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História Heavy In Your Arms - Warriors


Escrita por: poisonquinn e Cricket

Notas do Autor


Hello people! xD Demorei, mas aqui estou! Espero que gostem do capítulo :) Beijinhos!

Capítulo 55 - Warriors


Will come             
When you'll have to rise
Above the best and prove yourself
Your spirit never dies

Às vezes se arriscava a cantarolar as músicas fortes que tocavam na boate somente para passar o tempo. Estava ali há uns bons dias, entre pequenas saídas para ver a mesma rua com Araya Calavera e comer qualquer coisa que lhe davam, tudo porque a caçadora mexicana queria “ganhar tempo” e, naquele dia, a ruiva estranhara que a mulher não viera, erguendo um pouco o rosto quando pensou ter ouvido tiros.

Seu corpo se ergueu e, embora soubesse que estava desarmada, o primeiro que abrisse aquela bendita porta de ferro levaria um cruzado de direita no queixo e ela poderia, em tese, tomar sua arma.

Chegou perto da porta e esperou, não demorando a ouvir passos e estava com a mão pronta para dar aquele bendito cruzado quando pensou ter ouvido uma reclamação estranhamente familiar.

A porta se arreganhou e por ela entraram Malia, Stiles, Allison, Kira e Scott, sendo que os lobisomens, a coiote e a kitsune pareciam um pouco tontos por alguma razão.

— CLAIRE! — Berrou Stiles antes de voar no pescoço da ruiva, esmagando-a num abraço. — Mas que caralho você tá fazendo aqui? Scottie, Scottie levanta, a gente vai sair daqui é agora!

Scott se ergueu um pouco tonto. — Onde...

Claire fez uma pequena careta. — Longa história, mas pra resumir, eu encontrei o loft do Derek vazio e cheio de projéteis, fiz alguns contatos e eles me guiaram a esse lugar. Araya não sabe onde Derek está.

— Oi, espera, quê?! — Stiles a olhou assombrado.

— Como assim ela não sabe? — Allison perguntou.

Claire dera de ombros. — Ela tem um palpite e segundo ela, vocês sabem quem é.

O grupo a encarou confuso. — Quem é o quê? Essa mulher é louca?! — A Argent bufara um tanto irritada.

— Eu não sei, mas... — Sua fala fora interrompida quando a porta se abriu e os homens de Araya entraram. Dois seguraram Scott e o último segurou Kira, levando-os para fora do espaço. — Stiles, cadê a Sophie?

— Eu não sei, eles nos separaram. — Stilinski crispou os lábios e olhou a ruiva com apreensão. — E se...

— Precisamos saber onde ela está.... Eles são caçadores de lobisomens, Stiles, e Sophie é uma porra de uma fada.

O garoto arregalou os olhos. — Você acha que....

— Que podem estar dissecando-a? Eu não sei, mas não é todo dia que pessoas como eles veem uma fada, então... Me dá sua mão. — Falou a ruiva. Stiles a encarou um tanto confuso, assim como Malia e Allison.

— Acha que podem estar com a Lydia também? — A coiote perguntou apreensiva e apesar de um pouco desajeitada, aproximou-se deles. — O que eles podem querer com elas?

Claire apertou as mãos de Stiles e fechou os olhos. — Malia, Allison, vocês podem tentar ouvir o que estão fazendo?

— Eu não consigo me focar, tem muito barulho. — Allison falou um pouco frustrada.

— Respire, Allison. Procure pelo Scott. — Stiles sugeriu. — Malia, tente encontrar a Lydia do mesmo jeito.

Os quatro ficaram em silêncio por alguns momentos. Claire esmagou os dedos de Stiles quando começou a ouvir o som de água corrente, demorando um pouco para notar os sons que vinham acompanhados daquela correnteza.

A água se agitava em sua mente a cada dez segundos, como se alguém estivesse mexendo-a por algum motivo. O horror veio devagar quando foi percebendo aos poucos que o breu era quadriculado em sua cabeça, como se estivesse com algo sobre a mesma. Sentiu a pressão na nuca, seguida pela agitação da água.

— MERDA!

Stiles se assustara com o grito da ruiva. — Claire, o que foi? Claire?!

A ruiva correu até a porta, empurrando-a com alguma força. — Ela está lá em cima sendo torturada!

