claro desde o começo e se entrar nessa comigo não vai entrar enganada.
— Você sempre foi assim?
— Sim. O que sentimos é atração, é algo que não vamos conseguir fugir, eu sinto que você corresponde a isso, sinto o jeito que me olha como fica nervosa quando estou perto, isso é química sexual. E você correspondeu muito bem hoje.
— Você está me dizendo que teremos apenas sexo? Quando, onde e como quiser? Que história mais esquisita é essa? Eu... E se eu não aceitar?
— Normal, S/n. A minha vida vai continuar e a sua também.
— Você terá outra?
— Obviamente.
— Existem muitas que aceitam?
Que pergunta mais idiota S/n. Ele dá uma risadinha irônica.
— Sim, S/n, muitas.
Estou tão frustrada que tenho vontade de chorar.
— Então, por que eu? Ainda mais não seguindo o padrão, na academia existem muitas mulheres atrás de você, eu vejo.
— Sim, S/n, não nego, existam muitas mulheres atrás de mim e isso é normal no ambiente onde trabalho, tenho que manter meu corpo em ordem, isso acaba chamando a atenção das mulheres. Sou um profissional que depende do fator físico, mas não me prendo a isso. E por que você? Bem, porque rolou a "tal" química e não é de hoje que sentimos isso que está aqui agora, isso não acontece com todas.
No momento e a maneira em que ele fala isso o ar dentro do carro parece ter sido sugado, minha respiração se acelera, "química sexual" será apenas isso? Sou tão inexperiente nessa área, o que faço? Será que com todas essas experiências ele consegue perceber isso?
— Jungkook, eu posso pensar sobre tudo isso? Eu nunca me vi em uma relação assim. Isso pra mim é loucura, você está me dizendo que irá me usar, apenas isso.
— Pode pensar que sim, não vou obrigá-la a nada. Tudo o que fizer, mesmo sendo da minha maneira, você fará porque você quer e porque vai gostar.
Minha virgem santa! Eu? Será?
— Tenho mais uma coisa que preciso falar.
— Então fale. — Ele aguarda me olhando intensamente, me sinto quente muito quente.
— N-não conheço muito sobre esse assunto. Eu... nunca... — Me faltam palavras e forças, sinto que fico vermelha.
— Você nunca o quê?
Ele continua com seu olhar sobre mim, até que de repente parece se dar conta e fica surpreso.
— Você nunca transou? Você é virgem? Quantos anos você tem?
— Vinte — respondo somente a última pergunta, afinal, as outras são tão óbvias.
Ele parece chocado, passa as mãos sobre o rosto as deixando no cabelo. Ele encosta a cabeça sobre o volante e fica ali, calado por um tempo. Escuto a sua respiração até que ele levanta a cabeça e novamente me olha.
— Então se você aceitar eu serei seu professor.
Mil vezes Cacete!
— Bom, eu vou pensar. Eu...
— Tudo bem, S/n, não precisa responder agora, mas não vou embora sem receber nada em troca com você já sabendo de tudo isso.
Ele fala se aproximando e fica a centímetros de meus lábios, seus olhos parecem me queimar, sua respiração exala tesão puramente masculino. Estava claro que tentava se controlar.
— Não vou transar com você aqui, mas neste momento preciso de mais do que já tive de você.
— O-o que? — sussurrei.
— Isso.
Com um puxão me fez cair sentada sobre suas pernas, e já veio faminto sobre minha boca, sua língua me invadindo e roubando-me o fôlego. Suas mãos prenderam as minhas para trás do meu corpo. Sinto em minhas costas o volante. Ele me beijava selvagemente, deixando-me enlouquecida. A sensação de estar presa pelos pulsos era ao mesmo tempo assustadora e inebriante. Sinto sua ereção contra minhas partes íntimas e sem conseguir conter, solto um gemido. Meu coração batia acelerado, minhas forças iam se perdendo, sensações embriagantes que nunca senti antes, me confundiam. Suas mãos foram até meus cabelos presos em um rabo de cavalo e os soltou, puxando minha cabeça para trás com força, fazendo meus seios se empinarem em sua direção. Senti quando ele afastou seus lábios de minha boca e desceu pelo meu pescoço, senti a primeira mordida, era doloroso, porém, logo em seguida passou a língua e assim desceu até meus seios mordiscando e beijando e quando pousou sua boca sobre o mamilo entumescido senti que meu corpo entrava em combustão espontânea, me senti molhada. Suas mãos foram em direção a barra de minha camiseta e quando tocou minha pele arqueei o corpo mais para trás em direção ao volante. Olho em seus olhos e vejo sua expressão carregada, as sobrancelhas franzidas. Agarro firme o volante e estremeço.
— Fique quietinha! Não se mexa até eu mandar.
Ele ergue minha camiseta até minha boca e eu fico muito nervosa, mas não ouso me mexer. Meus olhos presos nos seus que me abandonam para descer passeando sobre meus seios, ele afasta lentamente meu sutiã para o lado e no momento em que encosta sua boca em meu mamilo, fecho os olhos jogando a cabeça para trás.
— Ahhhhhhh! — Estremeço descontroladamente enquanto ele chupa forte, duro em uma sucção que me fez sentir os tremores descerem sobre minha barriga indo em direção às minhas partes íntimas, senti quando ela se contraiu parecendo ter vida própria, sem pressa ele passou a revezar entre um e o outro, meu corpo ondulava sem controle, meus mamilos estavam duros e doloridos. Aquela pressão violenta dentro de mim, minha calcinha encharcada, quando ele mordeu e puxou com força, eu gritei e me debati comecei a me esfregar em movimento de vai e vem em sua ereção, estava me sentindo alucinada.
Quando senti que caia em uma abismo sem fim, eu gritei buscando ar e lentamente tudo foi voltando a calmaria, meu corpo pesado, apenas soltei o restante do peso sobre o volante.
— Agora pode voltar a se mexer.
Passei minha perna sobre ele voltando ao meu lugar.
— Jungkook.
— Shh. Essa foi só uma aula demonstrativa — ele fala ligando o carro e me leva para casa.
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