História Helô e Stenio Para Sempre - 9 - Capítulo 92

Ao acordar e encontrar a cama vazia, Helô levanta, vai até o filho que havia voltado a dormir no quarto dele. Em seguida, segue para a sala onde encontra  marido.
— Que isso, Stenio?
— Amor, meus alunos mandaram. — Ele diz todo feliz olhando para a imensa cesta de café da manhã.
— Aham, aham.
— Têm tudo que gostamos, olha.
— Alunos ou alguma aluna metida?
— Helô...
— Só perguntei. — Ela se defende.
— Nosso filho ainda está dormindo?
— Ele e o Bob, o cachorro tá todo esparramado no tapete. Dois folgados. Agora me fala dessa aluna que mandou café da manhã pra você.
— Fora os alunos, não uma aluna. Você é ciumenta.
— Eu? Piada essa hora da manhã, Stenio? Até parece que tenho ciúmes, me poupe, meu querido.
— Não tem? — Ele pergunta, sorrindo quando ela finge não se importar, mas pega o cartão sobre a mesa e olha.
— Mentiroso, quem mandou foi a Drica.
O advogado gargalha, chegando junto dela e abraçando sua cintura.
— Só queria te provocar. Vi que você ficou toda chatinha ontem porque minha aluna ligou para saber do meu estado de saúde.
— Acho muito intimidade, sabe. Não gostei do jeito que aquela garota fala, muito mimimi para o meu gosto.
— "Ciumenta, para de ser tão ciumenta". — Ele canta um trecho da música aos risos.
— Até parece que tenho ciúmes de uma ninfenta, só não goxxxxxto que fiquem cercando MEU marido.
— Que possessiva me chamando de "meu". Fala de novo, fala.
— Outra coisa, aquelas suas fãs pirralhas nas redes sociais. Não pense que não vejo as que ficam se atirando. Elas tentam segurar porque me veem por ali, mas vejo a maldade e insinuação nelas. Ontem reparei bastante nisso, Stenio.
— Acordou ciumenta hoje, amor.
— Já disse que não é ciúmes. — Ela diz, estapeando o amado. — Agora me solta que preciso arrumar a bagunça que o seu filho fez ontem no meu closet. Oh Stenio, o Bob rasgou aquela minha blusa que amo, pow. Te deixo tomando conta deles enquanto trabalho aqui na sala e você sempre dorme e os dois aprontam.
— Já falei que compro uma blusa nova pra você, amor.
— E vai comprar mexxxxmo. Quero muito mais que blusa, preciso renovar meu guarda-roupa.
— Vamos combinar de ir ao shopping quando essa nossa quarentena passar. Ou melhor, vamos aquela loja exclusiva que você gostou. É muito chique e eles atendem um cliente por vez lá. Você pode levar tudo que quiser, a dispesa é por minha conta, combinado?
— Tá rico assim, meu filho?
— Trabalho pra te mimar, meu amor.
— Eu também trabalho, já disse que não quero você fazendo extravagância comigo, Stenio. Tu já paga todas as dispesas aqui em casa.
— Helô, você ajudou com o valor da reforma. Pronto!
— Só porque insisti MUITO. E o valor que você me deixou contribuir foi simbólico, né, meu querido? Deixa que pago minhas roupas, minhas compras.
— Tá bom, você paga suas compras. — Ele se rende, revirando os olhos.
— Não faz essa carinha não.
— Que carinha?
— Essa de carente, meu filho. Tu sabe que não resisto.
— Helô, não estou me sentindo muito bem hoje.
— O que você está sentindo? — Ela diz, preocupada.
— Sentindo falta de fazer amor gostoso, deitar naquela cama e te amar. Me cura dessa doença chamada saudade, você é meu remédio.
— Ain Xxxxtenio, que susto, pow. Pensei que era sintoma dessa covid.
— Os sintomas da covid já foram embora, mas essa saudade é grave e não pode passar de hoje, amor. Vamos voltar para o quarto, fazer amor, depois ainda devoramos essa cesta.
— Que mané fazer amor... Você precisa se restabelecer, isso sim. O dia nem começou e tu já está pensando em safadeza, Stenio?
— A culpa é sua.
— Minha?
— Tá usando a camisola sem sutiã e deixou ele escapar, impossível não pensar em fazer amor.
— Ahhhhhhh! — Só então ela nota que estava mostrando demais. — Tarado! Você é um safado incorrigível, cara.
Sorrindo ao vê-lo lamber os lábios enquanto olha para seus seios, Helô encosta os lábios no ouvido dele e sussurra:
— Meu corpo é um terreno muito perigoso, mantenha a dis-tân-ci-a.