Depois de muita bagunça no banheiro, Helô leva o pequeno para o quarto e veste uma calça e camisa moletom, estampados com lindos e lúdicos dinossauros. Com paciência, arruma o cabelo do pequeno, passa perfume com cheirinho de bebê e o beija no rosto.
— Buito?
— Muito bonito. Tá cheiroso, bonito, limpo e mamãe te ama.
— Ama! — Ele repete.
— Amo tanto. — Dispara, voltando a encher o menino de beijinhos.
— Mamãe dormiu eu.
— Exatamente isso, meu queridinho. Tu vai dormir.
— Na tama da mamãe.
— Quem disse isso, Miguel? Você vai dormir aqui na sua cama, não na minha.
— Nhão queio exa cama. Dumi cá mamãe meu.
— Muito comovente esse teu apelo, mas a resposta é não. Tu tem esse teu quarto, não tem? Sua cama está aqui, seus brinquedos estão aqui. Vovó Creusa dorme com você.
— Mamãe meu dumi abaçado.
— Ah filho, não inveta.
— Dexaaa. Dexa mizeu dumi mamãe meu.
— Impressionante como tu é chantagista, né? Parece teu pai. Oh, nada de drama. Ainda preciso jantar.
— Pepeta! — O menino aponta para a chupeta que estava sobre um móvel próximo.
— Aqui... toma... Oh, filho, deita na sua caminha e dorme. Mamãe fica aqui com você contando uma história.
Resistente, Miguel se agarra as pernas da delegada e se recusa a deitar.
— Não me faz perder a paciência. Vem cá... deita... Miguel — Pegando-o nos braços, tenta deitá-lo, mas não tem sucesso.
— Dumi ati nhãn. Ali...oto carto cama mamãe meu.
— Fui deixar você dormir comido hoje cedo, agora tu acha que é festa? Como fica teu pai nessa história? — Ela pergunta, rindo da teimosia do menino.
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