Com uma corda improvisada dividindo a piscina, Helô e Stenio enfrentam Drica e Pepeu em uma espécie de vôlei aquático. As crianças estavam seguras na piscina de plástico armada ali no jardim, com Creusa tomando sol próximo a elas. Pepeu reclama com a blogueira que perde mais uma bola. Feliz por pontuar, Helô agarra o marido que a beija em comemoração, alheios a discussão do outro casal.
— Amor, você é boa jogadora.
— Meu queridinho, sou boa com tudo.
— Mais tarde quero provas. — Stenio cochicha e volta a roubar mais beijos.
Do outro lado da rede, os jovens se estranham.
— Aí Pepeu era sua vez de receber o saque. — A jovem resmunga.
— Não era, gata. Você que não ficou atenta.
A discursão segue por alguns instantes, mas logo retornam ao jogo. Pepeu e Drica conseguem pontuar algumas vezes seguidas, mas Helô mais uma vez abre vantagem e Stenio também faz seus poucos pontos.
Em alguns lances do jogo, a delegada esbarra no marido e aos poucos ele percebe que era intencional. O jogo segue e as provocações dela também, a brincadeira fica divertida e eles dão muitas risadas.
Quando finalmente o jogo chega ao fim, são os campeões e comemoram, enquanto Drica e Pepeu se acusam mutuamente por terem perdido.
— Inacrê que vocês vão brigar por isso. — Helô fala.
— O Pepeu que se diz tão bom jogador, deixou todas os seus saques passarem, mãe. O pior... Perdemos para uma dupla de idosos.
— Isso é verdade. Digo, essa parte dos idosos. — Pepeu completa.
— Eles estão nos chamando de idosos? — Stenio pergunta para a esposa, se divertindo e não levando como ofensa.
— Acho que eles perderam porque são os verdadeiros idosos. — Helô provoca e todos os quatro acabam gargalhando.
— Aí desculpa pazinho, não quis ofender. — A blogueira vai até os dois e os abraça.
— Isso é para você aprender que idade não quer dizer nada, queridinha. — Helô fala.
— Tá bom, aceito que vocês venceram porque são mais experientes.
— Isso, filha. Gosto mais dessa palavra, experiente. — Stenio se gaba.
— Vamos tomar um drinque ou cerveja para comemorar o jogo? — Pepeu sugere.
— Eu prefiro não beber agora. — Helô diz.
— Mais tarde temos um encontro com nossos amigos pela chamada de vídeos. Baladinha virtual. Vamos tomar vinho, cada um na sua casa, claro — Stenio informa.
— Quem aguenta um bando de “gente experiente” conversando por chamada de vídeo? Imagina o papo deles, Pepeu.
— Ihh gata, quero imaginar não.
— Vocês dois... — Helô espirra água na filha e no genro, gargalhando quando eles fogem, saindo da piscina. — Melhor aceitar que perdeu para os velhinhos aqui.
— Amor, deixa eles... esquece esses dois... agora vem cá... vamos comemorar nossa vitória. — Stenio a abraça de frente, roubando um beijo.
— Não vem querer se aproveitar de mim, Stenio. Não estamos sozinhos aqui. — Ela ergue a sobrancelha, indicando as crianças que brincavam na piscina de plástico.
— Beijo pode, amor.
— Na verdade, não só pode como deve... — A delegada responde em um sussurro, correspondendo ao beijo de língua. Apesar de estarem na água, o carinho faz a temperatura dos corpos subir.
— Depois da festinha, online, com nossos amigos. Quero festa particular, doutora.
— Pode ter certeza que hoje pretendo festejar bastante, meu querido.
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