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História O Frio do Inferno - O Castigo


Escrita por: Kata-Chan

Notas do Autor


Olá pessoal estou trazendo mais um Cap. O desfecho do ultimo Cap e uma mudança, descubra isso lendo. Boa Leitura ;-D

Capítulo 9 - O Castigo


Fanfic / Fanfiction O Frio do Inferno - O Castigo

A vida é como uma montanha-russa, uma hora você está no alto, se sentindo bem, ao lado de quem ama recebendo todo amor e carinho que necessita e merece. Mas há momentos que você está em uma queda que parece quase perpetua, coisas ruins se tornam comuns e nem amor você tem mais.

— O que você falou pro meu pai? – Perguntou Lucy preocupada, essa já estava na sala do diretor.

— Eu o chamei para resolver esse pequeno problema. – Respondeu Laxus Dreyar enquanto preenchia alguns documentos.

— Posso pelo menos beber um copo d’agua? – Questionou.

— Está vendo o bebedouro ali? Levante-se e beba. – Falou friamente sem tirar o olhar dos documentos.

Assim Lucy fez. Foi até o bebedouro, pegou um copo plástico e bebeu sua água. Logo voltou ao seu lugar esperando aflita pela chegada do pai.

— Lamento a demora. Foi o mais rápido que pude vir. – Jude, o pai de Lucy, acabando de chegar. Esse estava acompanhado de seu lacaio como sempre, no entanto o manda esperar fora.

— Olá Sr. Heartfilia! Fico feliz que tenha vindo. – Laxus cordial cumprimentando o homem.

— Sem formalismos, pode me chamar de Jude.

— Ok... Jude. Já sabe por que está aqui, não é?

— Sim. Por um fato lamentável. – Respondeu.

— Sua filha foi imprudente e bateu numa colega de classe. Sorte a dela que a Sra. Strauss não registrou um boletim de ocorrência.

— Hum... É incrível como hoje em dia uma tapinha vira um caso tão medonho! No meu tempo brigar só levava a uns puxões de orelha! – Jude um pouco irritado.

— Os tempos mudam e a leis também. Peço que o senhor leia e assine este papel.

Jude pegou o papel e começou a lê-lo sua expressão final era indefinível, Lucy observava toda ação temerosa. Seu pai assina o papel aperta a mão direita do diretor e sai.

— Vamos Lucy. Terminamos por aqui. – Falou curto e sério.

Após, entraram todos no carro do pai e partiram para sua residência, um silêncio se fez, o pai não falou com ela em nenhum momento, estava de braços cruzados e pensativo, a garota suava frio.

— Estacione com o carro e vá para casa Augustus. – Proclamou Jude ao empregado.

— Sim senhor! Uma boa noite. – Partiu.

Jude foi o primeiro a entrar, a filha veio logo atrás. Deu o paletó a empregada folgou a gravata e sentou no sofá ainda pensativo. Lucy ia subindo para o quarto, mas o pai lhe chamou:

— Fique aqui. Temos que conversar. – Comentou ainda calmo.

— Papai...eu tenho dever de casa e preciso...

— Fique aqui que eu estou mandando! – Exclamou.

— Ok... – Engoliu seco se sentando no sofá de frente para o pai.

O homem acendeu um charuto e ficou tragando e soltando a fumaça que se dissipava no ar.

“cof cof cof”, tossiu Lucy.

— Está sentindo? – Questionou o pai.

— Sentindo o que papai? – Perguntou singela.

— Como uma fumacinha de charuto contamina o ar. Está sentindo?! – Falou mais alto.

— Sim meu pai, essa fumaça está me incomodando. – “Cof cof “, continuou a tossir.

— Assim como essa fumaça contaminou o ar, você manchou a imagem da nossa família! – Berrou.

Lucy ficou calada de cabeça baixa.

— Você viu como um tapa acabou te levando a uma semana de suspensão?! Você estava louca?! Bater em uma garota qualquer! – Refutava irritado, dessa vez pôs-se de pé.

— Me desculpe... – Respondeu choramingando.

— Não tem como te desculpar! Você manchou nossa imagem! Manchou! E pior, sua cara está estampada nesse jornalzinho de merda! Como deixou isso acontecer! Como?!! – Continuou berrando, enquanto a menor se retraia cada vez mais.

— Perdão... Eu estou arrependida.

