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História Her - Camren - Reencontro


Escrita por: camren-in-love

Capítulo 12 - Reencontro


Fanfic / Fanfiction Her - Camren - Reencontro

Camila POV

Eu estava em casa há três dias. Tentava manter minha mente ocupada a todo o tempo para não voltar a lembrar o fim desastroso da minha última viagem. Eu tinha conversado com Dinah por algumas horas pelo celular. Felizmente ela não me culpou pelo nosso fim ruim de viagem. Normani a faria companhia durante os últimos dias em Vancouver.

Eu esperei que Shawn atendesse as minhas ligações ou ao menos pudesse responder as minhas mensagens, mas ele não o fez, então parei de encarar o celular 24 horas por dia.

Os novos vizinhos convidaram meus pais para um churrasco. Contra a minha vontade, tive que acompanha-los para ficar de olho em Sofia. A casa tinha uma piscina grande e ela estava animada demais para um simples mergulho na casa vizinha.

Era estranho conhecer tanto a casa ao lado e agora poder ver móveis de volta em todos os cômodos. Pelo menos eles tem bom gosto. O jardim havia sido cuidado. Novas flores e plantas ocupavam o lugar antes apenas ocupado por terra velha.

- Então você é a Camila. – Ouvi alguém falar atrás de mim enquanto observava Sofia brincar na parte rasa da piscina.

- Oi. – Disse ao me virar e encontrar uma garota provavelmente com a minha idade. – Sim. Sou a Camila.

- Eu sei. Seus pais acabaram de me falar. Sou Veronica, mas pode chamar de Vero. – Ela disse sorrindo e eu a estenderia a mão para a cumprimentar se antes ela não tivesse me puxado para um abraço caloroso. - Vem, vamos sentar próximas da piscina. Assim você não perde sua irmã de vista e eu não sou culpada por desviar toda sua atenção.

- Você não desvia minha atenção. – Ela deu de ombros e caminhou na frente para a borda da piscina. Me olhou rapidamente por cima do ombro e eu a acompanhei. – Terminou de arrumar as coisas no seu novo quarto?
- Sim. Praticamente. Por que a pergunta? – Sentou jogando os pés na água e eu fiz o mesmo após tirar meus tênis.
- Seu quarto tem a janela de frente pra minha e percebi que costuma ficar acordada até tarde arrumando as coisas. Você não é muito silenciosa quando arrasta alguma coisa ou deixa cair algo. – Prendi meus olhos em Sofia que havia gritado meu nome para que eu a olhasse dar um salto na água.

- Então você prestou atenção em mim. – Riu me empurrando com o ombro. Pensei que talvez eu devesse me sentir desconfortável com isso, mas ela me parecia alguém agradável e o desconforto não parecia existir entre nós.

- Eu prestei atenção no seu barulho. Algo que me incomodou. Não em você. – Dei de ombros e sorri para Sofia que parecia feliz novamente dentro d’água. Nós não tínhamos piscina. Infelizmente. Então toda vez que a pequena podia se divertir em uma, ela realmente aproveitava até o último segundo.

- Você é difícil, Camila. Qual o nome da sua irmã mesmo? – Perguntou ficando de pé ao meu lado e começou a tirar a roupa. Deixando a mostra seu pequeno biquíni.

- Sofia. – A respondi e ela pulou na água, fazendo com que eu me molhasse um pouco com o seu mergulho. – Idiota. Você me molhou.

- Eu queria deixar outro lugar molhado, mas você está sendo difícil. – Ela não tinha dito isso. Tinha? – Por que não vem dar um mergulho com a gente, Mila. Você não acha que ela tem que entrar na piscina, Sofi?

- SIIM! – Minha irmã gritou enquanto Veronica a puxava pela água. Sofia parecendo se divertir.

- Não quero tomar muito Sol hoje. Eu vou ficar olhando daqui. E nem pensem em jogar água em mim. Se você fizer alguma brincadeira com ela, Sofia, eu volto pra casa e você termina o seu dia na piscina. – Sofia ficou séria e olhou para Veronica que revirou os olhos. Eu sabia que minha irmã não aceitaria entrar em nenhuma brincadeira com a garota agora.

