A chuva não dava trégua e todos ficam dentro de casa sem muito opção do que fazer. Drica, Alice e Pepeu sobem para fazer fotos, vídeos e conteúdos direcionados para as redes sociais da blogueira. Creusa folheia uma revista, deitada na rede. Na sala, Miguel e Helô assistem TV, o menino encolhido no sofá, enquanto Helô mantém certa distância, acomodada na poltrona ao lado. A chuva parecia ficar cada vez mais forte lá fora, tornando o dia frio e um pouco entediante.
— Amor! Amor... — Stenio desce as escadas correndo.
— Que isso? Algum incêndio, Stenio?
— Seu teste.
— Hã!
— Saiu o resultado.
— Saiu? — De repete a delegada fica de pé, a tensão nítida em seu rosto. — E aí?
— Adivinha!
— Fala logo, Stenio. Pelo amor de Deus.
— Negativo, amor. Você pode abraçar todo mundo, beijar nosso filho. Não tem vírus nenhum.
— Tu exxxtá falando sério, Stenio?
— Nunca falei tão sério em todo a minha vida, amor. — Ele chega mais perto, agarrando a esposa, arrancando sua máscara e beijando-a na boca.
— Aí que alívio. — A delegada comemora, correspondendo aos selinhos do amado. — Que alívio. — Repete, feliz.
— Eu te falei que você não tinha vírus nenhum. Eu sabia! — O advogado fala com um enorme sorriso nos lábios.
— Ahhhh! Obrigada Stenio.
— Por que você está me agradecendo?
— Você ainda pergunta? Pelo teste, por ter comprado e gastado seu dinheiro comigo.
— Amor, só queria que você ficasse tranquila e tirasse das costas o peso da culpa por ter voltado.
— Confesso que apesar de ter tomado todos os cuidados enquanto estive fora, estava me sentindo péssima por voltar sem antes ter me isolado para garantir a saúde de todos vocês. Estava péssima por não ter resistido e principalmente por estarmos nos beijando as escondidas, enquanto não podia encostar nas crianças.
— Mas agora não precisa se preocupar. Você está muito bem.
— Tu merece todos os beijos do mundo por me proporcionar esse alívio. — Ela dispara, voltando a abraçar o marido, entrelaçando os braços ao redor do pescoço dele.
— Faço tudo que for preciso por você, Helô. Gastaria todo meu dinheiro só pra te ver feliz, sorrindo assim.
— Te amo! — Se declara, espalhando beijinhos por todo rosto do amado.
— Mamãe, queio beizo. — Miguel dispara do sofá.
— Ahhhh meu amor... — Largando o marido, Helô vai até o pequeno. De roupa moletom devido ao frio, chupeta na boca e cara de carente, Miguel solta risinhos quando é atacado e ganha seguidos beijinhos da delegada. — Agora a mamãe pode abraçar sim, beijos, cheirar.
— Paia mamãe... paia mamãe — Gargalha, sentindo cócegas com os cheiros no pescoço e barriga.
— Te amo muito meu bebê — Ela diz para o pequeno.
— Bebeu nam gandi.
— Te amo muito meu menino grande. — A chefe de polícia corrige o engano, disfarçando o riso. — Eu te amo!
— Mizeu ama meu mamãe.
— Eu derreto por dentro quando você me chama de "meu mamãe", sabia?
— A mamãe é minha também. — Stenio implica, indo abraçar os dois ao mesmo tempo.
— Nhan! Nhan é mamãe do papai nhan. Mamãe do Mizeu.
— Ouviu isso? — Helô provoca o advogado e volta a beijar o pequeno.
— Filho, divide sua mãe comigo. Só um pouquinho.
— Popoquio papai?
— É, só um pouquinho.
— Uhm! Eu dexa — O menino resmunga, dando permissão ao pai para participar da troca de carinho. O gesto, arrancando sorriso dos pais que o abraçam, comemorando a boa notícia.
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