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História Helvede Game - Enhypen - Kapitel syv


Escrita por: ThaysaHow

Notas do Autor


Oi pessoal! mais um capítulo aqui para vocês :)

Boa leitura!

Capítulo 8 - Kapitel syv


Charlotte tentava compreender o que havia acabado de acontecer. 

O garoto preocupado se agachou na frente dela e balançou seus ombros. 

— Você tá bem? — ofereceu a mão para ela. 

— Tô eu acho. Meio confusa só. — segurou a mão dele e se levantou — Você tava mesmo andando de skate aqui? 

— Sim. Olha, desculpa ter trombado com você. — ele passou a mão no cabelo — Eu sempre ando com uma pilha de papéis e isso me atrapalha um pouco. 

Ele se agachou novamente e começou a recolher alguns dos papéis no chão. 

— Tudo bem. Porque você tem um skate? — Charlotte se abaixou para ajudá-lo. 

— Ah, você deve ser novata aqui. — constatou ao encarar a garota — Digamos que fazer parte do conselho estudantil tem seus benefícios. 

— Ah, entendi. — assentiu com a cabeça e o entregou algumas folhas — Aliás, meu nome é Charlotte. 

— Sunghoon. 

Então eles terminaram de pegar os papéis do chão e se despediram. Charlotte observou quando ele subiu em cima do skate com maestria e continuou seu trajeto. 

"Eu já imaginei morrer de várias formas desde que entrei aqui, mas nunca sendo atropelada por um skate." 

Com sua sorte, talvez tivesse mais chances de morrer fora do que dentro de um Helvede Game

 

( ... ) 

 

— Que tédio! 

Não havia passado nem 10 minutos que chegara no quarto e Charlotte já reclamava. Ela estava esparramada na cama olhando para o teto. 

"E Yeoreum disse que chegaria em breve, mentirosa." 

Ela se virou na cama e encarou a medalha, então se virou para o outro lado, de frente e de bruços. Subitamente, Charlotte se levantou e sentou na cadeira da escrivaninha. 

A garota abriu a bolsinha e pegou o caderno e o lápis imenso. Era meio complicado desenhar com ele mas Charlotte não se importava. Ela então começou.

Desenhou Yeoreum e começou a esboçar o quarto que compartilhavam. Mas foi interrompida pelo barulho da porta abrindo. 

— Lotte! Tá fazendo oq? 

— Desenhando. — respondeu Charlotte. 

Ela observou por cima dos ombros Yeoreum se aproximar e Mirae se jogar em sua cama. 

— A gente demorou porque ficamos conversando, desculpa. — revelou Yeoreum, se posicionando atrás de Charlotte para lhe abraçar os ombros. 

— Tudo bem Yeo, terminei um desenho nesse meio tempo. 

— Sério? Deixa eu ver! — a garota se debruçou sobre a cabeça da outra, tentando enxergar. 

— Não! Não tá pronto ainda, depois eu te mostro. Prometo! — disse praticamente deitando em cima do caderno. 

— Ok, não esquece que prometeu hein? — afagou a cabeça de Charlotte uma última vez antes de se deitar na cama. 

E depois dessa breve conversa o silêncio se prolongou até Charlotte terminar o desenho do quarto e se espreguiçar. 

— Tô indo tomar banho. — avisou. 

Estava preparada para se levantar, mas ouviu um barulho em uma das camas e a porta do banheiro fechando. 

— Sério que ela foi na minha frente? — Charlotte encarou a amiga, incrédula — Ela tem quantos anos? Cinco? 

— Acho que sim. — respondeu Yeoreum gargalhando. 

Um tempo depois, todas já haviam se preparado e agora estavam deitadas em suas camas, fechando os olhos. 

— Lotte. — Yeoreum a chamou — Eu esqueci de te falar do toque de recolher às 22 horas. 

— Percebi. Ontem corri pra caramba e quase morri de medo de um monitor me pegar. 

— Deviam ter te pegado, assim vc não iria encher tanto meu saco. — resmungou Mirae. 

