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História Helvede Game - Enhypen - Kapitel to


Escrita por: ThaysaHow

Notas do Autor


Oi pessoal! Esse capítulo é mais curto.

Boa leitura!

Capítulo 3 - Kapitel to


— Charlotte! Acorda Lotte!

A garota sentou assustada e levou as mãos aos olhos.

— Mãe?

Depois de esfregá-los, Charlotte conseguiu ver a figura de braços cruzados.

— Que ideia estúpida foi essa de não deixar o celular despertando? Se eu não estivesse acordada, a mocinha iria perder o primeiro dia de aula!

— Eu... Eu não sei. Apaguei ontem à noite. Desculpa.

— Entendo, mas você tá muito atrasada! — balançou a cabeça murmurando um "tsc" — Não dá nem pra tomar café da manhã, vou preparar algo pra comer no carro, ok?

— Ok mãe, nem precisa fazer se não quiser também. Eu sou uma garota forte! — exclamou e arregaçou os braços para tentar mostrar o tamanho dos muques.

A vergonhosa e pequena curvatura do músculo pelo menos podia se justificar com a desculpa da fraqueza matinal.

— Para de gracinha e se arruma depressa! — disse beijando a testa da filha e saindo apressada do quarto.

Charlotte alcançou o celular na mesa de cabeceira e arregalou os olhos: faltava apenas 15 minutos para o início das aulas. No mesmo momento, a garota abriu o armário e quase quebrou o cabide ao puxar o uniforme que havia sido entregue no dia anterior.

 

( ... )

 

Desceu apressada as escadas ao mesmo tempo que firmava a mala e a mochila amarela em seu ombro.

— Filha, aqui! vai pro carro que seu pai já tá te esperando.

Ana enfiou o pão na boca de Charlotte e a guiou em passos rápidos até a entrada da casa.

— Mãe, calma. — retirou o pão e deu um beijo na sua bochecha — Te amo, até logo!

— Também te amo Charlotte!

A garota olhou pra trás quando alcançou o carro, balançou a cabeça levemente e entrou no veículo. 

"Nós vamos nos encontrar nos finais de semana, está tudo bem." 

Pensou e se permitiu relaxar, aquela correria a cansou.

— Bom dia Lotte! Como tá se sentindo no seu primeiro dia de aula? — perguntou George, batucando os dedos no ritmo da musica baixa do rádio.

— Bom dia. Bem, não sei, tô meio nervosa. - murmurou enquanto brincava com os chaveiros presos a mala em seu colo.

— Vai dar tudo certo filha, você é uma garota incrível. — olhou a garota rapidamente e logo se voltou para a pista.

— Depois você se pergunta como fiquei tão convencida. — revela entre risos.

Charlotte observou as árvores secas e o céu que até aquele momento não se mostrara azul. 

Na subida para o monte viu ao longe uma construção antiga. Quando o carro se aproximou conseguiu ler "Orfanato Jiono" em uma plaquinha na parede. A localização desse orfanato era no mínimo estranha. 

O carro, levemente inclinado, continuou seguindo as curvas da pista pelo morro. Em poucos minutos, chegou ao destino final: o Internato Helvede.

Dentro do carro parado, Charlotte encarou a imensa construção. Criando coragem, destrancou a porta do carro e abriu uma fresta.

— Pai, até mais! Não se esqueça de me ligar todo dia ok? — abraçou os ombros largos.

— Pode deixar filha, jamais iria esquecer disso.

A garota desceu do carro e engoliu o bolo que se formava na garganta pela despedida, decidindo acenar até o carro preto sair de seu campo de visão, descendo a rua e consequentemente, o morro. Olhou novamente para o internato. Caminhou até a porta e entrou na estrutura que assemelhava-se um castelo.

O tapete vermelho estendido ao longo do corredor, as estátuas em pedra e os lustres luxuosos tornavam o local parecido com um set de filmagem. Mesmo maravilhada, Charlotte não pôde deixar de notar como não havia ninguém ali naquele corredor enorme. Meio perdida, ela tentou abrir algumas portas, mas estavam trancadas. 

Sua única alternativa era seguir o corredor até o final, e assim ela fez. As paredes do local estavam cheias de quadros, todos eles pintados no estilo clássico, combinando com a estética de todo o resto da sala.

Charlotte chegou ao final do corredor e encarou a porta. Meio incerta, Bateu e não obteve nenhuma resposta. Então a empurrou levemente, percebendo que estava destrancada.

