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História Helô e Stenio Para Sempre - 9 - 159 - Indo embora


Escrita por: hesparasempre

Capítulo 159 - 159 - Indo embora


Depois de um noite sem dormir, Helô decide fazer as malas. Iria para um hotel, não conseguiria ficar na casa da filha, sabendo que Stenio estava no quarto ao lado. A dor de cabeça estava em um nível absurdo, mesmo assim ela se força e começa a arrumas as coisas para ir embora. Várias vezes precisa parar, respirar fundo e enxugar uma lágrima e outra que molha seu rosto. Cada vez que as imagens das fotos surgiam em sua mente, era como se alguém socasse seu estômago. Havia vomitado bastante durante a madrugada, agora o estômago estava doendo e vazio. Já estava fechando a mala quando alguém entra no quarto. Não precisou virar o rosto para saber de quem se tratava.
— Helô, o que você está fazendo?
Ela permanece em silêncio, ignorando-o.
— Amor, por favor.
— Eu já pedi pra nunca mais você me chamar assim. — esbraveja entre os dentes.
— Amor, tudo me incrimina, mas não sei o que aconteceu. Não sei, Helô. Só dessa vez, mesmo que pareça absurdo, acredita em mim.
— Não chega perto. — ela fica histérica quando ele se aproxima.
— Você está com medo?
— Nojo, eu não quero sentir essas suas mãos no corpo. Nunca mais.
— Helô... — o advogado treme, as lágrimas turvando a visão dele.
— Com quantas e com quem você já me traiu desde que casamos novamente? Fala!
— Nunca! Isso nunca. — ele afirma, chorando muito. — Acredita, por favor. Não consigo te explicar o que aconteceu ontem, porque nem eu mesmo sei. Não consegui dormir tentando montar esse quebra-cabeças, mas...
— Bebida, mulheres, sexo e risadas. Você deve ter rido muito de mim, pensando que depois de fazer sua sujeira toda, voltaria pra idiota aqui.
— Não... Helô.
— Esse seu choro não me convence, Stenio. A magoada aqui sou eu, magoada, ferida e enganada. — ela transmite toda sua dor ao pronunciar aquelas palavras. — Só não fui embora ontem porque não queria tirar o Miguel de casa no meio da noite.
— Embora?
— Por favor, me deixa sozinha. Tenho que arrumar as minhas coisas, depois as dele.
— Helô, pra onde você vai com nosso filho?
— Pra qualquer lugar longe de você. Só estou aqui me dignando a aceitar sua presença porque a casa é da Drica ou sua ... sei lá...
— Você não pode ir embora sem antes me ouvir.
— Já falei pra não me tocar. — ela grita quando o advogado tenta pegar em seu braço. — Eu não fico mais um segundo, um dia se quer na mesma casa com você.
— É muito duro ouvir isso de quem amamos, Helô. Eu estou tão machucado quanto você. Preciso da sua ajuda para...
— Você machucado? Imagina como deve ser ver tudo que vi. Será que você tem noção do quanto estou magoada, Stenio? Eu sinto meu coração despedaçado, pisado.
— Por favor, amor... eu te amo... — o advogado se ajoelha ao falar — Acredita no meu amor, por favor. Acredita em mim, não me deixa, Helô.
Virando de costas pra ele, ela não controla os soluços e por alguns instantes eles ficam ali, chorando toda dor que sentiam. Depois de um longo tempo, ela tenta controlar as emoções e resmunga:
— Me deixa sozinha, quero pegar o resto das minhas coisas.
— Não posso te deixar ir embora, Helô. — ele levanta do chão, dando um passo na direção da amada.
— Por favor, não me toca — mais uma vez ela rejeita o toque. — Vou embora daqui, Stenio.
— Eu vou para um hotel, Helô. Por um dia, dois, pronto. Não faz sentido você sair daqui. — ele decide ao notar que ela estava irredutível. — Ainda não sei como, Helô... mas vou te provar que sou inocente nisso tudo. Nem que seja a última coisa que faça na vida. Prefiro morrer do que viver com essa dor de te ver sentindo nojo de mim. Isso me destrói. Prefiro morrer do que saber que terei que pagar por algo que não fiz.
— Você não precisa provar nada, já ficou tudo tão claro. E... outra coisa... acho que está bem nítido que não tem mais como levar esse casamento adiante.
— Não diz isso, Helô.
Aquelas palavras atingem o advogado de uma forma que ele não esperava. Sufocado com um nó na garganta, ele se apressa em sair do quarto, descendo as escadas e passando pela sala como um furacão, sumindo do apartamento para desabar em um lugar que ninguém visse. 



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