Charlotte permaneceu em silêncio. Não entendia o ódio de Mirae, mas não iria se dar o trabalho de perguntar, faltava paciência. 

— Boa noite meninas. 

— Boa noite. 

— Boa.


( ... ) 

 

— OLHA! EU CONSEGUI! 

— Conseguiu o quê?

Yeoreum, colocou a mochila sobre os ombros e encarou a amiga. Revirou os olhos e bateu na própria testa ao visualizar Charlotte apontando para o próprio cabelo, mais especificamente o laço de dois fios que ela acabara de fazer. 

— Por que não usou esse tempo todo para algo mais útil? 

— Tipo? — levantou a sobrancelha. 

— Tipo prestar atenção nas aulas que acabaram agora? 

— As aulas que eu não tô entendendo nada? 

— Ai, desisto. — Yeoreum fez um bico nos lábios e rumou para fora da sala, esperando na porta. 

Charlotte sorriu antes de se levantar e caminhar junto a ela para o quarto. Após alguns minutos de conversa em suas camas, elas se levantaram e foram para o refeitório. Lá, a garota não viu ninguém que conhecia então se limitou a sentar com Yeoreum e comer porcarias. Quando o horário de almoço terminou, elas seguiram em direção ao ginásio. 

— O que a gente vai jogar? — perguntou Charlotte. 

A garota saltitava e estava se segurando para não ir correndo até lá. Os três dias que passou sem jogar a fizeram ter mais saudade ainda. 

— Futsal. A Mirae faz essa aula com a gente então vou estar com ela na arquibancada, ok? 

— Ok! — Charlotte sorriu animada. 

— Olha, só saiba que nenhuma garota participa dessa aula, então vai ter q jogar com os meninos. 

— Sério? — abriu a boca em choque e depois sorriu — Vocês não sabem o que estão perdendo.

 

( ... ) 

 

— Já vou, Lotte. — apontou para onde Mirae estava sentada — Boa sorte, vou tá torcendo pra você! 

— Obrigada. — sorriu e observou o local. 

O ginásio era quase completamente fechado, mas na parede do final da arquibancada haviam pequenos furos. A quadra tinha as marcações do futsal e no centro dela um bando de garotos estavam sentados, encarando o professor que mantinha dois alunos ao seu lado.

Charlotte também se sentou e olhou pra frente. Foi aí que percebeu que já conhecia um dos garotos. 

— Alunos, como sempre, iremos fazer um alongamento e começar o jogo, ok? O capitão do time — apontou para o garoto que reconheceu, era o mesmo que entrou no banheiro feminino para apartar sua briga com Mirae — e o vice capitão — apontou para o outro garoto, que tinha cabelos loiros — irão realizar o alongamento e auxiliá-los. 

Então o professor saiu da quadra e entrou na salinha atrás da arquibancada. Aparentemente, o professor era um preguiçoso. Charlotte suspirou e observou o garoto loiro ficar na frente de todos e iniciar o alongamento. 

A garota estava em pé, se esforçando para alcançar os pés com as mãos que dificilmente passavam do joelho, quando de repente sentiu uma mão forçando suas costas. Ela então se assustou e levantou o tronco, dando de cara com o tal capitão. 

— Então quer dizer que a brigona gosta de esportes? 

— Gosto, por que? — devolveu a pergunta. 

— Nada não. Só achei que estava me perseguindo porque me achou um gatinho. — ele segurou o queixo e fez pose. 

— Não tá se achando muito? — a garota sorriu, levantando uma sobrancelha — Aposto que sou melhor que você no futebol.

Ele então soltou uma risadinha, balançou a cabeça e deu mais um passo em sua direção.

— Ah não, você não disse isso né? É impossível você ser melhor do que eu, Charlotte. — balançou o dedo indicador em negação.

— Como sabe meu nome?

Ele sorriu coçando a nuca e olhando para o chão. 

— Ouvi falar muito sobre você. — olhou no fundo de seus olhos e se afastou. 

Charlotte abriu a boca e semicerrou os olhos, confusa. 

"Eu tô famosa e não sei?" 

