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História Hello Neighbor - Bem-vinda ao tédio.


Escrita por: Anagassen

Notas do Autor


HELLOOOOOOOOU!!!!!

Pra ajudar o meu luto de uma semana após o fim de GH, cá estou eu com uma nova história!!

Já vamos adiantar: Quem lê as minhas fanfics sabe que quase nunca a Tia Ana corrige o capítulo.
Caso não me conheça: Prazer, Ana!!

Eu peguei levemente a ideia de um jogo que ainda está para sair, que tem o mesmo nome. (Tem a demo na net e muitos youtubers já fizeram gameplays. Recomendo!!)
No jogo: Você tem que arrumar um jeito de invadir a casa do seu vizinho e descobrir o que ele esconde no porão. (Se ele te pegar, você tá com o pé na cova já AUHEHUAEHUAE)
Só que eu vou trabalhar de um jeito bem diferente na fanfic. Também recomendo um filme chamado "Paranóia" (Aquele que tem o ator que faz o protagonista do Transformers)

A história vai alternar entre a Tiffany e o Sehun, mas o foco principal é a Tiffany.

Por favor, relevem os erros de digitação! (se for algo gritante e que atrapalhe o entendimento é só me avisar)

Uma boa leitura! <3

Capítulo 1 - Bem-vinda ao tédio.


Mudanças geralmente não são muito bem aceitas por adolescentes. Qual é a graça de ter que começar tudo de novo? Amizades novas, vizinhos novos, uma casa inteira para se adaptar... Isso quase nunca soa muito bem para garotas de dezoito anos. Ao menos que queiram aquilo, mas não era o caso de Tiffany Hwang. Morava com o Pai até então e tinha toda a sua vida estabelecida. Sonhava em estudar na capital e até mesmo pretendia arrumar um emprego de meio período. O problema mesmo é que não pudera evitar uma certa decepção que crescera dentro de si rapidamente ao ouvir que seu pai arrumara um emprego ainda melhor... No Japão. E como Tiffany não fazia ideia de como se falava aquela língua tão complicada, sua melhor opção era se mudar para a casa de seu irmão mais velho, no interior do Texas. Teria inclusive de adiar os seus estudos. Não que tivesse algo contra o pobre Sehun, mas é que mal tivera contato com o mesmo em toda a sua vida. Tiffany e o irmão eram filhos de mulheres diferentes, sendo a mãe do rapaz a ex-namorada de faculdade de seu pai e sua mãe o seu grande amor. A mãe de Sehun estava vivendo em outro estado com o seu novo namorado. E a mãe de Tiffany morrera quando esta era muito nova, mal a conhecera.

E era realmente estranha a ideia de ir morar com alguém que ela só via nas datas comemorativas. A garota somente carregava sua mala para dentro da casa e notava o irmão passar por si com uma caixa enorme. Era a primeira vez que adentrava aquela casa e não podia evitar a testar franzida e a careta em sua bela face. Sehun era muito nerd. Muito, muito nerd. Já na sala pudera observar alguns pôsteres de filmes de super heróis, vários quadrinhos da Marvel e da DC, itens de coleção e muitos filmes em uma estante enorme ao lado de uma televisão de 32 polegadas. Sehun definitivamente era solteiro. Não tinha chances de um professor de matemática da escola local comprar tudo aquilo e ainda por cima ter uma namorada. O rapaz parou ao seu lado e colocou a caixa sobre o chão, arrumando seus óculos de grau e dando um sorriso gentil para a irmã.

– Se você quiser podemos qualquer um desses filmes! – Dissera o mais velho com muita animação. Sehun era alto, tinha os cabelos tão acastanhados quanto os de Tiffany e usava uns óculos estranhos. Estranhamente sempre estava com alguma camisa xadrez por baixo quando visitava a irmã e como ela esperava, o visual não mudou em nada. Talvez fosse a hora de Tiffany se oferecer para fazer compras com o mesmo, certo? Ao menos mudar o estilo das camisas...