Preto, era só isso que ela conseguia enxergar. A sala totalmente escura a fez se perguntar se não estava coberta de fuligem. Abriu ainda mais a porta e adentrou rapidamente.

"Melhor ir rápido do que pensar demais e desistir."

Respirou fundo e foi corajosa o bastante para dar mais alguns passos para dentro da sala.

Quando de repente, o silêncio se desfez em um estrondo. 

Charlotte olhou para trás. 

A porta estava fechada. Alguém havia fechado a porta e a garota não podia acreditar. 

Os olhos inquietos se arregalam e a respiração acelerou. Correu em direção a porta e tentou girar a maçaneta mesmo sendo incapaz de enxergar um palmo a sua frente. 

Estava trancada.

Percebendo que havia algo errado, jogou a mala no chão e deixou o pânico tomar conta de si.

— ALGUÉM ME AJUDA! EU ESTOU PRESA! — Gritou em desespero, esmurrando a porta com toda a força.

Quando os nós dos dedos começaram a doer, praticamente em carne viva, Charlotte parou. Não era natural, sua cabeça estava doendo tanto. Pensou na possibilidade de ser um gás, então prendeu a respiração e isso pareceu ter funcionado por um momento. 

Então, decidiu procurar uma saída no curto período de tempo até inevitavelmente respirar. Esbarrou em mesas e objetos, tateando as superfícies com as mãos doloridas.

"É claro que não há nada aqui, Charlotte. Apenas se entregue logo ao que quer que seja."

Lágrimas molhavam o rosto e gemidos sôfregos escapavam de seus lábios úmidos. Cambaleou e caiu sobre os joelhos. Recusando-se a deixar alguém ver o estado miserável de suas mãos, enfiou-as no bolso do blazer. Por fim, deitou-se, sentindo o contato do chão frio na bochecha.

Antes de perder a consciência, ouviu uma voz sussurrar:

— Bem-vinda à Helvede, Charlotte.

 

( ... )

 

Charlotte abriu os olhos lentamente.

A garota enxergou apenas um clarão. Sua cabeça doía e pulsava. Ela tentou se mexer, entretanto, as amarras que a prendiam na cadeira não permitiram. Com os olhos queimando pela intensidade da luz, Charlotte os forçou, visualizando uma grande tela.

"Bem-vinda Charlotte Lima Wright."

Ela leu em silêncio. O raciocínio lento pela dor a fez não gritar por ajuda. Apenas fitou as letras pretas em contraste com o fundo branco.

"Você está no Internato Helvede. Uma honra, não é mesmo? É aqui onde vivem os jovens mais poderosos e brilhantes do mundo!"

Semicerrou os olhos e observou ao redor. Era uma sala digna de um castelo. Os quadros que enfeitavam as paredes e as poltronas antigas conferiam ao local um ar aristocrata.

"Isso se deve à maravilhosa disciplina dos nossos estudantes e ESPECIALMENTE ao nosso método inovador: o Helvede Game."

"O que é o Helvede Game? Você deve estar se perguntando. Todo mês, fazemos diferentes jogos educativos, visando extrair o máximo das habilidades de cada aluno. Pense como uma gincana, a única coisa diferente é o preço a se pagar pela derrota, a..."

"MORTE."

Charlotte encarou a palavra que ocupava toda a tela enorme. Estava em vermelho e o fundo branco agora intercalava entre o preto rapidamente. Sua cabeça doeu ainda mais e sentiu lágrimas escorrerem por suas bochechas.

"Não é brincadeira, então tome cuidado. De todo modo, não tenha medo. Se for competente o bastante, sairá e participará da maravilhosa formatura no final do ano letivo. Então seja agradecido(a) por participar do nosso projeto."

"E é claro, há prêmios para os vencedores. Eles receberão força e uma ligação exclusiva para os que se encontram na cidade de Angae. SOMENTE A CIDADE DE ANGAE."

"Fugas são proibidas e penalidades extremas serão aplicadas caso aconteçam. Celulares e materiais cujo propósito seja distração ou lazer, serão confiscados e destruídos. Os monitores estão mais perto do que imagina, então não quebre nenhuma regra."

"Fácil não é? Treine e vença, precisamos apenas dos mais fortes. Os perdedores serão imediatamente descartados..."

 

"não todos, entretanto."


Notas Finais


O que acharam? :)


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