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História Hearts on Fire (Frerard) - Pov. Bert


Escrita por: pumpkin_ammy

Notas do Autor


Olá meus amores! Tudo bem com vocês?
Me perdoem a demora! Esses últimos dias foram difíceis pra mim... Passei por muitas brigas em casas e algumas outras coisas. Pra quem me segue no Instagram da Fanfic, já sabe da história... Enfim...
Bem, antes do capítulo de hoje, vamos esclarecer algumas coisas aqui...
Primeiramente, eu reli a Fanfic e percebi que eu noiei bastante escrevendo algumas partes rs Eu super esqueci que nos Estados Unidos, em época de férias escolares é verão... E eu acabei colocando inverno. Mas okay né gente rs Nossa história é apenas uma alusão a vida real.
Outra coisa que eu percebi... Em nenhum momento eu citei o ano em que eles estão. O ano é 1994.
Outro ponto de destaque é a idade dos personagens...
Na vida real, o Gee e o Bert não tem a mesma idade, mas aqui na história sim. Ambos nasceram em 1977, ou seja, aqui na história eles tem 17 anos.
Mikey e Frank são a mesma coisa. Ambos nasceram em 1980.

Edit: Eu editei todos os capítulos da Fanfic e acrescentei algumas coisas.

Enfim, eu acho que é isso.
Até as notas finais, boa leitura 💜

Capítulo 20 - Pov. Bert


Fanfic / Fanfiction Hearts on Fire (Frerard) - Pov. Bert

Pov. Bert

Por reles segundos, eu pensei em desistir do meu plano em respeito a morte recente da minha mãe, mas após lembrar daquela cena da cafeteria, a cena recente e as cenas da praia, eu mudei de ideia. Eu iria continuar com meu plano e faria de tudo para que esse "casalzinho" acabasse.

Dentro do táxi, vários flashbacks dos meus melhores momentos com Gerard se passaram em minha cabeça, misturado com algumas cenas que eu havia presenciado dele com Frank, e algumas cenas que eu havia imaginado com os dois juntos.

O meu peito e o meu coração foram tomados pela raiva, deixando que esta me controlasse a partir daquele momento. O meu plano inicial era apenas ir a casa de Jenny e lhe contar onde Frank estava, junto com algumas mentirinhas e outras. Mas, eu decidi fazer algo pior, algo que realmente deixasse Frank totalmente fodido com sua família.

A "viagem" para minha casa foi longa, devido ao trânsito infernal de New York.

Por que as pessoas não usam bicicletas para se locomoverem?!

A primeira coisa que fiz ao entrar no meu apartamento foi procurar Scott; Olhei todos os cômodos e encontrei apenas um bilhete dele, este que dizia "Querido Bert, meus sinceros pêsames pela sua mãe. Hoje, um tal de Brad veio aqui e levou um vestido da sua mãe. Ele disse que precisou vir hoje porque amanhã cedo ficaria muito em cima da hora. Enfim, eu não sei bem se peguei o vestido certo, apenas segui a descrição dele e o entreguei a roupa... O funeral será às 7h. A propósito, saí para comprar comida. Beijinhos do seu loirinho, Scott". Mitchell sempre foi um amor comigo e eu nunca entendi o porquê. Provavelmente, ele gostava de mim, afinal, ele já havia me dado várias "indiretas" diretas, se isso é possível;

Larguei o papel no mesmo lugar onde ele havia deixado e fui para o quarto da minha mãe. Seria a primeira vez que eu entraria lá, em anos. Ashley sempre disse que o quarto dela era uma "área restrita", então eu quase não entrava lá dentro.

Mesmo inseguro e com um arrepio fodido na espinha, eu abri a porta e entrei no quarto, caminhando em direção ao guarda roupas; Ainda com medo, abri a porta e encontrei várias coisas que não queria ter visto, porém evitei olhar aquelas coisas e objetos estranhos, focando-me apenas no meu objetivo: pegar a caixa rosa onde estavam as cartas que meu pai havia feito para mim.

