“Errar é humano”. Quem nunca ouviu esse argumento? É difícil não ter ouvido. Fazer uma merda e tentar sair ileso, é o que muita gente faz. Brigar com um amigo ou inimigo, com os pais, irmãos. Parece um tabu, mas uma briga também resolve muita coisa.
Lucy Heartfilia, a jovem rica que mora em bairro nobre, privilegiada, nunca precisou de nada, só que não. Sempre quis ser amada e amar e quando conseguiu viu tudo se acabando como areia escapando pelos dedos.
— Logo uma bicicleta? Tinha um veículo melhor não? – Perguntou Lucy a Jellal que a levava na garupa de sua bike.
— Tipo uma carruagem? – Riu.
— Bobão! Tipo uma moto. – Refutou.
— Sra. Riquinha eu lamento, mas só tenho essa bike mesmo. – Respondeu irônico.
— Tá! Eu tô sendo muito exigente. Agora...onde estamos indo?
— Para bem longe. Como pediu.
— Bem longe da escola. Não para o fim do mundo. – Replicou.
— Calma loirinha. Eu não sou nenhum estuprador. – Riu freando a bike com um dos pés. — Chegamos!
— Ué?! O que tem aqui? – Perguntou curiosa.
— Meu palacete. A casa Fernandes! – Apresentou a casa num tom satírico.
— Palhaço! – A menor também riu.
Jellal logo abriu o portão colocando a bike pra dentro e recebendo Lucy. Uma casa de dois andares normal, nada de luxuosa. O azul procurou a chave que estava debaixo do tapete, abriu a porta e falou: “Bem-vinda madame!”. Lucy entra tirando os sapatos, o maior sorriu, mas não falou nada sobre.
— Legal sua casa. Toda organizada. – Falou enquanto observava a sala de canto a canto, sentada no sofá.
— É... este é meu palácio, jovem. Pode se sentir à vontade, mi casa su casa! – Riu se jogando ao lado da loira.
— Bobo! – Acompanhou o riso do maior.
Jellal ficou em silencio por alguns segundos, pensou: “Uma garota na minha casa! Na minha casa!”. Encarou Lucy que mexia nos objetos da mesa de centro. Ficou corado e quando ela o viu ele virou o rosto vermelho.
— O que foi? – Perguntou curiosa.
— N-Nada. – Respondeu curto sem encara-la.
— Rum... (Risos)... Você não sabe esconder.
— Esconder oque? – A encara curioso.
— Nada. Esquece.
Um silencio de segundos se fez, mas logo o jovem o quebra.
— O que fez pra sair fugida?
— Fugida não? Eu saí porque quis. – Refutou de cabeça baixa.
— HUM...Você pensa que me engana né? – Falou apoiando seu queixo com a mão, meio pensador.
— Eu dei um tapa numa sonsa! Pronto falei! – Gritou irritada.
— Fiu! (assobiou e virou o rosto). Não imaginava que fosse capaz. –Disse baixo.
— Não sou capaz por que?! Porque sou rica? Metida a besta? Isso?! – Continuou as series de perguntas no tom irritado.
— Boca fechada não entra mosca. – Ironizou.
— Hahaha! – Lucy soltou uma gargalhada. – Vamos esquecer isso certo.
— Só mais uma pergunta. Foi por causa do seu namorado né? Qual o nome do felizardo?
— Ex namorado! Ex... O nome dele é Natsu. – respondeu.
— Não me diz que é o Dragneel da 2F?! – Perguntou surpreso.
— Sim. O próprio.
— Puta que pariu! Aquele babaca do Natsu?! Hahaha! (Risos)
— Que foi?! Vocês já se conheciam? – Questionou intrigada.
— Aquele traste é meu inimigo! A gente não se dá bem desde pequeno. Ele sempre queria ser o melhor, ficava com as minas tudo! Muito idiota! – Disse irritado.
— Não sabia. Nem me passou pela cabeça.
— Pois é. Você caiu nas garras daquele mané. – Riu.
— Ele não é um mané...só é uma idiota. Que eu sou gamada. – Falou com os olhos cheios de lágrimas.
— Chora não. Ele não merece nem uma lágrima sua! Aquele merda.
Lucy virou o rosto enxugando as lagrimas com as costas das mãos. E não demorou muito para que ela risse.
— Você é mesmo um bobo da corte né?
— Posso ser muto mais. – Rebateu.
A menor ficou encarando-o até que automaticamente seus rostos ficassem frente a frente a ponto de rolar um beijo.
— Você gosta de mim Jellal? – Perguntou provocante.
