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História Heartstrings - Capítulo 10


Escrita por: hazelZz

Notas do Autor


Oi,oi pessoas!
Dessa vez eu não demorei tanto para postar um capítulo, mesmo que eu esteja lotada de coisas para fazer daqui para frente, eu sempre vou arranjar tempo para esta fic
Bom, quero agradecer a quem comentou no capítulo anterior e a quem está acompanhando a fic
Aqui vai mais um capítulo.

Capítulo 11 - Capítulo 10


 

 

VIOLETTA

Nossos olhares estavam presos, meu coração acelerava a ponto de eu achar que ele fosse pular para fora do meu peito, eu sentia sua respiração bater contra o meu rosto e isso me fez arrepiar, achei mesmo que ele fosse me beijar e eu, por incrível que pareça, queria aquele beijo, queria sentir os lábios dele, mas o que veio em seguida foram as palavras.

 

-Sua tonta. - murmurou com a voz fraca, me trazendo para a realidade.

 

-O quê? - perguntei confusa e ele respirou fundo.

 

-Você podia ter se machucado. - falou e eu me ajeitei o afastando de mim.

 

-Foi sua culpa, eu só estava brincando. - encarei o meu prato e escutei ele rir fraco.

 

-Por que está corando? - perguntou e eu o encarei surpresa, fazendo seu sorriso aumentar. - Você tem uma mente suja. - comentou e eu fechei a cara.

 

-Eu não estou corada! - repliquei e ele arqueou uma das sobrancelhas. - É p-porque eu não vou poder comer panquecas nos Estados Unidos. - menti muito mal, hein. Existem panquecas de onde eu venho, boa, Violetta.

 

-Panquecas? - perguntou confuso e eu mordi o lábio inferior. - Mas tem panquecas na Argentina.

 

-Estou dizendo que eu queria provar panquecas aqui, neste país. - virei o meu rosto.

 

-Vai ter o mesmo gosto... Mas... - eu tornei a encará-lo. - Eu conheço um bom lugar para comer panquecas em Melrose. Vamos lá quando voltarmos para LA. - ele voltou a comer despreocupado e eu me virei completamente para ele.

 

-Não faça promessas! A pessoa que faz promessas sempre morre! - ele me encarou como se eu fosse louca e eu me virei para frente. - Não importa. É assustador se eu pensar sobre essas coisas. - espetei a salsicha no meu prato com o garfo e a encarei. - Eu devo me concentrar nessa salsicha. - tirei minha concentração da salsicha quando León abaixou o meu braço.

 

-Você dá mais medo! - replicou e eu fechei a cara.

 

 

[...]

 

 

LEÓN

Quando eu entrei no quarto, eu vi  a Violetta arrumando o sofá, só tinha uma cama no quarto e ia ser constrangedor dormirmos juntos, eu aceitaria numa boa, mas o problema é ela.

 

-Vou ficar com a cama. - falei indo na direção da cama e ela deu de ombros.

 

-Pode ser, estou feliz por dormir aqui. - ela falou se deitando no sofá e eu me sentei na cama.

 

-Como você pode ser tão positiva? - perguntei e ela me encarou. - Primeiro, você acabou aqui por causa de mim... - ela me interrompeu.

 

-Como pode ser culpa sua? Foi só o carro que quebrou. Boa noite! - ela se ajeitou e fechou os olhos, eu cruzei os braços e estalei a língua, eu não sabia o motivo, mas eu queria que ela brigasse e discutisse comigo, um pouco que fosse. Eu fiquei a encarando por um tempo e respirei fundo.

 

-Está dormindo? - perguntei e ela não respondeu. - Você realmente está dormindo? - perguntei novamente e ela não me respondeu. Eu me levantei e comecei a fazer barulho. Quando parei, eu a encarei e vi ela fingir um ronco, revirei os olhos. Eu me aproximei e a cutuquei. - Você é uma péssima atriz. Vamos, acorde, eu quero perguntar algo para você. - me sentei na mesa de centro perto do sofá e ela não se mexeu. - Se você não acordar... - ela me interrompeu se sentando no sofá.

 

-O quê? O que é?

 

-Por que você quer que o grupo On Beat entre em falência? - perguntei e vi sua expressão mudar.

 

-O quê? - perguntou confusa. - Você olhou o meu facebook? - perguntou e eu dei de ombros.

