História Helô e Stenio Para Sempre - 9 - Atenta

Como o marido não responde sua mensagem, Helô decide ligar para o advogado.
— Stenio, estou te enviando várias mensagens e você não me responde.
— Amor, desculpa. Não vi!
— Está tão ocupado assim, meu querido?
— Mais ou menos.
— No fórum?
— Não!
— No escritório também não porque liguei e Dona Lena falou que você não voltou pra lá.
— E não pretendo voltar. Daqui vou direto para casa.
— “Daqui” exatamente de onde?
— Do lugar onde estou.
— E que lugar é esse? Está silencioso e com eco.
— Por que é abafado. Amor, preciso desligar, nos falamos mais tarde.
— Xxxxtenio, liguei porque preciso de carona para voltar pra casa. — ela inventa na hora.
— Logo hoje, Helô?
— Por que não hoje? Tu vive querendo vir me buscar aqui na PF. Aquele policial que foi lá em casa está aqui, sabia?
— Se ele conseguir te dar carona, ótimo. Por que não tenho como passar agora, meu amor. Desculpa!
— Você está estranho, Stenio.
— Eu?
— Pela manhã me enviou flores. Agora me manda e pra casa de carona com o bonitão e nem demonstra ciúmes.
— Confio em você. Aquele garotão não é ameaça.
— Stenio, tu não exxxtá aprontando nada não, está?
— Helô, preciso mesmo desligar agora. Mais tarde nos falamos. Beijos!

— Ele desligou! — ela fica irritada. — Desligou praticamente na minha cara.
— Parece que o jogo virou, não é mesmo? — Pedro diz aos risos.
— O que você disse? — ela pergunta, fuzilando o assistente.
— Que se a doutora quiser a levo pra casa.
— Não preciso de carona, meu querido. Tenho meu carro! Era só o que me faltava, é inacreditável, sabia?
Emburrada, ela pega a bolsa, joga seus pertences dentro e se prepara para encerrar o expediente.
— Como e porque o Stenio não está com ciúmes do bonitão? Ele está estranho, deveria ter ido nesse shopping. — fala consigo mesma.
— O Sugar Daddy deve está ocupado.
— Se você repetir essa palavra mais uma vez aqui dentro dessa sala, juro que cometo um assassinato.
— Já pensou que tipo de novinha deve ficar interessada no Dr. Stenio?
— Pedro, não tem graça.
— E todo coroa adora ser paparicado por novinha. Essas vendedoras de loja fazem isso muito bem, elas são expertas, elas agradam para ganhar um tipo de comissão bem... diferenciada.
— Olha aqui, meu querido... eu... eu confio no meu taco. — gagueja ao responder.
— Que bom!
— E não tem cabimento ficar pensando mal do Stenio. Detesto esse tipo de mulher ciumenta que fica ligando, pegando no pé ou preocupada com a possibilidade de coisas desse tipo acontecer. Sou muito segura nesse sentido, nunca fui ciumenta, não é agora que serei. Cadê meu celular? Que droga. — ela gira na sala em busca do aparelho.
— Está na sua mão, doutora.
— Ahhh! Minha cabeça está fritando, preciso falar com a Maitê. É isso, ela é a única pessoa que me entende. Estou indo, qualquer coisa me ligar.
— Não seria melhor passar no shopping para saber se o seu bonitão ainda está por lá? — o polícia fala apenas para provocar.
— Por que você está dizendo isso, Pedro? Você ouviu alguma coisa? Você está sabendo de algo?
— Eu? Claro... — o assistente faz suspense —... Que não. Não sei de nada ainda. — ele gargalha e quase é morto por uma encarada nada amigável.