– Hum... – Dera um sorriso amarelo. – Pode ser! – Tentou se mostrar animada, o que estava difícil.

– Se você não gostar desses filmes podemos ver algo na netflix ou ir até a locadora, que tal? – Sehun lhe dera um tapinha no ombro e voltou até o carro para pegar o resto das caixas.

– Que... Ótimo. – Tiffany tinha um olhar perdido. Para piorar a sua situação, ainda moravam em um bairro onde não tinha nada para fazer. Literalmente nada. Sem cinema, shopping, fliperama, lojas de roupas e até era meio escasso de pontos de ônibus. Estavam no meio do nada! Tinham algumas casas na vizinhança e a castanha já conseguia imaginar que famílias chatas vivessem ali, com aqueles dizeres chatos da família tradicional norte-americana e blábláblá. A moça, apesar de jovem, tinha consciência de que seria muito difícil achar uma garota como ela naquela cidade. No caso...

Lésbica.

Já havia se assumido para o pai, mas era provável que Sehun ainda não soubesse. E tinha até certo receio de contar ao irmão, já que o mesmo sempre viveu no interior e não se adaptava tão facilmente assim as coisas modernas. Tirando as nerdices dele, é claro.

Esperou até que Sehun terminasse de carregar as caixas, notando-o ir para a cozinha pegar algo. Possivelmente ele estaria servindo uma limonada bem gelada para os dois. Sehun gostava muito de sucos e refrigerantes, pois passava bem longe de bebidas alcoólicas como o bom puritano que ele era. Ouvira a campainha da porta, rolando seus olhos ao ver que o irmão demorava a retornar. Andou sem muita paciência até a entrada e abrira a porta, tendo seu queixo a cair no mesmo instante.

Tiffany definitivamente não imaginava que ela e Sehun não eram a única família com descendência asiática na cidade.

Era uma mulher da altura de Tiffany, mas muito, muito bonita mesmo. O castanho de seus cabelos era muito mais claro que o dos irmãos, era quase em um tom loiro, a coloração de seus olhos era muito parecida a de mel e a mulher tinha um sorriso encantador. Usava uma saia justa e que ia até os joelhos, tendo uma camisa de mangas curtas branca e sapatilhas simples.

– Olá! Você deve ser a Tiffany. – A mulher lhe estendeu a mão direita. A moça então reparou que tinha uma xícara na outra mão. – Sehun me falou muito sobre você!

– Ohh... – Dera um sorriso gentil para a mulher. – E você seria... – Segurou e apertou a mão da mesma.

– Ah, claro! Não me apresentei! – Rira divertidamente e balançou a cabeça em negação. – Me chamo Irene e sou a vizinha da casa da frente. – Apontou com a xícara para o casarão de trás. – E trabalho com o seu irmão.

– É mesmo? Qual matéria você leciona? – Tiffany indagara curiosamente.

– Literatura. – Irene ampliou o sorriso. – Seu irmão está? – E na mesma hora que soltou a pergunta, Sehun saiu da cozinha com dois copos cheios de suco. E quase os derrubou ali mesmo em Tiffany ao ver a visita... – Sehun! – A moça exclamara entusiasmada e segurou a xícara com as duas mãos. – Você tem açúcar? – A mais jovem apenas notou o irmão corar e Irene a ter um brilho diferente nos olhos. – Juro que ainda apareço aqui com um saco de cinco quilos para compensar! – Fizera um biquinho fofo para o mesmo.

– C-claro! – O rapaz colocou um copo em cima da mesinha perto da porta e outro na mão de Tiffany, empurrando-a sutilmente para o lado. – Quer... Quer entrar? – Sehun estava nitidamente nervoso.

– Adoraria. – A moça adentrara a casa e fora atrás do rapaz até a cozinha. Não tardaram a voltar, se despedindo brevemente. Sehun ficou observando-a sair do quintal e atravessar a rua. Tinha um sorriso doce nos lábios e ainda segurava o saco de açúcar em mãos.