Ela pensou, antes de retomar os alongamentos. Depois de alguns minutos, o garoto loiro chamou a atenção de todos. 

— Eu e o capitão iremos escolher os times. 

Todos se sentaram no meio da quadra novamente e os dois foram chamando garotos para cada time, se intercalando.

Como Charlotte suspeitava, ninguém a chamou e era a última que sobrara. Era óbvio que não a chamaram porque era novata, mas mesmo assim não pôde deixar de sentir seu orgulho se ferir. Então, mordeu o lábio inferior e encarou o chão. 

— Você, vem! — o garoto loiro a chamou. 

Ela então se levantou e foi em direção a ele. 

— Qual seu nome? 

— Charlotte. 

— Bem-vinda Charlotte, me chame de Ni-ki, sou o vice capitão. — o garoto sorriu. 

Ela franziu o cenho ao ouvir o nome familiar. Mas, Charlotte se lembrou que Sunoo o citara naquele dia e sua expressão relaxou. Pensou em dizer que também conhecia Sunoo, mas o professor já estava ali e o jogo iria começar em breve. 

A garota se posicionou e escutou o agudo do apito.

Logo no inicio do jogo, ela viu Ni-ki ser barrado por dois jogadores. Com dificuldade, ele conseguiu passar a bola para Charlotte. A garota dominou com o pé e correu. Um dos jogadores tentou a impedir, mas ela o driblou com facilidade. Quando estava chegando perto do gol, outro garoto apareceu. Era o capitão. 

Charlotte tentou passar para outro jogador, mas por um descuido ele roubou a bola. Com isso, ela perdeu o equilíbrio e caiu de bunda no chão. 

— GOOOOOL! 

Charlotte olhou por cima dos ombros e observou o time adversário se abraçar. O capitão, que fez o gol, a encarou e sorriu. 

"Isso não vai ficar assim" 

Ela sabia que deveria ganhar, não importava o que custasse. 

— Quer ajuda? — Ni-ki ofereceu a mão para ela. 

Ela assentiu e segurou a mão dele. Foi ai que seus olhos se arregalaram e sentiu um choque por todo seu corpo. Não doía, mas algo quente corria por suas veias.

— Tá tudo bem? — questionou o garoto, confuso pela expressão da garota. 

— Tá sim, eu... eu tô bem. — respondeu ela, subitamente motivada. 

Eles então voltaram para as posições e o jogo recomeçou. 

Quando Ni-ki ficou em uma situação parecida com a anterior, ele novamente passou a bola para ela. 

Foi aí que ela sentiu como se o mundo estivesse em câmera lenta. O corpo de Charlotte esquentou mais ainda quando a bola chegou em seu pé. 

Então, como um raio, ela praticamente cortou a quadra. 

A garota atravessou a área do time adversário e quando chegou bem perto do gol, chutou a bola e ela entrou. 

Não comemorou, pois a velocidade era tamanha que não conseguiu parar a tempo e utilizou a canela para diminuir o impacto do corpo todo contra a trave do gol.

A garota se deitou no chão da quadra, sorrindo feliz. Não sabia que sensação era aquela mas sentia o corpo todo queimar e era muito bom.

— Ai meu Deus! Charlotte! 

Ouviu a voz de Yeoreum e resolveu abrir os olhos. Ela levantou um pouco a cabeça e sorriu, pensando que a garota estava vibrando pelo gol o que acabara de fazer. 

O sorriso murchou ao ver ela correndo para si com uma expressão preocupada. Então ela se tocou e olhou para a perna. 

Sangue. Muito sangue. 

Havia uma fenda na sua canela.

Estava bem aberta e a ponta da pele rompida se curvava levemente para cima. 

Ela observou os rostos espantados e Yeoreum chegou perto dela, chorando copiosamente. 

Então, Charlotte sentiu uma mão tocar seu ombro e desviou o olhar. Era o capitão.

O garoto tirou a própria camiseta e a enrolou em sua canela. Então ele passou um braço por baixo do seu joelho, outro em suas costas e se levantou com ela.
 

 

— Vou levar ela pra enfermaria.


Notas Finais


Que dó :)


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