— Então se arrependa! O que vou falar aos Eucliffe agora, hum?! Que tenho uma filha louca?! HUM?!!!

— Não sei papai... – A garota estava se inundando em lagrimas.

— E como eu vou saber! Hein?! Eu poderia te dar uma surra agora uma surra que nunca te dei antes! E vou!

O homem retira o cinto de couro e já estava preparado para desferi-lo contra a filha, mas Laila e Stella chegam no mesmo momento e interrompem o ato.

— O que está acontecendo aqui Jude?! – Perguntou a Matriarca assustada.

— Sua filha! Essa desnaturada acabou com nossa imagem, olha! – Exclamou mostrando à esposa a manchete no qual Lucy era o principal assunto.

— Que horror! Filha isso é verdade? Você bateu nessa garota? – Questionou a mulher incrédula.

— S-Sim... – Confessou tímida.

— Nota agora por que estou prestes a dar uma surra nesta desnaturada?! – Falou o homem ainda com cinto em mãos.

— Não vou deixar você bater na nossa filha Jude! – Disse a mulher séria.

— Vai defende-la depois dessa vergonha o qual nos fez passar? – O homem muda de tom.

— Sim! Eu defendo minha filha com unhas e dentes, sem porém! – Concluiu.

O homem parece ter ouvido o que a mulher lhe disse. Recolocou o cinto e se sentou no sofá mais calmo apagando o charuto no cinzeiro.

— Não vai deixá-la sair ilesa vai? – Perguntou para a esposa de braços e pernas cruzadas.

— Bom... Um castigo pode ser a solução. Mas nada de extrapolar. – Respondeu.

Por um breve momento pensou, as mulheres que ali estavam ansiavam pela resposta e Lucy, como uma prisioneira, pela sua sentença.

— Não poderá sair de casa nessa semana de suspensão, ficará sem celular e computador, apenas se focará nos estudos e quando voltar a rotina normal terá de manter bom comportamento e boas notas. – Proclamou.

Lucy ficou um tanto aliviada, esperava algo pior, aquilo foi como uma multa e não uma condenação. Laila respirou fundo:

— Sábia decisão. Assim será. – Assentiu subindo para o quarto com suas compras.

— Pode ir para seu quarto Lucy, mais tarde desça para o jantar. – Falou o homem acompanhando a esposa.

— Quer conversar sobre? – Stella, irmã de Lucy. Perguntou se sentando ao lado da irmã.

— Sim. – Confirmou.

Assim Lucy revelou todos os fatos que aconteceram naquele dia inesquecível em sua vida, sem dúvida era um dia inesquecível. Contou desde o tapa que deu em Lisanna à fuga para casa de Jellal. A mais velha ouvia atenciosamente chegando a uma conclusão:

— Você tem que aprender a controlar seu ciúme irmã. O que aconteceu hoje não pode se repetir novamente. Quanto ao garoto novo acho melhor não se envolver dessa forma, se você ama mesmo o Natsu tem que confiar nele e não sair beijando outro cara. E outra, quem confirmou que essa tal Lisanna transou mesmo com ele? Tente não interpretar a coisas dessa forma.

— Deveria ter ouvido seu conselho antes, talvez eu estivesse numa boa. Mas aquela garota tem uma coisa que eu não engulo, pode ser paranoia minha, mas algo me diz que ela é má. – Comentou.

— E quando voltar pra escola vai se desculpar com o Natsu?

— Sim, com ele e com aquela sonsa da Lisanna. Só que não quero mais nada com ele e com mais ninguém. Vou deixar as coisas acontecerem e esperar meu casamento com o Sting, só isso. – Concluiu.

— Deveria dar uma chance ao coração e não o trancar a sete chaves.

— Obrigada irmã, mas não. Quando eu voltar aquela escola serei uma nova pessoa do jeito que o papai sempre sonhou que eu fosse.

— Não devia fazer o que o papai quer. Ele só quer o dinheiro, quanto aos nossos sentimentos não está nem aí. – Falou preocupada.

— Vamos esquecer, vou banhar e descer pra jantar, o resto é o resto.

Uma semana se passou, parecia uma eternidade, porém mais dias ou menos dias chagaria. Lucy acordou no horário de sempre desceu para o café e logo foi para a escola. Antes pediu que o motorista desse uma parada de 30 minutos, nesse meio tempo ela ficou sentada em um banco de uma praça pensando na vida. Assim, passando os minutos combinados, retornou ao carro e seguiu viagem até a escola.