E nem foi preciso dizer que o susto que o pobre Sehun levou quando a irmã fechou a porta na sua frente com tudo. Tiffany tinha os olhos semicerrados e parecia muito desconfiada. Estava escondida atrás da porta para dar aquela emoção... E a emoção fora tanta que o rapaz jogou o saco de açúcar para o alto.

– Você gosta dela. – Constatou a garota.

– E-eu? N-não, claro que não! – Negou com a cabeça rapidamente e ficando ainda mais vermelho. Começou a limpar os óculos, pois o açúcar havia caído no coitadinho.

– Imagina se estivesse! – Exclamou Tiffany ironicamente e logo abrindo um lindo e largo sorriso. – Owwwwwwwwwn! Nunca tinha te visto você ficar tão vermelho e fofinho assim por alguém! – Apertou as bochechas coradas do rapaz.

– Para! – Tirou as mãos da mais nova de suas bochechas e fitou-a seriamente, mas não por muito tempo. – Me ajude a limpar essa sujeira e depois vamos arrumar inicialmente as coisas pra você, tudo bem? Temos um compromisso hoje.

– Temos? – Arqueou as sobrancelhas. – Você não disse que iríamos ver um filme?

– Disse, mas... – E fora nesse momento em que as bochechas do rapaz coraram por completo. Sehun brincava com as mãos e batia de leve com o pé no chão. Sussurrou muito baixo, praticamente inaudível o tal do compromisso.

– Não te ouvi, fala pra fora! – Tiffany cruzou os braços.

– Irene nos chamou pra jantar na casa dela... – Dissera ainda muito baixinho e com sorriso muito leve, mas nitidamente nervoso.

– Ainda não ouvi. – Dissera como quem nada quer e fingindo certo desinteresse.

– NÓS VAMOS JANTAR NA CASA DA IRENE! – Sehun jogou os braços para o ar e então arregalou os olhos ao perceber que soltara um senhor grito. – É...

– Então era por isso que ela queria o açúcar? – Sorriu para o mais velho, que somente franziu  o cenho. – Ahhhh, Sehun... Por que ela iria querer açúcar assim e ainda te convidaria para um jantar?

– É um jantar de boas vindas para você. – O rapaz dera de ombros. – Ela vai fazer um bolo.

– Tenho quase certeza que ela está usando de desculpa para lhe chamar indiretamente para sair. – Tiffany piscou para o mesmo, que se engasgou com os resquícios de açúcar que caíam de seus cabelos acastanhados.

– Bem... Eu vou tomar um banho e depois vou limpar essa bagunça. – Olhou para o chão sujo de açúcar.

– Posso escolher a sua roupa para o jantar? – A mais nova parecia animada com a ideia. Qualquer coisa era melhor do que passar a sua primeira noite na cidade vendo filmes de super-heróis.

– Não! – Exclamara Sehun indignado. – E... Só mais uma coisa. – O rapaz se recompôs, mas era difícil levá-lo à sério com todo aquele açúcar em seus cabelos e ombros. – Não quero você fora de casa depois das sete horas da noite.

– Como? – Tiffany arregalara os olhos e rindo incrédula. – Isso é sério? Qual é! Até o Papai me deixava com mais tempo para ficar fora!

– Tiffany, eu sei que você quer mais liberdade e sei que esperava não receber regras por aqui, mas é que andam acontecendo coisas estranhas nessa cidade. – Colocou as mãos dentro dos bolsos da calça jeans. – E nas cidades próximas.

– Que tipo de coisas? – Dera um gole em sua limonada.

– Pessoas estão sumindo, de todas as idades, gêneros, etnias... E eu estou preocupado. Não quero que nada lhe aconteça, ainda mais porque você vai depender de uma bicicleta sempre que eu não puder lhe levar de carro. – Sehun explicou e lhe dera um tapinha no ombro. – E tome cuidado com as pessoas que você possa vir a andar, tudo bem?

– Tudo, né... Fazer o quê? – Tiffany tinha um leve biquinho nos lábios. – Mas não apareceu nenhum corpo até agora? – Indagara curiosamente.