Não precisei procurar muito, logo encontrando aquele objetivo pequeno cor de rosa. Literalmente, a caixa era de tamanho médio, mas estava cheia de cartas e três brinquedos; Rapidamente, fui para o meu quarto e me sentei na cama, com a caixa em mãos.

Abri cada uma delas e as li em voz alta, sentindo meu coração ficar pequeno a cada carta que lia...

"Querido filho, essa é a décima carta que eu estou enviando. Eu sei que não tive uma resposta sua em nenhuma delas, mas eu preciso continuar tentando... Bem, hoje eu fui para Barcelona e vi várias coisas que você talvez gostasse..."

"...Me perdoe se eu fui um péssimo pai, eu estou muito arrependido por não ter trazido você comigo depois do divórcio..."

"...Eu estou namorando com uma mulher incrível, você certamente iria gostar dela..."

"...Você ainda se lembra de mim? Sente minha falta? Eu sinto sua falta, todos os dias..."

"Filho, essa é a ultima carta que eu vou lhe enviar... Nenhuma das cartas que eu mandei tiveram retorno. Eu realmente queria saber o porquê de você não me responder, mas tudo bem, eu posso aceitar isso..."

"Meu amor por você é pra sempre!"

Eu li todas as cinquenta e duas cartas que estavam alí, me emocionei em quase todas. Meu pai realmente me amava e, pelo que tudo que indicava, ele ainda queria manter contato comigo. Poderia até ser pecado, mas eu amaldiçoei Ashley e toda sua geração passada, por ela ter me escondido isso. Tudo poderia ser diferente... Eu poderia ter uma vida melhor, uma outra "mãe", até mesmo um irmão... Mas não, Ashley preferiu me ver sofrer, usar drogas e ter essa vida medíocre que eu tenho.

Em meio a tantos pensamentos, uma pessoa veio a minha mente: Mikey. Eu sei que falei mal dele, eu sei que me aproximei apenas por interesse; Mas hoje, é diferente. Por algum motivo, eu não via mais o Mikey como o irmão do meu "paquera", mas sim, eu o via como um amigo; Um amigo que mesmo indiretamente, estava me ajudando.

Levantei-me rápido da cama e fui até a sala, em busca do telefone. O número da casa dos Way eu já havia decorado há muito tempo, então, eu apenas precisei pegar o telefone e discar.

Para minha supresa, quem atendeu o telefone foi ninguém menos que Gerard. De certa forma, eu estava surpreso, afinal, ele nunca atendia aos telefonemas pelo que eu sabia.


- Residência dos Way, Gerard falando. – disse ele.


- Oi Gerard, é o Bert. Tudo bem com você?


- Ah, oi Bert, eu estou bem e você?

- Não estou nos meus melhores dias, devo confessar. – como vocês já sabem, eu sinto um amor fora do normal por Gerard, mas naquele momento, eu não queria mesmo falar com ele. O que me assustou um tanto. Era a primeira vez que isso me acontecia. – Mas, isso é assunto para outro momento. O Mikey está em casa?


- Tem certeza que você quer falar com ele e não comigo? – pelo tom de sua voz, o Way mais velho pareceu um tanto enciumado. "Sim, eu tenho certeza. Ele está em casa?", respondi com certa pressa. – Bem, ele está sim, só um momento, eu vou chamar ele. – escutei Gerard gritar o nome de Mikey pelo telefone; Way mais novo não demorou tanto tempo para me atender.


- Oi Bert, só um minuto, vou para o meu quarto. Fica na linha. – enquanto Mikey ía até o seu quarto, fiz o mesmo e deitei na cama, esperando o mesmo retornar. – Voltei Bert. Você está melhor?


- Um pouco, Mikes. Eu estava lendo as cartas que meu pai me enviou. Ao todo, cinquenta e duas cartas. Todas elas muito... Emocionantes. Sabe, eu não sei, mas estou com um pouco de raiva da minha mãe. Só de pensar que eu poderia ter uma vida melhor...


