Depois de deixar Miguel na escola, Stênio retorna para casa, almoça ao lado da esposa que fica desconfiada quando ao final da refeição, receber um convite do amado. O advogado inclina-se sobre a mesa e deposita um beijo no rosto dela.
– Que intimidade é essa? Tu quer o quê?
– Não posso beijar você, Helô?
– Pode, mas te conheço. Me cercou o dia inteiro, tá querendo aprontar alguma, Xxxtênio?
– Quero te levar em um lugar, pronto, é isso. Veste uma roupa bem bonita e confortável, amor.
– Que lugar, meu querido?
– Helô, não me olha desconfiada assim.
– Tu me pede para vestir uma roupa confortável diz que pretende me levar em um lugar e não quer que eu desconfie?
– Respira enquanto fala. – ele pede, sorrindo por ela despejar as palavras de uma vez só.
– Pra onde tu quer me levar, meu filho?
– É surpresa, só veste uma roupa confortável. Ou melhor, vamos ao quarto que te ajudo a vestir.
– Não!
– Pow, amor. Ontem mesmo você estava reclamando de tédio, que não aguentava mais ficar presa por conta da cirurgia.
– Tédio deve estar sentindo você que sonha com outras mulheres peladas na sua sala de escritório.
– Eu não sonhei com mulher pelada, Heloísa.
– Ah não sonhou? Então, o que foi aquilo que tu me contou?
– Não começa, não começa. Já conversamos sobre isso.
– Conversamos, mas não engoli essa história ainda.
– Tá vendo? Por isso eu preferia não ter contato o sonho, você fica brava como se fosse verdade.
– A gente só sonha com o que quer e deseja, então... é no mínimo estranho tu sonhar que acabamos nosso casamento e que foi justamente porque aquela Vanessinha estava de calcinha na sua sala.
– A saia da menina rasgou e mesmo assim foi tudo pesadelo.
– Tu deve ficar olhando muito para as cruzadas de perna daquela mulher pra ter esse tixxxxpo de sonho.
– Não seja injusta comigo, foi um sonho. Não significou nada!
– Esse sonho tá entalado aqui, exxtá preso na garganta. – ela quase levanta a mão para apontar para o pescoço, mas desiste ao lembrar que não podia fazer movimentos repentinos com os braços.
– Deixa de ser implicante, Heloísa. Aceita o meu convite, se veste.
Os dois levantam da mesa e o advogado insiste mais uma vez,enquanto ele fala com a esposa que para em pé no meio da sala, Creusa aparece.
– Oxê, ela ainda não aceitou ir com o senhor? – A fiel escudeira questiona.
– Que é Creusita? Até tu, está envolvida?
– Olhe, eu tô pra ver uma pessoa mais cabeça dura que a senhora, viu?
– É complô agora? – a delegada quer saber.
– Deixe de ser boba Donelô. Aceite o convite que tenho certeza que a senhora não vai se arrepender.
– Se Creusa diz que você deve ir, você vai sim comigo amor. – o advogado tenta roubar um selinho, mas ela rejeita.
– Tá bom, tu venceu. – Helô revira os olhos, girando com cuidado e caminhando para o quarto.
– Te ajudo a se vestir. – ele oferece-se.
– Não ouse! Fique onde está. Vem Creusa, tu não exxxtá apoiando as tramoias dele? Agora vem e me ajuda a vestir algo descente porque não aguento mais só usar camisola.
– Aproveite que agora já está quase boa dessa cirurgia e vá passear.
– Quase boa? Ainda não posso fazer tantos movimentos com os braços.
– Mas pra onde ele pretende levar a senhora, com certeza não vai precisar se preocupar com movimentos não. Só aproveitar e relaxr, viu?
– Tu não vai me dizer pra onde o Stênio pretende me levar? – Helô questiona quando chegam ao quarto.
– Claro que não, Donelô. É surpresa viu?
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.