Respirou fundo antes de entrar, mas logo adentrou. Ao chegar encontra sua sala já com alunos, um fato que nunca vivenciou já que sempre chegava 30 minutos antes de todos chegarem. Seguiu até sua carteira onde colocou suas coisas e se sentou. Não olhou nem para trás nem para frente, muito menos para os lados, parecia automática, pegou o caderno e colocou na matéria do primeiro professor do dia.

— Heartfilia o que deu em você para não falar com ninguém? O castigo foi pesado? – Perguntou Solano Angel enquanto dava uma risada de deboche.

— Por favor poderia me deixar estudar em paz? – Pediu sem tirar o olhar do caderno.

— Se eu não fizer você vai me bater igual fez com a Strauss? – Continuou a branca.

Lucy fechou o caderno e encarou a outra com um olhar frio de superioridade.

— Não. Eu serei obrigada a contatar ao diretor Dreyar. E sei que você não ia gostar de levar uma punição, não é? – Respondeu.

— Você nem sabe brincar. Talvez por isso está sem amigos! – Disse nervosa voltando a seu lugar.

Durante os primeiros horários Lucy não falou com ninguém, apenas com os professores, participando das aulas e recebendo elogios pela aplicação. No intervalo foi até o refeitório onde pegou o lanche e sentou-se em uma das mesas com pessoas que provavelmente nunca vira antes.

Em outro lado Natsu estava acompanhado de Lisanna, Erza e algumas outras pessoas. As duas conversavam ecléticas enquanto o garoto estava observando Lucy de longe, não desgrudava o olhar nem um minuto.

— Por que não tira os olhos da Heartfilia, Natsu? Você gosta dela? – perguntou Lisa chamando a atenção do rosado.

— Sim....d-digo não. – Respondeu tentando disfarçar.

— Esse garoto é assim. Quando se interessa por alguém  não tira os olhos, o mesmo foi com você quando éramos pivetes. –  Comentou Erza caindo no riso.

— Erza! – Natsu.

— Isso é verdade Natsu? – Perguntou Lisanna corada.

— S-Sim. – Respondeu tímido.

— Seu fofo! – Lisanna dá um abraço no amigo, carinhosa.

Lucy termina sua refeição e se aproxima discreta vendo as caricias entre Natsu e Lisanna, engoliu seco para não surtar e logo veio a falar:

— Olá Natsu e Lisanna. Eu gostaria de pedir desculpas a vocês dois, principalmente a você Lisanna. Me perdoe. – Declamou num tom e arrependimento.

— É claro que eu te perdoo Lucy! – Lisanna saltou dos braços de Natsu e deu um abraço em Lucy.

— Espero que fique tudo bem entre nós duas. – Continuou a loira.

— E está tudo ótimo entre nós duas. Podemos até ser amigas. – Falou a branca sorridente.

— É... podemos... – Falou forçadamente. “Claro que não podemos idiota”, pensou.

— Eu também te perdoo Lucy. Tá tudo bem entre a gente e espero que fique melhor daqui pra frente. – Disse o Rosinha corado.

Lucy abraça o rapaz o mesmo retribui, os dois ficam assim sentindo o calor um ao outro por alguns segundos.

— Obrigado aos dois. – Deu um leve sorriso. — Agora com licença. – Disse antes de ir embora.

— Fico feliz que tenham se acertado. – Contou o rosado orgulhoso.

— A Lucy é um amor. E... agora que está tudo bem Natsu. – Disse Lisanna corada.

— Hum? O que foi? – Perguntou curioso.

Lisanna dá um beijo em Natsu pegando o rapaz de surpresa. Erza começa a comemorar animada:

— Nosso novo casal! Até que enfim os dois se acertaram!

Todos que estavam na cantina, inclusive Lucy que já retornava à sala viram a calorosa cena do beijo entre Natsu e Lisanna. Houve até uma chuva de aplausos.

Assim a Jovem Dama voltou à sala, ninguém viu, mas seus olhos estavam cheios de lágrimas e seu coração estava totalmente destroçado.

“Essa foi a última vez, não vou mais chorar por mais ninguém!”, pensou enquanto enxugava as lágrimas.


Notas Finais


Obrigado a vc que leu e chegou até aqui, estarei trazendo novos Caps sempre que puder. Deixem seu feed e até mais!

^-^


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