Mas uma vez, desabafei com Mikey, meu novo amigo e bom ouvinte. Ele me aconselhou, me acalmou e disse que estaria comigo ao amanhecer, no velório da minha mãe (vale ressaltar que eu não o convidei, ele mesmo se ofereceu).

Ficamos bons minutos naquele telefonema, até Scott chegar e me tirar do telefone. Agradeci novamente a Mikey pela ajuda e encerrei a ligação, meio contra gosto, sendo sincero.

Um pouco melhor, levantei-me e fui para o banheiro tomar um banho rápido para aliviar a dor de cabeça. Mitchell estava na sala, comendo pizza e bebendo coca-cola, bem confortável e esparramado em meu sofá.

Como bom amigo também, Scott me consolou e me deu apoio, um pouco de amor e carinho também.

Ficamos um bom tempo assistindo tv e brincando um com outro, até decidirmos que precisávamos ir dormir, pois dalí a algumas horas nós teríamos um funeral para ir.

Por insistência de Scott, o deixei dormir comigo, afinal o meu apartamento não era grande assim; Uma cozinha, sala de estar e de jantar, dois quartos (um quarto era meu e o outro de Ashley) e três banheiros. Ou seja, dava para alguém viver confortavelmente.

Nós escovamos os dentes e depois fomos para cama, cada um virado para um lado diferente. Por alguma razão, eu senti que para Scott, "dormir" comigo significava muito, enquanto para mim, significa apenas dois amigos dividindo uma cama de casal.

Afastei tais pensamentos e tentei dormir; Meu dia havia sido longo, cheia de coisas inesperadas. Minha vida estava um caos só, mas eu sabia e tinha muita fé de que tudo iria mudar, depois de realizar o meu "plano" e conseguir atenção de Gerard novamente. Eu sei que é errado eu continuar pensando nisso após a morte de minha mãe, mas eu não ligo. Simplesmente porque não iria adiantar nada eu adiar meu plano. As coisas só demorariam a mudar, por isso, eu iria aquele funeral e depois iria até a casa de Jenny, fazer o circo pegar fogo.

                     ⊱✿⊰

Não sei em que momento adormeci, a única coisa de que lembrava era da escuridão que meu quarto estava.

Acordei com Scott batendo em minhas costas (com tapas leves, óbvio), dizendo que eu precisava me apressar para me arrumar e ir para o funeral.

Mesmo com toda a preguiça que eu estava, eu me levantei, tomei um banho e me vesti, logo saindo de casa para a cafeteira mais próxima. Eu precisava de um bom café.

A primeira coisa que notei foi o belo dia que estava se fazendo; Eu poderia dizer que o dia estava nublado, com riscos de chuva, mas não, isso seria mentira. Estava se fazendo um lindo dia de sol, com poucas nuvens no céu. O que prova que nem todo velório é feito em dias nublados e chuvosos.

Ainda pensando no clima, fui puxado por Scott, não havia nem percebido que eu tinha parado de caminhar;

Paramos na primeira cafeteira que encontramos e depois pegamos um táxi para o lugar mais isolado da cidade, onde havia um pequeno cemitério.

Como já esperado, o funeral estava cheio; Parentes que eu não via há anos, alguns ex-namorados da minha mãe, alguns amigos e outras pessoas que eu não conhecia. Por algum motivo, Donna, mãe dos Way, também estava lá. O que de fato, me surpreendeu muito.

Eu chorei a maior parte do tempo, tendo o consolo de Mikey e Scott toda vez que eu soluçava alto ou baixava a cabeça.

Como em todo velório, o Padre fez aquele discurso chato, e logo em seguida, foi a minha vez de falar algumas palavras. Mesmo inapto para a situação, eu o fiz; Levantei de minha cadeira e fui até o "altar" improvisado alí.