— Ohh se gosto. – Respondeu no mesmo tom.
Lucy então toma iniciativa e beija a boca do azul, primeiro um ou dois beijos tímidos, o maior segura carinhosamente sua nuca a trazendo pra perto e invadindo-a com sua língua. Os dois ficam quentes e também corados.
— Nossa! – Falou a mulher ofegante.
— Nunca tinha beijado antes? – Perguntou encarando-a.
— Já, eu perdi meu BV com o Natsu, mas um beijo assim... nunca dei.
Jellal segura novamente na nuca de Lucy a trazendo pra perto e a beijando intensamente, seus corpos estavam em chamas, ambos permitiam aquilo e queriam muito. Ao desgrudarem seus lábios a garota toma uma ação inusitada, senta no colo do azulado ficando frente a frente. Os dois voltam a se beijar.
— Você quer? – Perguntou para a dourada.
— Quero o que? – Questionou ofegante.
— Ir até o fim. – Respondeu enquanto passeava com as mãos pela costa da menor procurando os abotoadores do sutiã.
— Opa! Opa! Vamos parar! – Falou enquanto saía de cima o rapaz.
— Você é virgem?
Lucy o encara corada balançando a cabeça positivamente. Enquanto isso notava um pequeno volume vindo das calças do maior.
— Entendo. – Respondeu se afastando um pouco e escondendo a saliência. – Vamos comer alguma coisa e esquecer tudo?
— Sim. – Falou baixo.
Logo, estavam os dos comendo um sanduiche cada. Calados e ainda quentes por mais cedo.
— Quer que eu te deixe em casa?
— Não. Eu ainda tenho que voltar para escola, esqueci minhas coisas e tem o Albert...
— Seu pai? – Questionou.
— Meu motorista. – Sorriu.
— Ahn. Mas vamos mesmo assim. Te levo na minha bike de luxo. – Ambos riram.
Assim, após o lanche rápido foram até Fairy Tail, chegando deram de cara com a escola inteira sendo liberada. Parece que todo mundo a encarava, como se ela tivesse feito algo de errado. Sorriam e comentavam.
— Não entendo, eles estão falando de mim. – Refutou ao azulado.
— Eu percebi. Tem algo de errado aí. – Respondeu encarando o pessoal que saía.
— OHHH! Nossa estrela! Garota você vazou e perdeu toda a festa! – Solano Angel que aparece de repente, como sempre presunçosa.
— Que festa? Se é pelo que aconteceu mais cedo...
— Sim mana! Você é o assunto mais falado na cidade! “A herdeira da moda é uma fera mortal!” Matéria principal do Sr. Fofoca Quente. Segunda vez! Tipo...você já pode se considerar uma estrela! – Explanou.
— Merda! Meu pai vai ver isso eu tô ferrada! – Exclamou preocupada.
— Calma gata! Você tá muito mais famosa, só fique triste pela Lisa. Olha ela vindo ali. Lisa! – Solano chama pela outra branca que se aproximava acompanhada de seu fiel amigo, Natsu.
— Oi. – Falou temerosa, ao olhar Lucy, seu rosto ainda guardava um vermelho forte e marcas da mão da loira.
— O que você faz com esse canalha Lucy! Está saindo com ele depois do que fez com a Lisa! – Perguntou Natsu ciumento.
— Canalha é você seu merda! Vai encarar é?! – Exclamou Jellal no mesmo tom, os dois se encaram furiosos como se fossem brigar, reunindo um grande número de pessoas ao redor.
— Parem! Por favor! – berrou Lucy. Amenizando a tensão.
— Lucy... Eu te perdoo apesar de tudo. – Falou Lisanna meiga, tentando resolver o impasse com a loira.
— Eu estava errada? Não preciso do seu perdão Lisanna! Nem do seu amor Natsu Dragneel! – Falou irritada, ainda lembrava do que ouviu da boca de Natsu.
— Ouviu né bonitão? – Ironizou Fernandes acompanhando a garota que saiu apressada.
Laxus Dreyar, o diretor, já estava na entrada com um papel em mãos, procurava em especifico Lucy.
— Ótimo que retornou à escola Srta. Heartfilia. – Laxus.
— Sim! Aqui estou! – Respondeu.
Todos que ainda estavam na frente da escola cercam Lucy e o diretor, como um espetáculo ansiavam pelo desfecho.
— Você está detida. Precisamos de sua explicação na diretoria, agora mesmo. Já ligamos para seus pais, o motivo foi a agressão a Srta. Strauss. – Proclamou cordial.
“Puta merda!”, pensou Lucy.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.