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História Hellish desire - 1. Proposta


Escrita por: Kiriaki

Notas do Autor


Para comemorar o melhor mês de todos, venho com especialzinho de Halloween. Kaisoo bem safadinha mesmo, já aviso. Espero que gostem.

Capítulo 1 - 1. Proposta


    O cheiro de bebida se misturava com a fumaça de tabaco, jogado ao chão entre várias garrafas ele tragava seu último cigarro. Estava cansado, a cabeça girava demais para que conseguisse pensar em algo, a casa estava revirada, roupas pelo carpete, o espelho da penteadeira em pedaços, Kyungsoo apenas não sabia mais o que fazer. Perdera o emprego há 6 meses e todo o dinheiro guardado tinha acabado, o aluguel estava atrasado e o ele sabia que seria despejado, gastou seus últimos centavos com seus vícios se afogou no álcool enquanto já não tinha esperança nenhuma, pois sabia que milagres não existiam e não poderiam salvá-lo. O celular apitava mais uma vez e ele ignoraria novamente as mensagens, jamais voltaria para a casa de seu irmão, jamais aceitaria a ajuda da família asquerosa e preferia morrer de fome ao usufruir do dinheiro deles.

    – Eu venderia até mesmo minha alma – disse para si mesmo, enquanto ria amargamente de sua desgraça.

    Só havia mais duas garrafas de cerveja, suas costas doíam por estar largado no chão por tantas horas, mas ele queria continuar ali, sem se importar. Seu estômago se embrulhou um pouco ao sentir um cheiro no ar, não era de seus cigarros ou de sua bebida, era algo mais forte, como um perfume masculino amadeirado. Notou um vulto perto de sua cama, semicerrando os olhos a fim de melhorar a visão, mas não saberia explicar de onde aquele corpo havia surgido. Sobre os lençóis brancos e bagunçados de sua cama, um corpo jazia, por mais difícil que fosse enxergar naquele escuro, era óbvio para Kyungsoo a bela imagem que tinha diante de seus olhos. O estranho o fitava com íris vermelhas como sangue, os lábios eram grossos e bonitos, se revirando em um sorriso irônico, a pele era morena e o tronco parecia forte mesmo que coberto com aquela camisa branca de botões. Permaneceram imóveis por alguns segundos até que a figura resolveu se manifestar.

    – Acho que você me chamou – a voz alta e grave soou, fazendo com que o corpo do rapaz no chão se arrepiasse em deleite daquele tom tão erótico. Abriu várias vezes a boca, mas nenhum som saía, não sabia ser efeito da bebida, mas a presença daquele ser fazia com que não conseguisse pensar direito e o outro riu, fazendo com que todos os pelos do corpo do menor se eriçassem – Eu adoro tanto a reação dos mortais em minha presença… Jamais enjoaria – e Kyungsoo poderia sentir seu coração querendo sair por sua boca quando viu o corpo alto e magro caminhando por sua direção. Parou com cerca de três passos de distância, o encarando por cima com aquele sorriso lascivo.

    – Q-quem é você? – não soube como conseguiu proferir aquelas palavras, seu corpo parecia queimar com aquela presença e a cada segundo se tornava mais difícil respirar.

    – Acho que você já sabe – respondeu ele, sem mover um músculo – vim fazer negócios… – e foi a hora de Kyungsoo gargalhar.

    – Negócios? Com certeza você está louco. Eu não tenho nada e… – parou de rir quando encarou o rosto sério e bonito do outro. As sensações anteriores duplicaram, o menor sentia seu corpo sensível até mesmo aquela fina brisa que entrava pela janela aberta.

    – Como não? – disse o outro em um tom tão assustador quanto sensual – você me ofereceu a única coisa que tenho interesse – seus olhos escarlate brilhavam enquanto falava – Sua alma.

    O menor tremeu. O medo tentou se salientar sobre desejo em sua pele, sua mente deu voltas e voltas e a atenção só voltou ao notar que o ser havia se agachado em sua frente. Agora ambos se olhavam da mesma altura, encarando olho no olho e a sanidade do pequeno foi longe ao ver o moreno lambendo os próprios lábios.

    – Vai mesmo me deixar esperando? – ele se divertia com as sensações que causava no mortal – saiba que não gosto de esperar…

    – Eu n-não…– o menor respirou fundo, precisava se controlar, precisava ao menos pensar direito então desviou o olhar.

    – Vamos lá – iniciou o outro – Primeiro de tudo, agora sim você sabe quem sou eu e para quê eu vim. Tenho uma proposta irrecusável… – falava com um tom mais manso – Eu sei que você já não tem esperanças, sei que tudo o que tinha se foi, mas eu serei sua esperança agora. É simples, sua alma em troca de todo o luxo que perdeu, ou melhor, o triplo do que sempre teve, será regado ao dinheiro enquanto viver. – fez sua proposta, esperando a resposta.

    Kyungsoo sentia-se mais do que tentado, em um momento enchia a cara por saber que estava falido e que provavelmente seria despejado, no outro, alguém lhe fazia uma proposta sobre aquela, ele teria ainda mais do que sempre teve e tudo aquilo era muito tentador.

    – Se eu vender minha alma, o que acontecerá quando eu morrer? – ele precisava daquela resposta antes de tomar sua decisão. O outro deu de ombros.

    – Vai para o inferno – disse como quem não quer nada e aquilo assutou o menor.

    – Não posso – respondeu amedrontado, fazendo o maior revirar os olhos.

    – A visão que vocês tem do inferno é totalmente distorcida e… – sua atenção foi voltada a outra coisa.

    Os olhos do moreno foram em direção ao corpo sentado no chão; ele tremia um pouco enquanto ofegava e tentava manter o olhar longe de si, os botões da camisa negra estavam abertos, revelando o tronco branco e liso, com algumas gotículas de suor. A cabeça estava jogada para o lado esquerdo, deixando a mostra o pescoço absurdamente vulnerável, as mãos apertavam com força o tecido da calça, a fim de conseguir dominar o sentimentos loucos que o tomavam na presença daquele ser, então o maior sorriu com a ideia que teve.

    – Pois bem, se você não quer vender sua alma, podemos negociar outra coisa que me interessa no momento… – aquilo foi interessante para o pequeno, que sem pensar voltou a encará-lo, mordendo o próprio lábio ao ser novamente atingido pelo que a imagem do outro o causava.

    – E o que você…

    – Kai – a voz grave soou – me chame de Kai.

    – Kai – disse em um baixo gemido – o que quer? – perguntou, mesmo que algo em seu interior já soubesse.

    – Seu corpo.


Notas Finais


Mereço comentários gracinhas sim ♥ bora lá


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