História Helô e Stenio Para Sempre - 9 - Beijinhos e carinhos

Assim que Creusa abre a porta, Stenio dispara:
— Cadê ela?
— Oxe! Chegou, tomou banho e se vestiu toda pra sair, mas acabou deitando com roupa e tudo, agora está dormindo. — a fiel escudeira informa.
— A Dialinda foi buscar o Miguel? — ele quer saber.
— Foi sim e já deve está voltando. Mas porque o senhor está nessa agonia toda?
— Vou ver como a Helô está.
— Tô preparando uma comidinha, assim que terminar levo pra ela comer.
— Faz isso, Creusa. O Pedro me falou que a Helô não comeu nada desde ontem.
— Credo!
Caminhando a passos largos, o advogado vai para o quarto onde a esposa estava deitada. Antes de falar com ela, entra no banho e minutos depois retorna vestindo uma roupa confortável. Sem resistir, deita ao lado da chefe de polícia e beija sua testa. Instintivamente a delegada resmunga o nome dele e se enrosca em seu corpo.
— Xxxxtenio! — diz com voz manhosa.
— Não queria te acordar, amor. Volta a dormir.
Ela suspira e lentamente abre os olhos, encarando-o.
— Estava pronta para sair, mas o Barros ligou falando que estava tudo sob controle. Decidi tirar um cochilo.
— Você está trabalhando demais, amor. Fico preocupado, sabia?
— Não precisa se preocupar, seu bobo. Só quero que você se cuide e cuide do nosso terroristinha. Preciso focar nesse caso para não perder o fio da meada.
— Eu entendo, amor. Pode deixar que estou tomando conta do bagunceiro. A Dialinda e a Creusa estão ajudando também.
— Depois que essa investigação acabar, prometo tirar folga e aproveitar muito vocês dois.
— Bom saber, doutora.
— Stenio?
— Uhm?
— Esse fim de semana estarei mais tempo na PF que em casa.
— Sentirei sua falta, mas entendo e te apoio. E também você acabou de prometer nos compensar, então...
— Obrigada por compreender.
— Te amo! — ele se declara e os dois trocam um selinho. — Senti sua falta ontem, não consigo dormir direito sozinho nessa cama.
— Estava na PF trabalhando, mas sentindo sua falta também. Eu te amo, tá bom? Não esquece.
— Ama muito, Helô?
— Você sabe perfeitamente bem que amo muito, muito, meu querido.
— Sei?
— Aham, aham.
Depois de mais beijos, o advogado faz carinho nos cabelos dela e volta a falar.
— O Pedro me falou que você está empolgada demais e quase não come nada.
— Que saco, o Pedro adora ficar passando relatório da minha vida pra você.
— Helô, ele não fica passando relatório. Só responde o que pergunto, só isso. Você precisa comer, meu amor. Não importa o quanto esteja trabalhando, se não se alimentar vai acabar ficando doente.
— Sermão essa hora não, Xxxxxxtenio? Vamos mudar de assunto, por favor.
— Uhm! Que horas você precisa voltar para a PF?
— Já deveria ter voltado. Hoje a noite tem operação.
— Prisão?
— Aham, aham.
— Você vai para a rua?
— Tu sabe que sim, eu goxxxto. Preciso de um pouco de ação.
— Helooooooo!
— Fica tranquilo, meu querido.
— Tranquilo não fico, mas...
— Eu me cuido, Stenio.
— Se cuida, mas não se alimenta.
— Ah! — ela revira os olhos, mas sorrir pra ele. — Tenho que voltar ao trabalho. — a delegada afirma depois de verificar o relógio.
— Te deixo na PF. Assim passo mais um tempinho ao seu lado.
— Obrigada! — ela agradece e o presenteia com um selinho. — Assim que o terroristinha chegar encho ele de beijos e depois preciso ir.
— Se cuida nessa operação, amor.
— Desfaz essa cara de preocupado, sei me cuidar.
— Preferia que você não participasse de operação armada.
— Meu querido, tu casou com uma delegada.
— Como você mesmo costuma dizer, morro e não acostumo. Amor, fico agoniado, preocupado e inseguro. — o advogado fala, mas acaba sorrindo largo quando ela o distrai com beijinhos doce.