— O quê?!

Allison reprimiu um grito. — Scott também...

— Oh Deus... — Malia rosnara antes de tomar distância e dar um chute na porta. — ME DEIXEM SAIR DAQUI!

Os três olharam um tanto assustados quando perceberam que o controle de Malia estava se esvaindo e suas unhas já estavam transformadas em garras.

— MALIA! — Gritou Stiles, tentando conter a coiote, mas fora simplesmente jogado para o outro lado do espaço, caindo de costas no chão. — M-merda...

— Malia, para! Para! — Allison e Claire até tentaram, mas ela as afastou com igual facilidade, tomada por um frenesi enquanto arranhava violentamente a porta. — MALIA!

A coiote pareceu exausta por um momento diante da porta, caindo de joelhos. Apertou as mãos com alguma força até o sangue pingar. Allison correu até Stiles e Claire fora até a Tate, segurando-a pelos ombros. — Calma, Malia, calma...

— Droga... E-eu... Droga...

— Calma. — Claire a ergueu com suavidade, caminhando um pouco até coloca-la sentada no chão perto da parede. — Está tudo bem.

— Eu podia ter matado vocês.... Desculpe.

Allison tirou Stiles do chão e o levou até onde as duas estavam, colocando-o sentado ao lado da coiote. — Não se preocupe, estamos inteiros.

Stiles riu pelo nariz. — Tirando a dor nas costas, estamos bem inteiros. — Stilinski fez uma pequena careta. — Só estou preocupado com a Sophie...

— Eu também. — A ruiva comentou séria. — Stiles, o que aconteceu com ela? Nunca entrei no mérito com a Sophie, mas... Parece que alguma coisa grave aconteceu.

— Sim... — Stilinski se endireitou e Allison pigarreou de leve. — Allison, você não é culpada por isso.

Allison riu sem humor. — Sou sim, Stiles. Eu estava cega de ódio e fui manipulada pelo Gerard.

— Bem... Eu tentei ajuda-la e tomei uma surra do seu avô, então... Acho que podemos carregar essa culpa juntos, não é? — Stilinski sorriu sem um pingo de humor. — Antes de você chegar, Claire, nós tivemos um problema grande pra resolver.

— Um colega nosso, Jackson, foi mordido pelo Derek só que ele não se transformou em lobisomem, mas... Em Kanima.

— Kanima? — Claire enrugou a testa.

— Lagarto gigante controlado por uma pessoa sanguinária que quer justiça. Tinha esse cara chamado Matt que queria se vingar do pai do Isaac e do time de natação veterano da nossa escola porque eles jogaram ele na piscina, mas ele não sabia nadar. O pai do Isaac o ameaçou caso ele falasse alguma coisa. — Stiles fez uma pequena pausa. — Ficamos um tempão tentando encontrar ele, mas foi o contrário porque éramos ainda mais tapados pra tudo isso.

Allison riu baixo. — Meu avô Gerard veio à cidade por causa da minha tia Kate que foi morta, ele veio ao funeral dela. E para resumir, ele matou o Matt e tomou o Kanima para os propósitos dele, que eram basicamente matar todas as criaturas sobrenaturais de Beacon Hills e...

— Fazer Derek mordê-lo para curá-lo do câncer. — Completou Stiles. — Para isso, ele sequestrou a Sophie.

— O Boyd e a Erica. — A Argent comentou um tanto culpada. — Mas mais por minha causa. Eles foram torturados por ele na frente dela...

Stiles respirou fundo. — E pra completar ele mantinha um capuz na cabeça dela, para que ela não visse tudo, mas escutasse. Então... É. Sophie tem pavor de escuridão desde então, por ouvir os amigos dela e... Eu, sendo torturados e não poder fazer nada a respeito.

— Por isso Derek é tão protetor com ela. — Allison acrescentou. — E todos nós, na verdade. Eu me sinto culpada por tudo o que aconteceu com ela porquê.... Eu a atraí para ser pega, além de ter atirado na Erica e no Boyd pela mesma razão.

Claire olhou para os dois amigos e suspirou. — Isso parece.... Muita coisa.

— Até demais. — Comentou Malia, parecendo um pouco lívida de suor, embora já estivesse voltado à sua forma de humana.

A porta se abriu com um rangido e os quatro olharam apreensivos para o homem que surgiu parecendo entediado. — Saiam. — Falou ele.