- Sua irmã é sempre difícil assim? – Veronica perguntou a Sofia, que balançou a cabeça em negação. – Vou acreditar em você. Talvez seja um dia ruim?

- Um dia, mês, ano ruim. – Comentei e ela sorriu. Não vi graça.

- Eu vou ser a coisa boa no seu dia, mês e ano então. – Piscou pra mim e mama se aproximou me oferecendo um refresco. - Oi, Sinu. Camila está de olho em nós duas, não se preocupe.

- Está tudo bem, Vero. Sei que Camila não deixaria que nada de ruim acontecesse. – Mama a respondeu e sentou ao meu lado. – Os hambúrgueres estão quase prontos.

- Ótimo. Estou faminta. – Falei antes de dar um gole na bebida gelada.

- Você sempre está faminta, hija. – Mama riu e eu a olhei cerrando os olhos. – Estou mentindo?

- Tanto faz. – Dei de ombros novamente. Sofia e Veronica se aproximando de nós na borda da piscina.

- Sinu, hoje tem uma festa legal de alguns amigos meus. A Camila me parece um pouco triste hoje. Se importa se eu a levar para a festa comigo? Talvez ela se anime mais. – Veronica falou enquanto segurava Sofia nos braços ainda dentro d’água.

- Claro que não. Parece ser divertido, mas prometa que voltaram cedo. Onde será a festa? – Mama não deveria responder se eu podia ir antes mesmo de eu aceitar.

- Fica no Centro. Não mais de 20 minutos. Eu posso te dar o número da casa do meu amigo. Se ficar preocupada, ou nenhuma de nós mantermos contato, você pode ligar pra ele. – Respondeu olhando pra mim rapidamente e abrindo um sorriso.

- Tudo bem. Só não voltem tarde. – Com isso mama levantou e tirou Sofia da piscina para comer. Eu estava quase levantando também quando Veronica puxou minhas pernas para me manter sentada.

- Ei, garota difícil. Fica mais um pouco. Sua mãe já te deixou sair mais tarde comigo, agora falta você aceitar. Não existe desculpas pra você não ir. – Ergueu a sobrancelha e abraçou minhas penas, deixando o queixo descansar sobre um dos meus joelhos.

- Eu não sei se estou no clima para festas...

- Ahh não. Você vai sim. Estando em clima pra festa ou não. Se não estiver mesmo, eu te faço entrar no clima. – Piscou e eu engoli com dificuldade. Ela estava dando em cima de mim assim tão descaradamente? - Vamos, Mila. Vai ser divertido.

- Só não me traga muito tarde pra casa. – Respirei fundo e ela soltou minhas pernas para comemorar após dar um mergulho.

Nos juntamos a mesa de madeira no lado de fora da casa, bem ao lado do jardim perto da cerca que dividia nossas casas. Veronica sentou ao meu lado, com a toalha enrolada na cintura. O hambúrguer estava ótimo e o refresco também. Nossos pais conversavam sobre algo desinteressante para se  prestar atenção.

- Veronica, não é hora de atender celular. Estamos comendo. – A mãe dela disse quando ela pulou para fora do banco com o celular que havia acabado de tocar em mãos.

- Eu preciso atender. É importante. – Ela sorriu e correu de volta para perto da piscina e se jogou em uma espreguiçadeira ali perto.

O resto da tarde passou rápido. Meus pais conversando com os novos vizinhos. Veronica tentando me animar para a festa enquanto Sofia pulava infinitas vezes na piscina.

- Sofi, vem. Você está faz muito tempo na água. Precisa tomar um banho pra tirar esse cloro e lavar o cabelo. – Eu a chamei e ela fez uma expressão triste por ter que acabar sua diversão. – Não faça essa cara. Você sabe que estou certa.

- Por que não ficam mais? Seus pais ainda estão ali com os meus. – Veronica levantou na mesma hora que eu.

- Tenho que ajudar Sofia no banho e procurar uma roupa legal pra essa festa do seu amigo. – Ela sorriu animada e chamou Sofia novamente.

- Vou te esperar aqui as 19h. Te vejo mais tarde. – Me puxou para um abraço novamente e beijou minha bochecha. Seus lábios quentes demoraram mais tempo do que o suficiente contra a pele do meu rosto.

