História Helô e Stenio Para Sempre - 9 - Segundou

— Posso entrar? — Helô pergunta da porta do escritório do marido.
— Amor? Que surpresa você aqui.
Ele fica de pé e caminha ao encontro dela que também dá alguns passos.
— Preciso de uma carona pra casa.
— Uma carona pra casa?
— Aham, aham.
— Posso pensar na possibilidade. — o advogado provoca.
— Estava no shopping aqui perto e pensei em te contratar como motorista.
— No shopping? — Stenio questiona, procurando as sacolas.
— Não é o que você está pensando, meu querido. Estava com a Maitê, tomamos um café e conversamos. E agora estou aqui querendo ser levada para casa.
— Sempre me usando, doutora. — ele brinca, sorrindo amoroso.
— Tu gosta de ser usado.
— Não posso negar.
— Stenio, vim também porque tenho uma coisa para contar. Não queria esperar para chegar em casa e contar.
— Vem sentar comigo aqui.
Ele a leva até o sofá a delegada se livra da máscara, usa álcool em gel nas mãos e senta pertinho dele.
— O que aconteceu, amor?
— Adivinha, meu queridinho? Consegui fechar o caso com sucesso hoje. Precisava falar, compartilhar com você e dizer que finalmente podemos embarcar aliviados.
— Amooooor! — ele a abraça e comemora com ela — Eu tinha certeza que vocês conseguiriam, te falei. Tenho muito orgulho da sua competência, amor.
— Obrigada por me apoiar tanto, Stenio. Quase enlouqueci e te deixei maluco também.
— Verdade, você me enganou, iludiu.
— Eu iludi? Rá!
— Dizendo que faríamos amor e não rolou nada. Você só tinha cabeça para esse caso e naquele dia no sofá... quase, só quase...
— Meus comandados chegaram, me levaram e interromperam tudo.
— Sempre tem alguém tentando e conseguindo nos interromper. — ele reclama.
— Não precisa ficar arrastando corrente, meu querido. Estamos prestes a viajar sozinhos, com tempo e espaço para fazer todo amor do mundo sem interrupções.
— Não vejo a hora. Confesso que estava com medo desse caso atrapalhar nossa viagem.
— Quando voltarmos, alguns dias depois, embarco para Brasília. — a delegada sussurra, passando os dedos distraidamente pelos cabelos do amado.
— Eu e o nosso filho viajaremos toda sexta para ficar com você, amor. Outras vezes você virá. Ficaremos bem.
— Promete se comportar na minha ausência, Stenio?
— Eu que deveria fazer essa pergunta, doutora.
— Engraçadinho, sou sempre muito bem comportada.
— A Lena já foi e só tem o Haroldo na outra sala trabalhando. Que tal trancarmos a porta e...
— Xxxxxtenio, temos uma criança em casa esperando. Vamos, vamos pra casa. Estou aqui só pela carona.
— Não posso me aproveitar um pouco?
— Casinha, Xxxxxtenio! Vamos para a nossa casinha.