História Helô e Stênio Para Sempre 8 - Capítulo 198

–Dormiu! – Helô avisa sobre o filho ao entrar na sala.
– Finalmente! – Stênio suspira – Amor, melhor tentarmos dormir também. Ficamos a noite inteira ontem de plantão.
– Preparei uma comidinha para vocês. Depois os dois vão dormir, venham comer primeiro.
– Creusita, tu conseguiu descansar? – Helô pergunta, beijando o rosto da fiel escudeira e abraçando-a forte.
– Dormi sim, Donelô. Tomei outro remédio daquele e apaguei.
– Miguel não dormiu nada, passou a noite toda procurando uma posição confortável e não parou de choramingar. Só ficou mais calmo depois que ligamos a TV nos desenhos de dissounauro.
– Já já ele acostuma com o gesso. Oh, dona Laura passou aqui bem cedo e deixou um monte de coisa pra ele.
– Que coisa, Creusita?
– Não sei o nome daquilo ... parece uma meia, pra colocar no gesso. Tem de todos os tipos e desenhos que ele gosta. Ela disse que rodou a cidade toda pra conseguir.
– A Laura é um amor. – Helô sussurra.
– Ela tava apressada, não podia demorar. Disse que tinha uma operação lá na polícia. Por isso não quis entrar e pediu pra não incomodar a senhora. Só pra entregar as coisas mesmo.
– Preciso ligar pra PF.
Stênio levanta do sofá e faz movimento negativo com a cabeça ao encarar a esposa.
– Helô, nada de ligar para a PF. Você vem comigo, vamos dormir.
– Oxê, e não vão comer? – Creusa quer saber.
– Claro que sim, Creusa. – Helô responde, sorrindo. – Stênio, preciso mesmo entrar em contato com a PF. Prometo não demorar muito, ta bom?
– Só quero que você descanse. – ele argumenta.
– Depois da ligação prometo deitar lá naquele colchão que tu improvisou ao lado da nossa cama. Fico lá descansando caladinha em você, meu amor.
– Doutora...
– Para de ser bobo. Não pretendo me afundar no trabalho não. Ate porque estou exausta depois de ficar a noite inteira acordada.
– Fico preocupado com você.
– Vamos comer enquanto ele não acorda e...– a delegada começa a falar, mas se cala.
A paz no apartamento acaba quando um choro vindo do quarto explode quebrando a calmaria.
– Mamãe! Mamãe... – Miguel berra a plenos pulmões.