– Não, eles apenas... Somem. – O olhar se tornou vago.

– Estão ao menos procurando por essas pessoas? – A garota piscou em confusão.

– Eu não sei... Mas não quero ser a pessoa que vai levantar uma plaquinha com o seu nome e foto em alguma manifestação, então, por favor... Tome cuidado! – Exclamara tentando ser sério e logo saindo. A garota apenas pensara um pouco sobre isso, mas não dera muita importância. Afinal...

De tantas pessoas,

Por que justamente ela?

 

--

A tarde passara muito depressa e Tiffany nem mesmo conseguira colocar o lençol na cama, porque curiosamente resolveu tirar uma sonequinha no sofá... Só dera tempo mesmo de tomar um banho e de se arrumar. Apenas se vestiu um pouco mais sofisticada porque tinha certeza absoluta que Sehun gostava da vizinha, Irene. Caso contrário... Calça jeans e blusa de mangas curtas! Mas tratou de colocar um vestido mediano e segurou um rolar de olhos ao ver que Sehun vestia o mesmo de sempre. A maldita blusa xadrez, com uma calça até mais apropriada e sapatos engraxados. O que ferrava mesmo era aquela blusa xadrez... Mas nada iria falar. Era seu irmão e lhe acolheu de braços abertos, então somente iria tentar ajudá-lo a investir em sua “Crush”. A castanha colocou um par de sapatilhas e uma leve maquiagem. Encaminharam-se até a casa enorme do outro lado da rua e apertaram a campainha. Sehun segurava uma garrafa de refrigerante, pois obviamente não levaria bebida alcoólica. A garota dera-lhe alguns tapinhas nas costas ao notar que o rapaz tinha os lábios e as mãos trêmulas.

– Ela nunca te chamou para jantar lá antes, né? – Tiffany indagara baixinho, vendo-o negar com a cabeça. Dera um leve sorriso em resposta. Não tivera tempo de fazer outra pergunta, pois logo a dona da casa abrira a porta. Irene já quase matou os irmãos de manhã, mas agora... Com toda certeza estava ainda mais linda! E quanto mais Tiffany olhava para aquela mulher, mais tinha certeza que seria uma difícil tarefa de fazê-la gostar de Sehun. Apenas se desprendeu de seus pensamentos quando ouvira um baque ao seu lado, como se algo tivesse caído em algumas madeiras.

Não era algo, era alguém.

E este alguém era o pobre Sehun.

O rapaz rapidamente se levantou e erguera nervosamente a pequena e bela florzinha para a mulher a sua frente. Irene somente fitou do pequeno presente até o rosto do rapaz. Até que a professora finalmente reagisse, o rapaz já batia o pé no chão. E curiosamente esta não guardou um largo sorriso para si. Pegou a pequena florzinha e abrira melhormente a porta para os irmãos.

– Fico muito feliz em ver vocês! – Irene exclamara animadamente e aguardando a dupla adentrar a casa para finalmente fechar a porta. – Estávamos terminando de colocar a mesa agorinha mesmo. – Notou Sehun lhe estender a garrafa de refrigerante e apenas franzira o cenho. Tiffany tivera vontade de dar um tapa na testa, era melhor que não tivessem trazido nada! – Obrigada, Sehun. – Piscou para o homem e dera de costas, indo até a cozinha.

– Ela disse “estávamos”... Irene mora com alguém? – Tiffany indagara baixinho, vendo-o assentir.

– Com a irmã mais velha dela. – Sussurrou o pobre e corado Sehun em resposta. – Seja educada, tudo bem? O pessoal daqui tem outra visão sobre a vida.

– E sobre a morte também, né. – A mais nova rolou os olhos e adentrou a cozinha ao lado de do irmão. – Que casa... Rústica.

– Tiffany, você está no interior do Texas, o que esperava? – Sehun rira divertidamente e notando Irene se virar com um enorme bolo em mãos. – Uau... Você fez tudo isso com apenas uma xícara de açúcar? – O rapaz indagara surpreso e abrindo um suave sorriso.