— E a Sophie? — Perguntou Stiles quando se levantou sem ajuda.

— Eu mandei sair, moleque! — O homem retrucou irritado antes de dar espaço. — Seus amigos estão lá em cima. Vão logo!

Claire passou com Malia, Allison e Stiles fora mais na frente, com o homem os seguindo de perto. A ruiva imaginou que não teria suas armas de volta a medida em que subiam o lance de escadas até o escritório de Araya, que se encontrava tranquilamente tricotando um casaco bege, enquanto Lydia, Kira, Scott e uma trêmula Sophie os aguardavam.

— Isso é adorável. Scott, vamos ver se você consegue se sair melhor que meus melhores homens ou se não é apenas um Lobito sortudo. — Ela riu antes de olhá-los por cima dos óculos. — Hum.... Severo, eles precisam de outro carro. Chame nosso contato e peça ao Álvaro para deixar o carro pronto.

— Sim, Araya.

A caçadora suspirou antes de deixar seu tricô de lado e encarou os jovens. — Senhorita Winchester, suas armas estão no armário. Você vai precisar delas. — Avisou em tom sombrio. — Fiquem à vontade enquanto esperam. — Disse ela antes de colocar a mão no ombro de Scott, levando-o para que conversassem à sós.

Stiles correu até Sophie e a abraçou com tanta força que ela quase caíra, embora o agarrasse com igual intensidade enquanto soluçava. Malia passou apressada entre Allison e Claire e puxou Lydia pela cintura, beijando-a na boca.

Allison sorriu de leve para Kira e Claire decidiu ir até o armário, tirando sua pistola e a meia dúzia de facas que espalhava pelo corpo quando era necessário. As duas no cano das botas, uma no cós da calça, a clássica em sua cintura e duas nos braços que ficavam presas por serem menores, como lâminas escondidas.

Olhou de soslaio para Sophie e Stiles e viu a amiga se desvencilhar do namorado somente para esmaga-la num abraço.

— E-eu senti você... — Disse ela entre soluços.

Claire afagou seus cabelos e sorriu. — Desculpe por não ter feito nada, Soph...

— N-não tinha como..., mas... S-sentir que você estava lá me deu esperança... — Sophie fungou e sorriu um pouco trêmula.

Scott voltara alguns minutos depois com chaves de carro nas mãos, atirando uma para Stiles que a apanhou no ar. — Vamos embora.

O grupo seguira McCall de maneira lenta até o lado de fora e Claire precisou rir ao ver que Stiles se jogara no capô de seu jipe azul claro como se fosse o amor de sua vida.

— Eles nos deram outro carro, então... — Scott balançou a chave antiga brevemente. — Espero que dessa vez a gente não volte apertado...

— Quem dirige? — Kira perguntou.

Claire esticou a mão para a chave. — Cadê o carro? — Comentou brevemente e Scott lhe apontou a caminhonete cinza chumbo um tanto suja de terra. — Espero que eles não queiram de volta...

— Em Beacon Hills a gente vai ter que largar ele no posto de gasolina. — Scott comentou e Claire fez um bico.

— Que bosta.... Enfim. Se dividam aí. — A ruiva sorriu de leve para o grupo.

Sophie estava quieta até demais, optando por ir junto com Stiles no jipe. Kira e Allison também optaram pelo veículo de Stilinski, além de Scott, restando apenas Malia e Lydia para acompanha-la.

— Precisamos de espaço, porque sabe-se lá como vamos encontrar o Derek... — Comentou o moreno.

— Exatamente. — Claire riu.

Uma motocicleta fora se aproximando com um ronronado após alguns momentos e a pessoa que a pilotava tirou o capacete assim que parou próximo do grupo. Uma mulher jovem, negra de cabelos compridos castanhos ondulados.

Scott pareceu reconhece-la e Claire reparou na cicatriz de garras que ela tinha no pescoço até próxima da orelha. — Braeden?

— Olá Scott. Vou ser o guia de vocês, mas se quisermos chegar lá antes de anoitecer, precisamos ir agora até La Iglesia.

— A igreja? — Stiles a encarou confuso. — Mas o que vamos fazer lá?