- Bom, eu não sei o que falar aqui. Pode ser falta de educação, mas eu não vou agradecer a presença de ninguém aqui, afinal isso não é uma festa ou qualquer coisa do tipo que necessite de agradecimento pela presença... – falei, arrumando minha gravata em meu pescoço, e firme, continuei o discurso. – Não tenho muito o que falar sobre Ashley. Creio que todos aqui já a conheciam a muito tempo, então já tem uma noção de como ela era. Ela pode ter falhado como ser humano e como mãe, mas ninguém é perfeito. Ela também fez muitas coisas boas, não só para mim, mas para outras pessoas também. Peço a todos que não fiquem chateados ou tristes pela perda dela. Pelo pouco que aprendi com Ashley nesses últimos anos, eu tenho certeza de que ela iria odiar nos ver chorando, afinal, ela sempre disse que lágrimas em funerais eram bregas, dramáticas e clichês demais. – sem intenções, acabei por fazer algumas pessoas rirem alí, o que me deixou um tanto confortado. – Brincadeiras a parte, gente... Hoje, eu me despeço da pessoa que eu rejeitei basicamente por uns nove, dez anos... – limpei algumas lágrimas do rosto, estas que insistiam em cair novamente. – Mas eu me despeço dela com orgulho. Pelo que eu sei, ela foi uma guerreira, apesar dos pesares, ela não era tão ruim assim. Descanse em paz, mamãe, eu vou sentir sua falta.


Desci daquele "altar" e fui para perto de Mikey e Scott, ambos estavam chorando também.

Pelo resto do funeral, nos três ficamos abraçados, assistindo as demais pessoas discursarem e logo após, eles a enterrarem em baixo daquela terra preta.

Naquele momento, eu só queria mesmo era voltar pra casa e deitar-me em minha cama e ficar lá por uma eternidade, mas não era isso que Ashley iria querer.


- Bert...– Mikey disse, levando a mão esquerda até meu rosto. – Meus pêsames pela sua mãe. Qualquer coisa que você precisar, pode contar comigo e minha família, nós vamos ajudar no que pudermos.


- Obrigado pelo apoio, Mikey. – falei, abraçando ele. – Eu sei que eu disse que não iria agradecer a ninguém, mas você eu preciso agradecer... Desde ontem você tem me ouvido e ainda veio aqui hoje... Obrigado mesmo, Mikey. Eu nunca vou esquecer o que você fez por mim. Pode contar comigo para o que precisar. – beijei a bochecha dele e desfiz o abraço. Ele não teve nem tempo de responder, já que Donna se aproximou também é logo veio me abraçar.


- Minhas sinceras condolências, Robert. Deus vai confortar seu coração, eu tenho certeza. Como Mikey disse, pode contar com a gente para qualquer coisa. – gentilmente, retribui o abraço dela.


- Muito obrigado, senhora Way. É bom saber que posso contar com vocês. – desfiz nosso abraço e beijei a mão dela. Senhora Way por sua vez, acariciou minhas bochechas com ambas as mãos e voltou a falar. – Mikey e eu precisamos voltar para casa, mas qualquer coisa, é só ligar. Creio que você tem o telefone de casa... – balancei a cabeça positivamente para responder a pergunta. – Então, não hesite em ligar se precisar de algo. Tchau, Robert.


- Tchau senhora Way, tchau Mikey. – abracei novamente cada um deles e os assisti sair daquele cemitério. Voltei minha atenção para Scott que não parava de chorar. – Hey, Scott... Fique calmo. – falei, abraçando ele bem forte. – Se eu ver você desse jeito, eu também vou chorar, cara. Você quer me ver chorando por aí?


– N-não Bert, e-eu não q-quero. – Mitchell falou tudo soluçando, e logo se afastou de mim. – Eu vou parar, p-prometo. – o ajudei a limpar as lágrimas de seu rosto e depois passei meu braço por seus ombros, iniciando uma rápida caminhada até os portões do cemitério.


- Vamos, Scott... Vamos pra casa. Nós ainda temos muitas coisas pra fazer hoje.

Nós pegamos uma carona com Brad até o meu apartamento; Scott dormiu o caminho todo, só acordou quando eu o cutuquei para sairmos daquele belo carro.

