Engatinhando na cama, Stenio para quando os lábios encostam na orelha da esposa. Mais cedo, antes do jantar, eles tinham feito amor duas ou três vezes e logo depois o advogado havia recebido uma ligação que o obrigará a trabalhar. Enquanto ele se concentra no computador ali mesmo no quarto, ela tinha ficado o admirando, mas minutos depois cochilado e agora estava despertando com beijinhos pelo rosto.
— Dormiu? — o advogado pergunta em um cochicho.
— Não! — a voz dela manhosa contrária a resposta.
— Dormiu sim, amor. — ele sorrir enquanto fala.
— Só um pouquinho. Você acabou comigo, meu querido.
— E você me faz perder a cabeça com seu jeito safado na cama.
— Não fiz nada. — ela afirma fingindo inocência.
— Você me fez entrar na brincadeira de homem bruto, gostou e me fez enlouquecer.
Todo apaixonado, ele faz carinho nos cabelos dela e beija a ponta de seu nariz.
— Desculpa ter te deixado nessa cama para trabalhar, amor. Precisava resolver uns problemas com o Haroldo. Era urgente, mas agora estou livre.
— O Miguel dormiu tão cedo, logo depois do jantar. Será que ele acordou? — a delegada quer saber.
— Ele acordou sim e quis ir ficar com a avó. Creusa fez questão e não insisti para não implicar com ela. Os dois vão passar o fim de semana longe.
— Esse garoto é folgado demais, não tem nada que ficar indo dormir com Creusita. Ela precisa descansar, Stenio. Ainda mais agora que cismou que quer fazer tudo de novo como se fosse empregada da casa ainda. Enfim, não deveria ter deixado ele se enfiar no quarto dela. — dispara com voz preguiçosa.
— Ah Helô, você sabe que os dois são grudados.
— Aham, aham. Hoje deixo passar porque estou molinha.
— Peguei tão pesado assim? Preocupado com sua cara de cansadinha.
— Cansada mas feliz e muito satisfeita, meu querido. Não sei como tive forças de levantar e ainda jantar, colocar o Miguel pra dormir. Por isso apaguei quando voltei pra cá e fiquei te olhando trabalhar. Mas não estou reclamando, faria tudo de novo se tu quer saber.
— Safada! — ele gargalha, rolando para o lado e puxando-a para junto de seu peito.
— Xxxxtenio, antes de cochilar, lembro que falei com a Laura. Ela está quase convencida em ir para o SPA junto com o Otávio amanhã.
— Contanto que ele não fique de olho em você, não vejo problema.
— Para de bobagem. Tu sabe perfeitamente bem que o Otávio é um amigo querido.
— Mas ele gostava de você, Helô.
— Tu morre mas não tira isso da cabeça, para. O Otávio e a Laura estão muito apaixonados e formam um casal lindo.
— Melhor pra ele assim — Stenio afirma — Ricardo falou que fizeram os testes assim que chegaram lá no SPA. Tudo certo com eles.
— Ótimo! Falando nisso, me ajuda a fazer minha mala e a do terroristinha?
— Ajudo se for recompensado com mais uma sessão sexo safado como fizemos antes do jantar.
— Xxxxtenio!
— Brincadeira! Depois de hoje VOCÊ merece descansar, mas amanhã no SPA...
— Nossa, não acredito que fizemos amor tão... tão...
— Tão o que, Helô?
— Tão pervertido. — ela declara.
— Você sabe muito bem como usar aquele brinquedinho.
— E você me enganou, mas no fundo eu sabia que era uma armadilha e você participaria da brincadeira também.
— Vai dizer que não gostou da dupla... — ele conclui a frase cochichando no ouvido dela.
— Eu amei. — confessa, correspondendo ao beijo lento e molhado que ele rouba. — É impressionante como o sexo fica cada dia mais gostoso entre a gente, Xxxxxtenio.
— Eu me impressiono mais com seu jeito de corresponder ao meu toque, Helô.
— Eu te amo tanto que basta chegar perto que fico acesa. Aliás, mais cedo enquanto eu estava na delegacia, só sua lembrança já me deixava com calor. Será que sou uma maníaca por sexo?
— Nunca duvidei disso, doutora.
— Estarei velhinha e safada igual. Você que trate de dar conta.
— Pode ter certeza que serei um velhinho pronto para apagar o fogo da minha esposa idosa e pervertida.
— Inacrê!
Os dois se divertem com aquela conversa e ficam ali na cama por mais algum tempo, agarrados falando bobagem e trocando beijinhos.
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