— Não é um lugar que vai encontrar Deus. Bem, vamos? — A mulher comentou antes de trocar um olhar com Claire. — Você me parece familiar..., mas depois trocamos histórias de vida.

Claire riu pelo nariz. — Claro. — Disse, seguindo com Malia e Lydia para a caminhonete enquanto o restante do grupo se enfiava no jipe de Stiles.

Saíram em alta velocidade seguindo a moto pela longa estrada de terra, deixando aquela cidade pequena para trás. Claire olhava vez ou outra para o retrovisor, encontrando Malia e Lydia agarradas uma na outra, trocando beijos leves.

— Não sabia que vocês estavam namorando. — A Winchester riu de leve para as duas.

— Er...

— Namorando? — Malia olhou as duas um tanto confusa. — Como assim?

— Namorar, Malia... Sabe... O que nós estamos fazendo. — Comentou Lydia com ar de riso enquanto a coiote a encarava confusa. — Vamos dizer que tem coisas que, por exemplo, Claire não faz com o Scott porque eles não estão namorando, são só amigos.

— Tipo?

Lydia se aproximou da coiote e sussurrou algo que Claire não conseguiu ouvir, percebendo que ambas riram baixo logo em seguida e trocaram mais um longo beijo, fazendo a Winchester suspirar e manter o olhar na estrada.

O fim de tarde parecia acompanhar a velocidade dos carros e da motocicleta quando o jipe de Stiles pareceu se descontrolar por um momento, sendo parado às pressas. Claire enfiou o pé no freio e viu a motocicleta de Braeden retornar um pouco e a mulher descera da mesma, parecendo um pouco desgostosa quando tirou o capacete.

Stiles saiu desesperado para abrir o capô do jipe e logo, todo o grupo cercava o veículo. Claire, Malia e Lydia desceram pouco tempo depois e se aproximaram.

— O que aconteceu?

— Enguiçou, eu não sei, vou ver se consigo arrumar. — Dissera Stilinski um tanto desesperado.

— Scott, se você quiser ir até La Iglesia, precisa ser agora. — Braeden comentou sem rodeios. — Não vamos conseguir chegar se escurecer demais.

Claire umedeceu os lábios. — Eu vou com ela. Vocês ficam e tentam ver o que aconteceu com o jipe. Lydia, a chave tá na ignição. — Comentou a Winchester brevemente antes de se aproximar de Braeden.

— Se apressem com isso. — Comentou Braeden antes de voltar para sua moto.

— Claire, você não pode ir sozinha.... — Sophie se aproximou da amiga preocupada e Claire apertou brevemente suas mãos.

— Eu vou ficar bem, Soph.

— Claire, vamos! — Braeden chamara.

A ruiva se despediu rapidamente de todo o grupo antes de se aproximar da motocicleta, colocando o capacete e subiu na mesma. — Tenho cagaço de moto. — Confessou a Winchester.

— Segure firme. — Braeden riu de leve antes de dar partida na motocicleta e começar a acelerar.

Claire grudou com tanta força na cintura de Braeden que imaginou que a garota poderia ficar sem ar se continuasse assim, forçando-se a relaxar um pouco enquanto deixavam os dois carros para trás.

Braeden era uma ótima motorista, a ponto de deixar Claire um pouco confortável com o movimento da motocicleta, arriscando-se até a olhar para os lados ainda grudada em sua cintura. Não via nada além da terra batida e dos primeiros sinais da noite se mesclando aos laranjas e amarelos do fim do dia.

Quando percebeu uma espécie de construção um tanto rudimentar ao longe, sentiu a moto diminuir a velocidade e parar. Braeden a olhou de lado, esperando que ela descesse e lhe entregasse o capacete.

Claire olhou para os rastros de destruição cercando a única construção inteira de maneira macabra.

La Iglesia. Dizem que houve um terremoto na região e somente a igreja ficou em pé porque foi construída em cima de um templo asteca. — Comentou Braeden.— O templo de Tezcalipoca.

Claire enrugou a testa. — Que tipo de templo é esse?

— Tezcalipoca é o protetor dos Nagual. Os Nagual eram homens que podiam se transformar física ou espiritualmente em animais, aqui no caso.... Em jaguares. — Comentou Braeden de maneira séria, destravando o banco da motocicleta e o erguendo para que pudesse tirar sua escopeta, munição e uma lanterna do baú.

