História Hellsing - Caminho para a Eternidade 2 - Se duvidas, cala-te.

Assim que a visão do quarto ficou clara perante os olhos de Seras, sua primeira atitude foi dar um passo para o lado, se afastando do toque de Alucard sobre sua cintura, ele parecia esperar já que revirou os olhos.
- Quem é ela? – Questionou de forma alterada, apontando para a porta dupla do quarto de casal.
- Você é... Barulhenta, Seras – O vampiro reclamou, indo em direção a cama e abrindo o laço de cetim de seu roupão – Não pode deixar isso pra lá?
- Deixar a mulher que está dormindo aqui nesse exato momento pra lá? – A vampira ironizou, erguendo ambos os braços, inconformada.
- Ela se chama Elizabeth Bathory. – Ele respondeu de costas pra ela enquanto pendurava o roupão no cabideiro.
- A Condessa de sangue?
- Só existe uma Elizabeth Bathory, Seras – respondeu de forma preguiçosa.
A vampira ficou calada por um momento, enquanto assumia uma postura pensativa, se bem recordava de suas aulas de história no orfanato, a Condessa de sangue fora uma figura histórica, conhecida por ser uma serial killer, assassinou diversas servas para tomar banho em seu sangue garantindo assim algum tipo de juventude eterna, aparentemente, agora estava claro que ela não apenas se banhava naquele sangue, mas pensar que uma mulher com tamanha crueldade estava no mesmo teto que si não lhe garantia nenhum conforto, passou a mão no próprio braço, sentindo-o formigar por um momento, seria Pip querendo lhe dizer algo?
- Vem pra cama, Vampira – Alucard surgiu atrás de si sorrateiro como sempre, deslizando a mão grande pela sua cintura, indo em direção ao laço de seu roupão, desfazendo-o delicadamente – A gente não terminou o que começou...
- O que ela queria? – Seras perguntou, sem se mover.
Sentiu a respiração profunda do vampiro quente em seu pescoço, ela o conhecia bem o bastante para saber que ele estava tentando controlar a raiva naquele momento.
- Não podemos deixar mesmo esse assunto para quando acordarmos? – ele reclamou sutilmente, enquanto abria o roupão dela, colocando a mão em sua barriga por cima da camisola e subindo em direção aos seios.
- Não! – A vampira disse de supetão, fazendo Alucard reagir e a virar bruscamente em direção a ele.
- Olha Policial... – Ele começou de forma ameaçadora enquanto segurava o queixo dela para cima – Eu não tenho mais porra de mestra nenhuma há cerca de um ano, sabe que isso significa? – um brilho vermelho se iluminou em sua íris enquanto seu rosto assumia uma expressão de insanidade – Não sabe? – Ele rapidamente a empurrou em direção ao aparador, erguendo as pernas dela e colocando sentada sobre o mesmo enquanto se posicionava no meio das pernas de sua serva – Significa que a única coisa que me segura de não voar para Brasov e fazer um banho de sangue agora mesmo é... Você. – A Vampira segurou a lateral de seu pescoço, sentindo a pressão da ereção dele em seu meio – Meu amor por ti é o que controla o cão de Baskerville dentro de mim.
Seras sabia, não era como se tivesse controle o bastante sobre seu corpo quando Alucard estava perto, menos ainda enquanto sentia toda aquela extensão de sua virilidade roçando em sua calcinha, a realidade é que ele não era o único que precisava dela, precisava senti-lo numa urgência quase irracional demais para vir de um ser humano evoluído como era o caso, enlaçou as pernas por detrás dele enquanto o puxava pelo pescoço para dar um beijo úmido, molhado e intenso, percebeu que o vampiro soltou sua cintura, apoiando ambas mãos no aparador de madeira enquanto se inclinava sobre ela, sendo levado pelos seus lábios, aproveitou a guarda aberta para deslizar o pescoço direito pelo seu tórax indo em direção ao laço em sua calça medieval, o puxou rapidamente, desfazendo-o enquanto segurava a ereção de seu mestre, movimentando sutilmente enquanto Alucard vacilava de tesão, aproveitou-se para esfrega-lo rente a sua calcinha úmida, estimulando-a enquanto o provocava mais com a expectativa. Ele arfou afastando os lábios dela, abaixando a cabeça e olhando pra baixo, em direção a seu membro sendo estimulado pela mão pequena dela.
