História Helô e Stenio Para Sempre - 9 - 241 - De pai para filho

Depois que Dialinda dar banho e coloca o pijama em Miguel, Stenio entra no quarto e dispensa a babá. Helô ainda não havia chegado do trabalho e ele aproveita para bater um papo com o pequeno.
— Filho, papai quer conversar com você.
— Papai bliga cum mizeu?
— Não, não quero brigar. Vem cá, senta aqui. — Stenio sobe o pequeno na cama e fica de frente pra ele.
— Axim?
— Filhão, você já está grandão e precisa obedecer.
— Xetu!
— Não pode bater nos amiguinhos na escola, não pode puxar o cabelo da coleguinha. Homem tem que respeitar mulher, sabia? Você é menino, precisa e deve respeitar as pessoas em geral, em especial as meninas.
— O qui repeitar?
— Respeitar é tratar como elas merecem, as meninas são legais. Você não pode chutar, empurrar e puxar cabelo.
— Dicupa, hozi mizeu nhãn puxô cabelo.
— Eu sei que hoje não e estou orgulhoso de você por isso. Amanhã o papai vai comprar flores e você vai distribuir na sua sala para todos os colegas, combinado?
— Pezente?
— Não deixa de ser. Quero que você seja um garotão legal na sua sala, nada de brigar e dar trabalho para a professora. Promete obedecer a tia da escola?
— Xim, papai.
— E vai presentear sua mãe também, ela fica preocupada e chateada quando recebe reclamações da escola.
— E mamãe meu bligô, glitô mizeu tastigo.
— Ela grita porque fica brava, mas já passou.
— Mizeu ser legau.
— Bate aqui, filhão. — o advogado ergue a mão e os dois se cumprimentam. — Agora deita que já está passando da hora de dormir. Boa noite!
— Bezu, papai meu.
— Te amo, filho.
— Boia rezandu papai do xéu.
Depois de uma oração rápida, Miguel já estava apagado. Stenio beija a testa do pequeno, cobre com o edredon, regula a temperatura do ar condicionado e deixa a porta entreaberta ao sair do quarto.