 

-Por que não? Você o abriu.

 

-Por que você olhou? Tire do meu facebook assim que eu for! - replicou e eu me aproximei.

 

-Você quer mesmo que o grupo On Beat vá a falência, mas por que? - perguntei e ela arqueou as sobrancelhas.

 

-Por que você se importa? Você tem ações no grupo On Beat? - perguntou e eu limpei a garganta, saindo de perto dela.

 

-Não importa. Cuide de mim até eu adormecer. - falei voltando para a cama.

 

-O quê?

 

-Ainda estou com medo porque você continua falando desses filmes de terror. - me sentei na cama e ela me encarou incrédula. - Vá dormir depois que eu conseguir dormir. Esse é o preço pelo quarto.

 

-Preço pelo quarto? Você disse que eu só vim parar aqui por sua causa! - replicou e eu a encarei com um sorriso travesso.

 

-Foi porque o carro quebrou. - usei seu argumento contra ela.

 

-Droga. - resmungou e eu fechei os olhos.

 

-É só para velar o meu sono, não tenha pensamentos impuros. - murmurei com os olhos fechados.

 

-Ei! Você não é o meu tipo!  - Ah tá, sei!

 

-Sim, claro. - falei irônico. - Eu demoro à dormir.

 

-Por que eu não posso dormir primeiro?

 

-Porque eu tenho muitos pensamentos impuros. - me virei, ficando de costas para ela, só pude escutá-la resmungar.

 

-E eu tenho muito sono. - escutei ela bocejar e eu abri os olhos.

 

-Se você entrar em contato com o seu amigo, quando você vai para a Argentina? - perguntei mordendo o lábio inferior.

 

-O mais rápido possível. - respondeu com a voz fraca e embargada pelo sono.

 

-E se... Eu... - eu me virei e vi ela morrendo de sono, dormia, mas não dormia, a cabeça balançava, procurando algum apoio e eu sorri sem humor. - E se eu quiser ir junto? - sussurrei, respirei fundo, me levantando e indo até ela, quando me levantei o corpo dela começou a cair, eu corri para segurá-la para que ela não se machucasse. Sua cabeça acabou batendo fracamente no meu braço, deixando nossos rostos próximos. Encarei o seu rosto sereno e escutei sua leve respiração, seu peito subindo e descendo lentamente, os lábios levemente abertos... meu coração acelerou em um ritmo quase que frenético, se ela tivesse acordada, provavelmente, conseguiria ouvi-lo. Ajeitei o travesseiro para que ele ficasse confortável, tirei meu braço, delicadamente, de baixo da sua cabeça e comecei a ajeitar as suas cobertas, ela se mexeu um pouco quando eu peguei o lençol, assim que a cobri, eu me sentei na mesa de centro e fiquei ali, velando o seu sono.

 

[...]

 

 

                                            Dia seguinte

 

LARA

Encarei mais uma vez aquele celular, esperando alguma ligação do León que me deu um belo de um bolo noite passada. Tomei um pouco do meu suco e mordi o lábio inferior. Ela, com certeza, não foi embora. Me levantei e peguei o meu celular, percebendo que eu tinha recebido uma mensagem do tal de Federico. Ontem mesmo eu mandei uma mensagem para ele, mandando o endereço de onde ela estava. Queria ela longe do León o quanto antes.

Abri a mensagem e a li.

 

"Obrigado por passar o endereço. E por entrar em contato comigo."

 

-Então a leve para longe. - reclamei jogando o celular no sofá.

 

[...]

 

 

VIOLETTA

Finalmente conseguimos chegar na casa dele, depois que o carro foi concertado. Quando o carro parou na frente da casa dele, pude sentir o alívio, agora eu podia entrar em contato com o Federico e ir embora para a Argentina.

 

-Vamos. - murmurou León tirando o cinto, prestes a abrir a porta do carro.

 

-Posso ver o seu celular rapidinho? - perguntei e ele me encarou. - Se ao menos eu pudesse falar com o meu amigo... - ele me interrompeu.

 

-Mas você ainda tem que encontrá-lo em algum lugar. Você vai esperar por ele na rua? - perguntou e eu mordi o lábio inferior. Eu não queria mais atrapalhar ele, ele já fez muito por mim, não tenho certeza se vou conseguir retribuir tudo. Ele saiu do carro e eu saí logo em seguida, quando eu estava prestes a pegar a minha bolsa, escutei uma voz que eu nunca iria esquecer.