O levei para dentro do AP e o deixei dormir na minha cama, enquanto eu fazia o café da manhã e me preparava para o meu tão esperado "dia da vitória".

Bem semelhante as roupas de ontem, eu vesti uma calça jeans escura, uma camiseta social (deixando apenas os dois primeiros botões abertos) e a mesma jaqueta de couro do dia anterior. Eu estava extremamente inseguro e nervoso, porém eu tinha fé de que tudo daria certo. A melhor parte disso é que eu ainda iria sair sem punição.

Verifiquei as horas e então decidi acordar Scott. Eram quase dez e e meia da manhã, eu estava um tanto apressado e precisava de Mitchell para me relaxar e acalmar.


- Scott, acorda. Você já dormiu demais, bicho preguiça. – falei, sentando ao lado dele na cama, cutucando seu braço em seguida.


- Huum? Eu... Que horas são? – exagerei um pouco a verdade e disse que já era onze meia, fazendo com que Scott levantasse rapidamente, pegando sua mochila e coisas pessoais, caminhando até o banheiro do quarto. – Vou trocar de roupas e escovar os dentes, eu já volto.


Eu já imaginava que ele ficaria puto comigo por mentir sobre a hora, mas era engraçado vê-lo daquele jeito. Apesar de que confuso também; Ele nunca acordava cedo e também não tinha nada pra ele fazer em minha casa.

Retornei para a cozinha e fiz dois sanduíches de queijo com Hellmann's; Depois de pronto os sanduíches, os coloquei na mesa ao lado do copo de café e esperei Scott voltar. Ele não demorou muito, por sorte.


- Robert, seu desgraçado... – disse ele, ao se aproximar da cozinha. – Seu retardado, agora é dez e quarenta e sete, não onze e meia. Por que me acordou tão cedo?


- Ora essa, que abuso Mitchell. Eu te acordei cedo porque você precisa me ajudar hoje. Eu vou continuar com meu plano e daqui a pouco, eu vou até a casa de Jenny.


- Tá, tá, eu já entendi... – falou ele, sentando-se na cadeira ao meu lado. – Sanduíche com queijo, meu favorito! Valeu, Bert.


Lancei uma piscadela para ele e comecei a comer meu pão e a beber meu delicioso café adocicado.

Comemos em harmonia e tranquilidade, até a campainha tocar.

O dia havia começado horrível, mas ele iria ficar melhor, eu só não sabia o quanto.

Mandei meu amigo atender a porta, enquanto eu estava limpando a bagunça do café da manhã. Percebi que aquela bicha loira estava demorando demais, então larguei tudo de qualquer jeito mesmo e fui até a porta.


- Scott, quem está aí? – perguntei, assim que me aproximei da porta. Ele nem precisou responder, eu mesmo fiquei boquiaberto. Eu não podia acreditar no que meus olhos estavam vendo... – James? Quer dizer... Pai?


- Robert?! É você mesmo? – disse o homem parado a minha frente. Eu não o via desde quanto eu tinha onze anos de idade, desde o divórcio dele com Ashley. – Filho, vem cá, me dá um abraço!


Empurrei meu amigo para o lado e abracei forte meu pai. Depois de muitos anos, eu estava em seus braços novamente. Chorando feito uma criancinha, eu o abracei e pedi seu perdão, por tudo.


- Eu pensei que nunca mais o veria, eu achei que não se importava comigo... Bem, até ontem. – disse depois de alguns minutos alí, limpando minhas lágrimas em seguida (eu estou parecendo uma manteiga derretida, eu sei. O que não é minha cara, nem de longe).


- Não, Bert. Eu é quem preciso te pedir desculpas. Eu falhei como pai, eu falhei com você por todos esses anos... – ele disse, desfazendo nosso abraço. – Mas verdade seja dita, eu tentei manter e fazer contato todos esses anos, mas você nunca me respondeu...