- O que... Diabos... Está fazendo? – Ele falou com dificuldade, fora nesse momento que a Vampira pode vislumbrar suas sobrancelhas franzidas, os lábios entreabertos de seu mestre enquanto ele pouco a pouco se via perdendo a sanidade.
Ela continuou o movimento de forma firme, tocando-lhe de cima a baixo, sorriu ao notar as veias do braço dele se enrijecendo, ficando aparente através de sua pele pálida, ele estava se controlando para não gozar e isso a deixava muito excitada. Sentiu afundar o rosto em seu pescoço, tentando manter a concentração.
- Você... Não vai desperdiçar desse jeito... – o tom ameaçador da frase fora aliviada pela clara falta de controle dele em pronuncia-las.
Ela sorriu docemente, virando o rosto em direção a ele enquanto usava a mão livre para afastar os cabelos negros de seu rosto, assim poderia apreciar melhor a face sofrida de seu mestre.
- Eu te amo – Disse com toda sinceridade que carregava em seu coração, enquanto usava o dedão para afastar a própria calcinha e direcionar ele aonde desejava estar.
Alucard a penetrou com tamanha força que o corpo dela foi projetado pra trás, batendo as costas na parede de pedra do castelo, ele gemeu aliviado enquanto começava um ritmo lento e profundo, como se estivesse reunindo forças para o que viria, fazendo a vampira morder o lábio inferior enquanto o sentia preenchê-la com seu tamanho, acostumando-a, semicerrou os olhos permitindo que a sensação se dominasse, por um momento percebeu a respiração dele quente sobre seu rosto e notou que Alucard começava a arfar, fora quando abriu os olhos para procurando-o, contudo mal conseguia enxergar o rosto dele, as mechas negras voltaram a lhe cobrir a face enquanto ele se mantinha tenso, instintivamente ela pressionou as coxas contra o quadril dele, se estreitando mais, o vampiro reagiu instantaneamente erguendo a face para ela, o rosto do vampiro brilhava, Alucard estava começando a suar, as veias de sua testa saltadas deixavam claro o quão ele estava se esforçando pra não perder o controle dentro dela, o que a excitou mais do que poderia ser capaz de prever, era a primeira vez que o via tão entregue durante o ato sexual, era como uma guerra, de um lado ela e seu corpo quente, molhado e apertado enlouquecendo rapidamente demais um homem que estava completamente cheio de tesão, Seras não saberia dizer o que fez, talvez tivesse deixado escapar um sorriso satisfeito sem querer, mas o olhar dele mudou repentinamente, parando a penetração e tirando ambas mãos do apoio no aparador e os levando a camisola dela, puxando pra cima rapidamente, revelando seu corpo completamente nú pela primeira vez naquela noite, com a mão direita ele pegou o seio dela com tamanha força que a fez gritar enquanto afundava as unhas finas no tecido pálido de sua pele tão sensível, com a outra mão puxou-a com o quadril pra mais perto dele ainda, segurando-a tal qual uma boneca enquanto voltava ao ritmo da penetração funda e rápida, mexendo o quadril para frente e para trás, a enlouquecendo a cada estocada funda, percebeu o barulho de um estilhaço, olhou para o lado para ver o que era óbvio, as taças e a jarra de sangue haviam caído no chão com o balançar do aparador, ela voltou a encara-lo, agora o suor do vampiro escorria pelo seu corpo pálido, embora ele tentasse manter a dominância a olhando por cima, enquanto os cabelos lisos e longos balançavam com o movimento de seu corpo másculo e magro, talvez naquela batalha que enfrentavam um pelo prazer do outro ela acabaria como derrotada, se é que gozar primeiro fosse algum