– Digamos que eu tenha dado um jeitinho. – Irene dera de ombros e então puxando uma cadeira para se sentar. Sehun fizera o mesmo, mas Tiffany passou os olhos pela cozinha e achou algo interessante no canto da pia.

A mesma xícara de mais cedo e ainda cheia de açúcar.

Sentou-se ao lado de Sehun e notou uma mulher da sua altura adentrar a cozinha com uma feição séria. Tinha cabelos pretos e medianos. Trajava uma simples camiseta branca por debaixo de uma camisa de botões que estava aberta, ambas tinham mangas curtas. Usava uma calça jeans surrada e um all star velho. Não parecia estar muito feliz, pois olhava com pouco caso de um irmão para o outro. Forçou um sorriso para ambos.

– Sehun. – Dissera com sua voz baixa e extremamente gélida. – E?

– Tiffany. – A garota respondera na mesma tonalidade e com o mesmo olhar sério.

– Hum. – Rira pela respiração e fora até o fogão pegando as coisas e começando levá-las para a mesa.

– Posso ajudar, Taeyeon? – Sehun indagara calmamente e notando-a negar com a cabeça.

– Vocês são visitas, Sehun. – Respondera-lhe com pouco caso. Tiffany apenas fizera uma leve careta e balançou a cabeça em negação. – Trabalharam muito hoje?

– Ah não! Troquei alguns horários ontem e hoje para conseguir buscar a minha irmãzinha. – Os irmãos somente começaram a se servir quando Taeyeon e Irene o fizeram.

– Você parece radiante, Sehun! Fora por uma boa causa! – Irene exclamara animadamente. Não parecia se afetar com o humor da irmã mais velha. – Então, Tiffany, já deu uma boa olhada pela cidade?

– Não, nós viemos direto para casa. – Tiffany dera um leve sorriso para a mulher na frente de Sehun. Olhou bem para as duas irmãs e curiosamente indagara. – Vocês têm quantos anos de diferença?

– Três. – Taeyeon respondera seca e sem manter contato visual com ambos. – Irene tem vinte e três e eu vinte e seis.

– Hummm... – A mais nova do grupinho dera de ombros. – É bem menor que a minha diferença com Sehun.

– Você vai procurar emprego essa semana? – Taeyeon indagara com a sobrancelha erguida.

– Coitada, Tae! Ela acabou de chegar! – Irene exclamara divertidamente.

– É, pode até ser, mas é bom procurar logo por um. A demanda dessa cidade é bipolar, às vezes tem muitas opções e às vezes não tem porcaria alguma. – O tom de voz se tornou grosseiro. – Você é nova, não vai morrer por procurar um emprego logo no segundo dia na cidade.

– Talvez eu não queira um emprego. – Tiffany respondera naturalmente e fitando-a com a sobrancelha erguida. – Talvez o meu irmão consiga me manter perfeitamente bem e com a ajuda mensal do nosso pai tudo fique muito leve.

– Muito bem. – Taeyeon retrucara com um leve sorriso e cruzando as pernas.

– Só estou brincando, é claro que quero algo. Não quero abusar da boa vontade do meu irmãozinho fofinho. – Apertou a bochecha de Sehun. Jantavam calmamente, tendo Sehun a olhar vez ou outra para a vizinha e sempre abaixando a cabeça quando esta ameaçava levantar o olhar. – Amanhã vou pegar a bicicleta e ver se acho algum lugar que esteja contratando. – Irene franziu o cenho.

– E Sehun tem bicicleta?

– Não... – O homem respondera um pouco sem graça, notando o olhar indignado de Tiffany.

– Mas você disse que-

– Eu não disse que já tinha comprado.

– Se quiser eu te dou uma carona. – Taeyeon respondera baixo e fitando-a fixamente. Tiffany parecia pensativa.

Ela era estranha.

Fria.

Irritante!

Por que aceitar um convite daqueles?