- Entre papai, vamos conversar melhor sobre isso. – com carinho, agarrei o braço do meu pai e o trouxe para dentro, para a sala de estar. Sentados no sofá, no nosso momento "reconciliação", contei absolutamente tudo para meu pai. Comentei sobre meus vícios com bebidas, cigarros e drogas; meu primeiro namorado e namorada; Contei também sobre as cartas que recebi muitos anos atrasadas. – E então, foi isso pai. Eu só li as cartas ontem e eu me emocionei em todas elas. Obrigado por se preocupar comigo mesmo longe, pai. – olhei nos olhos dele e sorri emocionado.


- Eu nunca deixei de me preocupar com você, filho. E se eu soubesse de tudo o que você tem passando aqui, com a Ashley, eu teria vindo te buscar à anos atrás. Eu deveria ter ficado com você após o divórcio, mas sua mãe deu um jeito do juiz deixar sua guarda apenas para ela. Mas, de qualquer forma, eu estou aqui agora e eu quero recuperar todo o tempo que eu fiquei longe de você... – falou ele, me abraçando. – Aliás, meus pêsames pela morte da Ashley. Foi por isso que eu vim aqui, mas dessa vez, eu voltei para ficar em definitivo. Minha nova esposa veio também.


- É sério? Eu vou morar com você novamente?


- Sim filho, se você quiser... Minha esposa vai adorar você. O nome dela é Alicia Thompkins, e bom... Ela está grávida de uma menina. Você vai ter uma irmã, filho!


Demorei alguns segundos para processar todas as informações... Em um segundo apenas, eu ganhei uma nova família; Mãe, pai e uma irmã que estava a caminho. Eu poderia estar mais feliz com essa notícia?!

Por bons minutos, eu havia esquecido completamente de Scott; Ele estava quieto, perto da janela da sala, observando alguma coisa. O chamei para sentar com a gente e lhe contei todas as novidades recentes.

Definitivamente, o meu dia estava ficando cada vez melhor.

                       ⊱✿⊰

Passamos um bom tempo alí na sala, conversando sobre algumas de minhas "aventuras" e algumas aventuras do meu pai também.

Logo chegou a hora do almoço e James nos levou a um restaurante pra lá de chique para nós almoçarmos juntos; E depois fomos para uma sorveteria qualquer.

Eu me senti uma criança por todo o tempo que fiquei com meu pai, porém eu era a criança mais feliz do mundo.

A tarde foi passando, logo percebi que o sol já estava em seu ápice e me dei conta de que eu ainda tinha uma coisa para fazer.

Me despedir de meu pai e de Scott e peguei um táxi para a casa de Jenny. O prédio onde Jenny morava era lindo, com cerca de vinte andares; Um prédio pequeno.

Assim que entrei no prédio, fui para o elevador e apertei o número do andar cinco; Segundo Scott, era a terceira porta do corredor a esquerda.

Caminhando para fora do elevador, comecei senti um arrepio no corpo, minha barriga "gelou", minha mente me perguntou se era isso mesmo que eu queria; Sim mente, é isso que eu quero.

Respirei fundo, arrumei o cabelo e só então bati na porta. Fiz uma pose de "certinho" e mantive um sorriso na cara, na tentativa de passar algo bom para seja lá quem fosse abrir a porta.


- Olá, posso ajudá-lo? – perguntou um homem alto, de cabelos negros e pele branca. Provavelmente, esse era o tio do Frank.

-

 Boa tarde, senhor. Meu nome é Robert, mas pode me chamar de Bert. – falei, estendo minha mão para ele; Obviamente, ele esticou seu braço e apertou minha mão também. – Eu estou procurando uma jovem chamada Jenny. Ela está em casa?


- Jenny ficaria feliz em ouvir isso. Ela adora quando as pessoas a chamam de jovem. – disse o homem a minha frente, rindo fraco de seu próprio comentário. – Ela ainda não chegou em casa, mas se você quiser, pode entrar e esperar por ela. – não pude deixar de notar em como ele era muito educado. E ingênuo também. Ele não sabia quem eu era e já me chamou para entrar em sua casa. Como eu não sou besta, eu pedi "licença" e entrei no apartamento. O lugar era chique, mas simples ao mesmo tempo; Casa de gente rica também.


