1. Spirit Fanfics >
  2. Helena ao início >
  3. Mortos vivos

História Helena ao início - Mortos vivos


Escrita por: HanaMochizuki e TateIDD

Capítulo 95 - Mortos vivos


Seguimos para o cemitério indígena onde os túmulos ainda estavam abertos. Cinco guerreiros estavam conosco. Lui correu em sua alta velocidade depois de ver algo no chão, o segui de perto. Chegamos numa caverna e ouvimos ruídos fracos, dormiam. Os guerreiros chegavam perto de nós. 

_ Derrame um pouco de sangue, por favor? _ pediu para o guerreiro mais próximo. 

Corajosamente o guerreiro riscou a pele do seu braço e o sangue transbordou a pele. Foi o suficiente para que uma correria se fizesse ouvir ampliado pelos ecos cavernosos.

Nos afastamos da entrada da caverna e vimos vampiros parecidos com zumbis correndo em bando na direção do guerreiro. Pareceu por um instante que poderiam alcançar o sangue desejado, mas entraram em combustão espontânea diante do sol. Quase trinta vampiros pegavam fogo aos gritos altos e agonizantes.

Sobrou outros que espreitavam para fora sem ousar sair. O Lui entrou na caverna e lançava um por um para fora da caverna, na luz do sol. Pareceu até fácil ver, mas não seria fácil fazer.

Ainda assim  eles voltaram a noite. 

Foi um longo dia entre cavernas, mangue, floresta densa. Assisti o extermínio de centenas de indígenas que haviam sido transformados em vampiros. Depois de tanta matança, admirei que os nativos não nos odiassem também, por aquilo que nós também somos.

Armadilhas  foram postas ao redor daquela aldeia, mas orientamos que as aldeias vizinhas também o fizessem. As armadilhas funcionaram, prenderam os intrusos sedentos e nos primeiros raios de sol da manhã eles queimaram. 

_ Nenhum deles falou? 

Aquilo me incomodou, nenhum deles pediu por sua vida ou emitiu qualquer som diferente de grunhidos, gritos ou rosnados.

_ Não são mais racionais, doçura. 

O segundo dia foi igualmente árduo, haviam as armadilhas, tudo parecia bem. A noite chegou. Acordados, somente eu e o Lui sentamos na copa da árvore mais alta, a lua cheia alaranjada parecia tão próxima e companheira. 

O Lui misturava ervas que encontrou no mato durante nossa caminhada. Quando acertou a quantidade certa de cada uma, amassou nas palmas das mãos esfregando uma na outra e passou pelos meus cabelos e depois sobre os seus próprios.

_ O que é isso?

_ Repelente de lobisomens.

_ Lobisomens _ ri a palavra.

_ Tem um clã de lobisomens bem no centro do continente _ explicou brando _ Estão longe, mas é melhor não provocar.

_ Se a rivalidade entre nós é tão grave, bem que eles podiam vir aqui acabar com os mortos vivos.

_ Eles virão _ apontou para a lua cheia.

_ Por isso nós subimos na árvore mais alta da floresta, estamos com medo?

_ É só para garantir que pegarão todos os outros antes de chegar até nós. 

_ E as pessoas não correm nenhum perigo?

_ Eles convivem com os lobisomens, devem saber se proteger.

Se inclinou para a frente e tocou o meu nariz com a ponta do seu, sorri. Beijou o meu maxilar e correu os lábios por ele até o meu queixo. Desejei beija-lo e segui para os seus lábios beijando-o.

_ Você não faz idéia de como é ter o amor do meu primeiro amor.

_ Ah, você não soube?

_ O que?

_ Você é o meu primeiro amor também, Lui Bavharios. 

Sorriu e me beijou a boca o pescoço, a boca de novo e deslizou uma mão subindo a lateral do meu corpo. Ouvimos um uivo sobrenatural e paramos, prestando atenção nos barulhos que seguiam.

_ Eles só se transformam na luz da lua?

_ São os filhos da lua. Lobisomens primitivos. 



Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...