A Winchester acompanhou a mulher quando desceram, decidindo tirar a arma da parte de trás da calça, mantendo-a em punho. — Então, deixa eu adivinhar... Ninguém se aventura aqui por medo.

— Exatamente. Mas vamos ser honestas... Um templo que venera um deus jaguar e que sobreviveu a um terremoto é algo que deixa todo mundo desconfortável, não acha? E não falo só religiosamente, mas no geral.

Claire riu baixo. — Isso já é uma bela razão... — Comentou e Braeden acendeu a lanterna assim que entraram na igreja.

— Quando eu disse que te conhecia, acho que me lembrei de onde.

— Onde?

— Arquivos policiais. — Braeden comentou com diversão. — Deve ter uma dúzia deles com sua cara e mais outros quinhentos com as caras dos seus irmãos. E são acusações bem estranhas do tipo arrombar cemitérios, queimar cadáveres....

Claire teve de rir. — Tem coisa faltando ainda. Invasão de propriedade, desacato a autoridades, furtos e fraudes...

A mulher riu em resposta. — Uma ficha bem extensa. Deles, não sua. — Comentou ela assim que se embrenharam um pouco mais na igreja, afastando algumas teias de aranha do caminho daquele túnel.

Claire não conseguia ouvir nada além daquele silêncio de tumba e até se sentiu um pouco receosa por conta disso, não que nunca tivesse invadido locais daquela maneira, mas a energia da igreja e seus túneis era estranha e agourenta.

Foram passadas que fizeram a ruiva segurar o braço de Braeden antes que ela avançasse mais, fazendo a mulher parar. — O que foi?

— Achei que ouvi alguma coisa... — Murmurou a ruiva, escutando agora o bater suave de ossos pendurados não muito longe.

Braeden travou o maxilar. — Vamos logo. — Dissera, apertando o passo com a ruiva em seu encalço até chegarem numa espécie de câmara sem saída, com uma parede entalhada com diversos símbolos.

— Aqui é um ritual dos Nagual. — Apontou ela com a lanterna. — E acho que não tem mais nada aqui e....

Claire enrugou a testa quando pensou ter ouvido algo através da parede, encostando o ouvido na mesma para completa surpresa de Braeden. — Tem.... Alguma coisa aqui. Está respirando.

— O quê? — Braeden a encarou confusa antes de fazer o mesmo, arregalando os olhos assim que conseguiu identificar o som. — Cristo.... Se afaste. — Falou, destravando a arma e apontando-a para a parede.

Puxou o gatilho uma vez e o tiro ecoou pelas paredes, balançando até alguns ossos pendurados, além do rombo razoável na parede. As duas aproveitaram as pedras quebradas e empurraram mais para abrir o buraco, encontrando o dono daquela respiração pesada.

— Tem um garoto aí dentro! — Braeden exclamou. — Claire se afasta, vou abrir caminho pra nós.

Claire concordara, dando mais alguns passos para trás. Braeden deu dois tiros na parede, e dessa vez o estrago fora bem maior, possibilitando que tirassem o garoto de cabelos pretos do buraco.

— Pegue as pernas dele, vamos sair daqui!

A ruiva concordou de leve antes de segurar o rapaz pelas pernas e o carregaram para fora com um pouco de dificuldade, bem na hora em que o jipe azul e a caminhonete foram estacionados quase lado a lado e o grupo saíra com certo desespero dos veículos.

Claire e Braeden deitaram o rapaz no chão e a ruiva encarou a camisa dele: verde musgo com uma gola abotoada. Com uma ruga entre as sobrancelhas, ela segurou o rosto dele, sendo encarada por um par de olhos monstruosamente familiares.

— Derek?

—... C-cadê... Minha mãe... — Balbuciou ele, encarando-a por alguns instantes antes de desmaiar.

Claire abriu e fechou a boca, apoiando o corpo do garoto que parecia ter a mesma idade que todos eles. Se alguém lhe apontasse e dissesse que era Derek, ela provavelmente riria, mas... Ele estava ali, desacordado e rejuvenescido em seus braços como uma maldita história inacreditável.

— Puta que pariu....

Vai chegar          
O momento em que você terá que se erguer
Acima dos melhores e provar a si mesmo
Que seu espírito nunca morre

(Warriors – Imagine Dragons)            


Notas Finais




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