- Seu apartamento é muito bonito, senhor. – falei, abrindo um sorriso ameno. "Obrigado, garoto. Quem sabe um dia você possa ter um", ele disse, fazendo sinal para que eu me sentasse no sofá, ao lado da poltrona.


- Me desculpe garoto, eu esqueci de me apresentar. Eu sou Mark, marido da Jenny. Aceita alguma coisa para beber ou comer? – perguntou-me ele, ainda de pé. Respondi um "não, obrigado" e logo após ele se sentou na poltrona ao meu lado. – Então, Bert, o que você quer conversar com a Jenny?


- Eu sou um amigo do Frank. Tenho algumas notícias sobre ele. – Mark me olhou com espanto, um tanto surpreso, eu diria. "Você tem notícias dele? Onde e com quem ele está?", respondeu-me, todo afobado. – Calma, Mark. Eu sei onde ele está sim. E bem, é por isso que eu estou aqui. Eu estou um tanto preocupado com ele. Mas, antes de eu esclarecer tudo, podemos esperar a Jenny chegar? Assim eu já falo com os dois ao mesmo tempo.


- Sim, claro... Acho que ela já deve estar voltando. – falou ele, indo para a cozinha e sumindo do meu campo de vista. Logo ele retornou com uma garrafa de cerveja e uma lata de refrigerante. – Aqui garoto, beba esse refrigerante. – educadamente, agradeci e peguei a lata de sua mão. – Então, você gosta de esportes?


Para um cara de meia idade, Mark era bem legal. Ficamos muito tempo conversando sobre esportes, músicas e sobre grande trabalho que ele exercia numa empresa chique da cidade.

Depois de quase duas horas e meia de espera, Jenny finalmente passou pela porta de entrada; Ela era uma mulher muito bonita pessoalmente.


- Oi amor, cheguei! – disse Jenny, assim que abriu a porta. – Quem é você?


- Muito prazer, senhora. Eu sou Robert, mas pode me chamar de Bert. – falei, colocando-me de pé para fazer uma simples reverência.

- Muito prazer, Bert. Eu sou Jenny. Você é amigo do Jason? – perguntou ela, abrindo um sorriso simples.


- Não, senhora. Eu sou amigo do Frank. Eu tenho algumas notícias sobre ele... – Assisti Jenny sentar-se na poltrona ao lado de seu marido e logo me sentei também e voltei a falar. – Primeiramente, eu preciso dizer que eu não tenho nada contra o Frank, eu sou apenas um novo amigo preocupado com ele. – fiz uma pausa rápida apenas para endireitar minha postura. – Eu conheci o Frank numa balada. Meu irmão mais velho, Johnny, me levou para aquele lugar horrível porque, segundo ele, eu precisava me enturmar com as pessoas. Enfim, Frank estava lá com outros dois rapazes. Acho que o nome de um dos rapazes era Gerard... Continuando, Frank estava bêbado e usando drogas. Ele parecia um louco. Depois desse dia, eu o vi poucas vezes, mas nessas vezes, ele estava fumando cigarros e bebendo também. E é por isso que eu resolvi vir falar com vocês. Como amigo, eu estou preocupado com ele. – esbocei a melhor cara de tristeza que eu pude, tendo como resultado a preocupação deles. – À propósito, ele está na casa desse cara... Gerard.


- Eu não posso acreditar nisso. Frank nunca fez nada do tipo, não em minha presença. – falou Mark. – Jenny, você o viu fazendo alguma coisa do tipo?


- Eu só o vi fumando umas vezes, pensei que não fosse nada demais, amor. Por isso eu não contei. – disse Jenny, ajeitando os seus óculos. – Bom, venha comigo Bert. Vamos ver se encontramos algo suspeito nas coisas deles. Nós já voltamos amor. – ao que ela se levantou, fiz a mesma coisa e a segui até o quarto do Frank. – Bert, ainda bem que você apareceu. O Frank só está me dando dor de cabeça, mesmo não estando aqui em casa. Eu sabia que aquele garoto estava fazendo coisas erradas.


