História Helô e Stenio Para Sempre - 9 - 173 - Mensagem ignorada

Depois de andar o dia inteiro, sozinho, por alguns pontos turísticos, Stenio e o amigo Mustafá conversam.
— Stenio, você está precisando de um raki.
— Se for para me ajudar a dormir, eu aceito.
— Stenio! Stenio! Precisa reagir, a Helô não acabou o casamento de vocês. Mulheres sempre precisam de um respiro, foi o que ela pediu.
— Como não acabou, Mustafá? Ela pediu distância, não acreditou quando falei que fui vítima daquela sórdida armação.
— Tenho certeza que esse tempo longe vai ajudar. Na volta, com a cabeça fria, vocês conversam e se entendem.
— Não sei, Mustafá. Essa briga foi diferente, nos desgastamos muito. A Helô se magoou, não tiro a razão dela, naquele primeiro momento parecia mesmo que eu era culpado. Mas depois do susto, ela deu indícios que estava acreditando em mim. Só que depois desandou tudo. Eu me machuquei duas vezes, primeiro por ter sido humilhado naquela situação e depois quando não tive a mulher que amo ao meu lado.
— Os dois estão magoados, Stenio. Por isso mesmo concordo com a Helô sobre esse tempo longe. — Mustafá fala. — Aconteceu o mesmo comigo e Berna, você acompanhou nossa história e hoje estamos bem outra vez. Recuperamos a confiança um no outro. Por que com a cabeça fria, eu vi que também tive minha parcela de culpa, Stenio.
— Não vejo saída, Mustafá. Não sei como essa situação seria revertida ao ponto de voltarmos. Terei que provar inocência sempre? Mesmo quando não tiver culpa como agora?
— O tempo resolve tudo, meu amigo. — o turco consola o advogado.
— Eu tirei a aliança e deixei com ela.
— Aposto que a Helô não levará isso em consideração. Agora tome seu raki e tente pensar com mais clareza. Comece respondendo a mensagem dela.
— Fui um estúpido mesmo em não responder. — Stenio admite.