História Helô e Stenio Para Sempre - 9 - 192 - Papo de mãe e filha

Deitada em uma das espreguiçadeiras confortáveis e muito bem acolchoadas, Helô encara a câmera enquanto fala com a filha.
— Drica, não fala assim. Eu e seu pai sempre ligamos para falar com você também.
— Não! Todos os dias vocês ligam sim, mas só perguntam do Miguel. Depois eu sou a chata e infantil que reclamo e peço atenção.
— Meu amor, é natural que a nossa preocupação seja maior com seu irmão. Ele é uma criança, chora sentindo nossa falta. Ficamos preocupados um pouco mais com ele.
— Eu sei, mas vocês esqueceram completamente que são pais de duas pessoas e não só de uma. — a jovem fala com lágrimas nos olhos. — Não quero estragar a viagem de vocês, juro. Só que machuca, mãe. Todo dia fico esperando você me perguntar alguma coisa, perguntar se estou bem, dizer que está com saudades de mim. Mas... sempre é sobre o meu irmão. E não, não estou me comparando a uma criança. Sei muito bem que ele precisa de mais atenção, tanto que estou aqui com maior amor e cuidado nele. A única coisa que me deixa triste é isso... eu preciso de amor também, mãe. Eu já aceitei dividir vocês, até porque é o justo, mas sinto que não tô divindo, eu perdir os dois. Perdi meu pai, perdi minha mãe na maior parte do tempo. — Drica desabafa entre lágrimas.
— Meu amor, nós te amamos igual. — Helô fala com voz carinhosa. — Não precisa chorar. Drica?
— Uhm?
— Está acontecendo alguma coisa aí no Brasil? Não me diga que essa crise de choro e sentimentalismo é única e exclusivamente sobre seu irmão. Tenho certeza que tem algo mais.
Depois de alguns instantes tentando enxugar as lágrimas, ela volta a falar.
— Eu e o Pepeu brigamos, ele foi dormir na casa dos pais dele hoje — a jovem volta a chorar.
— Brigaram por quê, meu amor?
— Um cara ficou comentando nas minhas fotos, dando em cima de mim e o Pepeu ficou revoltado. Mãe, ele sabe que é meu trabalho e as vezes preciso postar fotos de biquíni.
— E quem é esse rapaz?
— Um garoto que já fiquei no passado, mas nada sério.
— Filha, não chora, por favor. Tenho certeza que uma conversa e vocês se acertam, meu amor.
— Ah mãe, eu sou uma idiota. Você está em lua de mel com meu pai, nas ilhas maldivas, e eu aqui te alugando com bobagem. Deve ser a TPM também, estou chorando por tudo esses dias. Vou desligar, desculpa.
— Não desliga não, filha. Oh, seu pai está dormindo lá dentro e podemos ficar conversando o tempo que for. Filha, eu te amo tanto, você sempre será minha princesinha. Sei que temos nossas divergências, discordamos em muitas coisas, mas o mais importante é que te amo. Foi com você que tive as primeiras vezes em relação a ser mãe. Nunca esqueço quando, na sala de parto, peguei você toda pequeninha nos meus braços. Sabe de uma coisa, filha? Não importa se estou aqui nesse lugar lindo ou em qualquer outro lugar do mundo, estarei sempre pronta para te amar, te ouvir. Você é eternamente minha menininha. Quer me falar mais sobre essa briga com Pepeu? Conta, desabafa.
— Ah mãe, eu... — a blogueira funga — Eu amo tanto você.
— Eu amo ainda mais, filha.