- Então... Você não gosta dele? – perguntei surpreso ao ouvir tudo aquilo. "Vou ser sincera, eu não vou muito com a cara dele, mas né... Ele é parente do meu marido, então é meio que minha obrigação gostar dele. A respeito disso, bico calado, Robert. Meu marido não pode nem sonhar com isso", ela me respondeu, toda séria. Quer dizer que eu não era o único que não gostava do Frank. – Eu também não gosto muito dele, se isso te consola. Bom... Você pode me trazer um pouco de água por favor?


- É claro, só um minuto por favor. – quando ela saiu do meu campo de vista, fui rapidamente na mochila do Frank, retirei um pacote de cocaína e coloquei na primeira abertura da bolsa. Com a mesma velocidade, voltei aonde eu estava; Por segundos, Jenny não me pegou. – Aqui está. Água com gelo.


- Obrigado. – sorri como forma de agradecimento e peguei o copo de sua mão. Bebi todo e líquido enquanto a senhora Iero-tia procurava algo suspeito pelo quarto. Coloquei o copo sobre a mesinha de cabeceira e ajudei-a a procurar "coisas suspeitas". Eu sei que eu estava totalmente errado na situação, mas eu não ligava. Meu plano estava quase completo, faltando poucos detalhes para acabar.


- Aí meu Deus... – gritou Jenny, assustando-me um tanto. – Isso é cocaína? Mark, venha aqui por favor. – ela realmente gritou todas as palavras.


Assim como Jenny, Mark ficou puto. Na mesma hora, ele ligou para a mãe de Frank e lhe contou tudo, até coisas que eu não sabia (em um breve resumo: pelo que entendi, Iero havia machucado a sua tia e fugido da casa dos tios há algumas semanas atrás).

Segundo o marido de Jenny, Linda iria vir para New York no dia seguinte, apenas para resolver tudo isso de uma vez por todas.

Eu me senti nas nuvens. Meu plano estava completo, Frank estava ferrado e Gerard seria meu novamente.

Como a vida podia ser bela para alguns.


- Bert, eu nem sei como te agradecer... – falou Mark. – Obrigado por ter nos avisado sobre Frank e as drogas. Tudo será resolvido em breve. O que eu posso fazer para te recompensar?


- Eu só fiz minha parte como amigo, não fiz em busca de recompensa. Obrigado a vocês dois por me receberem tão bem em seu apartamento. – disse, abraçando os dois. – Bem, agora eu preciso ir. Meu pai deve estar me esperando. Mais uma vez, obrigado pela recepção e obrigado por me ouvirem. Boa noite Jenny e Mark.


- Boa noite, Robert. Até mais. – disse Jenny, abrindo a porta da casa. Seu marido apenas acenou e então, eu fui embora.


Eu estava tão feliz. Pra comemorar, passei num mercadinho vinte e quatro horas e comprei um engradado de cerveja. Não sei ao certo, mas com toda certeza, eu fui saltitando pra casa, de tanta felicidade.

Em algumas horas, Gerard seria totalmente meu novamente e nunca mais saberia nada daquele anão de jardim sem sal.

Bom, era o que eu esperava...

                        ⊱✿⊰


Notas Finais


Então gente, esse foi o tal "plano do Bert".
Não fiquem com raiva de mim rs Tudo faz parte da história! No fundo, bem lá no canto mais escuro do coração do Bert, ele é um cara legal. Dá pra ver isso na parte em que ele está com pai.
Enfim, tópicos por conta de vocês hoje ^^
Continuem curiosos, o circo ainda vai pegar fogo nos próximos capítulos!

Obs: Gente, eu sou uma anta... Nossa Fanfic está sem o Instagram pq eu esqueci a senha. Enfim, estou tentando recuperar a conta. Enquanto isso, aqui está minha conta pessoal. Se identifiquem, por favor.
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