Eu a respondi com um sorriso curto e voltei para casa com Sofia depois de falar com nossos pais. Mama voltou com a gente. Ela tinha que arrumar coisas na cozinha.

Sofia estava banhada, com cabelo livre de todo o cloro da piscina e extremamente cansada. Acabou dormindo enquanto eu penteava seu cabelo. A ajeitei na cama e segui para meu quarto para me arrumar.
Desde a última festa, meu ânimo havia caído para zero ou abaixo disso. Veronica estava sendo insistente para que eu fosse e como eu não estava com muita paciência para discutir nada hoje, apenas tomei um banho rápido, vesti um jeans escuro, uma cropped preto e branco listrado e calcei um salto confortável que combinasse com a roupa.

- Não parece que tinha que ficar muito tempo para escolher essa roupa. – Veronica disse quando a encontrei na varanda da minha casa.

- Pensei que fosse me esperar na sua casa. – Falei e ela abriu um sorriso grande.

- Seu humor está o mesmo de hoje a tarde. O que teremos que fazer para você melhorar isso? – Ela agarrou minha mão direita e nos guiou até seu carro estacionado em frente a sua casa.

- Você desiste de me levar pra essa festa e eu passo a noite assistindo Netflix e comendo pipoca. Melhoraria muito o meu humor. – Sorri em um sorriso curto e ela gargalhou.

- Ai, você é difícil, mas eu adoro desafios. Saiba disso desde já. E estou longe de desistir de te levar para a festa. – Abriu a porta do carro e entrou dentro. Eu podia correr de volta pra casa. Fingir passar mal na metade do caminho e fazer ela me trazer de volta, mas eu só entrei e fiquei calada ouvindo as músicas do rádio.

Em vez de uma casa normal, como ela descreveu para minha mãe mais cedo, nós paramos no estacionamento de uma boate. Onde diabos ela estava me levando?

- Isso é uma boate. – Comentei quando ela desligou o motor e olhou pra mim.

- Que bom que percebeu. – Sorriu e pegou a bolsa no banco traseiro.

- Mentiu para minha mãe. – Respirei fundo e passei a mão pelo cabelo. Mas que merda.

- Você tem mais de 18, certo? – Ela ao menos ouviu o que eu disse?

- Eu não vou entrar aí. – Cruzei os braços ainda com o cinto de segurança. Não entraria ali de modo algum.

- Camilinha, amor. Você só precisa se divertir um pouco. – Veronica se aproximou tão rápido que me deixou literalmente sem tempo de pensar em algo.

Em segundos seus lábios estavam se movimentando contra os meus e eu me vi cedendo ao beijo por não ter absolutamente nada em mente naquele momento. Ela aproveitou a oportunidade para aprofundar o beijo e só depois de mais meio minuto foi que eu fui abrir os olhos e ver que ela me encarava com um sorrisão no rosto. Maldita.

- Vem. Vai ser divertido. Eu prometo. – Talvez não fosse tão ruim assim, certo? Deus, eu posso ser mais gay que isso? Primeiro a demônia com os olhos verdes e agora eu cedendo tão rápido ao beijo de outra garota que não havia outra coisa na minha mente a não ser ter que concordar que ter beijado duas garotas havia sido milhões de vezes melhor que beijar todos os meninos que beijei.

Veronica deixou o carro e caminhou na minha direção. Abriu a porta do meu lado e tirou meu cinto, deixando o corpo inclinar pra cima do meu. Sim, então eu sou gay.

Acabei a acompanhando para dentro da boate, que estava parcialmente cheia. A música nas boates de Miami não era tão diferentes das outras que eu tinha ido em outros lugares, mas com certeza, ela era a mais quente.

Vero fez questão de caminhar rapidamente até o bar e antes de me puxar para a pista, viramos três doses de tequila de uma vez. Eu não iria mais beber nada pelo resto da noite. Já me sentia tonta.

Ter o corpo de Veronica tão perto do meu, em um clima quente, talvez um pouco abafando, não estava fazendo minha cabeça se sentir sana. Ela não estava dançando por dançar. Estava me provocando e deixando isso muito claro pelos olhares e sorrisos que dava pra mim. Como eu vive tanto tempo pensando que poderia realmente gostar de garotos?

