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História Helô e Stênio Para Sempre 8 - Capítulo 239


Escrita por: hesparasempre

Capítulo 239 - Capítulo 239


  

Naquela noite era a vez de Stenio colocar Miguel e Alice para dormir. Depois da bagunça no banho e com as escovas de dente, eles dão bastante trabalho e o advogado sente toda exaustão quando finalmente os dois adormecem.

No quarto ao lado, Creusa faz sua oração noturna, no outro Drica e Pepeu assistem um filme, e na suíte principal do apartamento Helô aguarda o marido para finalmente terem uma conversa. O sábado inteiro haviam se ignorado, se provocado e nenhum deles perdeu a chance de alfinetar o outro. Agora o cansaço daquele pequeno desentendimento parecia pesar sobre os ombros de ambos. Antes de encontrar com a esposa, o advogado vai para a sala. Servindo-se de uma dose generosa de whisky, ele senta no sofá e suspira, provando a bebida com calma, alheio à espera da delegada. Impaciente no quarto, ela levanta e passa pelo quarto do filho, descobrindo que o marido já não estava mais ali. A passos largos, vai até a sala onde o encontra.

— Será que agora podemos conversar como pessoas adultas e civilizadas?

— Pode falar. Estou ouvindo. — Ele dispara, entornando o resto da bebida enquanto ela sente na poltrona.

— Stenio, não vem com esse seu jeito de falar se achando o traído.

— Eu não disse que era. — O advogado se defende.

— Não sei o que você ouviu da minha conversa com o Otávio, mas com certeza não foi nada demais. Nossa conversa girou em torno dos nossos pais, para de criar uma situação que não existe. O Otávio está passando por um momento extremamente difícil. Isolado em casa, o pai na UTI.

— Sinto muito por ele, mas a única coisa que me irrita é sua maneira de achar que não tenho direito a sentir raiva ou ciúmes.

— Você saiu naquela hora batendo a porta como um maluco, um grosso, mal-educado.

— Eu sei, desculpa.

— Acordei indisposta hoje, não comi direito no café, no almoço fiquei de estômago embrulhado e por isso levantei e sai da mesa. Não fui para o quarto especialmente falar com o Otávio, ele ligou na hora POR ACASO.

— Muita coincidência, Helô. — Ironiza.

— Tu acha mesmo que mentiria, faria todo um teatro sobre não querer almoçar, só para falar com o Otávio?

— Não disse isso.

— Ah Stenio... Eu sei que o fato de estarmos trancados nesse apartamento sem muitas possibilidades... acaba nos deixando irritados ou até surtados, mas...

— Sempre que falo algo ou reclamo, você me acusa de maluco. Helô, não gosto da intimidade que você tem com esse cara. Me incomoda! Já disse isso muitas vezes.

— Todo homem que se aproxima você fica incomodado. Com o Lavoisier que é gay, era assim. Você aprontou tanto no passado, que, no fundo, tem medo que eu faça o mesmo. Só pode ser isso.

— Não! Nunca te acusei de me trair.

— Não diretamente, né meu querido?

— Tá vendo? Você não me escuta, Heloísa. Faz questão de me atacar.

— Eu não exxxtou te atacando, para de ser criança, Stenio. Essa conversa está sem sentido. Nem deveríamos estar brigando.  

— Sempre carregarei o peso dos meus erros, a verdade é essa.

— Perdoar não é esquecer, mas não estou te apontando nada. Apenas me defendendo.  Qual é?

— É que... você sempre tem direito a defesa, eu nunca. Por isso estou dizendo que você não me escuta. Minha única queixa aqui é que se fosse o contrário você estaria puta comigo.

— No caso da vizinha levei numa boa.

— Depois de apontar uma arma para mim. Isso é levar numa boa?

— Foi uma brincadeira. Tudo bem, de péssimo gosto, mas foi brincadeira.

— Ah Helô!

— Poxa, estávamos indo tão bem. Por que estragar tudo agora, em meio a uma quarentena?

— Você tem razão. Vamos esquecer o que aconteceu hoje. Espero que seu amigo fique bem e o pai dele também. Não falarei mais sobre esse assunto.

— Tu não entendeu nada, Stenio.

— Estou fazendo o que acho o certo. Colocando uma pedra nesse assunto. Ou a doutora dona da razão prefere que eu continue dizendo que não gosto desse cara?

— Com esse tom não consigo e prefiro não terminar essa conversa. Não quero brigar, ok?

— Ok! Também não quero. — O advogado dispara, levantando e servindo-se de mais uma dose. — Até porque não adianta continuar conversando, se minha questão principal não é ouvida e entendida. Enfim... Concordo com você sobre o fato de que estarmos isolados acaba comprometendo a convivência.

— Sim! Está pesando na sua irritação só por conta de uma ligação.

Depois de alguns minutos em silêncio ela volta a falar:

— Vai beber muito ainda?

— Não me resta muita opção. — Ele responde e entorna a bebida quando o telefone da delegada toca e o nome de Otávio aparece na tela. — Pode ficar à vontade, Heloísa. Eu aproveito meu whisky enquanto você consola seu amigo. Tudo certo!

— Stenio, por favor. Não é uma situação fácil.

— Pode não ser fácil, Heloísa. Mas é bem clara pra mim. Você fala e faz o que quiser, eu não, eu nunca.

— Para...

— Atende seu amigo... atende...



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