Depois de colocar as crianças para dormir, Helô vai até a cozinha onde o marido lava a louça do jantar. Sorrindo ao ser abraçado por trás, Stenio vira a cabeça para o lado e ganha um selinho.
— Acho sexy tu fazendo papel de dono de casa. — Ela cochicha — Quer ajuda?
— Já estou terminando, amor. Não precisa. Senta aí e fica conversando comigo.
— Melhor tu aceitar minha ajuda, meu querido.
— Por quê? — Ele pergunta com um sorriso largo estampado no rosto, notando a malicia na voz dela.
— As crianças já dormiram, sabia? Drica e Pepeu estão na sala para assistir um show de cantores sertanejos.
— Eles prepararam até petiscos. — Stenio afirma.
— E não é só petisco não, Stenio. Tem um balde imenso cheio de cerveja. Os dois pretendem aproveitar de verdade, como se fosse festa.
— Deixa os dois, amor. Eles merecem. Estão mesmo precisando de um tempinho juntos. — Argumenta, passando bucha e sabão nos copos.
— Achei que nós dois também estávamos precisando disso, meu filho.
— De um show sertanejo, Helô?
— Não seu besta, exxxtou falando de um tempinho só nosso.
— A minha proposta para tomar um vinhozinho ainda está de pé — Ele diz.
— Então, apressa com essa louça Stenio.
— Enquanto termino, você poderia ajeitar nosso cantinho lá fora. Rede, taças, vinho e petisco também... rouba dos petiscos que Drica preparou. — O advogado pisca o olho para a esposa e depois de ganhar mais um selinho, ele a observa sair com duas taças e a garrafa de vinho. — Indo preparar nosso cafofo lá fora. — Ela avisa.
Depois de terminar com a louça, Stenio sobe as escadas com rapidez, toma um banho, escolhe um pijama de samba canção e camiseta, perfuma-se e desce para a varanda onde Helô o espera na rede. Ali próximo, a delegada havia deixado o vinho, as taças e um prato com coisas que poderiam beliscar. Sem pressa ele deita ao lado dela, e os dois gargalham até conseguirem encontrar uma posição confortável.
— Já estava dormindo, meu querido. O barulho das ondas me acalma, me faz sentir sono.
— Dormir não. Isso seria covardia comigo, Helô.
— Tu demorou muito, Stenio. Foi tomar banho?
— Estava cheirando a sabão. — Ele justifica. — Queria namorar cheiroso.
— Aham, aham. E colocou um pijama para encontrar com a mulher da sua vida em plena noite de sábado, meu querido?
— Ah amor, esse pijama é confortável. — O advogado explica, cheirando o rosto dela e beijando seu pescoço.
— Assim não, para... Stenio, nãoooo. — Geme, arrepiada com os carinhos.
De onde estavam, ouviam Drica e Pepeu cantar as músicas da live como se nada mais importasse. Helô encara o marido, erguendo a sobrancelha ao achar graça da letra que a blogueira cantava empolgada.
— Ainda bem que Creusa está dormindo com as crianças e trancou a porta do quarto. Assim não dá para ouvir essa cantoria toda. — Helô diz.
— Isso me faz lembrar quando nós dois frequentávamos festas e curtíamos assim... cantando juntos, bebendo.
— Ah Stenio, tu quer dizer a época que íamos para as festas e no fim sempre brigávamos com ciúmes.
— A culpa era sua, delegada. Sempre achando que as mulheres estavam dando em cima de mim.
— E você também, meu queridinho. Toda hora querendo bater em algum marmanjo. Ai Stenio, como nós dois brigamos quando jovens.
— Agora não brigamos mais, somos adultos, maduros. — Ele diz em tom de brincadeira e os dois gargalham.
— Quem diria que mesmo depois de tantos anos ainda estaríamos juntos e brigando por besteira.
— Eu nunca brigo, você que é marrenta.
— Aham, aham!
Os dois sorriem, se cheiram e ficam algum tempo em um silêncio confortável. Até que finalmente o advogado fala.
— O clima das crianças melhorou durante o dia. Drica e Pepeu estão se divertindo. Creusinha está mais descansada, alegre. Que bom que fizemos a coisa certa vindo para cá.
— Ah Stenio, a única coisa que lamento é não sairmos para o mar. Tu sabe o quanto amo praia.
— Amanhã a piscina estará limpinha e você pode pegar um bronze, doutora.
— Tudo que mais quero. Um pouco de sol.
— Só quer sol? Não quer nada além disso? — Ele questiona, a mão passeando pelo corpo dela.
— Xxxxtenio, você gosta de provocar. — A delegada respira com dificuldade, fechando os olhos quando ele alcança um de seus seios.
— Não estou provocando, Helô. Não seja injusta comigo. — Enfiando a mão por baixo da blusa, ágil, Stenio começa a brincar com o bico, apertando entre os dedos e provocando um tremor pelo corpo da amada.
— Stenio, por favor.
— Por favor, o quê? — Colando os lábios aos dela, ele começa a provoca-la, mordiscando seus lábios antes de avançar em um beijo forte, molhado, intimo.
Sem forças para resistir, Helô corresponde com a mesma vontade, gemendo baixinho enquanto o marido apalpa seu mamilo e beija sua boca de forma tão erótica. Quando finalmente precisam interromper o beijo por falta de fôlego, ela lambe os próprios lábios sentindo o gosto dele.
— Pode parar, sei muito bem quais suas intenções, Stenio.
— Não tenho intenção nenhuma, Helô.
— Ah não?
— Só te dei um beijo. — Ele se defende com um sorriso inocente.
— Engraçadinho!
— Eu amo quando você fica tão excitada, Dra. Heloísa. — Declara, roubando um selinho.
— E eu amo o jeito que você me faz ficar assim, Dr. Stenio Alencar. — Fala e suspira, arrepiada ao sentir a mão dele passear por suas costas. — Eu gosto, mas... Xxxxtenio, é sério, para.
— Tá bom! Não faço mais carinho, pronto. — Ele ergue as mãos.
— Não desse jeito. Se não podemos avançar, porque ficar torturando assim?
— Eu sei que você gosta de tortura, doutora. — Ele cochicha, baixando as mãos e levando a dela até o volume do samba canção, porém, Helô foge, saltando da rede em busca de uma dose de vinho.
— Vinho! Preciso de vinho. — A chefe de polícia diz enquanto se serve.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.