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História Helena ao início - Você fez de novo


Escrita por: HanaMochizuki e TateIDD

Capítulo 83 - Você fez de novo


Fanfic / Fanfiction Helena ao início - Você fez de novo

Will

A noite estava calma e vazia, a brisa soprava, sem porquê, a Helena não estava mais aqui. Nunca fiquei tão triste na vida, entendo a atitude do Lui, em se matar incendiando a casa onde estava. Viver dói. 

Poderia ser otimista e pensar que ela vai voltar em algumas décadas ou um século, mas não seria a Helena. Não seria mais tão perfeita. 

As crianças estão numa fase de paquera, distração não falta para eles, isso é bom. O Christian está namorando também, logo vai se mudar, já começou a encaixotar suas coisas, vai morar sozinho de novo. Restamos eu e o Uriel, sozinhos. É claro que o Christian vai levar nossos filhos com ele.

A Romênia não é nada interessante sem a Helena. Acho que nenhum lugar no mundo será. Mas ficar aqui dói. Cada canto deste lugar tem sua presença e gera saudade. 

Nunca fiquei sem o Lui na minha vida antes. Sei que não aprecio a solidão, parece que estou preso ao meu pai adotivo agora. Ele foi tudo que restou.

Uriel

Procurei pelo Marcos por todos os dias, desde que a Helena morreu. Só pode ter sido ele. Ele é a única explicação para esse assassinato. Quando eu encontrá-lo, lhe darei o meu segundo beijo. Vou beber o seu sangue e ver o seu corpo se contorcer na agonia causada pela segunda dose do meu veneno até sua morte. Será um prazer fazê-lo sofrer.

Bem poucos dos vampiros ou lobos que criei receberam o essa sentença de morte. Mas o Marcos terá um lugar especial no meu ódio, por toda minha vida. Vou mata-lo encarnação após encarnação, sempre que encontrá-lo.

Hoje eu o achei, segui ele até uma ilha, onde ele ficou sozinho. Me servi da sua bebida, esperando que ele saísse do banho, que começou assim que entrou na casa.

Ao sair do banho se vestiu e, finalmente, sentiu a minha presença. Veio até mim, mas ficou distante.

_ Ela não está mais aqui _ se apressou em dizer.

_ Eu sei. Você a matou _ minha voz estava calma, eu não tinha pressa.

_ Não a matei. Eu forjei a morte da Helena e a sequestrei.

_ Ela está viva? _ duvidei.

_ Sim, o Lui chegou meses antes de você. Ele a levou.

_ O Lui está morto.

Mal terminei a frase e já liguei todos os pontos. O Lui fugiu com a Helena. 

_ Mas porque a Helena iria com ele?

_ Eu apaguei as memórias dela. Mas a Helena lembrava do Lui. Apenas do Lui.

Quebrei o copo em minha mão pela raiva que senti. 

O Lui pagará por isso.

Helena

Ficamos um tempo na floresta africana. Era um lugar de fauna muito variada. Vivi de caça e do sangue do Lui. Costurei lindos casacos com a pele que tirei dos animais que foram a minha comida. A civilização não fazia falta, até o momento em que o Lui precisava de sangue humano. Nestes dias, passeavamos pelas cidades, nos hospedavamos em hotéis, comiamos em restaurantes. Fazíamos "amigos". Mas logo voltavamos para a reclusão.

Anos se passaram, eu era feliz. Não queria mais nada. Foi quando, ele surgiu no meio da floresta, bem no meio da minha caçada. Os animais começaram a agir estranho e fugiram dele como a água foge da pedra lançada no rio. 

Acompanhei o seu caminhar até mim, com um desagrado bem claro. Quem era ele? Por que veio atrapalhar a minha refeição?

 Não lhe dei grande importância, não mesmo. Mas o Lui sim. Estava as minhas costas e segurou os meus braços com as mãos, como quem tem a posse de um objeto. Eu era um objeto? Tentei desvendar o Lui olhando para seu rosto por cima do meu ombro. Mas ele encarava o estranho sem piscar.

_ Lui _ o loiro cumprimentou.

_ Uriel _ o Lui respondeu.

_ Você sabia que eu te encontraria, por que fez isso?

_ Sabe bem porquê eu fiz. Pelo mesmo motivo que você, um dia, pediu que ela escolhesse somente você.

_ É diferente, ela é minha.

_ E minha. Não reconheço nada fora do meu sentimento. Cansei de ser compreensivo. Minha natureza é egoísta e, eu gosto. 

_ Vou matar você, sabe disso. Soube assim que tomou essa iniciativa.

_ Mas eu vivi no amor da Helena, como se você não existisse. Morro feliz.

Fiquei sem reação. O que o Lui estava dizendo? Iria morrer?