Minhas mãos estavam na cintura dela enquanto ela balançava o corpo colado no meu. A música agora Latina, piorou tudo na minha mente e eu não pensei novamente quando sai a empurrando contra as pessoas até que saíssemos da pista de dança e eu a empurrasse agora contra a parede.

Meus lábios foram contra os dela, minhas mãos puxaram seu coxa para cima fazendo com que ela ficasse na altura da minha cintura, deixando minha mão livre para a apertar.

Veronica tinha as mãos em volta do meu pescoço, puxando os fios de cabelo acima da minha nuca. Eu prendendo seu corpo contra a parede.
O beijo pareceu demorar uma eternidade até eu ser puxada por alguém para longe da Vero. Mas que diabos?

- Que engraçado. Pensei que realmente estivesse triste por ter terminado com o Shawn, mas você me parece muito bem. Dinah se preocupou por nada. – Lauren disse olhando pra mim e eu me assustei tanto em vê-la ali, que perdi literalmente a fala. – E você, sua... – Franziu as sobrancelhas quando olhou para Veronica que limpava o canto da boca sujo de batom. – Vero?

- Lauren? – Perguntou de volta e então estávamos nós três com expressões confusas no rosto.

- Ótimo. Dois pontos em uma só noite. Lucy estava certa sobre você. E Camila, nós estávamos realmente preocupadas. – Ela disse parecendo chateada agora.

- Lucy, claro. Ela tinha que falar algo sobre mim. Continue com sua melhor amiga. – Veronica revirou os olhos.

- Eu te falei sobre a Camila no celular hoje de tarde. Você ainda acaba beijando ela de qualquer jeito. – Lauren quase gritou. O que ela teria falado sobre mim?

- Nossa, claro que eu ia saber que essa Camila era a mesma Camila a qual você tinha encontrado no Canadá. Não seja idiota, Lauren. Eu nunca poderia adivinhar. – Veronica se defendeu e eu queria nunca ter saído de casa.

- É claro que não podia. – Lauren disse irônica e respirou fundo. – Você realmente não mereceu toda preocupação que tivemos quando desapareceu. Está tão bem agora. Você e ele realmente se mereciam. Talvez voltem algum dia, não vou esperar outra coisa.

- Lauren, não foi isso que aconteceu. Você nem ao menos...

- Camila, você não me ouviu lá em Vancouver quando me ameaçou de ter contado algo pro seu namorado. Não faz diferença agora. Apenas deu pra perceber e ver exatamente quem você é. E eu ainda me senti mal por pensar que tinha feito algo de ruim. A culpa não foi minha exatamente. Obrigada por me fazer sentir bem melhor agora. Ou pior. Tanto faz. – Deu de ombros e caminhou para longe.

- Lauren! – Eu gritei e tentei correr até ela. Não que eu me importasse com o que ela estivesse pensando de mim agora, porque... Droga, é claro que sim. Eu me importava. Camila, porque diabos você bebeu três doses de tequila seguidas?

- Ei, ei. Você não vai a lugar algum. A Lauren é sempre assim esquentada. Não liga pra ela. – Veronica disse me abraçando por trás e me fazendo parar de andar.

- Eu quero ir pra casa. Por favor! – Disse baixo demais para a música alta do ambiente.

- O que? – Vero perguntou antes de beijar meu pescoço. Eu fechei os olhos, mas foi apenas para deixar uma lágrima finalmente escorrer.

- Quero ir embora. – Quase gritei e ela me soltou. Eu não esperei por resposta. Segui o caminho até a saída da boate e esperei encostada no carro por Veronica voltar.

- Camila. – Ela disse se aproximando segundos depois.

- Só me leva embora.

A noite terminou como a primeira em que voltei pra casa. Eu chorei até dormir novamente. Dessa vez não tinha muita coisa em mente. Eu nem ao menos podia dizer um motivo por estar me sentido tão mal. Apenas queria refazer as últimas semanas.


Notas Finais


Eitaa Vero fura olho.
Comentem, comentem, comentem!!!!
2bjos
Emma


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