Após um banho relaxante e demorado, Helô coloca uma roupa confortável e desce as escadas em direção a sala. Cochilando na poltrona, Stenio não nota quando ela se aproxima do sofá onde Miguel assistia. Com a chupeta na boca e agarrado a fralda, Miguel estava quietinho e atento a tela. Devagarinho, ela se enfia no sofá, chegando junto do pequeno e cheirando seu rosto. Anteriormente já havia brigado com ele, dando um sermão sobre não bater e machucar Alice. Mesmo sabendo que era seu dever impor regras e limites ao menino, ainda sentia a culpa de ter puxado sua orelha em um momento de irritação. Ao vê-la, os olhinhos demonstram a magoa e que ainda lembrava do ocorrido.
— Oi amor! — Ela sussurra.
Manhoso, Miguel resmunga, desvia o olhar e permanece assistindo. Porém, no carinho seguinte ele não resiste e aceita quando a mãe o puxa para o colo.
— Vem cá com a mamãe, meu amor.
— Nhãn!
— Ei, para de ser marrento.
— Mamãe ati. — Ele aponta para a orelha e os olhos ficam marejados.
— Você sabe porque eu fiz isso, não sabe? Já expliquei. Não pode cuspir na Alice, aliás, em ninguém. Também não pode bater nas pessoas, filho.
— Dodói ati. — Ele mostra novamente e faz bico.
— Promete que não briga de novo com a Alice? Promete?
— Biga nhan mamãe.
— Isso mesmo, nada de briga. Agora posso ficar agarradinha com você assistindo, posso?
— Titi e o papai mimiu.
— Seu pai é um perigo. Sempre dorme e te deixa sozinho, não é?
— Papai pigiçozo.
— Não fala assim do seu pai.
— Mamãe, abaçu?
— Quer um braço, meu amorzinho? Oh a mamãe te ama, muito, muito, muito.
— Bezo na mamãe — Ele tira a chupeta e agarra a delegada, lambuzando seu rosto e babando ao beija-la.
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