Deu um passo para minha frente e o estranho, estava junto a ele no instante seguinte e o mordeu no pescoço, bebendo um pouco do seu sangue. O Lui deixou. 

O seu corpo cedeu, ele caiu de joelhos, quando o outro se afastou largamente, observando o Lui. 

Ele parecia... Ele estava morrendo.

_ Você não pode me deixar, Lui _ ajoelhei na sua frente e rasguei o meu pulso forçando o meu sangue os seu lábios.

O Lui bebeu imediatamente. Olhava o meu rosto com um agradável sorrir. Eu seria a sua última visão em vida, pensou. O meu sangue seria o último sabor que ele sentiria. Roçou a pele do meu rosto com o polegar, quando soltou o meu pulso.

_ Eu te amo para sempre _ disse.

Só que o para sempre estava acabando bem alí.

Tinha algo na mordida daquele estranho que o estava matando. Se o Lui estava morrendo, eu não queria viver. Mordi o Lui na ferida no seu pescoço. A chaga se negava a cicatrizar. Aproveitei bem isso. Bebi o seu sangue com o veneno que dava um toque no sabor do Lui. 

O Lui desmaiou e em meu abraço. O levei para a casa que ele construiu para nós. Ignorei o seu assassino, por agora. 

Na cabana sobre a árvore, deitei com o Lui sobre a pele de um leão e nos cobri com outra pele. Fiquei com ele até adormecer de tristeza. Seus corpo reagia descompassado.

Chorei imaginando que o Lui sentia dor. Sabendo que eu nunca mais o teria em minha vida. Era o fim irremediável, a morte.

Eu, por outro lado, não sentia nada. O veneno que suguei do seu pescoço não teve qualquer ação sobre mim. Eu sobreviveria ao Lui. 

_ Você vem comigo, Helena _ o loiro que entrou sem ser convidado, me informou.

_ Você não foi convidado a entrar. Vai embora. Eu não conheço você.

_ Sou seu companheiro.

_ Você é um assassino. O meu companheiro está morrendo, você é o culpado.

_ Tenta lembrar de mim? Você consegue, se tentar.

_ Eu não quero. Se um dia te amei, foi engano. Eu não amaria alguém frio como você. Vá embora. Você já fez o que queria.

_ Eu vim buscar você.

_ Eu disse não. Respeita a minha dor e sai daqui. Vai antes que eu faça o que sinto vontade, de verdade, e me vingue.

O loiro saiu inconformado, sei que voltará.

A agonia do Lui parou de madrugada. Seu corpo seguia um novo compasso. Não era tão lento como antes. Seu corpo estava quente. Pensei que ele estivesse com febre, mas que coisa estranha seria, se isso acontecesse.

O seu coração batia no mesmo ritmo do meu. Será que ele estava evidênciando a melhora que precede a morte? Queria tanto que ele sobrevivesse. Seu rosto estava corado, notei. Senti um impulso de beija-lo e cedi. Nunca mais o faria de novo mesmo, pensei. Mas algo inusitado aconteceu.

Meus lábios foram capturados pela sua boca, antes inerte. Arregalei os olhos para ver o seu olhar sobre mim. Uma mão subiu, segurando o meu maxilar para que eu não me afastasse do seu beijo. Sorriu brevemente, nos meus lábios e continuou o beijo.

Será que estou sonhando?

Seu corpo veio para cima do meu. Ele entrelaçou os dedos de uma mão nos de uma mão minha. A outra mão, seguiu pelo meu corpo, abrindo minha roupa e a sua.

_ Estou sonhando?

Sorriu _ Você fez de novo.

Fiquei confusa _ Fiz? O que foi que eu fiz?

_ Salvou a minha vida _ beijou os meus lábios e me amou.

 Parecia diferente, ele estava mais apaixonado. Como se isso fosse possível, mas era. O Lui estava mais ardente, excitante, vivo.

_ O que aconteceu?

Eu tentava entender.

_ O Uriel tem um veneno duplo. Ele é tanto lobisomem quanto vampiro. A segunda mordida dele me mataria, mas você, a sua mordida e o seu sangue, combinado com o veneno dele, me transformou em um híbrido.

_ Como eu?

_ Como você, doce Helena _ segurou o meu queixo e me beijou de leve _ Você parece muito surpresa. Não gostou da minha mudança? _ hesitou preocupado _ Ficou muito ruim?

_ Não _ gargalhei da sua preocupação _ Você é tão bonito _ fiquei sobre ele _ Como poderia ficar ruim? _ deslizei o indicador pelo contorno do seu rosto.

_ Você gostou?

_ Adorei. Continua assim, tá?

_ Assim como?

_ Respirando.

Sorriu _ Acho que fiquei indestrutível agora. 

_ Isso é bom. O que faremos?

_ O que você quiser.


Notas Finais


❤️


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