Enquanto Helô se estressa com a equipe, dando ordens, broncas e deixando claro o que espera deles, Stenio escuta tudo da cama. Após o café da manhã, a delegada havia se dedicado ao trabalho e o marido estava entediado.
— Helô? — Ele tenta chamar sua atenção, mas é em vão.
Concentrada, ela volta a falar a pleno pulmões, mas alguns minutos depois desliga a chamada de vídeo e passa a mão pelos cabelos.
— Até que enfim. — Stenio comemora da cama ao vê-la encerrar a reunião.
— Tira a roupa, Stenio. — Ela dispara em tom duro.
— O quê? — Ele fica atordoado sem entender.
— Tira a roupa que preciso liberar esse estresse todo que passei agora e só conheço um jeito. Vai tirando a roupa enquanto termino aqui...
— Helô? — Ele não acredita na forma brusca que ela fala.
— Tu não está aqui pra isso? Então, seja rápido. — Diz, caminhando até a cama.
— Assim, amor? Sem... sem...
— Assim sim. Qual o problema?
— Você está querendo me usar pra sexo? Só pra descarregar a tensão do trabalho?
Sem aguentar segurar a encenação, ela acaba gargalhando.
— Bobo! Precisa ver tua cara perguntando isso. — Ela fala, aos risos.
— Ah Helô, você me assustou. Achei que era verdade. Me senti usado.
— Era brincadeira, seu bobo. Mas você tem algum problema em ser usado, meu filho? — Pergunta em tom rouco, roubando um selinho.
— Se for com carinho, tudo bem.
— Para de frescura, Xxxtenio. Aliás... sobre tirar a roupa é verdade... — Ela cochicha no ouvido dele, encaixando uma das pernas entre as do amado.
— Finalmente posso...
O barulho de chamada de vídeo os interrompe e a delegada salta da cama, correndo novamente para o computador.
— Helô, olha como eu estou... amor? Volta aqui.
— Só um minuto, Stenio. — Ela diz, atendendo a chamada e mais uma vez esquecendo dele.
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