– Ela vai aceitar, porque amanhã vou dar aula nos dois turnos completo. – Sehun respondera e dera alguns tapinhas nas costas da irmã. Comia calmamente.

– Eu... – Tiffany rira pela respiração.

– É pegar ou largar, pirralha. – Taeyeon forçou um sorriso. – Eu não mordo, sabe?

– Só também não parece ser nada agradável de conversar ou de se estar perto. – Tiffany respondera tão naturalmente que nem se dera conta daquilo e de como isso havia soado ruim, pois o clima ficou levemente denso. – Mas isso não quer dizer que eu não tenha lhe adorado, Senhora Taeyeon.

– Percebe-se. – A morena dera de ombros. – Só que é melhor que saibas que a adoração é recíproca.

– Ótimo. – Tiffany serviu refrigerante em seu copo.

– Maravilhoso! – Taeyeon exclamara irônica.

– Magnífico, não? – A garota somente se limitou em piscar para a mesma e nem ela entendera o porque.

– Hummmmm... – Irene fingiu um tossido, recebendo de imediato as atenções. – Vocês viram que sumira mais um jovem na noite passada? – Indagara curiosamente.

– Outro?! – Sehun piscou surpreso e rindo pela respiração. – E a polícia continua achando que são apenas pessoas se mudando?

– Sim e isso é o pior! – Irene parecia indignada. – Não podemos nem mesmo andar de noite sozinhos, temos de estar sempre na companhia de alguém.

– Hum... Você me pega amanhã quando sair do serviço para o almoço? – Tiffany indagara baixinho ao mais velho.

– Amanhã não vou almoçar em casa. – Sehun suspirou pesadamente. – Estava contando que você iria querer dormir o dia todo.

– Posso te dar uma carona de volta se você quiser e for uma menina educada comigo. – Taeyeon pendeu a cabeça para o lado. – Claramente se fores uma boa moça nada de ruim irá de te acontecer, certo? Basta não ser uma menina má e ficar fora de casa a noite e sozinha.

– É... Com certeza. Adoraria uma carona se isso não for incomodo para a sua pessoa. – Tiffany dera de ombros. Não iria mais provocar aquela mulher.

 

--

Mais tarde, já em seu quarto e depois de organizá-lo um pouco, a jovem somente pensou sobre aquele jantar e o quanto o achou estranho. Sentou-se em cima do pequeno armário que tinha uma almofada colada por cima. Estava praticamente encostada na janela e olhava para a rua clareada pelos postes. Podia-se dizer que havia adorado Irene e que já shippava ela e seu irmão, mas definitivamente engolira Kim Taeyeon. Era uma mulher muito idiota e que parecia toda hora querer lhe irritar. E de fato o fizera o resto do jantar. O pior é que ainda por cima haviam sido convidados para assistir um filme na casa das irmãs na sexta-feira. E o convite partiu de Taeyeon.

Talvez ela até gostasse de Sehun, mas era recíproco o sentimento indiferença que tinha com a jovem Tiffany.

Notou o portão da garagem da casa do outro lado da rua se abrir, tendo uma caminhonete grande a sair de dentro. Os vidros eram escuros, mas a castanha sabia muito bem quem estava dentro do automóvel.

Quem era a louca que saía de casa tarde da noite e ainda por cima sozinha?

Com toda certeza que era Kim Taeyeon.

A morena saíra da caminhonete e notou que estava sendo observada. E Tiffany nem mesmo se importou em tentar disfarçar. Trocavam de um olhar sério, tendo a quebra somente quando a mais velha lhe dera um sorriso maldoso. A mesma fechou o portão da garagem e jogou algo estranho no porta malas. Tiffany tentou enxergar, mas estava muito escuro.

E na fria noite lá estava sua mais nova e estranha vizinha cantando os pneus na pequena e tão calada rua.

A estadia naquela cidade mal começara e Tiffany já odiava.


Notas Finais


ATÉ SÁBADO QUE VEM, LIROU FRIENDIXXXX!!!


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