tipo de derrota, assumiu a culpa quando sentiu o membro dele latejar dentro de si, percebera isso quando teve que usar as mãos para segurar a parede atrás de si mesma, arqueando o corpo para frente enquanto erguia a cabeça em direção ao teto, gemeu alto sentindo os espasmos de prazer percorrer seu corpo como um vulcão em erupção, ao abrir os olhos se viu mergulhar naquela poça de sangue que era o olhar de seu amante, Alucard estava suado, mas o meio sorriso deixava claro toda a satisfação vitoriosa daquele orgasmo múltiplo da vampira, ele ainda se manteve penetrando-a por mais algum tempo, agora voltando a se inclinar sobre ela, afundado as presas em seu pescoço, não que Seras conseguisse reagir a isso, seu corpo estava ainda completamente dormente pelo orgasmo, ele bebia seu sangue em goles grandes tentando encaixar com o ritmo rápido da penetração, Seras sequer conseguia manter mais as pernas pressionadas ao quadril dele, estava se sentindo completamente extasiada, só notou que o vampiro havia parado de tomar seu sangue quando conseguiu abrir os olhos e encarar ele por baixo, com os lábios ensanguentados, escorrendo em direção a seu peitoral definido, fora ao ver o largo sorriso presunçoso de seu mestre, virando o rosto pro lado revelando uma expressão de prazer juntamente com a essência quente dele lhe preencher que ela sabia que era a hora dele, que ele tinha chegado ao ápice, definitivamente ela nunca vira nada igual, ele parecia simplesmente... Acima da média naquele momento, seu quadril tremia, enquanto Alucard mudava a expressão para abrir os lábios e soltar um rugido baixo, provavelmente devido aos dias em que não haviam transado.
Quando ele se retirou de dentro dela, pôde sentir claramente escorrer, manchando sua calcinha e pingando no chão, o vampiro riu maliciosamente, levando a mão a seu centro e colocando o líquido pra dentro novamente de si.
- Eu disse sem desperdício – Sua voz grossa rompeu o ambiente, um pouco mais rouca do que Seras se recordava.
Observou Alucard sem sequer encostar na calça de linho fazê-la subir sobre suas pernas, cobrindo novamente seu membro, ele coçou o próprio pescoço olhando em seguida para a própria mão, aparentemente surpreso pelo quanto que suou, levou a mão as pernas delas, fechando-as novamente, ainda cansada, Seras pôde expressar um sorriso singelo, enquanto ele delicadamente levava a mão aos ombros dela, retirando-a contra a parede enquanto a outra fora em direção a parte detrás de seus joelhos, a ergueu no colo com facilidade, andando-a em direção ao que só após ser colocada deitada Seras reconheceu como o largo caixão negro de seu mestre, o vampiro colocou sua cabeça contra a almofada de seda com cuidado, enquanto se deitava ao lado dela, fazendo um movimento com o dedo indicador para a tampa os cobrir de trevas.
- Foi... Intenso... – Ela se ouviu dizer envergonhada.
- Tudo é intenso quando está relacionado com você – Alucard respondeu melancolicamente – Desde o início sempre fora assim, a agitada, barulhenta, Irritante e brincalhona... Seras Victoria.
Ela riu baixo, era definitivamente a primeira vez que o ouvira chama-la de “brincalhona”, ao fim da risada, sentiu os olhos pesados, caixão para um vampiro tinha um efeito semelhante da anestesia geral em um humano, em segundos seu corpo inteiro se desligava, era como se alguém simplesmente apertasse o botão “off” dentro de si, mas antes de ser chamada para o mundo dos sonhos que tão bem era familiarizada pôde escutar a voz rouca de Alucard ao longe dizer:
“ É por isso que te amo tanto... Policial”.