 

-Violetta! - me virei e vi o Federico caminhando na nossa direção.

 

-Federico! - corri até ele e o abracei, me afastando logo em seguida. - O que houve? Como você veio parar aqui? Você ia vir pros EUA?

 

-O que aconteceu com você? Por que não me ligou? Você não recebeu minha mensagem? Eu estava preocupado com você! - exclamou e o León se aproximou de nós.

 

-Me desculpe, depois eu te explico. Finalmente você me encontrou. Não acredito nisso, Federico! - escutei León fazer um estalar desdenhoso e quando o encarei, vi que ele estava caminhando na direção da casa dele. - Ei... - ele me interrompeu.

 

-Está calor! Você pode me contar lá dentro. - ele entrou dentro de casa e vi que o Federico parecia confuso.

 

-Quem é ele? E qual é a dessa camiseta? - perguntou apontando para a minha camiseta que era igual a do León. - E que lugar é esse?

 

-Vamos entrar e nos despedir primeiro. - falei puxando ele para entrarmos na casa.

 

[...]

 

 

LEÓN

Agora é tarde, Leonard Vargas, ela vai embora, com aquele amiguinho metido dela. Eu não vou nenhum pouco com a cara daquele tal de Federico, até porque ele quer levar a Violetta embora daqui e eu não quero nenhum pouco que ela vá. Entrei na cozinha e peguei uma lata de refrigerante, voltando para sala, onde eu encontrei aqueles dois.

 

-Obrigada por tudo. Vou pra casa do meu amigo agora.

 

-Por quê? - perguntei e ela pareceu confusa.

 

-Hã?

 

-Apenas fique. Você pode pedir o dinheiro emprestado com ele. Por que você tem que ir?

 

-Não tenho motivos para ficar.

 

"Você tem eu!" - foi o que o meu subconsciente gritou naquele momento.

 

-Então que tal este? Você foi parar na delegacia por causa do meu amigo. Porque o policial me conhecia, ele desconfiou de você e confiscou seu passaporte. E você não pode reservar um voo ou hotel porque estava sem o seu passaporte.

 

-Isso é verdade? - a pergunta dela me fez respirar fundo.

 

-Ficar na minha casa é a compensação justa que você merece. Então você não precisa ir.

 

"Eu não quero que você vá. Fique comigo." - era isso que eu queria dizer.

 

O tal de Federico se aproximou de nós e encarou Violetta.

 

-Algum problema?

 

-E se tiver? - retruquei o encarando mortalmente e ele me encarou.

 

-Não, não temos nenhum problema. - respondeu Violetta. - Mesmo que tudo o que você disse seja verdade, eu ainda sou grata pelo que você fez. - falou e eu a encarei. - E eu já peguei o meu passaporte de volta. - ficamos um bom tempo em silêncio, até que o Federico falou.

 

-Você é o... - eu o encarei. - ... Leonard Vargas? - franzi o cenho ao ouvi-lo falar o meu nome.

 

-Você me conhece?

 

-Você me conhece. - respondeu pondo as mãos no bolso da calça.

 

-Quem é você? - foi quando eu me dei conta. - Por um acaso... eu marquei você no Ensino Fundamental? - perguntei me referindo ao tempo em que eu era um babaca na minha escola.

 

-Não é tão simples. - ele segurou o braço de Violetta. - Vamos. O táxi chegou. - ele mostrou o celular para ela e ela assentiu.

 

-Vá na frente. - pediu e ele saiu, nos deixando a sós. - Vou indo então. Tchau. - ela se virou e foi andando até a saída, cada passo que ela dava para longe de mim, meu coração apertava, como se dissesse: Você vai ficar sozinho de novo, isolado nessa prisão que seu próprio pai te jogou.

 

Permaneci parado quando vi ela sair pela porta, eu não conseguia me mover, milhares de coisas vinham na minha cabeça, lembranças, todas dela. Quando consegui me mover, percebi que... era isso, eu estava isolado, mais uma vez, como o meu pai queria.

 

 

[...]

 

 

 


Notas Finais


E então?
Federico apareceu e levou Violetta embora, estamos cada vez mais perto de vê-los na Argentina.
León não foi com a cara de Federico, e agora?
Espero que tenham gostado, beijos e até o próximo capítulo


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