História Hellsing - Caminho para a Eternidade - Epílogo

Romênia, 23 de Setembro de 2032 – Floresta de  Hoia Baciu.

O barulho do Tiro alto da Hallconnen de Seras ressoou fazendo corvos voarem em direção ao céu estrelado, a Vampira corria entre as árvores sombrias da floresta mais mal assombrada de toda Transilvânia, um dos lobisomens que caçara havia escapado, aquela matilha desgovernada estava assassinando diversas pessoas nos vilarejos próximos, deixando um rastro de morte e dor por onde passavam, o Lobisomem cinza corria de quatro com precisão pela floresta, como se conhecesse o caminho para escapar, os músculos do animal cresciam e as veias saltavam a cada pulo preciso que ele dava adentro da floresta, por mais que aquela velocidade ele fosse a forma perfeita de um Lobo gigante, por detrás daquele rosto animalesco, os olhos azuis de um humano viviam, Seras se lembrava bem daquela sensação de quando enfrentara “O Capitão” há mais de trinta anos atrás, encarar um Lobisomem pareceu algo difícil demais para ela na época, mas graças e Pip e ao próprio desejo suicida de seu adversário conseguiu alcançar seu objetivo e derrota-lo, agora, quantos já tinha matado? Desde que tudo aquilo começara provavelmente mais de vinte e cinco, era inegável, sua força aumentou a tal ponto que ela mesma ainda não conseguia precisar, respirou fundo, seus instintos sentiam o cheiro de carniça do hálito do animal há cerca de 5km de distância, o que não era o bastante, colocou rapidamente a Hallconnen nas costas e se permitiu pular entre um dos galhos, projetando novamente as asas em suas costas enquanto voava em alta velocidade em direção ao fedor daquele monstro, repentinamente ouviu um tiro, pousando rapidamente sobre o corpo inanimado do Lobisomem, afundando o coturno de couro na cabeça do monstro, explodindo-o com o pé enquanto observava o que já sabia desde que ouvira o disparo, Alucard estava na frente do cadáver, sorrindo satisfatoriamente enquanto erguia a Cassul para cima.
- Achei que esse era meu – Ela reclamou, chateada.
- Quem atrasa perde a festa, vampira – Alucard levou o cano da arma aos lábios assoprando-o, observando a fumaça subir.
- Ou chega na melhor hora da festa – ela sorriu, puxando-o pela fita vermelha em seu pescoço.
- Ora... Alguém está insaciável por mortes aqui... – Alucard riu, enquanto inclinava sobre ela.
- Não é bem mortes o que minha sede pede – ela comentou, maliciosamente, enquanto abria os lábios para beija-lo sensualmente, sugando o lábio inferior de seu mestre de forma provocativa.
- Sempre pensei que era uma garota da cidade, Policial – Alucard refletiu, encostando a testa na dela mantendo o sorriso satisfatório – Mas desde que viemos para cá, de volta ao meu antigo território, meu castelo... Você parece não sentir nenhuma falta da sua internet, notebook, televisão, jogos... E todas aquelas bobagens tecnológicas.
Seras riu, afastando o rosto do dele e colocando o dedo sobre seus lábios.
- Isso é porque você se esforça bastante para me entreter mestre... – O observou exibir um sorriso largo orgulhoso – Mas uma hora precisei desses itens, você sabe disso, não é?
- Então meu antigo lar te agrada, hum? – Alucard fez a pergunta retórica de forma manhosa, ignorando o pedido dela, logo ficando ereto novamente enquanto pousava a mão em seus cabelos loiros acariciando-a – Foi uma escolha de última hora, a CES deve estar nos caçando por todo Reino Unido e ainda levará um tempo para considerarem uma escolha tão óbvia quanto meu próprio castelo, lugar que não morava há milhares de séculos... Aqui é uma fortaleza, não existe lugar mais seguro, te garanto Draculina.
- Sim Mestre... Eu...
Repentinamente o barulho de um tiro rompeu o ambiente atingindo o ombro esquerdo de Seras em cheio, a fazendo gemer alto enquanto seu sangue espirrava no pescoço e peitoral de seu mestre, manchando parte de sua roupa clássica, Alucard exibiu as presas com fúria, desparecendo diante dela e aparecendo em seguida segurando o pescoço de um homem negro, alto, extremamente forte com roupa militar.
- Então o bastardo gosta de atirar escondido é? – Alucard desdenhou, apertando a traqueia do homem até ele exibir duas presas reluzentes.
- É um Vampiro? – Seras questionou, se aproximando dele curiosa – Argh, Meu ombro... – Ela gemeu incomodada - Está demorando pra cicatrizar...
- O covarde aqui deve ter usado uma bala benzida – Alucard confirmou fazendo o homem gemer de dor enquanto brincava com o pescoço dele.
- Quem é você? – A vampira perguntou, curiosa, enquanto observava seu sorrateiro agressor por baixo.
- Não importa quem sou... Importa que encontrei vocês... Seus filhos da Puta! – O homem falou pela primeira vez, sua voz rouca quase imperceptível pela falta de ar causada pelos dedos de Drácula em seu pescoço.
Alucard delicadamente deslizou o cano da Cassul pela boca do soldado que agora começava a demonstrar sinais de engasgo.
- Ora, tenha modos, está na frente de uma dama – ele ironizou com um meio sorriso.
- F...O...D....A...S...E... – O homem gaguejou salivando pelo cano da arma, fazendo Alucard perder a paciência e apertar o gatilho, a cabeça do vampiro explodiu projetando seu cérebro em pedaços se espalhando por um raio de 5 metros floresta adentro, despreocupadamente Alucard arremessou o resto do corpo morto do Vampiro em direção a um tronco de arvore, sob o olhar curioso de Seras, levou o cano ensanguentado aos lábios, lambendo toda extensão da Cassul com sua longa língua.
- Hum... Parece que os clãs estão nos caçando. - O Vampiro esclareceu após ter absorvido todas memórias do homem.
Seras ficou visivelmente preocupada, colocando a mão sobre a própria ferida de bala no ombro direito.
- Sabia que isso iria acontecer após a morte de Quincey, com certeza estão revoltados conosco, querem uma retaliação... Ele era o líder deles...  – Fez uma pausa, respirando fundo - E eu achando que a CES era o maior dos nossos problemas – comentou, perturbada – Agora então nos encontraram?
- Desesperada como sempre, Policial... – Alucard provocou com a voz arrastada – Mas sim, provavelmente o corpo desse babaca tinha algum GPS ou alguma idiotice tecnológica do tipo. Fomos localizados.
- E agora? – ela questionou um pouco alto, se aproximando dele claramente ansiosa.
Alucard sorriu, deslizando os dedos sobre o rosto pálido e delicado de sua serva.
- Precisamos preparar uma recepção digna, oras  – A observando descontente, Alucard se inclinou sobre ela, pegando-a pela cintura e a puxando com força contra o corpo dele, pressionando os seios contra seu peitoral – Seras, chegou o momento de ensinarmos aos vampiros do mundo inteiro que eles possuem um Rei a quem obedecer e temer. – Ele a beijou profundamente, a invadindo sem cuidado com sua língua ensanguentada, sentindo o corpo de sua serva se preparar, ficando instantaneamente excitada e úmida, ele a puxou pela nuca, afastando-a por um momento para se deleitar com a face de tesão dela – E eu agora finalmente tenho a Rainha... Perfeita. – Finalizou maliciosamente enquanto voltava a tomar a boca dela.